Eu sou o tipo de torcedor que sofre quando o Timão está mal. Não sinto raiva como alguns. Não esbravejo contra o time. Não xingo. Não me revolto. Não quebro nada. Fico quietinha. Não quero ver ninguém, falar com ninguém e me esforço para não me esconder. Também não é me esconder. É porque não quero ver ninguém xingando o amor da minha vida. É doído demais pra mim.
É o meu amor. É o amor da minha vida. Quando o Corinthians perde, eu perco junto. Eu perco a fome e perco o sono. Perco a alegria de viver. Perco de ver o sorriso na cara da Fiel. Fiel que também amo. Me sinto lá na década de 70 quando vivíamos aquele jejum maldito de títulos paulistas. Ahhhh você não conhece o inferno, a humilhação. Meu amor já sofreu tanto nesses 109 anos, ele merecia mais. Ele merece mais. Merece o meu amor, merece o seu amor. Nossa compreensão, nosso apoio. Nosso abraço.
Quando o Corinthians perde, sinto carinho. Mas não um carinho qualquer. Sinto como uma mãe que vê o filho sofrendo e ela não pode fazer muita coisa, além de rezar e pedir à Nossa Senhora que enxugue suas lágrimas.
Parece exagero, muitos não compreendem, mas essa sou eu.
Mas apesar da tristeza, conheço o meu amor, estamos há 50 anos juntos. Ele vai se levantar e dar a volta por cima mais uma vez, e lá estarei feliz ao seu lado, gritando sempre com muito orgulho “Vai Corinthians!”
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Amanhã é domingo e tem Corinthians contra o Avaí. Bateu uma vontade de escrever umas linhas para o blog. Sentei aqui e a inspiração sumiu, foi consumida pela ansiedade.
Eu não sei vocês, mas em mim dá “um não sei quê não sei aonde” quando o Timão joga com esses times que estão no Z4 da tabela. Não tenho medo de clássico, de time grande, porque sei que o Corinthians cresce e vai para cima. Mas… ow… te falar… me bate uma ansiedade! Ou será que é medo? Não do adversário, mas do Corinthians mesmo. Sabe aquele “complexo de Robin Hood” do futebol brasileiro, sem aquele verde horrível… Sai zica!
O Atlético Mineiro deu a deixa. Perdeu hoje para o Bahêa e estacionou nos 27 pontos, só precisa o Corinthians ir para cima do Avaí, não tomar conhecimento, e, sinto muito, vencer, e secar os saltos altos que estão à nossa frente. Um deles que bobear, a gente pimba!
Daí fico repetindo para mim mesma uma ladainha sem fim, é mantra (tantas vezes repetido por tantos outros torcedores como eu)… Entro num Vai Corinthians sem fim…
Vai Corinthians! Vai ganhar de meio x 0 com gol do Everaldo que tudo bem, vale 3 pontos.
Vai Corinthians, vai com o amor e a dedicação do Idário, o “Deus da Raça”, chama o Goiano e o Roberto Belangero, forma de novo a lendária linha média campeã Paulista do IV Centenário, em 1954!
Vai Corinthians, vai com a garra do capitão Freddy Rincón, levantando a taça do primeiro Mundial!
Vai Corinthians, com a força do Zé da Fiel faz de todos Zé Elias e Vampeta!
Vai Corinthians, beija a bola, vai pra falta com as pernas de Rivellino, de Neto e Marcelinho!
Vai Corinthians, vai com a doideira do Viola, do Dinei e do Edilson Capetinha!
Vai Corinthians, vai com os berros do Ronaldo Giovanelli, com a elegância do Gylmar, passa nada!
Vai Corinthians, vai com a perfeição do Gamarra ou só com a vontade do Romero (saudade paraguaios, meu Deus!!!). Tiiiraaa Gil, manda pro mato, Manoel!
Vai Corinthians, vai com os gols do Luizão, já chega fazendo quatro e não para mais!
Vai Corinthians, vai com a genialidade de Carlitos corinthiano maloqueiro sofredor.
Vai Corinthians, vai com o Fenômeno Ronaldo derrubando o alambrado e mudando tudo pra sempre!
Vai Corinthians! Vai com o amor da tua Fiel, que tem em ti a maior alegria de toda a vida.
Vai Corinthians! Vai, não para de lutar, que daqui a tua Fiel não para nunca de apoiar.
A história de pessoas vencedoras sempre despertou minha curiosidade. Até porque sei que o acaso não faz vencedores. Para chegar lá é preciso mais que sorte, mais que sina de campeão. Só acreditam em sorte aqueles que não tiveram a curiosidade de olhar a história por trás do sucesso. Quem a vê, descobre a quantidade de trabalho, sofrimento, solidão e superação que a pessoa precisou enfrentar. A história de Fagner é assim. Ele me encanta. Assisti um programa na tv uma vez (não me lembro qual), onde sua esposa dizia que o que mais gosta nele é o seu coração, e finalizava: “Ele é muito bonzinho… ele é bonzinho demais.”
Dias de luta, de solidão. Criado no Jardim Capelinha, um bairro simples na Zona Sul de São Paulo, aos seis anos viveu o primeiro baque. Após a separação dos pais, teve a ausência de uma das coisas mais importantes na vida de uma criança: a mãe. Ele e o irmão foram criados pelo pai. Brincando, chocou-se contra uma porta de vidro, entrou em risco de morte ou amputação do braço esquerdo. Socorrido em um hospital público, uma cirurgia errada (nos ligamentos rompidos) quase lhe fez amputar o braço. Se recuperou depois, em outro hospital, e o pai vendeu o carro para pagar a cirurgia. Por isso, já adulto, para cobrir a cicatriz, passou a fazer tatuagens.
Moleque talentoso, foi descoberto em 1999, numa escolinha de sua região. Com apenas 9 anos pegava três conduções (trem e ônibus), num trajeto de quase três horas e ia sozinho para o treino no Parque São Jorge. O pai tinha que trabalhar, e não podia levá-lo. Começou como atacante, foi volante, meia, zagueiro e quando faltou um lateral direito, o técnico pediu para ele treinar, ali ele se fixou. Mas um outro técnico quis mandá-lo embora por ser muito baixo. A diretoria o bancou.
Um dia não foi relacionado para um campeonato. Não se conformou. Pediu autorização para jogar por uma escolinha de Santo Amaro. Se inscreveu na quinta-feira e no sábado já jogou a competição. Brilhou. Conseguiu ajudar o time a chegar às semifinais e jogar contra o Corinthians. A partida terminou em 2 x 2, e ele foi o melhor em campo, fazendo um gol e dando o passe para o segundo. O time da escolinha perdeu nos pênaltis para o Timão. Naquele dia, provou seu valor. Acabou premiado como o melhor jogador do campeonato. A partir dali se firmou no Timãozinho e, em pouco tempo, já era titular e capitão. No Corinthians ganhou títulos em todas as categorias até o sub-17, ganhou bolsa de estudos e costuma dizer que também formou seu caráter.
Em 2006, novamente, faltava um lateral direito para um jogo. Dessa vez, no time profissional. O Timão. O técnico Emerson Leão chamou o menino do sub-17 para jogar a partida contra o Fortaleza. Começou ali sua carreira. No fim do ano, foi vendido para o PSV, e foi para a Holanda. Com apenas 17 anos, sozinho e sem ser aproveitado (depois da mudança de técnico, nunca mais jogou), pensou em largar o futebol. Prometeram apartamento, mas ficou morando na casa de um casal e sem receber salário.
Voltou desempregado. Casou jovem (19 anos) com a prima de um amigo de infância. Partiu do Vasco da Gama a oportunidade de voltar a jogar (seria Éderson apenas uma desculpa que os flamenguistas usam para odiar tanto o Fagner? Me parece que o verdadeiro motivo é ele ter brilhado no rival Vasco).
De lá para cá, nós já sabemos. Eu sinto um orgulho danado quando vejo histórias assim. Exemplo para tantos que desistem antes de começar.
Determinado, disciplinado, focado, família, feliz. Jogador do Corinthians e da Seleção Brasileira. Ele lutou muito para isso. Dias de glória.
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“É uma loucura sem cura e só quem ama, entende.” Frase clichê dita por todo torcedor. Clichê, mas real
Eu nem tento explicar. A pessoa não vai entender porque ela nunca viveu o Corinthians, ela não conhece a história, as alegrias e os sofrimentos, as perdas e as conquistas, ela nunca chorou de tristeza nem de felicidade com ele ou por ele.
Mas, de vez em quando me questiono. O que é esse amor que sentimos? Por que sentimos essa paixão absurda? Por que nos sentimos perdedores (na vida) quando ele perde e vencedores (na vida) quando ele vence? Por que vivemos (e em alguns casos extremos, morremos) e fazemos tudo por esse amor? Não seria exagero dizer que é como se o Corinthians fosse a pessoa amada, um pedaço de nós.
Tantos mais qualificados que eu já tentaram explicar. Cientistas dizem que estudos do cérebro humano comprovam que esse amor está ligado ao amor romântico. Leigos dizem que é só uma partida de futebol. E nós provamos que não é tão simples assim, que o amor pelo Corinthians é coisa séria, importante, imprescindível, fundamental. Para eles, são só jogadores correndo em campo por causa de uma bola. Para nós, nunca foi só sobre futebol. É Corinthians. Para nós é sobre sonhos, histórias, amor e conquistas. É sobre pessoas, seus projetos e esperanças. São tantas histórias e todas carregadas com toda a bagagem emocional que cada um de nós leva consigo pela vida afora.
Dizem que você cresce e amadurece, e o seu lado racional fala mais alto. Comigo é diferente. Hoje eu tenho feito pelo Corinthians muitas coisas que nunca fiz. E a saudade?… Ah! A saudade que sinto do Corinthians já começa no apito final do último jogo.
Compartilho com você um vídeo que recebi do meu amigo Ramire e que me fez refletir sobre esse amor.
“Não tem a ver com o Corinthians, mas tem a ver com o amor que o Corinthians nos proporciona. Acabou de passar no Fantástico e fui assistir, muito emocionante!” (Ramire)
O filme começa explicando a rivalidade Cerro x Rampla Jrs, para contar sobre o amor incondicional de um pai por seu filho. Torcedor fanático do Cerro por 70 anos, viu seu único filho se tornar torcedor fanático do maior rival, morrer voltando de uma partida no Maldonado e ter suas cinzas espalhadas nas arquibancadas do estádio do Rampla. O restante da história (verídica), você vê no vídeo. Está em Espanhol, mas, assim como eu, tenho certeza de que você vai entender com o coração, vai querer viajar para o Uruguai, abraçar o sr. Justo e torcer pelo Rampla junto com ele.
Desafio você a não se emocionar e deixo mais uma pergunta: por que esse amor nos faz nos reconhecer no outro de uma forma tão intensa?
Campo do Lenheiro em 1910 – A primeira vitória do time do Corinthians (Luiz Fabbi marcou o primeiro gol da história do Timão)
Sim, é verdade e não pode passar em branco. A paixão nacional do brasileiro tem data para ser celebrada. É hoje o Dia Nacional do Futebol. É hoje o dia do esporte que dá tantas alegrias e tantas tristezas para nós, que o amamos. O esporte que pode ser jogado com uma bola de meia, uma bola furada, o goleiro com os chinelos nas mãos, time com camisa x time sem camisa, no lindo gramado da Arena Corinthians, na grama de casa, na sala, no quintal, na várzea, na quadra, na rua, na chuva e na fazenda.
A data foi escolhida em 1976, em homenagem ao Sport Club Rio Grande, considerado o time mais antigo do país, que hoje aniversaria. O Rio Grande é do Rio Grande do Sul e ainda está em atividade.
Sobre o futebol no Brasil existem vertentes variadas. Muitos dizem que ele surgiu na Inglaterra em meados do século 19 e veio para o Brasil em 1894, trazido por Charles Muller. Outros relatos apontam os jesuítas como os responsáveis pela chegada do esporte ao país na segunda metade do século 19.
O fato é que o futebol é uma paixão nacional e alimenta sonhos. São centenas de milhares de escolinhas espalhadas pelo país, sem falar dos projetos sociais que trabalham a inclusão de crianças carentes e assim acabam descobrindo craques e mudando suas vidas.
A atenção está mesmo é no domingo. Até porque domingo tem Corinthians! Tem Clássico das Multidões! Corinthians x Flamengo. São simplesmente setenta milhões de brasileiros com o coração já batendo mais forte, fora os “anti” que estão só esperando para zoar o que perder, pois são os dois times mais odiados do país (eu diria invejados mesmo!!! adoro!!!).
Mas, voltando a falar sobre porque existe uma data específica para o futebol… Nada mais justo, pois ele está presente no nosso dia a dia e é raro o brasileiro que não gosta de futebol. Ele domina a semana inteira. No domingo tem jogo. O assunto não pode ser outro. Na segunda, se o time da gente ganhar, é dia de assistir todos os programas da tv e do rádio e zoar o adversário. Se perder… Pula essa parte! Na terça já muda o assunto, olha para a frente, porque quartas e quintas também são dias nobres, e nosso time vai jogar de novo. Na sexta-feira a gente nem lembra se ganhou ou se perdeu, porque é o dia nacional da cerveja e os papos nos botecos rolam sobre o jogo de sábado ou domingo.
E tome resenha! Enfim, não sobra nem a amarga segunda, pois quem ganhou vai comemorar e quem perdeu vai chorar e culpar até o vento pela derrota do seu time.
Não. Para falar a verdade, não amo tanto assim o futebol e nem ligo se ele tem um dia. Eu amo mesmo é o Corinthians, e dele são todos os meus dias.
Obs.: E se você ainda está tentando entender o que a foto tem a ver com o texto, lhe digo que nada e tudo. Se for para falar de futebol, eu tenho que falar de Corinthians, e nada melhor para estampar o texto, do que a foto da primeira vitória ainda no Campo do Lenheiro.
Eu torço. Tu torces. Ele torce. Nós torcemos. Vós torceis. Eles torcem. É Corinthians! É verbo!
Fui de setor Norte no jogo contra o Ceará pela Copa do Brasil e vivi uma experiência que mexeu com minha emoção e me fez pensar muito nesse tema. Em pé, à minha frente, um jovem senhorzinho franzino com uma camisa Kalunga, de 1985, muito surrada e cheia de bolinhas.
Cabeça erguida, pulando, cantando, esfregando as mãos, os olhos brilhando de felicidade por estar ali com sua camisa de 34 anos molhada pelo suor da história. A cada jogada eu sentia com clareza seus pensamentos. Seus gestos e olhares valiam mais que mil palavras. Ele socava o ar, fechava os punhos com força empurrando o time, gritava com toda a sua alma e se sentia importante por estar ali ajudando o Corinthians.
Meu coração se encheu de respeito e carinho por ele, eu ali pequeninha diante da grandeza dele, já não prestava mais atenção ao jogo, fascinada, hipnotizada por aquele corinthiano, ele sim, maloqueiro sofredor.
Meu pensamento voava. Que sacrifícios ele teria feito para estar ali? Quanto custou, para ele, pagar 28 reais no ingresso? Mais 14 reais de metrô?… Será que ele vem sempre ou raramente pode?… Pelas roupas, parecia tão carente de bens materiais… Mas, olha a felicidade dele! Quanta história as bolinhas dessa camisa viveram e contam? Quantas vezes essa camisa enxugou as lágrimas dele ou ensopou de suor de tanta felicidade?… Que vontade de abraçá-lo! Não me passou pela cabeça “Nossa! será que a camisa é pirata?”… “em quem será que ele votou nas últimas eleições?”… (Oi?!)
Me apresentei e perguntei se podia fotografá-lo pra um site. Sorridente, ele permitiu e me disse se chamar Luciano. Expliquei que escreveria sobre “ninguém é mais corinthiano que ninguém” e gostaria de conversar com ele a respeito disso. Orgulhoso, ele disse “Claro! Ninguém é mais corinthiano que ninguém, porque só eu sei a felicidade que estou sentindo.“ Combinamos de conversar no intervalo do jogo, mas, ao fim do primeiro tempo, veio o poropopó e ele desapareceu na multidão. Frustração. Não o vi mais.
Eu tinha tanto a aprender com ele!… Queria muito que o Corinthians tivesse feito um gol, para comemorarmos juntos, abraçados, coração com coração…
Fiquei pensando em que categoria os “senhores da fiel” incluiriam o sr Luciano. Pois, hoje, muito se discute o corinthianismo de cada um, e é comum vermos ditadores de regra tentando dividir a Fiel em:
fiel direita/fiel esquerda fiel camisa pirata/fiel camisa original fiel torcedor/ fiel sofá fiel corneta/fiel foca fiel organizada/ fiel sei lá o que…
Enfim, todo tipo de divisão, tudo sempre carregado de muito preconceito e tentativa de imposição.
Oras… como diz o grande corinthiano Rafa Gil, “Na hora do gol, quando eu abraço o irmão que está ao meu lado, não pergunto nada sobre ele, só quero saber que ele é corinthiano, que está tão feliz quanto estou e isso basta.” Outro Rafa que admiro muito, o Rafael Castilho, diz que não existe corinthiano sozinho. “O corinthiano compartilha com os seus iguais esta experiência existencial. Não pode haver Corinthians sem comunhão.” Torcer para o Corinthians é íntimo e tem a ver com religião, com fé.
Como ousam discutir a fé de cada um? Mas temos visto dedos apontados e sentenças proferidas como se fosse um tribunal onde a condenação é rápida e curta: “Você não é corinthiano!”.
E o corinthiano, acuado, feito “réu”, é obrigado a ouvir, calado, as instruções, se “regenerar” e se juntar aos “bons”, sob pena de calar-se eternamente através do block, não antes de receber um rótulo ao bel prazer do “senhor juiz”.
Arrogância. Insolência. Intolerância. A causa é uma só: Corinthians. É incrível como pessoas que se reuniram pela mesma causa, o Corinthians, e pelo mesmo sentimento de corinthianismo, conseguem transformar algo tão lindo em um campo de guerra. Sinto tristeza. Já tentei entender os argumentos de todos, juro! Mas não consigo ver lógica na arrogância.
Cada um torce de um jeito e não existe régua para se medir o amor do outro. Cada um tem uma régua que só consegue medir a própria vida, os próprios sentimentos. Até porque o verbo “torcer”não significa apenas apoiar, mas, também, mudar o sentido ou a direção de algo, assim como você torce a roupa lavada. Também quer dizer curvar-se, render-se, ceder, contrair-se, contorcer-se, sentir inquietação, raiva, insatisfação, mostrar desagrado, envolver, enrolar, enroscar…
Será que tem gente que acha que o cara que compra a camisa no camelô não sonha em ter uma original? Considero impossível um corinthiano não se sensibilizar pelo fiel que mora fora de São Paulo e só pode acompanhar o Corinthians pela televisão. Você consegue se colocar no lugar dele na hora do jogo?
O que dizer do ditador, o que se considera o “porta-voz da fiel”, que usa dos mais estapafúrdios argumentos preconceituosos, se apossa e se utiliza de nossos ídolos, usando-os como justificativa para sua empáfia, dividindo a fiel entre os que votam em fulano ou em sicrano?! Se você vota como eu voto, você é corinthiano. Se você vota diferente, você nem corinthiano é. Então você está condenado a rótulos, e pronto, acabou!
E os “cornetas” que exigem que os “focas” se manifestem e apoiem suas críticas, muitas legítimas, outras estapafúrdias, resultado da grande paixão… E, onde existe lógica na paixão?… E os “focas” que exigem que os “cornetas” se calem, porque não é possível que sejam corinthianos, tem que apoiar em tudo!… “Eu respeito a sua opinião, mas…” Mas, mas, mas… Respeita nada!
Impressiona ver como existem pessoas que se acham inteligentes (muitas até o são!) mas querem ser melhores que as outras e humilham de forma intencional e agem com tanta arrogância e nenhuma empatia. São os que se acham “mais corinthianos que os outros”. No íntimo, pensam que são formadores de opinião, se consideram os donos da fiel, donos da verdade. São os que tem rótulos prontos para os que pensam diferente deles.
Respeitar o semelhante é respeitar a si próprio, e isso, sim, é ser inteligente! Ser humilde, valorizar o sentimento puro, independente de cor da pele, da escolaridade, da aparência, da raça, do dinheiro, se mora longe ou se mora perto. Conversar sobre o que pensamos, discutir pontos de vista, mas que seja sem outros interesses e preconceitos, aprender com o outro, fortalecer seu CORINTHIANISMO, isso, sim, é tão lindo, é tão Corinthians!
E já que você chegou até aqui, quero lhe dizer que não importa em quantos jogos você foi desde que nasceu. Não interessa a ninguém a quantidade de camisas do Corinthians que você tem, se são originais ou piratas. Ninguém é mais corinthiano que ninguém. Nem quem vai à Arena domingo ver o Corinthians jogar, nem a maioria que vai assistir pela TV, ou até os que nem poderão assistir.
O Corinthians aceita você como você é. Eu, você, e todos os 34 milhões de loucos, somos todos corinthianos. Não permita que ninguém lhe diga o contrário e, se disser, deixe-o falando sozinho. Não vale a pena contribuir pra esse debate inútil.
“Avô corintiano, pai corintiano. Nasci corintiano, num 20 de junho às 14 horas de um domingo. Papai me viu rapidamente e foi ao jogo. De volta à maternidade, disse ao meu ouvido: ‘O Corinthians ganhou do São Paulo’. O Corinthians… foi a primeira palavra que ouvi neste mundo.”
Hoje faz cinco anos que perdemos Dr. Osmar de Oliveira. E como perdemos! Não só sua família perdeu, mas o Corinthians, a Fiel Torcida e todo um país tão carente de pessoas corretas.
Dr. Osmar amava uma provocação e simbolizava, como poucos, a frase “contra tudo e contra todos”. Se falavam mal do Corinthians, ele crescia, se alterava e virava mais corinthiano que qualquer um nesse mundo e defendia o Corinthians com unhas e dentes, mas sempre com a verdade incontestável. Em tempos de muita busca por audiência e cliques, e pouco caráter, quanta falta você faz, Dr. Osmar!
De coração enorme, médico competente e também jornalista de opiniões contundentes, corinthiano na alegria e na tristeza, nunca se escondeu. Respeitado até pelos rivais, por onde passou, deixou um rastro de respeito e credibilidade. Foi redator da revista do Corinthians na década de 60 e ao mesmo tempo do jornal Coringão. Único jornalista esportivo que atuou em todas as grandes emissoras de tv de São Paulo, foi comentarista e narrador, inclusive comandou, na Band, a final épica do basquete dos Jogos Pan-Americanos, em 1987, nos Estados Unidos, onde a Seleção Brasileira de Oscar & Cia conquistou o ouro sobre os donos da casa.
Apesar da carreira extensa no jornalismo, Dr. Osmar nunca deixou de exercer a Medicina. Foi médico do Corinthians e da Seleção Brasileira de Basquete e recebeu a homenagem de colocarem seu nome no Centro de Preparação e Reabilitação de Atletas, dentro do Centro de Treinamentos do Corinthians, imortalizando-o.
Polêmico e sincero, travava embates memoráveis com os torcedores rivais, especialmente com seu amigo Marco Aurélio Cunha, médico e ex-dirigente do São Paulo, e enchia de orgulho a Fiel Torcida, que repetia uníssona: “Dr. Osmar representa!“. Sua grandeza, seu profissionalismo, sua dedicação, sua seriedade e sua alegria nunca serão esquecidos por nós que também amamos tanto esse Corinthians.
Sim. Dr. Osmar, você faz falta. O que nos conforta é saber que você está lá no céu dando consulta de graça para todo mundo, como sempre fez aqui na Terra.
“Não sou corinthiano de coração porque um dia ele para. Sou corinthiano de alma porque ela é eterna.”
Saudade eterna Dr. Osmar de Oliveira 20/06/1943 – 11/07/2014
Me chamou atenção um repost que Cássio fez em seu instagram. Alguém postou, e ele repostou, como que confirmando, talvez mais para si mesmo, que para os outros.
Fui dormir pensando naquilo. Hoje, vemos o Gigante na meta do Corinthians, Bi-campeão Mundial, sendo convocado para a Seleção e até os clubistas que conseguem misturar Seleção com seus sentimentos ruins, sabem que, se Álisson faltar, Cássio estará lá para nos dar segurança. Vemos Cássio vitorioso e não conseguimos imaginar todo o caminho que ele precisou trilhar para chegar até aqui. Não conseguimos imaginar o que aquele menino de 13 anos viveu no dia em que disseram que ele era um goleiro ruim.
Foto: Reprodução / Twitter do Corinthians
, Cássio sabe de sua importância no quesito exemplo. Exemplo não só para as crianças que o admiram, mas, também para tantos adultos que vivem por aí choramingando. Sabe que dias ruins existem para que os dias bons possam valer a pena. Sabe que diante dos problemas, falhas e erros você aprende a amadurecer à força, e que a vida é assim mesmo, às vezes até um pouco bruta, mas mesmo assim você tem que erguer a cabeça e buscar ser quem você deseja ser.
Ainda hoje, mesmo vitorioso, mesmo sendo “O Gigante”, ele supera a dor e luta contra suas próprias limitações humanas. O céu é o limite dos guerreiros.
Primeiro invadiu o mundo da elite, criando um tal de Corinthians, Time do Povo. (Nunca nos perdoarão).
No longínquo janeiro de 1931, após o time já ser o Campeão dos Campeões, a Fiel invadiu as estações da Luz e do Brás, em São Paulo. Lotou oito trens, com dez vagões cada um, e invadiu a Vila Belmiro, em Santos, para empurrar o Timão para a conquista do seu segundo Tri Paulista (1928/29/30). Tan-Tan dizia que tinha mais gente que na invasão do aeroporto de Guarulhos. (Você prestou atenção nesse detalhe, não é? O Corinthians tinha apenas 20 anos e já era o Campeão dos Campeões, conquistava seu SEGUNDO TRI PAULISTA e a Fiel já invadia. Por que você acha que eles não nos perdoam?).
Em 1962, invadiu a Fazendinha, colocando 32 mil pessoas onde cabiam 16 mil, no clássico em que o Corinthians perdeu para o Santos por 1 x 2.
Em 1976, bastou o presidente do Fluminense dizer “Que os vivos saiam de casa e os mortos saiam das tumbas para torcer pelo Corinthians no Maracanã, porque o Fluminense vai ganhar a partida”, que 70 mil loucos percorreram mais de 400 quilômetros e invadiram o Rio de Janeiro. E não foi a única vez, em 2000 a Fiel calou, de novo, o Maracanã, festejando o Corinthians primeiro Campeão Mundial Fifa.
120 mil invadiram o Vale do Anhangabaú, em 2010, para comemorar o centenário do Corinthians.
Não satisfeita, em 2012 invadiu o aeroporto de Guarulhos para desejar boa sorte ao time, que ia viajar para disputar seu segundo Mundial Fifa.
Ainda era pouco para a Fiel. Precisava atravessar o mundo e ir gritar Vai Corinthians no Japão. Foi. Invadiu e provou que a antiga frase é verdadeira: “Onde o Timão estiver, a Fiel vai invadir”.
No mundo virtual a Fiel não é diferente. Somando os seguidores das quatro principais redes sociais, somos mais de 22 milhões de fieis.
Só que somos o segundo colocado no ranking nacional de seguidores. A diferença para o primeiro colocado é de 1 milhão e 300 mil inscritos. Podemos reverter esse quadro rapidamente. Basta invadirmos o canal do Corinthians no Youtube. Aliás, a única rede social onde o clube tem menos de um milhão de seguidores.
Para quem já invadiu da Fazendinha ao Japão, o Youtube é bem aqui.
Onde o Timão estiver, a Fiel vai invadir… E se não invadir, não é “nóis”!
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Nossa grande dama se foi. Dona Marlene foi aos céus se encontrar com seu Vicente. Viveu feliz ao lado dele, sabendo que não era seu grande amor. Seu Vicente sempre dizia que: “Primeiro o Corinthians, depois a família, depois o dinheiro.” Ela sorria e concordava: “Se faltar o Corinthians, ele morre.”
A conheci de longe, pela imprensa, e por ela e seu Vicente sempre senti amor. Para mim, ela sempre foi a Senhora Corinthians. E ela amava tanto esse homem e esse clube, que se tornou a primeira presidente mulher – numa época em que isso era sequer imaginado – para que ele não morresse (“Se faltar o Corinthians, ele morre”).
Lembro da inauguração da Arena Corinthians… quando a vi pela tv, radiante andando pelo gramado com os braços elevados aos céus como se oferecesse tudo aquilo a seu Vicente, passei a mão na tela chorando e repetindo: “Está pronto, seu Vicente.” O quanto ele sonhou com aquilo!
Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
Vai com Deus, senhora Corinthians, vai encontrar o seu amor Vicente e matar a saudade. Muito obrigada por tudo, diga ao seu Vicente que eu também ainda o amo.
Um Vai Corinthians “pra” vocês dois.
“Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza.” Pablo Neruda, poeta espanhol, como seu Vicente.
Marlene Matheus – Presidente do Corinthians 1991-1993 Viúva de Vicente Matheus, um dos maiores presidentes do Corinthians, Marlene foi a primeira mulher a presidir um grande clube brasileiro. Em termos de conquistas, obteve apenas dois vice-campeonatos paulistas. Ao fim do triênio, Alberto Dualib, na época presidente do Conselho Deliberativo do clube, organizou um golpe para afastar Marlene e o seu marido do comando. No ano seguinte, Dualib promoveu uma mudança estatutária que impedia a realização de eleições no clube, permanecendo no comando até 2007, quando renunciou ao cargo. No ano seguinte, Marlene assumiria o posto de vice-presidente social na gestão de Andrés Sanchez. Faleceu em 02 de julho de 2019, com 82 anos.
“O Corinthians vai ser o time do povo
e o povo é quem vai fazer o time”.
Miguel Battaglia
Que o Corinthians é o clube brasileiro que mais se dedica a ações sociais, todos sabemos. Está no DNA do “Time do Povo”. Enquanto os demais se limitam a levar, uma vez por mês, 15 a 30 crianças carentes em seu CT (muitas vezes bancadas por patrocinadores), ou apenas carregar uma faixa em homenagem às mulheres no dia dedicado a elas, o Corinthians vai muito além. Tem um departamento social com pessoas totalmente dedicadas a fazer valer sua responsabilidade social.
Ouvimos muito que somos ajudados, que vivemos às custas do governo. A verdade é outra. Os clubes de futebol são isentos de pagar alguns impostos. Para merecer essa isenção, devem aplicar recursos em responsabilidade social, então, fazem o “basiquinho”. Aquilo lá de levar uma escola no clube uma vez por mês e nada mais.
No Corinthians é diferente
#OutubroRosa – Foto de Jose Manoel Idalgo
O Corinthians tem o Projeto Social “Time do Povo”. Se você seguir os perfis da Responsabilidade Social do Corinthians nas redes sociais, se dará conta de que o departamento não para. São dezenas de ações e atividades diárias com o público mais carente, através de seus programas próprios ou apoiando programas e causas de terceiros. São campanhas e mais campanhas de cunho social, muitas salvando vidas, como a #SangueCorinthiano, #OutubroRosa e a #NovembroAzul, campanhas essas abraçadas pela torcida, e levadas para além dos portões do Parque São Jorge e da Arena Corinthians.
Nenhuma campanha arrecada tanto
sangue para os bancos de todo o Brasil, como a “Sangue Corinthiano”.
Não é exagero dizer que muito brasileiro “anti” que já precisou de
sangue, teve sua vida salva pelo Corinthians. Fiel AACD/Teleton, Chute Inicial,
Nasci Fiel, Time do Povo, Páscoa, Natal e tantos outros programas, fora as
campanhas. Acabou de inaugurar uma quadra (Arena Ronaldo) e uma pista de skate,
ao lado da Arena Corinthians, que irão beneficiar todo e qualquer morador das
redondezas.
Você sabia que no Dia das Mães o
Corinthians promove uma linda comemoração para senhoras idosas (sem família) da
Zona Leste, com almoço, presentes, serenata e muito carinho? Ninguém fala, né?
Pois na Central do Timão nós vamos falar.
Mais que uma torcida
Ser corinthiano não é só assistir uma
hora de meia de futebol, torcer pelo time, cornetar, apoiar, falar de
Corinthians o dia todo e gritar “Vai Corinthians”.
Ser corinthiano é, também, ter nas
veias o DNA do “Time do povo”.
Ser corinthiano é muito mais do que
muitos imaginam. É estilo de vida, é religião, é nação, são vidas sendo
cuidadas, é amor incondicional.
São pessoas que deixam suas famílias
para fazer, de graça, o que ninguém faz, nem os governos. Corinthiano é assim:
nós temos que fazer, senão ninguém vai fazer, e, se fizer, vai fazer pela
metade.
Mais que festa
Créditos Markone
Não é apenas de festa que vivem as torcidas organizadas do Corinthians. Não só nas seis maiores da cidade de São Paulo (Gaviões da Fiel, Camisa 12, Estopim da Fiel, Pavilhão 9, Coringão Chopp e Fiel Macabra), mas em tantas outras espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, são desenvolvidos projetos sociais como cursos profissionalizantes gratuitos, auxílio jurídico, auxílio para tirar documentos, dentistas, esportes para crianças, aulas para aprender a tocar instrumentos, alfabetização, arrecadação de alimentos e roupas para os mais carentes, distribuição de alimentos para moradores de rua, enfim, é um ajudando o outro com o pouco que consegue ter. É um trabalho que merece divulgação.
Onde a torcida corinthiana estiver em
ação social, no Brasil e no mundo inteiro, basta nos procurar, nos enviar
materiais, pois a Central do Timão existe, também, para fortalecer suas
campanhas e eventos.
Mais que um site
A Central do Timão chega para ser
muito mais que um site sobre o Corinthians. Chega para dar voz ao corinthiano.
Chega para aproximar, de verdade, o torcedor de tudo o que envolve o clube.
Nenhum outro veículo da mídia relacionada ao Corinthians tem o que a Central do
Timão está trazendo.
Aqui também temos um Departamento Social. Cuidado pela Ana Helena (Twitter @sccpah ) e pela dra. Rosi (Twitter @RosiSCCP ). É o torcedor ciente do DNA corinthiano, contribuindo mais ativamente dentro do contexto social em que está inserido.
Mais que um clube, mais que uma
torcida, mais que um site.
Porque o mundo merece saber o quanto
de pessoas boas existem no Corinthians e em sua torcida, que, muito além da
festa da arquibancada, vivem para o Corinthians e para o corinthiano.
Te espero semanalmente aqui comigo,
fiel.
Quer comentar? Sugerir?… Fique à
vontade. Esse cantinho é nosso.
Vai Corinthians!
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