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BLOG DO FLÁVIO COSTA: Flechas sem arco não chegam a lugar algum

Três monstros, três máquinas, três bestas enjauladas.
Fazia tempo que não via tanta qualidade junta na “centroavância” do Timão. Gustagol, Boselli e Vagner Love jogariam na maioria dos clubes do Brasil.

Mas, por que eles não despontaram de vez a fazer gols?
Por que tanto sofrimento para chegar a uma simples vitória?

A resposta está em como a bola tem chegado à frente.
Dois meias que se revezam em suas inconstâncias, um gênio jogando de auxiliar de lateral e um arremedo de lateral esquerdo. Só aí são 4 titulares que a gente nunca tem certeza se pode contar. E olha que não citei o Clayson.

Lá atrás, tudo em paz, apesar do Henrique. A solidez de Ralf, a volúpia de Manuel somadas ao melhor jogador em atividade no Brasil (Fagner), nos fazem tomar poucos gols, mas para quem não faz nenhum, tomar um se torna irreversível.

As flechas estão afiadas, o arqueiro preparado, mas se os arcos não funcionarem, elas (as flechas), não passarão de artefatos caros e inúteis pela circunstância.

Um abraço, tamo junto.

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Liberação de bebida alcoólica dentro dos estádios de São Paulo – retrocesso?

Foto: Agência Corinthians

O brasileiro…

De sangue latino, quente, que ferve nas veias.
O brasileiro de suas emoções extremadas quase sempre com fervor.
O brasileiro compulsivo, reativo, o brasileiro pulsante, vibrante e apaixonado por futebol.
Falando em “paixão”, qual outro sentimento é capaz de tirar o ser humano de sua razão? Quando aflora, fica complicado, incontrolável, e às vezes exacerba o sentimento, e como uma erupção, o ser humano explode em êxtase e euforia.

Falei bonito né? Agora acrescente a esse coquetel de emoções, 90 minutos de dosagens alcoólicas. Quais são, mesmo, os efeitos do álcool? Bem, poderia citar alguns, mas o que entra no contexto da história é a “ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO”. Lembra que a paixão nos deixa meio irracionais? A bebida alcoólica nos tira a razão e a capacidade de julgamento. Pode nos deixar mais corajosos, corajosos não, eu diria mais afoitos.

Em tempos de campanhas para inserir família nos estádios, campanha para aumentar o número de mulheres independentes nas arquibancadas, a liberação da venda e consumo de bebidas alcoólicas chega como um retrocesso avassalador.

Mas o que tem a ver a mulher com isso? Lembra daquele relato de alguma colega sua que diz que foi “desrespeitada” por algum machão dentro do estádio, apenas por estar sozinha? 90% de chance do indivíduo estar alcoolizado.

Contra esse argumento existem os interesses comerciais em prol dos estádios, e o fato de que o indivíduo pode encher a cara fora e já adentrar no estádio embriagado até a alma. Amigo, o tempo que ele sai do bar, até conseguir entrar no estádio, já é um ganho para seu organismo dar sinais de recuperação. Além disso, se estiver exageradamente embriagado, ainda passará por catracas e revistas. Aí serão 90 minutos apenas de futebol.

Um lugar repleto de beberrões não combina com famílias, não combina com crianças.

Acredite, o poropopó vai continuar sem precisar de “aditivos”.
No peito, na alma, no grito, nas palmas, junto com toda família.

Aqui é Corinthians!

BLOG DO FLÁVIO COSTA – Mercenário ou profissional? E se fosse você?

Angel Romero posta foto enigmática em uma rede social e causa um reboliço na torcida do Corinthians.

Muitos já sonhando com seu retorno ao time, outros ainda rancorosos com a situação da sua não renovação.

Mas, afinal, jogador que briga por “valorização” é apenas profissional ou mercenário? No futebol há espaços para rancor?

Você aceitaria Romero de volta?
Você aceitaria Paolo Guerrero de volta?
Você aceitaria Balbuena de volta?
E o Carille, você foi a favor ou contra sua volta?

E a última pergunta:
E SE FOSSE VOCÊ? ACEITARIA SAIR DO ATUAL EMPREGO PARA GANHAR MAIS?

Na minha opinião, jogador tem o direito que procurar melhoras, até porque a carreira é curta demais.
Jô foi embora e não é menos ídolo.
Gil nos deixou e estamos ansiosos com sua volta.
O Romero eu espero de braços abertos, já o Guerrero, Deus me livre, mas quem me dera.

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Os xerifes do Corinthians

A importância dos xerifões nos títulos mais importantes do Corinthians nos últimos anos.

Nessa época de especulações sobre a volta do zagueiro Gil, me peguei a pensar o quão importante seria um xerifão para jogar o segundo semestre, e já pensando na próxima Libertadores. 

O título de 1990 foi o primeiro que acompanhei, mas como ainda era criança, o que me restou na memória daquela época foi apenas o “espalma Ronaldo” (além dos gols do Neto, claro). Por isso, vou falar do que é mais fresco à lembrança. 

Os grandes títulos da história recente do Corinthians, quase sempre tiveram a participação de verdadeiros “xerifões” na retaguarda. Já fomos campeões com goleiros meia-boca, já levantamos taças com técnicos contestados… Mas, a figura do grande zagueiro, quase sempre, esteve em nossas principais conquistas. 

Já tivemos um Gamarra (o maior de todos) em 1998, Fábio Luciano no BR99 e no Mundial de 2000 (ao lado de Adilson Batista), Chicão no BR11, Libertadores e Mundial de 2012, o próprio Gil em 2015 e, por fim, Balbuena em 2017. 

Nesse meio, o que fugiu à regra foi o time campeão brasileiro de 2005. Ali contávamos com Marinho e Sebá Domingues (meu Deus!), mas que no final, deu tudo certo. 

Manuel está em uma crescente absurda com a camisa do Corinthians. Mas, não é um primor técnico de zagueiro. Henrique dá impressão que passa 90 minutos se controlando para não entregar a rapadura. Essa é hoje nossa zaga titular. 

Sabendo disso, não seria hora de um esforço maior para trazer um novo xerifão? Qual a sua opinião sobre isso?