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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Pedrinho de tropeço

Terminada a Copa América, com o merecido título da Seleção Brasileira, onde três crias do terrão, Willian, Marquinhos e Fagner estiveram presentes, as atenções agora se voltam única e exclusivamente ao restante da temporada corinthiana e o desempenho de seus jogadores. É exatamente sobre um menino da base, também campeão recentemente com a Seleção, a Sub-23 na França, que escrevo esse texto. Só posso estar falando de Pedrinho. 

Foto Crédito: Agência Corinthians

Destaque corinthiano na conquista da Copa São Paulo 2017, no mesmo ano passou a integrar o elenco profissional, onde foi campeão Paulista e Brasileiro, inclusive tendo feito boas partidas sempre que entrava. No mesmo ano se submeteu a uma cirurgia para retirada das amígdalas e, coincidência ou não, teve uma anemia por má alimentação que vinha atrapalhando seu rendimento. Começavam ali alguns problemas. 

Com saúde recuperada e a saída de alguns bons nomes em 2018, a jovem promessa começou a ter mais espaço, sendo titular da equipe em alguns jogos. Entrava, se dedicava, mas no segundo tempo dos jogos cansava a ponto de não completar os 90 minutos. Sempre era substituído.

Daí a dúvida na cabeça dos técnicos: entrar com ele para ser uma válvula de escape no primeiro tempo sabendo que queimaria uma alteração, ou deixar para que entrasse no segundo com todo gás? A segunda alternativa foi a mais utilizada pelos treinadores que passaram pelo Timão em 2018. Era o mais sensato. 

Pedrinho era amado, aclamado, tinha seu nome gritado pela Fiel ávida por seus dribles, arrancadas, gols importantes. 

Chegou 2019 e a situação mudou. O menino recuperou a parte física, ganhou massa, e a oportunidade no time foi dada em todos os setores do meio para a frente. Em nenhum momento o garoto rendeu como o esperado, alternando partidas boas e ruins. Já não era mais o queridinho da Fiel. Alguns chegaram a compará-lo a Lulinha, grande esperança corinthiana da metade dos anos 2000, que se tornou um fiasco.

Mesmo assim foi convocado para o torneio de Toulon, onde foi titular e destaque da Seleção. Pensando em fazer caixa com a vitrine internacional, o Corinthians não se opôs à sua ida e também a de Matheus Vital, mesmo o time envolvido em uma partida decisiva pela Copa do Brasil.

Foto: Marcos Ribolli

Aí entra outro problema, seu falastrão empresário. O nobre senhor passou a atacar jornalistas em vídeos, passou a falar sobre suposto interesse milionário do Barcelona gerando pressão desnecessária sobre o atleta e o Corinthians.

Pedrinho parece ser um menino de boa cabeça, centrado. A preocupação é que até mesmo hoje, grandes estrelas quando mal assessoradas, se perdem. Esperamos que seu empresário, que não me cabe citar o nome, não seja uma pedra de tropeço na sua carreira. 

Depois das minhas explanações, a pergunta é: Fiel, Pedrinho ainda pode ser útil, ou já deu? Onde utilizá-lo, mais à frente centralizado, como armador ou aberto na ponta? É aceitar qualquer oferta ou esperar uma grande proposta? Espero suas respostas. 

Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: MARLENE MULHER MATHEUS

Marlene Matheus no Parque São Jorge – Foto Globo Esporte

Infelizmente ela nos deixou, assim como um dia nos deixou seu esposo, o icônico Vicente Matheus. E para não ficar à sua sombra, resolve arregaçar as mangas aceitando o desafio de se tornar a primeira mulher a comandar um gigante do futebol brasileiro. E conseguiu. Até hoje é a única presidente da história do Corinthians. Uma revolucionária, uma mulher acima do seu tempo. Depois dela, até mesmo a República teve sua presidente. 

Comparações e dúvidas foram inevitáveis, mas ela soube, com sua maestria feminina, tirar de letra. Entre 1991 e 1993, período do seu mandato, não vieram títulos, mas a semente de um novo Corinthians, que em breve brotaria, foi plantada. E como a colheita foi maravilhosa! Quanta fartura! Quanto deleite!

Até chegar 2007… A badalada parceira MSI, de Kia Jorabichian, nos deixou a deriva. Esse mesmo Kia, tão elogiado e citado com carinho por dona Marlene, que via em seu olhar “Amor por nosso Corinthians”.

Mas, quem abandonaria assim, sem mais nem menos, um grande amor?

Dessa vez ela, assim como todos nós, foi traída. Caímos. Choramos. Ela também, porém, ergueu a cabeça com altivez sabendo que aquela fase brevemente passaria, que seu legado não morreria ali. E realmente não morreu, ao contrário, só se fortaleceu. 

Por isso, afirmo que Dona Marlene continua e continuará viva em cada vitória, em cada título, em cada coração corinthiano. Escreveu seu nome com letras douradas na galeria dos grandes. 

Dona Marlene e Don Vicente Matheus – foto acervo de Marlene Matheus

Vai lá, guerreira! Chegou a hora do reencontro. Prossegue sua história de amor que começou na comemoração do título Paulista de 1954 e agora perdura para a eternidade. Amor de alma. Amor de esposa, mãe e avó. Amor de uma grande mulher por um grande homem. E por último, e esse sim, Amor verdadeiro pelo Corinthians. 

Muito obrigado por tudo que fez ao nosso Timão, dona Marlene. Estará eternamente dentro dos nossos corações. Descanse em paz.

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Pátria Amada, Corinthians

RAUL PEREIRA/Agência Estado

Reta final de Copa América. O Brasil e seu maior rival disputam uma vaga para a grande final da competição. O país em peso torcendo para a amarelinha. Não… Não será bem assim. Teremos hoje, como tivemos na Copa do mundo, brasileiros, muitos, torcendo contra a Seleção. O motivo? O CORINTHIANS! Sim, o Corinthians.

A pátria de chuteiras, há três anos, é comandada pelo técnico mais vencedor da história corinthiana. Você olha o Tite sentado naquele banco e para nossa alegria começam a vir lembranças do futebol bem jogado, dos títulos brasileiros, da inédita Libertadores e do inesquecível mundial. Junto a ele tem toda uma comissão técnica que outrora servia apenas à nossa nação, essa com “apenas” trinta milhões. 

É exatamente por esse motivo que uma boa parte de torcedores se esquecem que hoje eles prestam serviços a mais de duzentos milhões e que um outro insucesso da Seleção Brasileira pode significar não só a demissão do Tite, tão propagada pela imprensa marrom como certa, como um declínio que pode vir a ser fatal para o “país do futebol” visando os próximos anos. 

Acusam nosso treinador, sem nexo, de “paneleiro”, que para um jogador ser convocado basta ter jogado ou ser corinthiano, casos do Fagner e Cássio, que conseguiram a proeza de serem vaiados no estádio de um rival, por compatriotas que deveriam dar apoio.

Foto divulgação

Cara, ali não está o clube, ali está representado todo um país. Esqueceram disso e só os viram com a camisa alvinegra na pele. Cássio é inegavelmente o maior goleiro em atividade no país há muitos anos, assim como não existe lateral direito melhor que o Fagner, que segurou um rojão como titular da seleção na Copa do Mundo e não comprometeu, ao contrário, fez jogos muito seguros. São ótimos, mas eles têm uma “doença grave” que os faz ter tamanha rejeição: eles jogam no Corinthians. Willian, outro jogador de confiança, foi convocado para a vaga do Neymar e o contestaram. Afirmaram que só foi chamado por ser ex-corinthiano. 

Todo técnico tem os seus jogadores de confiança. Normal. Ele muda de clube e, em alguns casos, leva os seus. Na Seleção não seria diferente. Ninguém contesta, por exemplo, a titularidade do bom goleiro Marcos na Copa de 2002, mesmo que ele só a tenha assumido assim que seu ex-treinador no clube se tornou o técnico da seleção em 2001. Agora, ai se ele e o técnico fossem ex-Corinthians! Incomodamos mesmo. E por isso alguns preferem torcer para a Argentina (Argentina, amigos!!!) só para que novamente, agora pelos canários, Tite, sua comissão, Cássio e Fagner não façam o que estão acostumados, dar outra volta olímpica. As lembranças para alguns seriam bastante amargas. 

Deixe seu comentário, crítica, sugestão. Nos veremos em breve novamente. Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Corintiano é Alexandre Pato, nós somos corinthianos!

Fala, Fiel! Firmeza?

Já começo o texto fazendo uma simples pergunta: você é corinthiano(a) ou corintiano(a)?
O texto não é uma aula de Língua Portuguesa, longe disso, mas para entendermos precisamos passar por ela.

Tudo começa em 1943 com a reforma ortográfica em que a letra H foi excluída de algumas palavras, exceto em nomes próprios que já a possuíam (ex: Bahia), ou nome de clubes esportivos como o do nosso Timão. Seguindo essa ordem, palavras derivadas destas perdem a letra H já que o dígrafo “TH” não existe na língua pátria. Assim sendo, a escrita correta para nos identificar seria CORINTIANO.

Mas… Esqueçam a Gramática, vamos ao que importa.

Em décadas anteriores, alguns periódicos grafavam o nome do nosso clube sem o TH, alguns, inclusive, acrescentando o acento agudo na primeira letra I.

Vendo a fotografia da famosa invasão de 1976, o placar do Maracanã mostra claramente que o “Corintians” estava em campo quando nosso escudo sempre carregou o CorinTHians no peito. 

Nosso belo nome é derivado de uma palavra inglesa e seguiu a risca essa ordem: SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA. Mas devemos lembrar que foi um time fundado por operários, e homens simples construíram sua grandeza. Portanto, a linguagem corinthiana (ou corintiana) correta, é a do povo. Nesse caso, a “licença poética” é extremamente válida.

Mesmo tendo ciência que não seguirei a norma culta, continuarei a escrever CORINTHIANO. É como se eu estivesse me referindo àquele ser apaixonado que não abandona o time nem nos piores momentos, nós, os torcedores.

O CORINTIANO nada mais é que o profissional que um dia vestiu nossa camisa. Exemplo: “Alexandre Pato um dia foi corintiano” (seria uma heresia achar que ele é ou foi corinTHiano).

Foto retirada da internet

Finalizando, o Corinthians é nosso. Independentemente de escrita correta ou não, o que importa é incentivar, aplaudir, apoiar de maneira incondicional enquanto aqueles onze em campo estiverem nos representando.

É “nóis”, mano e mina da Fiel. Tamo junto.

Aqui é Corinthians! Até a próxima.