• Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Na noite desta terça-feira, 28, o Corinthians recebeu o Racing Montevideo-URU na Neo Química Arena pela última rodada do Grupo F da Copa Sul-Americana, goleando por 3 x 0 – gols de Garro, Yuri Alberto e Igor Coronado – em jogo onde dominou amplamente os uruguaios. Após a partida, o técnico António Oliveira e o camisa 9 concederam entrevista coletiva, onde exaltaram Paulinho, que fez seu último jogo pelo Timão.

“Eu não sei se ele eventualmente vai continuar (a jogar), foi um privilégio para mim ser treinador de um dos maiores jogadores do mundo. Eu aprecio sempre a qualidade de um médio que consegue ser competitivo, ter qualidade de passe, e também ser finalizador. Os médios que tem gol são os médios mais caros, e pela carreira brilhante que fez, conseguiu estar a top, ao longo da sua carreira”, disse António.

O treinador prosseguiu: “(Ele) chegou ao Barcelona, e à Seleção Brasileira, jogando duas Copas do Mundo, representando aqui o que é o amor da vida dele, que é o Corinthians, ajudando a conquistar um título que ficará gravado nas páginas douradas deste clube. Por isso, um abraço fraterno ao Paulinho, eu posso hoje dizer que ele é meu amigo, e um dia eu vou falar aos meus netos, que eu fui treinador do Paulinho com orgulho enorme.”

Yuri Alberto, da mesma forma, exaltou o companheiro de equipe. “É um cara muito importante para mim, principalmente nesse momento passado difícil que eu passei, me deu muita força. Durante os treinos, tem me mantido focado para toda hora querer evoluir. É um cara que vai fazer muita falta, sim. Vou estar feliz pela decisão que ele tomar, vai estar marcado para sempre na história do Corinthians e na minha carreira também”, disse.

Questionado sobre o processo de formação de novas lideranças no Corinthians com a saída de Paulinho e, antes dele, Cássio, o treinador alvinegro explicou que, a seu ver, o vestiário é como uma sociedade, e na perda de lideranças, há uma reestruturação, onde novas emergem dentro do grupo. “As lideranças, geralmente, elas são aceitas, não são impostas por ninguém”, afirmou, para em seguida falar de Fagner:

“Agora, eu só espero que preservem o Fagner. É uma pessoa extraordinária, um profissional íntegro que se integra de corpo e alma a esta causa. É capaz de ser dos top-3 laterais-direitos no Brasil. Infelizmente, tivemos a perda dele, espero que não seja nada de grave, porque ele é um jogador importante dentro e fora do campo, e eu acho que temos que preservar mais o ídolo. O Fagner é um ídolo do clube.”

Yuri também falou sobre o tema, afirmando que fica feliz quando o reconhecem como uma referência do elenco. Afirmou, porém, que seu desejo maior é ser referência dentro de campo, ajudando seus companheiros.

“Nesses momentos difíceis que eu passei, eu passei calado, não falei com ninguém, não coloquei a cara lá fora para falar mal de ninguém. E foi com o trabalho que eu consegui dar a volta por cima, e com jogadores como esses, com grandes ídolos que me ajudaram, para a minha mentalidade de dar a volta por cima de tudo isso. Então, eu acho que temos grandes jogadores, temos ídolos aí ainda, e creio que um dia eu posso me tornar um.”

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