Você conhece a história do Corinthians nos anos 60? Já faz um tempo que venho retratando de década em década a história e os feitos mais importantes do Timão. Se você não viu os outros textos, pode clicar aqui.
Começando por 1961. Mas sem nada demais, pois ficamos apenas em sexto lugar na colocação do Paulista. Mas em 1962 conquistamos, talvez, o torneio mais democrático do futebol paulista: A 1ª Taça São Paulo. Nos moldes de “mata-mata”, o campeonato reunia todas as divisões do Estado. Era uma espécie de “Copa Do Brasil”, porém só com times de São Paulo. Num total de 32 clubes, o Timão eliminou em sequência a Portuguesa Santista com muita facilidade, depois foi a vez do Taubaté cair para o Corinthians. Nas quartas-de-final, teve Majestoso e no jogo de volta, em casa, o Corinthians goleou o tricolor por 5×1 de virada, pois perdeu o primeiro jogo no Morumbi por 2 a 0. Na semifinal, teve embate contra a Ferroviária. Assim como contra o São Paulo, o Corinthians saiu derrotado por 2 a 0, mas na volta, goleou. Dessa vez, por 4 a 0.
Numa finalíssima, o Corinthians trombou com Santos de Pelé. E aqui provamos um mito que se formou pela mídia e pelos torcedores rivais: O Corinthians nunca ficou onze anos sem vencer o Santos. Na verdade, este tabu existiu, mas contando apenas partidas do Campeonato Paulista. No Parque São Jorge, o Timão venceu por 3 a 1. Na volta, num jogo disputado, o clássico alvinegro terminou empatado em 3 a 3, e o Corinthians levantando a taça em pela Vila Belmiro.
Representando a Seleção Em 1965, a convite da CBD (atual CBF), o Corinthians foi a Londres para um amistoso contra o Arsenal como representante da Seleção Brasileira. Enfrentando fortes condições climáticas depois de jogar contra o Santos pelo Paulistão num forte calor em São Paulo, o clube do Parque São Jorge enfrentou o time inglês numa temperatura baixíssima e acabou derrotado por 2 a 0.
Torneio Rio-São Paulo dividido O Timão conquistou o torneio Rio-São Paulo de 1966 junto de outros quatro clubes: Santos, Vasco e Botafogo. A divisão do título ocorreu devido a falta de datas para disputar os desempates.
1968 – Quebra do “Tabu” O tabu contra o imbatível time do Santos mencionado mais cedo em partidas válidas pelo campeonato paulista foi finalmente quebrado. Após a reformulação do elenco, o Corinthians entrou em campo determinado a quebrar o tabu que já perdurava por 11 anos: Foram 22 partidas, com 16 derrotas e 06 empates. E a torcida, que também esperava por vitória, lotou o Pacaembu e ao fim da partida que terminou em 2 a 0 para o Timão, a Fiel invandiu o campo e comemorou como se fosse um título. Com a torcida em campo, se ecoou o canto “Com Pelé, com Edu, nós quebramos o tabu”.
Fim da década – 1969 e 70 Em 1969, o lateral Lidu e o ponta Eduardo faleceram em um acidente de carro. O Corinthians solicitou a FPF que pudesse inscrever dois jogadores naquele Paulistão, já em andamento, para não sair prejudicado. Todos os clubes acataram, menos o Palmeiras. O apelido de “Porco” do rival vem justamente desta atitude. O apelido era gritado pelas torcidas rivais em alusão ao “Espírito de porco” que a equipe alviverde teve no trágico momento do Corinthians.
Em 1970, o Corinthians cedeu Ado, Rivellino e Zé Maria a Seleção, que conquistou o tricampeonato mundial.
A década se encerra aqui. No próximo texto, partimos de 1971 e falarei bastante sobre o tão aguardado título paulista de 1977.
Do início até metade da década, o Corinthians foi um dos times mais fortes da América. Mas acabou o decenário por baixo e se deu início a uma das piores fases do clube. Vamos tratar do assunto em três textos, pois os anos 50 do Timão são ricos em história.
No início desta década, o Corinthians foi avassalador. Além de em 1950, conquistarmos o nosso primeiro Torneio Rio-São Paulo, o chamado “Ataque dos 100 gols” formado por Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário fez 103 gols em apenas 30 jogos em 1951. Uma média de 3,43 por partida. E não é para menos que o título paulista fosse novamente conquistado pelo Corinthians. Já fazia 10 anos desde o último título paulista, além do mais, o Timão passou o Palmeiras e voltou a liderar a lista de maiores campeões do Paulistão com 13 títulos.
O campeonato que era em pontos corridos, ironicamente, deu Corinthians x Palmeiras na última rodada. O rival estava disputando o título com o Timão, mas na partida em questão, o Coringão já gritava “é campeão” há duas rodadas. O Dérbi terminou, para fechar com chave de ouro, com uma vitória alvinegra por 3 a 1. Dos 103 gols feitos, Carbone foi o jogador artilheiro do Timão e também de todo o campeonato: Em 28 partidas, marcou 30 gols.
Para você ter uma ideia do que foi o Corinthians de 51, neste mesmo ano, o Timão enfrentou um Combinado Uruguaio composto por 4 jogadores que foram campeões mundiais em cima do Brasil no “Maracanazo”, um ano antes. (Nesta ocasião, na final da Copa do Mundo realizada no Brasil, em pleno Maracanã para mais de 200 mil pessoas, o Brasil perdeu para o Uruguai e ficou com o vice-mundial).
Era uma comemoração de um ano da conquista deste título, e o Uruguai decidiu então realizar um quadrangular em Montevidéu, com equipes convidadas e o Corinthians estava entre elas, além do Peñarol e Bangu, do Rio de Janeiro. Coube ao Corinthians jogar contra o Combinado Uruguaio. Cabe ressaltar que foi a primeira partida realizada no Exterior. Foi então que sem tomar o menor conhecimento, o Corinthians aplicou 4 a 1 em pleno Estádio do Centenário, no Uruguai. Dois gols de Baltazar, Luisinho e Nelsinho marcaram os outros tentos. O Maracanazo estava vingado!
Daí deu Penãrol sobre o Bangu e a final estava decidida. Porém, a partida entre Corinthians x Peñarol não foi realizada. Isso porque o árbitro escalado era local. O Corinthians se negou a jogar e voltou ao Brasil.
E aí, Fiel, tudo bom? Vamos continuar falando da história do Corinthians? Dando sequência aos últimos posts do meu blog, falaremos um pouco sobre o Timão da década de 40. Você sabe o que aconteceu nesses 10 anos? Te convido a conhecer! Aqui, já falamos sobre a primeira década do Corinthians, dos anos 20, e 30! Vamos continuar!
O 12º PAULISTÃO! No ano anterior com participação discreta e ficar apenas em quarto lugar, desta vez, o Timão fecharia o ano com mais um título do Paulistão, se distanciando dos rivais na quantidade de títulos e se firmando como maior campeão do Estadual, após passar o Club Athletico Paulistano, que se manteve com 11 tentos.
O Corinthians quase fez um campeonato perfeito. Na última rodada, já campeão, perdeu a chance de ser campeão invicto para o Palestra. No primeiro turno, goleou o Santos por incríveis 7 a 0, com uma atuação de gala de Teleco que marcou 3 gols. Falando nele, foi o artilheiro da competição pela 5ª vez! No segundo turno, também em cima do Santos por 3 a 2 na Vila Belmiro, o Timão confirmou as mãos no caneco. Foram 20 jogos, 16 vitórias e apenas uma derrota.
Em 1942, o Timão conquistaria a primeira edição da Taça da Cidade de São Paulo (não, não tem nada a ver com aquele de 62). Este torneio foi criado pela FPF e o formato era o seguinte: os três melhores colocados no Paulistão do ano anterior, se enfrentariam num triangular. Se houvesse empate no número de pontos, haveriam partidas de desempate. E no ano de estreia da competição, o Timão venceu seus dois maiores rivais São Paulo e Palmeiras por 2 a 1 e 4 a 2, respectivamente. Liderando o triangular, o Corinthians conquistou a primeira edição do torneio.
Ainda sobre o ano de 1942, o Timão conquistou mais um título: Quinela de Ouro. Tratava-se de um interestadual em pontos corridos entre Corinthians, Flamengo, Palestra Itália (Que foi “Palestra de São Paulo” por seis meses), Fluminense e São Paulo. Todas as partidas foram jogadas no Pacaembu. O Timão, invicto, teve o melhor aproveitamento. Empatou, primeiro, com o São Paulo por 3 a 3 . Venceu, após, o Fluminense por 2 a 1, empatou com o Flamengo em 1 a 1 e venceu, para 25 mil pessoas, o Palestra por 4 a 1. Com seis pontos, o Timão se consagrou do torneio amistoso.
Em 1943, o Timão venceu a “Taça Paulista” novamente, teve ainda artilharia do Paulistão (Hércules, com 19 gols) mas não ficou com o título. O campeão foi o rival São Paulo.
Já em 1944, o Corinthians venceu pela oitava vez, o Torneio de Início. Aquele citado no primeiro post da série, lembra? Torneio este de “pré-temporada”, antes do Paulista, entre os principais clubes da cidade de SP? Lembrou? Então tá bom! Não havia citado mais ele por conta de ser um torneio bem amistoso. Mas acabou sendo o único feito do Corinthians neste ano. No Campeonato Paulista, o Timão ficou em terceiro lugar.
Em 1945 também não foi diferente. O Timão não faturou nem o Torneio Início, mas teve artilharia alvinegra, com Servílio marcando 17 gols na competição. O Timão ficou com o vice-campeonato ficando atrás em 5 pontos para o São Paulo.
Em 1946, novamente o São Paulo foi campeão e o Corinthians, vice. Mas dessa vez, o Corinthians deu trabalho. Em 20 jogos, o Timão venceu 18 e perdeu duas partidas, sem nenhum empate. Acredita que foram essas duas derrotas que tiraram o nosso título? O futebol tem dessas! O São Paulo, numa campanha parecida, venceu 17 jogos e empatou 3, ficando com maior número de pontos e vencendo o campeonato invicto. O Corinthians teve mais uma artilharia, que foi novamente Servílio, com 19 gols.
Em 1947, o Timão foi mais uma vez campeão da Taça da Cidade de São Paulo. Foi, digamos, a edição mais emocionante até então. O Corinthians ainda estava invicto na competição e perdeu a primeira partida por um doído placar de 5 a 0 da Portuguesa. O Timão descontou o placar em outro participante, o São Paulo, e venceu por 5 a 1. Mas daí o São Paulo venceu a Lusa, o que resultou num empate entre os três participantes. O que fez com o que o torneio fosse praticamente refeito. Aí sim, o Timão venceu ambos: Venceu o Tricolor por 3 a 2 e a Lusa perdeu para o Timão por 2 a 1, o que consagrou o Coringão como campeão. E, pelo terceiro ano seguido, ficou com o vice-campeonato do Paulistão.
AMISTOSOS INTERNACIONAIS
Em 1948, os tentos do Timão foram o bicampeonato do Torneio da Cidade de São Paulo e as vitórias internacionais amistosas sobre o River Plate (ARG) e o Torino (ITA). Mas antes, falemos da Taça da Cidade de São Paulo.
O Timão venceu a Portuguesa por 3 a 2 e perdeu por um sonoro 6 a 0 para o Palmeiras (antigo Palestra São Paulo, antigo Palestra Itália…). Mas como a Lusa venceu o nosso maior rival por 4 a 1, obrigou novamente, assim como no ano anterior, que o fosse praticamente “refeito”. Em jogo dificílimo, o Timão venceu a Portuguesa por 2 a 1 e os viu empatar com o Palmeiras por 3 a 3, o que o sagrou campeão da Taça de 48.
Falando agora sobre os amistosos, o River Plate excursionou em São Paulo para jogar contra o Trio de Ferro. Empatou, perdeu e venceu, respectivamente, contra São Paulo, Corinthians e Palmeiras. Todas as partidas foram disputadas no Pacaembu, e o Timão foi o único que conseguiu venceu a equipe argentina. Bode e Rui foram os marcadores alvinegros da partida.
A partida contra o incrível clube italiano Torino, tricampeão Italiano (ainda se consagraria Tetra em 49) foi ainda mais complicada. O clube excursionava também pelo Brasil, e aqui na Capital, jogou contra os rivais da Cidade de São Paulo, além de claro, o próprio Corinthians. E novamente, o Timão foi o único paulista a vencer num tento por 2 a 1, em pleno Pacaembu.
CAMISA GRENÁ – CORINTHIANS E TORINO Em 1949, meses após a partida amistosa entre os clubes, uma tragédia aconteceu ao clube italiano. Excursionando em Portugal, o Torino acabava de disputar um amistoso contra o Benfica. Partindo de Lisboa sob forte nevoeiro, o avião com comissão técnica, jogadores e jornalistas, se choca com uma parede da Basílica de Superga, igreja tradicional de Turim. A tragédia acabaria com o total de 31 vítimas. Foi um choque no mundo inteiro. O clube que também era a base da Seleção Italiana. Para você ter uma noção, em 1947, em um amistoso contra a Hungria, 10 dos 11 titulares da Itália eram do Torino. A Itália, destruída após a Segunda Guerra Mundial, viu no futebol um refúgio para as suas frustações. As ruas da cidade de Turim receberam em seu funeral mais de 500 mil pessoas, e estima-se ainda um número próximo de um milhão. Quatro dias após a tragédia, no Pacaembu diante da Portuguesa, o Corinthians jogaria usando tradicional uniforme da equipe Italiana num Pacaembu sob lágrimas.
Neste jogo, o Timão venceu a Lusa por 2×0 e toda a renda foi destinada às famílias das vítimas da tragédia. O clube Italiano e o Corinthians mantém uma relação de amizade até os dias de hoje.
Em 2011, o Timão lançou uma Camisa III na cor grená. Esta camisa foi em homenagem, justamente, ao Torino.
PRIMEIRO TORNEIO RIO-SÃO PAULO O Timão terminou a década de 40, conquistando em 1950, o primeiro Torneio Rio-São Paulo de sua história. Em setes jogos, cinco vitórias, uma derrota e um empate. A única derrota, meio amarga, foi para o Flamengo, por 6 a 2, ainda na estreia. O Corinthians terminou o torneio com um ataque monstruoso com o total de 20 gols. A artilharia, claro, foi do Corinthias, com Baltazar marcando 9 gols. Venceu, respectivamente, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Fluminense e Portuguesa. No jogo decisivo, empate contra o Botafogo, que garantiu um ponto a mais que o Vasco, e deu o título ao Timão. Título este, serviu para o Corinthians voltar a ser considerado um dos maiores do país, pois o Torneio tinha âmbito nacional. O grito de “campeão” foi comemorado no Pacaembu para mais de 45 mil pessoas.
E aqui encerramos nossa quarta parte da série. E que parte, hein? Gostei muito de escrever este trecho tão marcante da nossa história. E você? Gostou de ler? Se não leu os outros, vou deixar linkado aqui pra você ler tudinho cronologicamente.
Seguindo a série para os amantes da história do Timão que, assim como eu, amam ler e descobrir mais sobre fatos históricos sobre o Campeão dos Campeões.
Como eu disse no meu último texto, o Corinthians fechou os anos 20 com muitas glórias, e isso acarretou num desmanche para o clube da Lazzio, da Itália, que levou vários dos principais jogadores daquela equipe. E isso se refletiu em campo: em 1931, o Timão encerrou o Campeonato paulista em sexto lugar, apenas. No ano seguinte, novamente com uma passagem discreta pelo Paulista de apenas um turno, o Timão ficou em quarto lugar. Esse Paulistão, especificamente, teve apenas um turno por causa da Revolução Constitucionalista de 1932. Houve muita reclamação do São Paulo, por exemplo, que ainda acreditava no título. O Palestra Itália, que já era líder, foi sagrado campeão, de repente. Juro que não vou fazer piadinha com fax. (Já fazendo).
No ano seguinte, ainda sob construção, o Timão contratou um técnico Uruguaio para o comando da equipe. Foi o primeiro treinador profissional e remunerado da história do Timão. Pedro Mazzulo comandou o Corinthians até o ano de 1934.
Este ano, bem marcante, foi o ano da contratação do que viria a ser um dos maiores ídolos e artilheiros da história do clube. Teleco iniciou suas atividades no Corinthians em 34 e foi artilheiro do Paulistão cinco vezes. É o jogador com o maior número de artilharia do Campeonato Paulista. Começando em 1935, onde o Timão brigou pelo título até o fim, mas não deu.
Já em 1936, o Timão conquistou uma marca importante. Ficou o ano inteirinho de 1936 completamente invicto, contando até mesmo os jogos amistosos. E por incrível que pareça, nem assim foi campeão. Perdeu a final, já em 1937, para o Palestra.
Já no Paulistão daquele ano, o Timão daria o troco e venceria o estadual tendo como o vice o Palestra Itália, que lutou até a última rodada pelo título. na antepenúltima rodada, os clubes fizeram uma espécie de “final” num jogo emocionante, e deu Corinthians por 1 a 0, com gol de Teleco.
Em 1938 o Timão conquistaria o bicampeonato, mas tinha que ser sofrido! Como era ano de Copa do Mundo, o Paulista foi paralisado entre março e outubro e só foi terminar em 1939! A última rodada do Campeonato era praticamente uma final, pois o Corinthians, líder, duelaria contra o vice São Paulo. A diferença era de dois pontos. E tinha de ter choro tricolor! O jogo decisivo foi interrompido aos 21 minutos por causa da forte chuva. Dois dias depois, no dia 25 de Abril, o Timão empatou o jogo com gol de Carlito, com muita reclamação da torcida da Barra Funda, pois segundo eles, o gol tinha sido de mão. Como não havia VAR naquela época, o Juiz não voltou atrás e manteve o empate, que sagrou o Corinthians campeão com dois pontos de vantagem sobre o São Paulo.
O TRI E no ano seguinte, o Timão conquistava o seu terceiro e último tri do século. Em 1939, o Timão se sagrou campeão antecipadamente ao bater o Santos no Parque São Jorge por 4 a 1. TRÊS VEZES TRI! Feito este que só foi alcançado pelo Santos 2012. Teleco foi o grande nome dos três campeonatos conquistados, sendo artilheiro em 1937 com 15 gols, em 38 com 8 gols e em 39 com 32 gols.
SAUDOSA MALOCA
E no dia 28 de Abril de 1940, o Timão faria o que seria seu primeiro jogo no estádio do Pacaembu. Este dia foi marcante, pois contou com uma grande cerimônia, sendo feito então um torneio amistoso entre Corinthians, Palmeiras, Atlético MG e Coritiba.
O Corinthians que havia vencido o Galo por 4 a 2 e o Palestra que tirou o Coxa por 6 a 2, protagonizaram um grande clássico na final. Apesar do jogo equilibrado, o Timão levou a pior no placar de 2 a 1 e o rival ficou com o troféu.
E assim se encerra a década Corinthiana de 30. Foram muitas aventuras até aqui.
Nos anos 20, O Corinthians já mostrava a que veio. Fora uma década repletas de emoções e muito importante para a história do clube. Em 1922, o Timão consquistara o primeiro título do primeiro tricampeonato: O Campeonato do Centenário da Independência do Brasil, com vitória sobre o Paulistano. Em 1923, conquistou o bicampeonato com 4 rodadas de antecedência ao vencer o São Bento por 3×0. O curioso é que foi graças ao atual Palmeiras, na época, Palestra Itália, que o título foi confirmado. O Syrio, clube que disputava o título com o Corinthians, foi derrotado pelo nosso rival pelo placar de 2×1, o que matematicamente, o impediu de alcançar o Corinthians em qualquer circunstância. Também sobre o extinto Paulistano, a hemogenia estadual foi consagrada e comandada pelo primeiro grande ídolo do alvinegro paulista, Neco.
Segundo estádio
O Coringão jogou em seus primeiros anos de vida no campo de terra da Rua José Paulino, até se assumir como mandante do Estádio da Ponte Grande, até finalmente chegar ao Estádio Alfredo Schürig. No ano de 1926, o presidente do clube, Ernesto Cassano, com ajuda de dois sócios, Alfredo Schürig e Wladimir de Toledo Piza comprou o terreno do Parque São Jorge, que pertencia ao Esporte Clube Syrio, localizado no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Estádio este que foi comprado, reformulado e reinaugurado dois anos depois.
Pela localização do estádio no subdistrito do Parque São Jorge,casou muito bem a identificação com o santo guerreiro. As âncoras e os remos do escudo do Timão hoje também se deram conta pela localidade, já que na época o navegável rio Tietê, ao lado, permitia o desenvolvimento de esportes náuticos. Na reinauguração da Fazendinha, o Corinthians fez um grande jogo comemorativo no dia 22 de julho de 1928, contra o América do Rio de Janeiro. Partida esta, que terminou em 2 a 2.
Para coroar, o Timão terminou campeão paulista daquele mesmo ano. No ano seguinte, o clube conquistava novamente o bicampeonato. Esse ano, também foi o ano da primeira vitória contra um time internacional. Já no PSJ, o Corinthians recebeu o Barracas, clube argentino, e venceu por 3 a 1 de virada.
O Mosqueteiro
Há diversas teorias sobre a origem do nosso mascote, mas vou usar a mais provável e aceita, até mesmo descrita no site do Corinthians. Após esta vitória do Timão sobre o Barracas, o Thomaz Mazzoni, do jornal A Gazeta, destacou a “fibra de mosqueteiro” do elenco corinthiano. A história ganha ainda mais força, pois Mazzoni foi responsável pela criação do Periquito do Palmeiras e o Santo do São Paulo, além de nomear clássicos entre Corinthians x Palmeiras como Derby, Corinthians x São Paulo como Majestoso e Palmeiras x São Paulo como Choque-Rei.
É TRI! DE NOVO!
O fim da década ficou marcado pelo segundo tricampeonato paulista do Timão. Em 1930, na última rodada, Corinthians e Santos empatavam em 40 pontos na liderança e coincidentemente, disputavam o último jogo do campeonato entre si. Quem vencesse, seria o campeão. O São Paulo (da Floresta) torcia para um empate, pois vencendo seu último jogo, empataria com os alvinegros e forcaria o campeonato ser decidido em uma triangular final. Contudo, o Timão não tomou conhecimento do Santos e em plena Vila Belmiro, marcou 5 a 2 e foi tricampeão paulista pela segunda vez na história.
Ah, quase me esqueci de mencionar. Há um apelido atribuído ao Corinthians que perdura até hoje, usado até mesmo no nosso atual hino. O Corinthians se sagrou “Campeão dos Campeões” pois venceu este título honorário numa disputa entre o Campeão Paulista e Campeão Carioca do ano de 1929. O título foi promovido pela Associação Paulista de Esportes Atléticos, e como São Paulo e Rio de Janeiro eram as maiores potências do futebol nacional, o título ganhou tal apelido. Na fazendinha, o Timão venceu o Vasco por 4×2, e num segundo jogo, em São Januário, o Corinthians virou o placar de 2×0 para 3×0 e se sagrou o “Campeão dos campeões”, título este citado no hino do clube criado em 1950.
Apesar do ano de 1930 ter sido especial, houve consequências. O bom desempenho Corinthiano chamou tanta a atenção de clubes estrangeiros, e o Coringão sofreu um desmanche. Por isso, fez uma atuação discreta em 1931 e ficou em sexto lugar no campeonato paulista.
E ai, gostou? Sabia de alguma coisa? Conta pra gente o que tá’ achando aí nos comentários!
Milhares de influenciadores, ex-jogadores, jornalistas já disseram esta frase. Uma hora ou outra, as pessoas vão se rendendo. O time do povo vai sempre provar pros insistentes que este clube é único no país, mesmo sem fazer questão de precisar provar alguma coisa.
Leitores da Central do Timão, quero convidar vocês a minha série aqui no meu blog sobre toda a história do Corinthians, década por década. Tratarei aqui de assuntos que ainda nem sei. Portanto, descobriremos mais a fundo a história do nosso clube do coração.
Vamos começar?
Desde sua criação, há 109 anos, oficializada por cinco operários (Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correa e Carlos Silva), após um dia antes terem sido pegos pela magia do futebol ao ver a turnê do time inglês Corinthian Football Club no Brasil, sua alma também teria sido proclamada pelo então escolhido presidente, o alfaiate Miguel Battaglia, que, já no primeiro momento, afirmou: “O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time”. E assim se fez.
Borbulhos diante da burguesia perante o time do povo, onde tentaram de diversas formas prejudicar o Corinthians no extra-campo, o povo venceu: um ano depois de estrear no Campeonato Paulista, em 1914, a primeira conquista alvinegra veio, e tinha de ser invicto. O torcedor do time do povo poderia gritar pela primeira vez para todo mundo ouvir: O CORINTHIANS É CAMPEÃO! E QUE TÍTULO! Foram 10 vitórias em 10 jogos.
O preço no extra-campo pelo título foi caro: os times da Elite armaram para o Coringão, e boicotaram o Timão no Paulistão, que não jogou campeonatos oficiais em 1915. Em protesto, o Timão usou uma camisa preta, com listras brancas. O Timão havia criado a camisa alvinegra do clube. Você pode ter mais detalhes sobre o boicote ao Coringão clicando aqui “O PRIMEIRO TÍTULO, A PRIMEIRA CAMISA LISTRADA“
Em 1916, o Coringão ainda seria campeão, de volta a LPF, também com 100% de aproveitamento. Este campeonato que contou com mais clubes que nos anos anteriores, rendeu ao Timão o título com nove vitórias em nove jogos.
E no ano de 1917 olha só quem chegou finalmente a liga da APEA… O Timão disputaria finalmente, o cobiçado Paulistão das elites. Como a LPF deixou de existir, os clubes da antiga Liga Paulista migraram de vez para o campeonato da Associação Paulista de Esportes Athleticos. Foi instituído um campeonato equivalente à Segunda Divisão para ser disputado pela maior parte dos membros da extinta LPF. O Corinthians teve uma atuação tímida e terminou em quarto lugar, atrás de seus maiores rivais na época: O Paulistano, o Palestra Itália e o Santos.
O público do Corinthians ia crescendo a cada ano e a necessidade de mandar os jogos num local mais adequado foi crescendo junto. No fim de 1916, o Corinthians adquiriu o terreno onde hoje é a Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê. O estádio da Ponte Grande foi construído nos moldes de mutirão entre torcedores, dirigentes e até mesmo jogadores. Foi inaugurado no ano de 1918, com uma partida entre Corinthians x Palestra Itália (Sim, o Palmeiras). Foi ainda oferecida pela ACEESP uma taça para ser disputada. A partida que aconteceu no dia 17 de março terminou empatada em 3×3. Portanto, uma semana depois, seria disputado um segundo jogo, também na Ponte Grande, com vitória dos Palestrinos por 4×2. O Corinthians ainda usaria esse estádio até o fim de 1927, quando foi feita a compra do terreno do Parque São Jorge.
Em 1919, inspirado no Torneio Início Carioca, foi feito o Torneio Início Paulista, também. Tratava-se de um campeonato realizado num único dia tendo como participantes os principais times do Estado. As partidas duravam 20 minutos (10 por tempo) e somente a final durava 60 (30 por tempo). O curioso desse torneio era o critério de desempate: o número de escanteios. Eu sei! Bizarro! O Coringão foi campeão da primeira edição em cima do Minas Gerais-SP, e repetiria o feito por mais dois anos seguintes, contra o extinto Internacional-SP no bicampeonato e novamente contra o Minas no tri, pelo placar elástico de 7×0.
A década do Corinthians se encerraria perdendo o título do Paulistão para o Paulistano. O campeonato que era disputado no formato de pontos corridos, teve o título caindo entre os dedos do Coringão, pois na última rodada, o Timão precisava vencer o Palestra Itália e assim terminar o campeonato em 41 pontos. Contudo, perdeu para o rival, resultado este que sagrou o Paulistano o campeão daquele ano.
Em homenagem aos 109 anos do clube, decidi falar sobre uma parte importante do Corinthians nos primeiros anos de vida, que faz parte da identidade do clube até os dias de hoje. Lhes conto sobre o “Golpe da APEA”.
Em 1914, o recém criado clube de operários não era visto com bons olhos por ninguém. O então esporte bretão era visto como algo exclusivo da burguesia. E o Timão, que no seu segundo ano de participação, conquistou, de forma invicta, o Paulistão de 1914, fez com que os clubes dissessem um basta. Já tentavam boicotar o Corinthians desde 1913, quando três clubes se desvincularam da LPF (Liga Paulista de Futebol) e criaram sua própria liga: Associação Paulista de Sports Athleticos (APEA). A intenção era desmembrar a LPF pouco a pouco, o que foi dando certo. Sua segunda edição contou com seis clubes diferentes. O Corinthians que havia sido campeão em 1914 da LPF com 100% de aproveitamento causou tanto incômodo à elite, que os clubes ricos decidiram por um fim naquilo.
Foi esquematizado pelos mesmos, então, um plano sem que ficasse escancarado seu preconceito perante as origens operárias do Timão. Eis o que aconteceu: o Corinthians e todos os outros clubes visavam muito o título da nova Liga Paulista, pois era lá que estavam os melhores jogadores devido ao investimento financeiro. Sabendo disso, a APEA convidou o Corinthians a jogar em seu campeonato. Inocentemente, o Corinthians aceitou o convide, saiu da LPF e foi de encontro a sua nova federação. Porém, foi barrado ao chegar. Quando o Timão tentou voltar para a LPF, também foi barrado pela instituição, ficando assim, sem disputar nenhum jogo oficial durante o ano de 1915. A única coisa que restou ao clube foi promover partidas amistosas durante todo o ano.
Foi então que, em 14 de fevereiro de 1915, contra a equipe da Associação Atlética Caçapavense, em Caçapava/SP, o Corinthians entrou em campo com o uniforme Alvinegro pela primeira vez na história (Resultado 2 x 1 para o time da capital). O uniforme negro com listras brancas era um grito contra o preconceito das elites perante o povo.
A ideia de jogar com camisa preta com listras brancas ficou por muito tempo, exclusivo somente daquele ano. O Timão voltaria a usar novamente a camisa listrada somente na década de 40.
No último duelo entre Corinthians e Ferroviária, além de marcar a 29ª vitória corinthiana consecutiva, o Coringão carimbou a vaga para as semifinais do Paulistão. Jogo este, vencido por 3×1, com gols de Crivelari, Milene e Zanotti.
Além da ótima campanha no Campeonato Paulista, o Corinthians também alcançou uma vaga nas semifinais do Campeonato Brasileiro. O último jogo, contra o São José, marcou o tento. A partida teve o placar magro de 1×0, com gol da Milene.
E por falar em Milene, no 20/08 tivemos convocação para a Seleção Brasileira. O Corinthians que segue fazendo história, chegando a entrar até mesmo no Guiness Book com o maior número de vitórias seguidas na história do futebol (feminino e masculino) teve, inicialmente, três convocações: Érika, Milene e Thamires. Digo inicialmente, pois Marta, do Orlando Pride foi cortada alguns dias após a convocação. E para o seu lugar, Pia Sundhage convocou Victoria Albuquerque, vice artilheira do Timão na temporada. Que responsa, hein?!
Mas isso não abala nem um pouco a jogadora. Convocada pela primeira vez para a Seleção, Vic deu a palavra para o blog “Elas No Ataque”.
“É uma responsabilidade muito grande porque a Marta tem um legado muito forte dentro da Seleção, mas eu to aqui para fazer o que eu já faço. Estou aqui para ser a Victória e não para substituir a Marta. Então, não muda muito no que eu tenho que fazer”, declarou a craque alvinegra.
O amistoso será contra a Argentina, e rola hoje, às 21h30, no Pacaembu. Marca a volta da Seleção em solo brasileiro. A Canarinho não jogava por aqui desde 2017.
E em tempo: Ainda falta um pouco para as duas semifinais do Corinthians rolarem. Isso porque no Paulistão, o Timão se classificou com duas rodadas de antecedência. Ainda faltam os jogos contra a Ponte Preta e a Juventus. No Brasileirão, as quartas de final ainda não se encerraram. O Santos e a Ferroviária farão o último jogo desta fase, que só vai acontecer dia 3/9.
Aguardaremos as próximas datas das decisões. Até lá, terminaremos a segunda fase do Campeonato Paulista. O próximo jogo, contra a Ponte (F), será dia 31/08, às 15h, no estádio Estádio Benedito Teixeira.
Batemos o recorde brasileiro de um clube com mais vitórias consecutivas (entre o masculino e feminino) na história. Vamos agora, atrás do recorde Mundial. Estamos a uma vitória desse feito.
Você quer mais? Pois saiba que no jogo contra o São José pelas quartas do Brasileirão, Milene guardou o dela e igualou a marca de maior artilheira da história, que pertence a Gabi Nunes, também jogadora do Corinthians. O Timão vai ter a oportunidade de entrar também para o Guiness Book, livro de recordes mundiais.
Outro dia, estava eu comentando com um corinthiano no Twitter e disse da necessidade de ter um Mundial de Clubes Feminino, pois nossa temporada em 2017 terminou com o título Continental da Libertadores da América, sobre o Colo-Colo. Também comentei que teríamos completa competência para vencer qualquer clube do mundo. Fui rebatido amigavelmente sobre as condições e estrutura dos times estrangeiros. Será que o futebol estrangeiro mesmo no departamento feminino está tão assim à nossa frente? Eu ainda sigo discordando.
Este ano, o Lyon sagrou-se campeão da Champions League por 4×1, em cima do Barcelona, na Hungria. Lá fora, é o grande clube a ser batido. É hexacampeão da Liga dos Campeões Feminina. Somos um departamento recente, é verdade, mas olha nossas folgas aqui. Goleadas atrás de goleadas. Mesmo que não consigamos bater o recorde mundial, já está mais que provado que são poucos clubes que assustam o Corinthians aqui no Brasil. Em pouco tempo de existência, chegamos a duas finais de campeonato Brasileiro seguidas, no mesmo ano também chegamos à final do Paulistão. Fora os títulos da Copa do Brasil, da Libertadores, do Brasileirão, um de cada.
Em 2015, foi realizado pelo IWCC (International Women’s Club Championship) o último torneio intercontinental interclubes feminino. Esse campeonato era organizado pela Associação de Futebol Japonesa (Japan Football Association) e teve apenas três edições, tendo um campeão brasileiro: nosso próximo adversário no Brasileirão e o melhor colocado no Raking da CBF, o São José. Após longas tentativas de ter o aval da FIFA, o torneio em 2015 foi dado como cancelado e não houve outras edições.
Após a Copa do Mundo Feminina na França este ano, o presidente da FIFA afirmou que há interesse da entidade na criação de um Mundial de Clubes o mais rápido possível.
“Gostaria de propor o Mundial de Clubes Feminino começando o quanto antes. Uma Copa do Mundo de Clubes para desenvolver (o esporte) em todo o mundo. Pode ser jogada todo ano, expondo clubes do mundo todo, para elas realmente brilharem num palco mundial de clubes”, disse Gianni Infantino.
Também foi proposto pelo mesmo a ideia de uma Liga Mundial Feminina. “Um torneio em todo o mundo, em diferentes níveis”, foram as palavras do presidente.
Acho, particularmente, muito pouco para o Corinthians e para o futebol feminino em si, que a temporada termine num titulo continental. Este ano, em Outubro, o Corinthians disputará a Libertadores. Adquiriu a vaga ao vencer o Brasileirão de 2018. Como acho pouco provável que a FIFA faça alguma coisa até lá, o campeão da Libertadores deste ano terá que se contentar com o título Sul-americano. O Corinthians é um dos favoritos ao título e vamos buscar esse bicampeonato! Caso aconteça, será o primeiro titulo continental desde que o Corinthians começou a caminhar com as próprias pernas, após romper parceria com o Audax. Vamos torcer para que o titulo venha! A competição acontece no Equador entre os dias 11 e 27 de outubro deste ano. A Central do Timão vai te lembrar do campeonato próximo da data, pode ter certeza.
Este domingo foi o dia do primeiro Derby Paulista pelo Brasileirão 2019, em Itaquera. A expectativa era alta. Corinthians vem embalado desde que os clubes retomaram as atividades depois da parada para a Copa América. Em seis compromissos, foram quatro vitórias (CSA, Fortaleza e duas sobre o Montevideo Wanderers) e dois empates (contra o Palmeiras e Flamengo). Em uma belíssima combinação de resultados, o Corinthians poderia dormir em quarto colocado na tabela, neste fim de rodada. Para isso, o Bahia precisava fazer o trabalho de casa (e o fez) e derrotar o Flamengo e o Cruzeiro conseguir o feito de derrotar o Atlético Mineiro, fora, o que não aconteceu. Porém, uma vitória no Derby deixaria o Coringão em quinto na tabela. E quarta-feira tem jogo contra o Goiás, que vai mal neste Brasileiro e a expectativa, com todo o respeito, é a vitória. Isso aproximaria o Corinthians dos líderes e faria barulho entre os clubes que estão, neste momento, brigando pelo título Brasileiro. E sabemos como uma vitória num Derby pode embalar o time, vide o Derby do Centenário, em 2017, onde daquele jogo na Arena, da famosa expulsão erronia de Gabriel, o Corinthians embalou no título paulista e emendou no Brasileirão, fazendo o primeiro turno invicto e mais tarde, sagrar-se Hepta Campeão.
Gostei do que vi. Gostei do Fagner, Matheus Jesus, Vital, Clayson… A maioria estava dando carrinho com sangue no olho, do jeito que exigimos num Derby. Mas eu, como torcedor, sem a mínima visão tática (até porque não sou treinador) não entendi as substituições de Carille. Tirar Gabriel? Ele estava bem! Clayson por Everaldo? Oi? E ainda estou querendo saber se Vágner Love entrou em campo. Isso era jogo pra Gustavo, Boselli. Em minha opinião, Carille pecou muito nas substituições e isso foi fundamental para que o Derby não saísse do empate. A porcada cresceu durante o jogo, deu muito mais perigo de gol que nós e por pouco não perdemos. Não perdemos porque Cássio decidiu lembrar a todos nós que temos o melhor goleiro do Brasil. Pegou de todo jeito e fez três ou quatro defesas difíceis. Desde chutes a até mesmo cabeçadas. Cássio estava em noite abençoada.
Júnior Urso não vem jogando tão bem desde a volta da lesão. Precisávamos desse resultado. Eu trocaria o volante por outro atacante como o Boselli, que parece se entender com o Love. Não tiraria Clayson e tampouco deixava Sornoza começar como titular. Vital tem agradado, jogado bem e merecia a titularidade. O único recurso que tenho visto em Sornoza são as bolas paradas. As possibilidade são muitas e podíamos discutir isso por alguns minutos tranquilamente. Inclusive, te convido a comentar sobre o que você achou das substituições.
De qualquer forma, ainda estamos invictos. Esperamos continuar neste embalo. A expectativa contra o Goiás é de vitória e domingo tem jogo fora de casa, contra o Internacional, que está mais ou menos na mesma situação que nós na tabela.
Rivais não esperam que o Corinthians embale. E precisamos lembrar a nunca nos subestimar. Porque aqui é Corinthians. Tem muito campeonato ainda.
Sei que a expectativa é grande. Até porque, em tese, nosso elenco é bem mais competente do que vem mostrando. O que tem comprometido? Diversos fatores podem ser debatidos, desde a bola não chegar aos pés dos nossos centroavantes, toques de bola no meio campo ou uma zaga instável e insegura. De fato, concordo com esses argumentos. Mas, Carille me ensinou em 2017 que devo confiar em suas palavras e no seu trabalho. Vencemos aquele Brasileirão pela tática.
Posso estar errado, mas acredito muito em resultados após a parada da Copa América. E você pode ter um pouco de razão devido ao desempenho do time perante os amistosos. Mas o fato é: quem ali quer correr o risco de receber a pior numa dividida de bola, e ficar lesionado para o resto da temporada? Carille não quer isso. Nenhum de nós quer.
(Crédito da imagem: Daniel Augusto/ Agência Corinthians)
O fato é que só teremos resultados nos jogos oficiais. Estou confiante. Por enquanto, amistosos não passam de treinos televisionados para o Corinthians. A tendência, com as peças de volta, como Cássio e Fagner, a estreia de Gil mais esses esquemas táticos, é de melhora. Resta aguardar. Mas a expectativa é grande.
Ao longo de sua história, o Corinthians contribuiu, e muito, ao ceder jogadores para a disputa dos Mundiais para a Seleção Brasileira. Mas que jogadores foram esses?
Oreco tem um número impressionante de jogos com o manto. Ficou oito anos no Corinthians, e durante sua passagem no clube foi convocado pra jogar a Copa Do Mundo de 1958. Não chegou a marcar pela Seleção.
Gylmar é um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro. Atuava pelo Corinthians quando foi campeão do mundo com a Seleção Brasileira na Copa em 1958. No Timão disputou 395 jogos entre os anos de 1951 e 1961, dos quais sofreu apenas 77 derrotas.
No Corinthians, Ado viveu seus melhores anos da carreira. Foi goleiro reserva de Félix, esteve presente em 3 jogos pela Seleção, não tomou gols e ajudou na conquista da Copa Do Mundo de 1970.
Em 1970, Rivellino encantou o mundo com o seu drible “elástico” inédito. Era um ótimo batedor de faltas, e recebeu da imprensa mexicana, o apelido de “patada atômica”. Era por muitos, inclusive por Diego Maradona, considerado o melhor jogador de todos os tempos. Ídolo eterno de toda uma nação e do maior jogador da história da Seleção da Argentina, Maradona, o “Reizinho do Parque” foi tri-campeão do mundo pela Seleção de 70.
Viola era cria do Terrão do Corinthians. Foi convocado para a Copa do Mundo de 94, marcou três gols e ainda jogou a final contra a Itália. Ídolo da fiel torcida, é o 16° maior artilheiro da história do Timão.
Dida é considerado um dos maiores ídolos e goleiros da história do clube, onde foi parte do time Campeão Mundial de Clubes Fifa 2000. Era especialista em pegar pênaltis. Convocado para a Seleção de 2002 em busca do Penta, porém, só se tornou referência na defesa da Seleção durante a Copa de 2006, onde chegou a usar a braçadeira de capitão.
Ricardinho, um dos jogadores que mais conquistou títulos no Corinthians, fez história com o manto alvinegro. Em 2002 fez parte da Seleção que se sagrou Penta Campeã da Copa do Mundo.
Pela Seleção, Vampeta foi campeão da Copa América 99 e vice-campeão da Copa Das Confederações do mesmo ano e pentacampeão na Copa do Mundo de 2002.
O Timão não cedeu jogadores para a Copa de 1962.
Fotos montagem créditos Gustavo Santos
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