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Corinthians batia o Chelsea no Japão e conquistava o bicampeonato mundial há exatos 11 anos; relembre

  • Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

O dia 16 de dezembro é mais do que marcante na história do Corinthians. Foi nesta data, há exatos dez anos, em que o clube levantou sua segunda taça do Mundial de Clubes, após vencer o Chelsea, da Inglaterra, por 1 x 0. O gol corinthiano foi marcado pelo peruano Paolo Guerrero, que fez os mais de 30 mil torcedores alvinegros presentes no Estádio Internacional de Yokohama gritarem de emoção no segundo tempo.

Para a decisão no Japão, o técnico Tite escalou o Corinthians com força máxima: Cássio; Alessandro (capitão), Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Jorge Henrique, Danilo e Emerson Sheik; Paolo Guerrero. Era a base da equipe campeã da Libertadores, seis meses antes, com apenas duas mudanças: Paulo André na vaga de Castán e Guerrero no lugar de Alex.

Primeiro tempo

O duelo começou tenso e Cássio teve de trabalhar logo aos dez minutos. O Chelsea cobrou escanteio, a bola espirrou em Chicão e ficou viva para Gary Cahill, que chegou batendo de primeira na entrada da pequena área. O chute exigiu uma excelente defesa do goleiro corinthiano, que caiu para evitar o gol inglês em cima da linha. “Fez milagre o goleiro Cássio, porque a defesa bobeou!”, narrou Galvão Bueno.

Pouco depois, o Corinthians chegou em chutes de fora da área com Jorge Henrique, que obrigou o goleiro Petr Čech a segurar firme, e Paulinho, que mandou por cima da meta inglesa. Os comandados de Tite começaram a incomodar os Blues, e voltaram a finalizar de longe com Emerson Sheik, que errou o alvo, aos 29.

Cinco minutos depois, o Corinthians voltou a assustar a defesa azul após uma boa jogada individual de Guerrero, que dominou no peito, venceu a marcação e bateu cruzado. O peruano errou o alvo, mas acabou assistindo Sheik, que, sem ângulo, finalizou no pé da trave de Čech. Foi, até então, a melhor oportunidade alvinegra no jogo.

Já aos 37, Cássio voltou a trabalhar, desta vez em finalização do centroavante Fernando Torres. “Se agiganta o goleiro Cássio!”, disse Galvão Bueno. Menos de dois minutos depois, o Gigante de 1,96m se esticou todo para espalmar, com a ponta dos dedos, chute colocado de Moses e salvar, mais uma vez, o Corinthians. “Gigante Cássio no gol!”, relatou o narrador da TV Globo.

Ainda antes do fim do primeiro tempo, Cássio caiu para segurar um chute forte de fora da área. “A booomba e o Cássio de novo!”, disse Galvão.

Segundo tempo

A primeira chance do segundo tempo foi do Chelsea, que começou pressionando o Corinthians, da mesma forma como encerrou a etapa inicial. Mas, do outro lado, Cássio seguia como um paredão em frente à meta do Timão. Aos oito minutos, Hazard recebeu bola enfiada nas costas da defesa alvinegra e parou no Gigante. “Outra vez, grande intervenção do goleiro corinthiano!”, narrou Galvão Bueno.

Depois desse lance, o Corinthians passou a crescer no jogo e assustou o goleiro Petr Čech aos 18 minutos. Guerrero ajeitou um lançamento no peito e tocou para Paulinho, que dominou e bateu. A finalização raspou a trave esquerda do Chelsea.

Pouco depois, aos 24 minutos, veio o lance que fez mais de 30 milhões de torcedores ao redor do mundo explodirem de emoção. Chicão iniciou a jogada com um passe rasteiro para Paulinho, que tabelou com Emerson Sheik e invadiu a área do Chelsea. O volante acionou Danilo, que cortou a marcação e finalizou. A bola carimbou a zaga azul, mas ficou viva para Guerrero empurrar, de cabeça, para o fundo das redes.

“Olha a chance, olha a chance, olha a chance agora! Danilo limpou, pé direito, bateu, o toque de cabeça, olha o gol, olha o gol, olha o gol… É do Corinthians!”, gritou Galvão. Era o gol que colocava o Timão na frente do placar, e que confirmou o bicampeonato mundial.

Depois do gol alvinegro, o Chelsea, nervoso, começou a perder a cabeça, e o zagueiro David Luiz sofreu cartão amarelo aos 27 minutos por falta dura em Emerson Sheik no meio-campo. Confortável em campo e com a vantagem no placar, o Corinthians apenas administrava o resultado.

Os ingleses só foram chegar aos 40 minutos. Após cobrança de lateral, a bola espirrou em Alessandro e ficou viva para Fernando Torres bater, cara a cara com Cássio, que salvou o Corinthians novamente, desta vez com os pés. “Cáááásssio é o nome dele!!!”, gritou Galvão, perplexo com a excelente atuação do arqueiro alvinegro.

Já perto do fim, aos 44 minutos, Gary Cahill deu forte entrada em cima de Emerson Sheik e foi expulso pelo árbitro turco Cüneyt Çakır. Nos acréscimos, Fernando Torres até marcou, mas estava em posição de impedimento e o gol, acertadamente, foi anulado. Logo depois, o jogo foi encerrado e o bicampeonato mundial do Corinthians foi confirmado. Festa do Bando de Loucos ao redor do mundo!

Premiação

Por suas diversas intervenções ao longo do jogo, o goleiro Cássio foi eleito o melhor jogador da final e de todo o Mundial, ganhando a “bola de ouro” da competição. Autor dos gols alvinegros na semifinal, contra o Al Ahly, do Egito, e na decisão, o peruano Paolo Guerrero foi eleito o “bola de bronze” do torneio. O zagueiro David Luiz, do Chelsea, foi escolhido como o “bola de prata”.

Pós-título

Esse foi o segundo e, até então, último título do Mundial de Clubes conquistado pelo Corinthians. O primeiro aconteceu em 2000, no Maracanã, quando o Timão participou como campeão do país-sede – embora também tenha ficado com o troféu do Brasileirão de 1999, o clube se classificou para a competição no Rio de Janeiro como detentor da taça nacional de 1998.

Desde a conquista do Corinthians, nenhum outro clube não-europeu conseguiu conquistar o Mundial. Todos os campeões de 2013 para cá foram da Europa: Bayern de Munique (2013 e 2020), Real Madrid (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022), Liverpool (2019), Chelsea (2021) e Barcelona (2015). Times brasileiros como Palmeiras (duas vezes), Flamengo, Atlético-MG e Grêmio até tentaram, mas foram derrotados na final ou até na semifinal.

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Campeão mundial com o Corinthians relembra título e destaca união do elenco de 2012: ‘Sintonia grande’

  • Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Brasileirão, Libertadores, Mundial e Copa do Brasil. Poucos jogadores brasileiros podem ostentar um currículo tão expressivo como Wallace, zagueiro campeão dos três primeiros títulos pelo Corinthians, entre 2011 e 2012, e atualmente no Brusque. Hoje com 35 anos, o jogador, inclusive, esteve em campo na final contra o Chelsea, no Japão, e se lembra bem da conquista histórica para o Timão.

Em entrevista publicada pelo ge.globo nesta sexta-feira, 13, Wallace relembrou a conquista do Mundial de 2012. Para o zagueiro, a amizade entre os jogadores do Corinthians na época foi algo fundamental para o título histórico. Inclusive, o jogador também destacou que, desde então, nenhum clube sul-americano conseguiu repetir o feito.

O que mais me marcou no Mundial foi o vínculo de amizade que tinha naquele grupo. Uma sintonia muito grande, independente de quem jogasse. Isso fez com que a gente tivesse sucesso naquele Mundial”, iniciou Wallace.

Desde 2012 para cá, nenhuma equipe sul-americana conseguiu ter êxito e conquistar o mundial. Acho que, além do campo, essa sintonia que o atleta precisa ter entre eles é muito importante.”

No futebol a gente escuta essa falácia de que o jogador não precisa se gostar, só se respeitar. Mas aquela equipe do Corinthians e essa equipe do Brusque, elas só reafirmam que essa afirmação é equivocada. Sem se gostar não tem como respeitar”, declarou.

Agora em reta final de carreira, Wallace é capitão do Brusque e busca mais um título nacional para ocupar sua galeria de conquistas. Nos dois próximos domingos, 15 e 22 de outubro, o clube catarinense enfrenta o Amazonas pela final da Série C do Brasileirão, com o primeiro jogo em Manaus e o segundo em Santa Catarina. Com ou sem a taça da terceira divisão, o zagueiro quer aproveitar os últimos anos como profissional.

A ideia é jogar mais um ou dois anos e parar. Meu corpo já está dando sinais. Contra o tempo a gente não tem como lutar. A ideia é jogar o ano que vem e talvez mais. A ideia é estar no Brusque”, concluiu Wallace.

Pelo Corinthians, Wallace fez 59 jogos entre 2011 e 2012, sendo 42 como titular, com um gol marcado e três títulos conquistados: Brasileirão 2011, Libertadores 2012 e Mundial 2012. O zagueiro deixou o clube em 2013 e acertou com o Flamengo, onde ganhou a Copa do Brasil daquele ano. Ele ainda passou por Grêmio e Vitória, além de Gaziantepspor e Göztepe, ambos da Turquia, antes de chegar ao Brusque em 2022.

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BLOG DO MARCELINO: Simplesmente 16 de dezembro

Fiel, se lhe perguntassem qual é a data mais importante da história do Corinthians, o que você responderia? Alguns certamente falariam do dia 01 de setembro de 1910, o dia da fundação. Outros lembrariam do dia 13 de outubro de 1977, o da redenção. Talvez o dia da libertação, 04 de julho de 2012, também aparecesse bem lista. Mas não há como negar que o dia 16 de dezembro tem algo especial. E é exatamente dessa data histórica que iremos falar aqui na Central do Timão. 

Voltemos ao dia 16 de dezembro de 1882. Nessa data foi fundado em Londres, Inglaterra, o Corinthian Football Club. Em excursão pelo Brasil o time encantou a todos com seu futebol, incluindo algumas goleadas históricas sobre excelentes times brasileiros da época. Alguns dos que se encantaram com a performance do Corinthian’s team foram exatamente Rafael Perrone, Joaquim Ambrósio, Antonio Pereira, Carlos Silva e Anselmo Correa, que tiveram a magnifica ideia de fundar um clube que viria a se tornar o maior do Brasil, o SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA. Em 1939 o clube resolve se fundir a outro grande clube amador da época, o Casuals. Surge então o Corinthian-Casuals que encontra-se em atividade até hoje participando de uma Liga amadora equivalente a 7ª divisão inglesa. Estiveram no Brasil para amistosos contra seu “filho” mais famoso por duas vezes. Em 1988 enfrentaram um time formado por ídolos corinthianos de todos os tempos no Pacaembu. O gol da vitória por 1×0 foi marcado por Sócrates que jogou pelo Casuals os minutos finais da partida atendendo a pedidos dos ingleses. Em 2001 nova visita, dessa vez na Fazendinha, um amistoso contra o Sub-21 do Corinthians. Em 2015 fizeram um amistoso na Arena abrindo a temporada. Nova vitória do Timão, dessa vez por 3×0 com gols de Danilo e Luciano duas vezes. O meia, repetindo o doutor,  jogou uma parte do jogo pelo time inglês. 

Foto: Reprodução

O tempo passa e o Corinthians já é um senhor com seus 80 anos. Acostumado a ser o Rei no estado de São Paulo faltava-lhe ainda um título relevante a nível nacional. E ele veio em 1990. Liderados por um jovem meia canhoto e bom de bola chamado Neto, o Corinthians destruiu todos os prognósticos e foi desmontando os favoritos adversários na base da raça, da Fé alvinegra, da vontade e no embalo da Fiel que sempre acreditou que o time pudesse chegar ao título. Até chegar o dia 16 de dezembro em um Morumbi lotado por mais de 100 mil pessoas. O pequeno gigante Tupãzinho fez, para muitos,  o gol que colocou o Timão em um outro patamar. A invasão da torcida ao campo após o apito final demonstrou toda a ansiedade contida pela Fiel por esse título. A espera valeu muito a pena.

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Mas o Brasil já não era mais suficiente após cinco conquistas. o Corinthians queria mais, a torcida almejava por mais. Veio a tão almejada Libertadores e, enfim, a América era nossa. Mas faltava a cereja do bolo. E chegou o dia 16 de dezembro de 2012, o dia em que a terra parou, em que o mundo se vestiu de preto e branco pela segunda vez, só que agora no Japão e em uma final contra o campeão da UEFA Champions league, o favorito Chelsea. Após uma semifinal sofrida, com vitória apertada sobre o Al Ahly do Egito por 1×0, o Corinthians chegava a final com desconfiança por parte de todos, que aumentou após a boa e tranquila vitória do time inglês sobre o mexicano Monterrey por 3×1. Com o apoio incondicional da Fiel que transformou o estádio de Yokohama em uma filial do Pacaembu, o Corinthians não se intimidou e fez uma partida de igual para igual contra os ingleses. Enquanto Cássio segurou tudo lá atrás, o predestinado Guerrero, ameaçado de não jogar a competição por conta de uma lesão no joelho, fez o gol do bicampeonato mundial. Festa no Japão. Explosão em São Paulo e em todo Brasil. O mundo era nosso novamente!

Fiel, hoje é dia de agradecer, relembrar, comemorar, vestir sua camisa, pendurar sua bandeira e bater no peito com orgulho. O dia 16 de dezembro é eterno como eterna é nossa bela história.

Nos vemos em breve. Um grande abraço e… Vai, Corinthians!!!!!!

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Marcelino Rocha, 42 anos, casado com uma loira linda e pai de uma princesa.
Cearense de Fortaleza morando em Brasília-DF há 32 anos, um verdadeiro “cearango”. Representante da Fiel torcida na segunda edição do game show Fanáticos do Esporte interativo em 2017. Escreve na Central do Timão desde sua existência. 
Apenas mais um louco entre esses 30 milhões.
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