- Por Larissa Beppler e Thatiane Jordão | Central do Timão
O bandeirão “Time do Povo”, que foi descartado pelo clube e gerou polêmica entre os corinthianos nesta terça-feira (14), foi resgatado por um integrante da torcida organizada Pavilhão 9 em um aterro na capital paulista. O item deve ser reparado e reutilizado pela torcida.
A Central do Timão entrou em contato com o Corinthians para obter mais informações sobre o descarte do bandeirão, e obteve como resposta uma nota oficial na qual o clube alega que o item estava deteriorado pelo tempo. Entretanto, segundo Cláudio, torcedor que realizou o resgate, o bandeirão está em condições de uso e será reaproveitado.
“A bandeira está comigo, está nas minhas mãos, graças a Deus voltou para as minhas mãos. Um parceiro trabalha no aterro e me deu um salve que tinha uma bandeira lá no lixo e eu fui lá ver e realmente são dois bandeirões. Um é o ‘Time do Povo‘ e o outro não consegui abrir”, disse o torcedor à Central do Timão.
Ainda segundo o corinthiano, o motivo do descarte teria sido uma reforma realizada na Neo Química Arena no final do ano passado.
“A informação que eu tenho é que teve uma reforma no estádio no final do ano, próximo do dia 21 de dezembro, e foi por essa data que esses bandeirões saíram da Arena”, concluiu Cláudio.
Rogério Bassetto, responsável pela confecção do pavilhão, lamentou o descarte realizado pelo clube, mas comemorou o fato de o item ter voltado para a torcida corinthiana.
“Meu maior sonho era fazer uma bandeira escrito ‘Time do Povo’, eu vendi o meu carro em 2013 para isso, recebi doação de tintas, todo o trampo foi voluntário, mão de obra voluntária, tudo feito por corinthianos, até o Basílio pintou essa bandeira. A administração da Arena não tem noção do que ela representa, ela era de uma ação social, tem um significado. Jogaram o patrimônio da torcida do Corinthians no lixo (…) O bandeirão estava em condições de uso, foi reformado em 2019, mas o importante é que está nas mãos da torcida do Corinthians, poderia ser pior.”
Bassetto ainda informou que será realizada uma avaliação para conferir o estado de conservação do bandeirão e se de fato ele poderá ser reutilizado.
“Eu conversei com o pessoal da Pavilhão, porque a bandeira estava lá em Guaianases, e eles vão fazer uma avaliação, vão abrir a bandeira, eu vou lá também para saber se tem algum modo de arrumar ela, por enquanto a gente não tem essa informação, porque é de difícil transporte, a bandeira pesa 800 quilos…”, explicou à Central do Timão.
Em nota, o Corinthians também reconheceu que o descarte do patrimônio não foi realizado de forma adequada e citou um possível estudo interno para evitar novas situações como esta, que gerou revolta na torcida alvinegra, no futuro.
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