Em mais de 100 anos de história, o Corinthians já teve sérios e incontáveis problemas causados por conta de um imediatismo por parte da torcida e consequentemente uma precipitação por parte das diretorias que lá passaram, que por muitas vezes adotaram a pressão exercida pelo maior patrimônio de um clube: sua torcida.
Em 2008, esse parâmetro começou a ser mudado por conta da postura adotada pela diretoria com a chegada de Andrés Sanchez na presidência do clube. Essa postura foi passada a campo com um projeto de um novo sistema de jogo adotado por Mano Menezes, que viria ser fixo no clube.
Com a chegada de títulos, a torcida entendeu a importância de se ter calma e paciência na montagem de um planejamento adequado, onde o primórdio do time seria a organização de uma defesa sólida e só a partir dali, o ataque. Nesse planejamento, o clube mudou o modelo de contratações e passou a apostar mais em jogadores promissores, que muitas das vezes eram até desconhecidos e menos em jogadores considerados “medalhões”. E assim surgiram nomes como: Paulinho, Romarinho, Ralf, Cássio, Leandro Castan e até Paolo Guerrero, que apesar de jogar na Europa, até então era desconhecido no Brasil.
A partir desse projeto de continuidade no trabalho feito, veio a permanência de Tite no comando do clube após a dolorida, precoce e inesperada queda na Pré-Libertadores para o time do Tolima.
Todos esses citados marcaram seus nomes na história da instituição com muitos títulos e assim o projeto foi totalmente consolidado dentro das três mais importantes vertentes do clube: diretoria, torcida e elenco.
Mas nos últimos 2 anos, especialmente em 2019, isso vem mudando, o imediatismo vem tomando conta do clube novamente e isso fica nítido ao olhar as reações da Fiel Torcida nos últimos meses…
O time não vinha jogando da maneira com que 90% da torcida esperava, mas a culpa por esse mal desempenho já foi jogada individualmente ao técnico Carille, ao Henrique, ao Manoel, ao Avelar, ao Jadson, ao Clayson, ao Pedrinho e a diretoria.
A falta de paciência com recém chegados, como Mauro Boselli, que ainda está em fase de adaptação depois de anos jogando no futebol mexicano e Ângelo Araos, jovem chileno que vem de uma escola de futebol onde a força excessiva é considerada normal, são exemplos claros da falta de paciência que vem rondando o clube nesses últimos meses. Esse tipo de pensamento, pressão e precipitação vai contra a tudo o que vem sendo feito ao longo desses 11 anos.
Futebol é um esporte coletivo, onde o grupo de trabalho tem mais de 30 pessoas e essa engrenagem pode demorar a acontecer e é até normal que isso aconteça, o que é inaceitável é que as críticas sejam feitas individualmente a um único integrante em meio a esses trinta, como se a culpa fosse de um só.
É preciso parar de tentar achar culpados para um momento ruim e começar a buscar soluções para ele. O técnico Carille e o elenco vem trabalhando com muita dedicação buscando essa evolução como equipe e esse trabalho tem mostrado os primeiros resultados, já que é nítido ver a evolução da equipe pós Copa América.
E você, o que vem tentando fazer pra ajudar?
Nós somos todos Corinthians, seja do estádio ou seja do sofá, seja cornetando ou seja apoiando.
Juntos somos mais fortes e é hora de nos unirmos mais uma vez pelo nosso bem maior que é o Sport Club Corinthians Paulista!