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Segundo título brasileiro do Corinthians completa 25 anos neste sábado; relembre

  • Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

Há exatos 25 anos, um time que a Fiel estava pouco acostumada a ver, com muitos craques sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, derrotava o Cruzeiro e conquistava o Brasil pela segunda vez. Até hoje aquele time é motivo de saudades para os torcedores veteranos e de estudo por parte dos mais novos. E é exatamente um pouco dessa história que a Central do Timão contará agora.

Após uma campanha muito ruim no Brasileirão de 1997, correndo risco de rebaixamento até a última rodada, o Corinthians começou o ano de 1998 com mudança no comando técnico. Chegou o vitorioso Vanderlei Luxemburgo prometendo revolucionar a forma do time jogar.

Alguns bons nomes como os zagueiros Antônio Carlos e Célio Silva, além do meia Souza, saíram. Em contrapartida chegaram alguns ótimos jogadores como o zagueiro Gamarra e os meias Vampeta e Ricardinho que se juntaram a Rincón e Edilson que chegaram no ano anterior.

Porém, a volta mais comentada foi a do craque Marcelinho Carioca. Após uma passagem breve e frustrada pelo Valencia da Espanha, a Federação Paulista de Futebol comprou seu passe e o repassaria ao clube cuja torcida fizesse o maior número de ligações. Nascia ali, de forma inusitada, o “Disque Marcelinho” para os torcedores dos quatro grandes do estado de São Paulo. Lógico que a Fiel em peso mandou o recado e com mais de 60% das ligações “contratou” o ídolo.

O time chegou ao Campeonato Brasileiro com desconfiança por parte da Fiel após desempenhos ruins no Torneio Rio-SP e no Campeonato Paulista. O primeiro adversário seria nada mais, nada menos que o atual campeão Brasileiro e da Libertadores, o Vasco da Gama, no Maracanã, uma verdadeira prova de fogo. Mas o time se impôs e  venceu com um golaço de falta do ídolo Marcelinho Carioca.

Logo após essa partida, uma sequência empolgante de oito rodadas sem derrotas, incluindo goleadas sobre o Juventude, 4 x 0, e Atletico-MG, 5 x 1 em pleno Mineirão. Na décima rodada o primeiro revés. Derrota fora de casa para o Bragantino por 1 x 0. Após a derrota boas vitórias, principalmente sobre Portuguesa e Ponte Preta fizeram o time se manter nos eixos.

O time liderava o campeonato, quando uma inesperada sequência de maus resultados se sucederam. Derrotas para Cruzeiro, Santos, Palmeiras e Flamengo, além de um empate em casa contra o Goiás, ameaçaram a soberania do Timão, quando, enfim, o time retomou o trilho das vitórias ao bater o Athletico-PR por 4×2 no Pacaembu. 

Faltando três rodadas para o fim da primeira fase, o principal jogador da equipe, Marcelinho Carioca, que brigava pela artilharia do campeonato, foi afastado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo sob alegação de indisciplina. Aliás, o treinador corinthiano aceitou o convite da CBF para assumir a Seleção Brasileira após a Copa do Mundo, mas impôs uma condição, a de que seguisse no comando técnico do Corinthians até o final do Brasileiro.

Sem sustos, e com a permanência do seu treinador confirmada, o time se superou e venceu São Paulo, Vitória e América-RN garantindo a liderança e as vantagens nas fases finais. 

Pela primeira vez na história, as finais seriam disputadas em sistema de playoffs, com a equipe de melhor campanha tendo o direito de três resultados iguais, onde faria o primeiro jogo fora de casa e os dois seguintes em casa, sendo que a vitória de qualquer equipe nos dois primeiros jogos tiraria a necessidade de uma terceira partida.

Com essa novidade, o Corinthians parte para três jogos emocionantes contra o Grêmio válidos pelas quartas-de-final. Vitória fora de casa por 1 x 0, derrota em casa por 2 x 0 e a necessidade de um triunfo por qualquer placar no decisivo jogo no Pacaembu. Edilson tratou de levar o time às semifinais com um gol de cabeça.

Emoções maiores viriam no clássico contra o Santos. Derrota de virada no primeiro jogo na Vila Belmiro por 2×1, vitória importantíssima por 2×0 no segundo jogo do Pacaembu e um sofrido empate por 1×1, após estar perdendo, garantiram o Timão em mais uma final de Brasileiro. Edilson, mais uma vez, foi o herói da classificação.

Na final do torneio, o Timão encarou o Cruzeiro do técnico Levir Culpi, que já havia eliminado o time de Parque São Jorge na Copa do Brasil do mesmo ano. O time sentiu o peso do jogo no Mineirão e saiu perdendo por 2 x 0, mas buscou forças e empatou o jogo, deixando o placar em 2 x 2.

Mantida a vantagem, seguiu para o segundo jogo no Morumbi. Novo empate, dessa vez por 1 x 1. Esse jogo foi marcado por um erro histórico de arbitragem que anulou um gol legítimo de Rincón alegando impedimento.

No terceiro duelo, o Timão dominou o primeiro tempo e foi para o intervalo com o empate que já lhe servia. No segundo tempo, como acontecera nos dois jogos anteriores, o talismã Dinei entrou e decidiu a partida com um passe mágico para o iluminado Edilson e um cruzamento preciso na cabeça do Pé de anjo, garantindo o bi com um 2 x 0 incontestável.

Coube ao capitão Gamarra a honra de erguer a taça e dar um presente de Natal especial a todos os corinthianos, um presente que hoje completa 25 anos, mas segue muito vivo na memória e na história do time do povo. Comemore, Fiel. Essa data é eterna.

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Notícias do Corinthians

Hoje como técnico do Corinthians, Sylvinho participou da conquista do bicampeonato brasileiro

  • Por Tatiana Carvalho / Redação da Central do Timão

Neste dia 23 de dezembro, são comemorados os 23 anos do segundo título do Brasileirão conquistado pelo Corinthians, em 1998. Naquele esquadrão que encantou o Brasil, esteve presente Sylvinho, que hoje é técnico do Timão.

O lateral esquerdo fazia parte do time titular que conquistou aquele campeonato, e esteve presente na escalação da grande final, contra o Cruzeiro: Nei, Índio, Batata (Cris), Gamarra e Silvinho; Ricardinho (Amaral), Vampeta, Rincón e Marcelinho; Edílson e Mirandinha (Dinei).

Foto: Reprodução/Pôster Revista Placar.

Como visto na imagem e na escalação, naquela época, Sylvinho ainda não havia adotado o “y” em seu nome, como está registrado no cartório. Hoje, essa escrita diferente é marca registrada do treinador.

Sylvinho teve sua formação nas categorias de base alvinegras e fez sua estreia pelo Corinthians em 1993, quando tinha apenas 19 anos. Em 1994, ele jogou quatro jogos pela equipe principal do clube e, apenas em 1995, que o jogador se firmou no time.

No Corinthians, Sylvinho ficou até 1999, quando se transferiu para o Arsenal. Com a camisa corinthiana ele fez 269 partidas e marcou apenas dois gols, um pela Libertadores e um pelo Paulistão, ambos em seu último ano no clube. Além disso, o jogador conquistou cinco títulos, sendo três Campeonatos Paulistas, uma Copa do Brasil, a primeira do Timão, e um Brasileirão.

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Notícias do Corinthians

Ex-atacante diz que brigas motivavam Corinthians bicampeão brasileiro

  • Por Kennedy Cardoso / Redação Central do Timão

Dinei, ex-atacante e ídolo do Corinthians, concedeu uma entrevista ao comentarista Alê Oliveira, no canal do YouTube do jornalista, e contou que as brigas no vestiário do Timão que conquistou o bicampeonato brasileiro em 1998 e 1999 serviam como uma espécie de combustível para o elenco. O ex-jogador disse que os próprios atletas, como Vampeta, reconheciam que o time não jogava tão bem em semanas mais tranquilas.

“O pessoal saía bastante na mão. O Rincón deu (um soco) no Mirandinha, no Marcelinho, no Edílson. Aquele Corinthians de 1998-2000 era assim. O Vampeta falava que quando a semana estava muito tranquila, o time não ganhava. Tinha que ter um ‘vuco-vuco’ para entrar ligado. Se não tivesse, não ia. Se não tivesse fumaça, o pessoal entrava na ‘inhaca'”, disse Dinei.

Foto: Reprodução / Corinthians.

Dinei e o ex-meia Danilo, vale lembrar, são os únicos jogadores a conquistarem três edições do Campeonato Brasileiro pelo Timão. O paulistano disse que o futebol brasileiro está atravessando um momento ruim e, inclusive, admitiu que não consegue nem assistir aos jogos do time comandado por Sylvinho, seu ex-companheiro de equipe.

“Quando eu começo a assistir um jogo, hoje em dia, dá 20 minutos, eu durmo. Não consigo assistir. É porque o jogo é ruim mesmo. O time do Jorge Jesus do Flamengo foi o último time que eu conseguia ver os 90 minutos mesmo. Sou corinthiano, mas está difícil de assistir aos jogos do Corinthians e dos outros times brasileiros“, disse.

“Hoje, a molecada está uma ‘perna’ desgraçada. Eles veem a gente, que é ex-jogador, e nem cumprimentam. Quando eu era jogador, eu via Ataliba, Zenon, Casagrande, que já tinham parado, e chamava os caras de ídolo. Parava para cumprimentar. Cheguei no Parque São Jorge um dia, nem vieram me cumprimentar. Só o Mauro, que jogou comigo e o Carille que também jogou comigo. Comentei com eles que as coisas estão diferentes. Parece que eles querem que a gente chegue neles. Tudo pé de rato. Passei no vestiário, o Mauro disse que eu era o único tricampeão brasileiro pelo Corinthians, só acenaram. Mas nem fiz questão também. Os únicos que têm meu respeito são Fagner, Cássio, Fabio Santos, Jô e Gil. O resto, tudo pé de rato, tanto fez, tanto faz”, completou.

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