Dyego Coelho está tendo a primeira grande oportunidade da sua vida de treinador. Assumir o time de coração, onde se criou e se profissionalizou já seria uma grande responsabilidade, mas se o referido clube é o Corinthians, aí já viu, o negócio toma outra proporção.
Coelho começou bem, trouxe de volta a confiança que o elenco havia perdido, muito pelos desgastes de algumas entrevistas infelizes de Fábio Carille. Com muita personalidade, Coelho foi mudando o jeito de jogar da equipe, mesmo com pouquíssimo tempo para trabalhar.
Tudo isso é bonito na teoria, mas na prática, às vezes fica estranho de assimilar, e com pouco tempo para treinar, fica complicado.
Contra o Internacional, o Corinthians quis surpreender, e surpreendeu mesmo, mas no caso do 1° tempo, negativamente. Uma linha de três zagueiros na saída de bola, com Manoel e Gil abrindo e Ralf descendo até a linha de zaga para buscar a bola. Com Fagner e Avelar um pouco mais avançados, e Sornoza inerte no meio campo, a saída de bola ficou mesmo a cargo do nosso “camisa 10” Manoel.
Aí eu pergunto: Tinha como dar certo um negócio desses? Claro que não. Tomamos sufoco dos colorados dentro de casa. Levamos mais de meia hora de jogo para dar o primeiro chute a gol. Saímos para o intervalo no lucro com 0 x 0 no placar.
No 2° tempo, Coelho foi mais ousado, quer dizer, mais ousado não, mais pé no chão. Colocou Cleyson no jogo, aberto, na sua posição. Puxou Urso para o meio, onde ele sabe jogar. Espetou Janderson aberto na última linha, e recuou Júnior Sornoza para liberar mais os laterais. O time cresceu, foi para cima do Inter, criou oportunidades de gol. No meio do 2° tempo, Love entra no lugar de Vital e deixa o time ainda mais disposto a buscar os 3 pontos.
Boselli, que havia perdido um gol na cara do goleiro, pede para sair e dá lugar ao sempre intenso Gustagol. E de Gustagol, o golaço da noite. Quebrada de Cássio nos pés de Vagner Love. Tacada de sinuca de Love para Gustagol. O centroavante ainda dribla o goleiro antes de marcar, mas a bandeira subiu marcando impedimento, uma pena.
Ao fim do jogo, um 0 x 0 que nos tirou 2 pontos na briga pela vaga na Libertadores. Tivemos 45 minutos de um feijão com arroz bem temperado, mas não foi o suficiente.
Feijão com arroz Coelho, inventa muita coisa não, que o tempo é curto.
Saudações!
Vai Corinthians!
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