Domingos da Guia foi o primeiro zagueiro clássico e um dos mais habilidosos do futebol brasileiro
“El Divino Mestre”, ou “Professor”, ou “Mestre” ou ainda “Doutor”, nasceu em 19 de novembro de 1912 no Rio de Janeiro e faleceu em 18 de maio de 2000. Se fosse vivo, nesta terça completaria 107 anos de idade. Jogou somente quatro anos no Corinthians, mas ainda é considerado o melhor zagueiro que já vestiu o manto sagrado do Coringão.
Perfeito na colocação da bola, jogava de cabeça erguida e se destacava pela antecipação nas jogadas. Por seu futebol quase perfeito, tinha o apelido de “O Divino Mestre”. Numa época em que os zagueiros eram truculentos, sem técnica e davam chutões após um desarme, Domingos da Guia causava grandes emoções driblando os adversários dentro da grande área.
Jogou em vários clubes, até hoje é ídolo no Bangu, Vasco, Flamengo, Nacional de Montevidéu (onde recebeu o apelido de “El Divino Mestre”) e Boca Juniors de Buenos Aires, além do Corinthians, para onde foi já veterano, com 32 anos, em 1944. Foi o capitão e líder do time.
No Corinthians fez parte do time tricampeão da Taça Cidade de São Paulo em 1947. Único jogador que conseguiu ser campeão em três países diferentes, ou seja, no Brasil pelo Flamengo, Vasco e Corinthians, no Uruguai pelo Nacional e na Argentina pelo Boca Juniors. Deixou o Corinthians em 1948 com destino ao Bangu, time que o descobriu, e foi lá que encerrou sua vitoriosa carreira.
Em 1952, depois de passar pelo Olaria carioca como técnico, retornou ao serviço público, no qual se aposentou como fiscal de renda. Morreu em 18 de maio de 2000, vítima de um acidente vascular cerebral, no Rio de Janeiro.
Pelo Timão, Domingos da Guia jogou 116 partidas. Venceu 77, empatou 17 e perdeu 22 vezes.
Por Nágela Gaia