Ex-atacante do Corinthians e recém aposentado, Roger falou sobre Andrés Sanchez, presidente do clube no período em que o atleta atuou com a camisa alvinegra, no ano de 2018.
Em participação ao canal Charla Podcast, no Youtube, o ex-atleta relembrou sua relação com o mandatário corinthiano e a briga contra o rebaixamento que o Corinthians passou durante o Campeonato Brasileiro daquele ano.
“Ele é top. Não fala nada, maravilhoso. Tem o coração puro. A gente brigando para não cair em 2018, ele nunca entrou no vestiário para nada. Ele só dizia para a gente que não podíamos cair, que ali era Corinthians. As pessoas o criticam por que ele não fica no muro. Ele não faz propaganda”, disse.
“A gente diverge em muita coisa, mas eu gosto dele e ele gosta de mim. Ele é meu parceiro, gosto muito do Andrés. É o maior dirigente com o qual eu trabalhei. Lá na mesa ele contava como ele desenvolveu o projeto da Arena, a chegada do Ronaldo, a criação do CT. Ele é um cara do bem, não é mal. Mas ele é Corinthians. O cara que é muito Corinthians é meio louco”, concluiu.
Roger encerrou sua carreira após o Campeonato Paulista deste ano, competição que disputou com a camisa da Inter de Limeira. O ex-centroavante até assumiu o comando técnico do time, mas deixou o cargo no início do mês passado. Pelo Corinthians, o atacante atuou em 26 jogos e fez cinco gols.
Em despacho assinado na última terça-feira (17), o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Alexandre Husni, acolheu um recurso da oposição. A medida é contra o arquivamento do pedido que visa tornar o ex-presidente Andrés Sanchez inelegível no clube por um período de dez anos.
O caso havia sido arquivado pela Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo, mas Husni deu dez dias para o ex-mandatário responder aos argumentos usados no recurso. A oposição pede que a decisão se Andrés deve ficar inelegível por dez anos seja decidida por uma assembleia de sócios. A informação é do “Blog do Perrone”, no portal “UOL Esporte”.
Após Sanchez se manifestar, a tendência é que Alexandre Husni encaminhe o caso para os conselheiros votarem se o arquivamento deve ou não ser mantido. Há entendimentos distintos sobre a sequência a partir desse ponto: a oposição avalia que, seja qual for a decisão do Conselho Deliberativo, a palavra final sobre a possibilidade de Andrés não poder mais ser eleito deve ser dos sócios.
Depois da reprovação das contas referentes a 2019, no segundo ano do último mandato de Andrés Sanchez, conselheiros da oposição solicitaram uma assembleia para os associados definirem se o ex-dirigente deve ser punido. Seria uma medida por alegação de prática de gestão temerária ou irregular. Sanchez, por sua vez, rejeita a acusação.
A Comissão de Ética e Disciplina, entretanto, arquivou a representação feita por diferentes correntes da oposição. O fato de Husni ter acolhido o recurso é de bom grado para os oposicionistas, pois havia a possibilidade dele rejeitar.
“Não se trata de vitória ou derrota. Até aqui, o presidente do conselho está demonstrando independência e está respeitando rigorosamente o estatuto do clube e a lei relativa ao Profut”, afirmou Romeu Tuma Júnior, um dos responsáveis pelo pedido.
Opositores de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians entre os anos de 2018 e 2020, em seu segundo mandato, vão recorrer ao Conselho Deliberativo (CD), sobre decisão favorável ao ex-mandatário do Timão, decidida pela Comissão de Ética e Disciplina.
Devido à reprovação das contas do clube de 2019, votada pelos conselheiros do Corinthians, parte de conselheiros opositores ao Andrés, entraram com o pedido de apuração de responsabilidade no que eles alegam conter irregularidades, como gestão temerária, além de pedir uma assembleia de sócios para votar a inelegibilidade de Andrés Sanchez por dez anos.
O resultado desses pedidos feitos pelo grupo de conselheiros, foi decidido pelo arquivamento de forma unanime. A Comissão de Ética e Disciplina, responsável pela definição, decidiu de forma favorável ao Andrés Sanchez, após a instauração de um procedimento que recebeu a defesa por escrito do ex-presidente.
Por fim, a comissão entendeu que por conta de Andrés não estar mais no cargo de presidente, o pedido não seria cabível de aceitação, além de não haver comprovação de dolo, segundo a mesma. Dessa forma, os autores do pedido informaram que irão recorrer até as últimas instâncias do clube, e caso não conseguirem ter êxito, afirmam até mesmo recorrer à Justiça.
“O caminho que nos resta é esgotar os recursos nas instâncias administrativas do clube e, se essas continuarem a descumprir o estatuto e a legislação, teremos que buscar socorro no poder judiciário, infelizmente”, disse Romeu Toma Júnior, um dos conselheiros que assinou o documento.
Após verem o grupo denominado Renovação e Transparência manter-se no poder, por vencer as últimas eleições, grande parte dos membros da oposição demonstram chateação com a situação financeira e administrativa do clube, mas não encontram uma articulação mínima para agirem.
Cada passo dado pela gestão atual é objeto de análise por parte deles, que consideram as nomeações de pessoas da oposição para cargos como estratégia.
Conforme apurou a Central do Timão, para muitos opositores, estas nomeações visariam diminuir os votos contrários na sessão do Conselho Deliberativo que apreciará as contas da gestão Andrés Sanchez.
Pelas regras do estatuto do Corinthians, o conselheiro nomeado a cargo, imediatamente fica licenciado de suas atribuições no Conselho. Para muitos opositores, alguns cargos da direção que serão ocupados por conselheiros da situação estão com nomeação atrasada, para que estes conselheiros possam votar a favor das Contas apresentadas pela gestão Andrés Sanchez.
O julgamento das contas de 2019, por exemplo, deveria ter sido realizado pelo Conselho Deliberativo até abril de 2020, como determina o estatuto. Mas, sob a alegação de dificuldade de reunião por conta da pandemia do coronavírus e outros motivos, a deliberação foi adiada por algumas vezes.
Uma reprovação das contas poderia deixar o ex-presidente Andrés Sanchez inelegível pelo período de dez anos.
Devido ao transcurso do tempo, o Conselho Deliberativo terá que apreciar, na reunião marcada para 13 de abril, tanto as contas de 2019 (rombo de R$ 195 milhões) quanto as de 2020 (rombo de R$ 123 milhões).
A oposição, atualmente, se encontra sem uma articulação mínima para promover ações práticas. A ida de Herói Vicente para o Departamento Jurídico da atual gestão de Duílio Monteiro Alves contribuiu para isso, já que representou uma grande perda em organização de ações.
Presidente alvinegro explicou que o dinheiro da parceria será 100% repassado à Caixa, para amortização do financiamento do estádio
O Corinthians receberá R$ 300 milhões em 20 anos, pela venda do naming rights de sua Arena para a Neo Química. Os dados foram confirmados pelo presidente alvinegro, em coletiva nesta terça-feira (01).
O mandatário do Corinthians também revelou que, além da Neo Química Arena, outra parceria está em negociação para estampar a camisa alvinegra.
“O valor é R$ 300 milhões por 20 anos, pagamento anual corrigido pelo IGPM. Tem negociação à parte para propriedades da camisa que estamos conversando e podemos ter anúncio na camisa e novidades em breve.”
Sobre a imprensa falar o nome do estádio, o presidente do Timão disse ter conversas com a TV Globo neste sentido.
“A imprensa tem que ser profissional e falar o nome da Arena. Dinheiro novo para o futebol e todo mundo tem que entender e falar o nome. Estamos conversando com a TV Globo e em breve teremos novidades”, afirmou.
Andrés Sanchez ainda explicou que os R$ 300 milhões do naming rights serão repassados pela Neo Química totalmente à Caixa Econômica Federal, para amortização do financiamento do estádio, em pagamentos anuais de R$ 15 milhões. Cabe destacar, que essa é uma obrigação constante do contrato de financiamento do Fundo da Arena.
“Nós tínhamos três dívidas, caixa, construtora e uma empresa filiada à construtora. Para Caixa estamos devendo de R$ 530 a R$ 550 milhões. Esse dinheiro vai 100% pra Caixa. Agora começarão as negociações com a Caixa. Mandamos o contrato para a caixa e teremos uma reunião presencial para falar das negociações”, finalizou o mandatário alvinegro.
Agora candidato à presidência, Mário Gobbi criticou veementemente a política interna do clube e falou dos grupos que “comandam o Corinthians”
O delegado de polícia Mário Gobbi Filho usou uma entrevista coletiva neste sábado (4) para lançar oficialmente a sua candidatura à presidência do Corinthians. Parte do movimento ‘Reconstrução’, o candidato aproveitou o momento para também criticar a política interna do clube.
“Se continuar indo contra e votando conta apenas por política, isso é ‘anti-corinthianismo’. O Corinthians fica ingovernável. Ou todo mundo se torna consciente do espírito corinthiano e deixa quem está no poder governar, ou senão não chegaremos a lugar algum. Ou eu tenho que oferecer cargos e poderes? ‘Ou você faz isso, ou reprovo suas contas’. Se acontecer isso, eu vou denunciar, a torcida tem que e saber o que se passa lá no clube”, citou o presidente.
O candidato também argumentou sobre o fato de que dois grupos estariam supostamente ‘comandando’ a política interna do Corinthians.
“Há dois grupos comandando o clube. O grupo ‘Renovação’ e do conselheiro Paulo Garcia. Depois do processo de impeachment, o diretor de finanças foi Emerson Piovezan, que é braço-direito de Paulo Garcia. O controller do clube foi o senhor Gavioli. O secretário-geral do clube foi o senhor Rachid, e o diretor de futebol foi o Flávio Adauto”, disse Gobbi, que continuou se referindo ao empresário e conselheiro Paulo Garcia.
“Na gestão atual, o poder do Garcia aumentou e muito. Ele tem a mesa do Conselho, ele tem 30% dos conselheiros que ele fez. Nada se aprova no Conselho sem ele dizer que aprova, ele tem a mesa do CORI, tem a maioria dos membros do CORI, ele tem a diretoria social do clube, e ele continua com o senhor Gavioli como o controller de finanças do clube”, finalizou Mário Gobbi.
Em entrevista coletiva, Mário Gobbi contou como se deu o rompimento com Andrés Sanchez e se afirmou como oposição do atual presidente
Na manhã deste sábado (4), Mário Gobbi concedeu entrevista coletiva para lançar a candidatura à presidência do Corinthians. Parte da chapa ‘Reconstrução’, o delegado se coloca como oposição ao movimento ‘Renovação e Transparência’ do atual presidente Andrés Sanchez.
Enquanto companheiro de Andrés, Gobbi foi um dos fundadores do movimento ‘Renovação e Transparência’. Porém, Mário afirma que houve um rompimento claro com as ideias do seu antigo grupo.
“Fui fundador do grupo ‘Renovação’, que veio para inovar, e inovou. Foi um grupo vitorioso, eu tenho honra e orgulho de dizer que eu participei dessa quebra de paradigmas que houve no Corinthians, tirar o grupo Dualib e mudar uma história no clube. Em 2013, eu era presidente, segundo ano da gestão, houve um rompimento. Eu rompi com o grupo ‘Renovação’, que era o grupo do Andrés”, citou Gobbi, explicando os motivos do rompimento.
Rompi porque os princípios traçados no ‘Renovação’, que eu tive a hora de redigir, desviaram a rota, não estavam sendo seguidos. Eu, enquanto presidente do clube, dentro do grupo ‘Renovação’, a imprensa que cobre o clube soube que teve um rompimento, e eu administrei um fogo amigo internamente muito pesado, quem cobriu o clube sabe. O frequentador do Parque São Jorge sabe”, contou o ex-presidente e atual candidato.
Mário Gobbi foi presidente do clube de 2012 a 2015, ainda como representante do grupo ‘Renovação e Transparência’. Questionado sobre o rompimento, Gobbi declarou que a cisão ficou evidente na imprensa, principalmente com o seu afastamento do clube.
“Eu não sei qual a surpresa que está tendo que eu ainda pertenço ao grupo ‘Renovação’. Isso é público e notório, e dispensa provas em direito. Eu passei a ter uma oposição dentro da situação. Terminado o meu mandato, eu simplesmente saí e fiquei seis anos sem fazer nada, não frequentei o social, não participei de nada, me ausentei por completo”, argumentou o candidato, que ainda continuou.
“Depois que eu saí, tiveram duas eleições no clube; eu não participei de nenhuma. Eu saí daquilo que eu ajudei a criar de uma forma ética, integra, como se deve sair de um grupo, foi o que eu aprendi no berço com o meu pai e a minha mãe. Não criei outro grupo, não fiz gestões para derrubar quem estava no poder, eu respondi em silêncio. Fui cuidar da minha vida”, completou Gobbi.
Ação na justiça comum poderia significar o impeachment de Sanchez? Veja a análise
Um grupo de sócios do Corinthians denominado “Frente Liberdade Corinthiana” ingressou, na manhã desta segunda (29), com uma ação na 4ª Vara do Foro Regional do Tatuapé, pleiteando tutelas de urgência e/ou evidência para destituir Andrés Sanchez da presidência do Corinthians.
O pedido é “inaudita altera pars”, ou seja, a “Frente de Liberdade Corinthiana” requer a concessão do afastamento preventivo de Andrés Sanchez sem ouvir as partes contrárias, no caso os réus: o próprio Andrés e o Sport Club Corinthians Paulista.
A ação relata uma série de supostas irregularidades praticadas pela gestão de Sanchez, conforme quadro sinótico abaixo:
Como o pedido se dá em caráter de urgência, a decisão sobre o afastamento preventivo de Andrés Sanchez será rápida.
Se a decisão for favorável ao Grupo de associados, ou seja, for dado o afastamento preventivo, Andrés Sanchez não poderá mais praticar atos de gestão, sob pena de incorrer em crime de desobediência e receber multa.
Se a decisão for desfavorável ao Grupo de associados do clube, Andrés Sanchez terá prazo para contestar a ação e o processo seguirá o seu curso normal com manifestações de todas as partes, produção de provas e posterior julgamento da ação.
Na prática, será impossível que haja o trânsito em julgado da ação, ou seja, que o veredito final da justiça ocorra antes das eleições de novembro.
Presidente foi submetido a testes e teria sido encontrada a presença de anticorpos do COVID-19; entenda a situação
Na tarde desta quinta-feira (25), o jornalista da Band, João Paulo Cappellanes, publicou em sua rede social a informação de que o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, seria um dos infectados pelo COVID-19 no clube.
Em publicação no Yahoo, o jornalista da ESPN, Jorge Nicola, confirmou a informação. De acordo com Nicola, o próprio presidente do alvinegro teria declarado que “tive há 47 dias e já estou completamente recuperado faz tempo”, publicou o jornalista.
Segundo a informação do Blog do Nicola, Andrés não apresentou sintomas, e só descobriu a presença de anticorpos ao realizar exames nos últimos dias. O motorista e segurança pessoal de Sanchez, Odair Campos, também teria testado positivo para os anticorpos do COVID-19.
Jogadores, funcionários e familiares de pessoas relacionadas ao clube realizaram testes para a presença de anticorpos. Em resposta à Central do Timão, o consultor médico do Corinthians, Dr. Joaquim Grava, relatou que 13 jogadores tiveram algum contato com o vírus e já estão recuperados. Outros oito estão afastados; a assessoria de imprensa do alvinegro preferiu não divulgar os nomes.
Faixas levadas por torcedores cobravam tanto situação quanto oposição no Corinthians
No início da tarde desta sexta-feira (19), membros de organizadas do Corinthians se reuniram na porta do Parque São Jorge, sede social do clube. Inclusive, a própria rede social da torcida anunciou o protesto.
Em entrevista ao jornalista Bruno Cassucci, do Globo Esporte, o presidente da Gaviões da Fiel, Digão, comentou as motivações do protesto. Para ele, os torcedores reivindicam mais transparência na gestão de Andrés Sanchez.
“Transparência como a gente sempre pediu. Tem que falar a verdade, falar a dívida atual do clube, para todo mundo saber o que está acontecendo. Não adianta você contratar um jogador para trazer a solução do clube. A solução do clube não é mais isso. É por o pé no chão, e ter um grupo de corinthianos em volta disso. Pessoas que amam o Corinthians mesmo, e não querem viver só de título“, disse Digão em vídeo nas rede sociais.
De acordo com Digão, a torcida não quer “ser iludida com contratações”. Um exemplo é o atacante Jô, repatriado pelo Corinthians e anunciado na última quarta-feira (19).
“O Corinthians já ganhou tudo, a gente é bimundial. Já ganhamos tudo, não tem mais o que fazer. Agora é só arrumar essa cag…, tentar contratar menos, aproveitar a molecada da base, e montar um time competitivo.“, declarou o presidente da organizada, que ainda completou.
“A gente não quer ilusão, a gente não quer time grandioso, a gente quer pagar a dívida. Se precisar ficar cinco, seis anos capengando, a gente vai estar com o Corinthians. O que não queremos é dívida no clube, a ideia dos Gaviões é essa”, finalizou Digão.
Segundo a reportagem do GloboEsporte, cerca de 30 pessoas estavam na manifestação. O grupo não teria divulgado o ato entre os torcedores, restringindo apenas a algumas lideranças, para evitar aglomeração no local.
Para Zé Elias, dirigente acertou bastante e ajudou o clube, mas peca em não ser transparente com a torcida do Corinthians
O ex-volante Zé Elias fez sucesso com a camisa do Corinthians na década de 1990. Atualmente, exerce a função de comentarista esportivo nos canais ESPN (agora também ligados ao Fox Sports). Durante participação no programa ‘Futebol na Veia’, Zé elogiou os feitos de Andrés, mas criticou a falta de transparência em seu mandato.
“Acho que o Andrés fez muitas coisas boas. Acho que foi o melhor presidente da história do clube por tudo o que fez, mas, infelizmente, nos últimos tempos, a falta de transparência está pesando bastante”, citou Zé Elias.
A sequência de problemas financeiros do clube – como atraso de salários e processos na Justiça com ex-atletas – poderia estar ‘manchando’ o mandato do presidente. Além disso, Zé Elias cita que a ausência de resultados positivos dentro de campo voltou as atenções para os bastidores.
“Futebol é resultado. Com o resultado, você consegue encobrir várias coisas que estão erradas. Não é porque um time ganha um campeonato, que ele fez tudo certo. Em algum momento, tem algum erro. Nesse caso, as duas coisas andam juntas. Falta o resultado, e a cada dia que passa, surgem novas cobranças”, defendeu Zé Elias, que ainda citou que o presidente Andrés deveria ‘abrir o jogo’ para a torcida.
“Ninguém sabe até hoje quanto o Corinthians deve com o estádio. Ninguém sabe como foi feita essa negociação com a Caixa. Acho que é isso que pesa mais para o Andrés. Acho que se ele mostrasse os contratos, seria uma coisa boa, as pessoas até iam entender melhor o que está acontecendo e exigir só os resultados. Agora, quando não se mostra determinadas coisas, isso gera suspeitas, rótulos“, finalizou Zé.
Zé Elias estreou pelo Corinthians em 1993, ainda com 16 anos, sendo o jogador mais jovem a vestir a camisa alvinegra pelos próximos dez anos, até o aparecimento de Jô, em 2003. Deixou o clube em 1996, após 161 jogos e dois gols. Como volante marcador, conquistou dois títulos, ambos em 1995: a Copa do Brasil e o Paulista.
Em entrevista ao canal Bandsports, ainda na quinta à noite, o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves reforçou o posicionamento do clube, julgou as críticas como legítimas, mas condenou as pichações.
“As críticas são aceitas, mas a forma que é feita, envolvendo imprensa, todo dias escândalo, as pichações. Isso é ato de vandalismo, a gente não concorda. A torcida tem todo o direito de se manifestar, de fazer protesto, a gente sempre aceitou muito bem isso, faz parte do futebol, mas acho que tudo tem um limite”, citou Duílio, que ainda falou sobre o momento complicado para o clube.
“Eu entendo que o país passa por um momento muito complicado e o futebol também. O Corinthians passa por dificuldades, assim como todos os outros clubes. A gente vem trabalhando para que o Corinthians saia forte. O que é triste é, além de conviver com isso tudo, essas questões incontroláveis da pandemia, ter de conviver com críticas internas no clube”, declarou o dirigente.
Do mesmo modo que disse em participação no ‘Jogo Aberto’ na última terça (16), Duílio relacionou os protestos às eleições no clube, que acontecem em novembro. Segundo o dirigente, os candidatos já começaram a campanha, com notícias que “prejudicam o clube”.
“A situação não é boa, mas também não é da forma que tem colocado nos últimos dias, envolve muito d política, do momento de ano eleitoral e do início prematuro de campanha no clube durante uma pandemia. Isso eu acho que não está certo, era um momento de união. Mas o Corinthians vai sair tranquilamente disso, com muito trabalho e um bom futebol”, finalizou Duílio ao Bandsports.
Números e ações do Corinthians contrastam com declarações da diretoria; entenda
Nos últimos meses, as discussões sobre os problemas financeiros do Corinthians tomaram conta das conversas esportivas. Após o déficit de R$ 177 milhões registrado nas demonstrações de 2019, o clube vem sofrendo com atrasos de salários e processos movidos por ex-atletas.
No meio disso tudo, veio a pandemia de coronavírus, que ‘paralisou’ o mundo e desacelerou as economias dos quatro cantos do planeta. Porém, de acordo com o jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, “a culpa da tragédia financeira do Corinthians não é da pandemia”.
Em seu blog no GloboEsporte.com, Capelo publicou uma análise do atual momento financeiro do Corinthians. A Central do Timão estudou o texto e adicionou outras informações complementares para te ajudar a entender os problemas do clube; acompanhe.
Time forte x time barato
A publicação de Capelo junto ao podcast ‘Dinheiro em Jogo’, também do GloboEsporte.com, analisaram a situação do Corinthians. Pelas demonstrações, é possível ver que o clube se apoia em algumas práticas vitoriosas no passado, mas que vêm mostrando-se ineficientes no atual contexto.
A primeira delas é a contratação de jogadores ‘mais baratos’. Por exemplo, ainda no início do primeiro mandato de Sanchez, em 2008, o Corinthians apostou em nomes como Elias, Douglas e Chicão. Na sequência, já no início da década passada, investiu em Paulinho e em Ralf, e, posteriormente, Romarinho. A estratégia deu certo na época, como explica o próprio diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves.
“Já fizemos isso na primeira passagem, alguns jogadores deram muito certo no Corinthians, como Leandro Castán. Felipe, Paulinho e Romarinho. É o momento que o clube atravessa, a gente quer investir em um time que seja mais barato, que tenha um prazo maior de validade, para quatro, cinco anos. Temos buscado promessas por aí que venham com custo baixo, que tenham salário menor, como é o caso do Mateus Vital”, citou Duílio ao ‘Mesa Redonda’, da TV Gazeta, ainda em 2018.
Em 2018 e 2019, o clube investiu também neste tipo de estratégia. Assim, foram vários jogadores vindos de maneira ‘mais barata’, como Marllon, Roger, Jonathas, Sergio Díaz, Richard, Manoel, Jr. Urso, Régis e Matheus Matias. Muitos não deram resultado dentro de campo, e foram emprestados ou devolvidos em pouco tempo, contrariando a ideia de “prazo maior de validade” defendida por Duílio.
No ano de 2019, o Corinthians gastou cerca de R$ 223 milhões com salários, como demonstra o balanço financeiro do clube. O maior rival gastou cerca de R$ 263 milhões, também contando os direitos de imagem. O Flamengo superou os R$ 270 milhões. O Athletico Paranaense, campeão da Copa do Brasil e quinto colocado no Brasileirão 2019, apresentou uma folha de cerca de R$ 140 milhões.
Desse modo, a contratação de ‘apostas’ que não deram certo pode ser um problema para o clube. A folha salarial se infla de jogadores emprestados e não aproveitados pelo time principal, gerando gastos que podem não se converter em resultados esportivos.
Patrocínios
De acordo com o balanço financeiro de 2019, o Corinthians aumentou a arrecadação comercial, conseguindo cerca de R$ 90 milhões com patrocínios. O clube ainda segue uma estratégia adotada em 2009. À época, para arcar com os custos de Ronaldo, o marketing dividiu o uniforme de jogo em várias partes.
A ação foi um marco no patrocínio esportivo brasileiro. Ao aproveitar omoplatas, axilas e partes inferiores, o Corinthians fechava contratos menores, mas arrecadava mais dinheiro na soma total. Nos últimos tempos, o clube enfrentou problemas de quebras de contrato e falta de pagamento dos valores acertados.
“[A empresa] honrou um ou dois meses. Está com o jurídico. Ele [o dono da Apollo] deu o passo errado, e isso trouxe consequências para nós. É um contrato que não foi cumprido. Tiramos a marca dele, e o espaço está livre. Estamos prontos para negociar com qualquer outro”, declarou Roberto de Andrade ainda em 2017, a respeito de uma marca que ‘sumiu’ e não pagou os valores do contrato.
Segundo o jornalista Rodrigo Capelo, o Corinthians, ao se associar a empresas com faturamentos menores, pode correr os riscos de não contar com a mesma segurança de mercado de uma gigante do segmento. Assim, fecha contratos mais simplórios e pode levar ‘calotes’.
Por mais que a somatória dos patrocínios tenha atingido valores altos, o patrocinador máster caiu consideravelmente. Pós-Libertadores de 2012, a Caixa Econômica Federal pagava algo próximo dos R$ 30 milhões anuais. Atualmente, o BMG acertou um contrato de R$ 12 milhões fixos mais bônus por abertura de contas no banco, o que não tem arrecadado altas quantias para o clube.
Relação receitas x endividamento
Na opinião do economista Cesar Grafietti, o déficit de R$ 177 milhões por si só, fora de contexto, não é um alarme tão grande. Segundo o profissional, os clubes e até mesmo grandes empresas conseguem operar com anos deficitários. Porém, os problemas principais do Corinthians aparecem ao se examinar mais a fundo o balanço de 2019.
Além da relação receitas x despesas, outra questão a ser observada é a relação entre endividamento e receitas. Em 2016, o clube teve uma arrecadação de R$ 416 milhões perante R$ 383 milhões acumulados em dívidas. A relação de um para um torna o balanço financeiro mais equilibrado.
Porém, em 2019, o quadro ficou bem mais instável. Enquanto arrecadou R$ 353 milhões (segundo as contas de Rodrigo Capelo e já retirando estádio e repasses de mecanismos da FIFA por jogadores), a dívida do clube atingiu R$ 665 milhões. A relação então chegou a 2 para 1, ou seja, as dívidas são quase o dobro da arrecadação. Veja o gráfico do GloboEsporte.
Em sua participação no ‘Jogo Aberto’ da última terça (16), o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves assegurou que o clube tem novas fontes de renda, inclusive com a chegada de patrocinadores. Porém, segundo o gráfico, é preciso entrar muito dinheiro para equiparar a balança.
Gastos com o clube social
Segundo o balanço financeiro de 2019, o ‘Segmento Clube Social e Esportes Amadores’ do Corinthians arrecadou algo próximo de R$ 32 milhões de reais, entre contribuições de sócios e explorações comerciais, como patrocínios. O levantamento publicado por Rodrigo Capelo cita que os gastos com o mesmo setor chegaram a R$ 80 milhões em 2019.
Assim, desconsiderando valores de depreciação do patrimônio, que não altera o caixa, o clube teve um prejuízo acima de R$ 45 milhões com o clube social, algo adquirido e mantido há muito tempo, consideravelmente anterior à pandemia de coronavírus. Vale ressaltar que o balanço financeiro ainda traz R$ 15 milhões relativos a ‘rateio de despesas’ que foram desconsiderados na conta.
Conclusões
Os efeitos da pandemia serão sentidos nos próximos balanços financeiros do clube, principalmente relativos a 2020. Porém, enquanto dirigentes afirmam que “todo mundo vai sofrer” e que “o momento da economia é complicado”, o Corinthians apresenta dificuldades econômicas com origens anteriores ao início da pandemia de Covid-19.
As mensagens continham palavras fortes como “ladrão” e textos em cunho de ameaça. De acordo com o GE, logo pela manhã, funcionários do clube limparam as pichações. O Corinthians emitiu nota oficial em seu site, em que também se utiliza de termos duros para criticar os autores do protesto.
Veja a nota na íntegra:
Tomamos conhecimento do lamentável episódio de vandalismo feito por covardes que, na calada da noite, mancham os muros e a imagem do Corinthians. A quem interessa isso?
É lamentável que, em ano eleitoral, milicianos e patifes queiram tumultuar o trabalho sério que está sendo feito neste momento difícil. São 90 dias sem jogos e, consequentemente, queda abrupta de receita. Mesmo assim, ontem anunciamos um grande reforço e devemos anunciar novos patrocinadores e receitas em breve.
Esse ato só interessa aos inimigos do Corinthians e serve de alerta para o lado mais baixo que uma eleição desperta em quem não trabalha pelo clube, mas sim pelo caos.
Seguimos em frente, com a certeza de que criminosos serão punidos e de que o futuro do Corinthians não será manchado.
Em reunião, dirigentes solicitaram o retorno dos treinamentos já na próxima semana
Na manhã desta quinta-feira, os presidentes de Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras se reuniram com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas. A pauta foi a solicitação da volta dos treinamentos já para a próxima segunda (15). Tal encontro segue a definição do Governo de São Paulo, que deixou a decisão a cargo das autoridades municipais.
Em parceria com a Federação Paulista de Futebol, os clubes criaram um protocolo para o retorno das atividades. Testagens dos atletas e funcionários somadas a medidas de distanciamento social são alguns dos pontos do documento. A própria CBF, inclusive, já publicou um guia para as equipes de futebol, com recomendações médicas e instruções.
Na reunião também estiveram presentes o Secretário da Casa Civil, Orlando Faria; o Secretário de Esportes, Maurício Landim; e o Secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido. A FPF se pronunciou sobre o assunto.
“A Prefeitura encaminhará o documento para análise da Vigilância Sanitária. A FPF e os clubes da capital, agora, aguardam aval para que as atividades sejam retomadas, sempre de forma responsável”, disse a postagem no site oficial da entidade.
O Corinthians já notificou o elenco e deixou os jogadores avisados sobre a possibilidade do retorno às atividades já na próxima segunda (15). Os presidentes dos quatro grandes entraram em acordo para iniciarem juntos os treinamentos.
O próprio presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, ironizou o posicionamento de Tiago, dizendo que “ele estava no Barcelona” antes de chegar ao clube. Daí para frente, segundo pronunciamento de sua assessoria, o treinador resolveu se resguardar e só aparecer na mídia após a volta do futebol.
Rotina na quarentena
De acordo com a reportagem do GloboEsporte.com, o treinador tem utilizado a quarentena para cuidar da família. No dia 12 de maio, nasceu Pedro, segundo filho de Tiago Nunes.
Porém, o comandante do Timão não deixou o futebol de lado. O treinador procura estudar e manter contato direto com jogadores, dirigentes e colegas auxiliares durante a parada do futebol. O objetivo é retomar o rumo das vitórias, já que, a equipe não vence pelo Paulistão desde o clássico contra o Santos, ainda no início de fevereiro.
Relação com a diretoria
Apesar da troca de farpas, ambas as partes rechaçaram qualquer problema no relacionamento. Tiago, inclusive, apareceu em live protagonizada por Andrés. O presidente, em diversas entrevistas, deixou claro que não está satisfeito com os resultados da equipe, mas confia no trabalho do treinador.
Em entrevista, Andrés cita salário ‘sossegado’ de Tiago Nunes e relembra permanência de Tite como exemplo
Em 2011, após perder para o Tolima-COL e ser eliminado da pré-Libertadores da América, Andrés Sanchez foi responsável por manter o técnico Tite no comando do time. Ainda na mesma temporada, sagrou-se campeão brasileiro.
Depois, a equipe venceu a Libertadores, o Mundial e o treinador se tornou ídolo do Corinthians. Em 2020, após o começo ruim de Tiago Nunes, o presidente corinthiano tomou como base o caso de Tite para justificar a permanência do comandante.
“O exemplo que dão do Tite, é o exemplo para o futuro brasileiro. A gente foi bom porque ganhou. Se eu seguro ele e não tivesse ganho o Brasileiro, ele era burro e eu mais burro e incompetente ainda. Infelizmente, às vezes você faz uma coisa errada e acerta e às vezes você faz a coisa certa e erra”, comentou Andrés ao Bandsports.
Citando os cortes de salário realizado nas últimas semanas, Andrés ainda aproveitou para reforçar o pedido de paciência com o trabalho do treinador.
“O Tiago está sossegado, ganhando o que ganha por mês está sossegado. De um mês para cá não está mais porque teve que reduzir salário. O trabalho dele no dia a dia é excelente, os resultados são péssimo, ele está no Corinthians há 65 dias e nós temos que ter mais paciência”, ressaltou Andrés Sanchez.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Em entrevista à colunista Marília Ruiz, do UOL, mandatário do Corinthians revela se é possível fazer uma nova contratação igual à de Ronaldo; entenda
No final de 2008, o Corinthians anunciou a contratação de Ronaldo Fenômeno, o que caiu como uma bomba no meio do futebol. À época, o Timão voltava da série B. Assim, como investiria tão pesado para trazer um astro mundial? A resposta foi um arrojado plano de marketing que dava a Ronaldo boa parte dos próprios ganhos do clube com sua imagem. Questionado se seria possível repetir uma ação parecida. Andrés foi categórico.
“Nenhuma chance, porque sé existe um Ronaldo. Outros clubes tentaram e não conseguiram. Nós tentamos como a Adriano e não conseguimos. Agora nós estamos lutando para sobreviver. A TV, que é nossa principal arrecadação, cortou 70% dos pagamentos. Muitos clubes já estão em situação caótica, nós estamos em situação muito difícil, e em 30 dias tudo estará caótico”, disse Andrés em entrevista à colunista Marília Ruiz.
Em relação à volta dos campeonatos, a falta de uma data prevista vem afetando bastante os clubes, que ainda não sabem como se planejar. A respeito disso, Andrés cita que o melhor é se fazer como estava acordado, para não ter reduções nas cotas de transmissão e patrocínio.
“Nós queremos entregar tudo que colocamos nos contratos. Vamos fazer um esforço sobrenatural para jogar as rodadas como estavam estipuladas. Queremos e vamos tentar entregar. Se vai dar, não depende de nós”, declarou o presidente à jornalista.
Andrés ainda falou da expectativa para o time na volta do futebol. De acordo com o presidente – como frisou em diversas entrevistas -, “os resultados foram péssimos”. Entretanto, Sanchez espera que o Corinthians ainda possa melhorar.
“Podemos voltar diferentes. Não seremos nem o pior time nem o melhor time. Vamos disputar em pé de igualdade com os rivais”, disse Andrés Sanchez.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Presidente do Corinthians desmente negociação com Carlitos à TV argentina
A notícia de que Tevez estaria negociando com o Corinthians abalou as estruturas da Fiel. De acordo com a imprensa argentina, Carlitos, que teve uma passagem avassaladora pelo clube entre 2005 e 2006, voltaria após o fim de contrato com o Boca, agora em junho. Para comentar a notícia, Andrés Sanchez conversou também com uma rádio da Argentina.
“Qualquer clube do mundo gostaria de ter o Carlitos. Tudo é possível, mas não há nada oficial sobre a chegada dele ao Corinthians. Tevez é um ídolo do Corinthians e a torcida gosta muito dele. Depois de Ronaldo, é um dos mais queridos. Mas não houve nenhuma comunicação com seu representante, nem nada”, declarou Andrés Sanchez.
O presidente ainda salientou que o momento é muito complicado, já que “o futebol está parado e não sabemos quando vai voltar”. Em outra entrevista recente à TV Corinthians, Andrés já tinha comentado sobre as chances de negociação com o ex-camisa 10 do Timão:
“Chance tem. Dá 4 ou 5 milhões de dólares por ano, que ele vem. Agora eu não sei se ele quer jogar mais bola, acaba o contrato dele agora no Boca Juniors, está com 36 para 37 anos, foi um ídolo do Corinthians, grande jogador, mas não sei se ele quer sair da Argentina. Tevez é um jogador complicado, uma pessoa complicada.”, explicou Andrés ao canal oficial do Corinthians.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Mandatário alvinegro acredita que mudanças severas no futebol acontecerão após pandemia
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, concedeu entrevista por meio de uma live ao comentarista Walter Casagrande, da Rede Globo. Na conversa, dentre as várias perguntas, o presidente foi questionado sobre a volta do futebol brasileiro.
Andrés respondeu que é favorável ao retorno dos treinamentos e jogos, desde que todos tenham segurança.
“Nós temos que voltar o mais rápido possível, mas desde que as autoridades de saúde e os médicos do clube derem o ‘OK’. Com todo respeito, mas voltar da maneira que alguns times estão voltando não dá”, disse o presidente, que aproveitou para criticar os protocolos de segurança já propostos.
“Enquanto não tiver tratamento 100% (eficaz) ou uma vacina, nós vamos correr esse risco pelos próximos meses. Como é que nós vamos voltar a por 50, 60 pessoas para trabalhar no futebol? Como é que vai ser isso, como vai ser aquilo? Já estão falando que jogador não pode cuspir no chão, não pode encostar um no outro. Como você vai bater um escanteio sem encostar um no outro?”, defendeu o presidente.
Ainda segundo Andrés, os jogadores “não teriam cabeça” para voltar a jogar, já que suas famílias continuariam correndo riscos no decorrer da pandemia. Sobre o futuro do futebol após o retorno, o presidente acredita que as coisas irão mudar, principalmente em relação a valores.
“Quando o futebol voltar, novas contratações, novos jogadores que vierem, vão vir no mínimo 50% mais barato.”, disse o presidente, que não acredita em mudanças nos contratos atuais, apenas nas negociações futuras.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão