Presidente do Corinthians reclamou que o calendário do futebol brasileiro não permite a disputa da fase prévia da competição continental e defendeu a extinção da mesma
Na noite desta terça (17), em entrevista a Fox Sports, Andrés Sanches voltou a tecer críticas à Conmebol Libertadores. Não é a primeira vez que o dirigente dá declarações contra a principal competição do continente. Andrés tem uma posição, de certa forma, radical quando o assunto é a Conmebol, e para isso se baseia nas imposições da entidade, que ele considera absurdas – como não poder mostrar os patrocinadores do clube em sua Arena -, nas condições que a entidade oferece às equipes do país, e também os constantes erros da arbitragem contra os times brasileiros, tendo, inclusive, proposto um boicote ao torneio.
Andrés Sanches criticou o modelo atual, que, segundo ele, foi feito para “encaixar times da Venezuela, Bolívia e Equador”, não se preocupando com o calendário dos times do Brasil.
“- Para nós, brasileiros, entrarmos na pré-Libertadores é um crime. Porque volta de férias dia 7 (de janeiro), treina 15 a 20 dias, começa o campeonato Paulista dia 22, e dia 5 (de fevereiro) já tem um jogo da pré-Libertadores. Mas o regulamento está aí, espero que dessa vez tenhamos sorte”, disse.
O mandatário também defendeu menor participação de equipes brasileiras na competição.
“- Estou reclamando com a Conmebol, porque acho que o Brasil não tinha que ter mais de cinco times na disputa. O Corinthians se classificou em oitavo. O Corinthians está na pré-Libertadores. Mas acho que não tinha que ter isso. É melhor ficar fora do que disputar uma pré-Libertadores. Tinha que ir direto para fase de grupos.”
A opinião de Andrés é que os clubes precisam valorizar mais as competições nacionais.
“- O Brasileiro é muito importante. Libertadores é consequência”, concluiu.
Em 2018, quando o Corinthians não pontuou o suficiente no Brasileirão para se classificar à Libertadores e disputou a Copa Sul-Americana, Andrés Sanches afirmou em entrevista que não tem mais obsessão em ganhar o torneio continental.
“- Financeiramente, não (faz falta jogar a Libertadores). Qualquer campeonato de primeira linha é logico que é negativo (ficar de fora), não só pelo dinheiro, mas pela imagem, torcedor fica com a moral mais baixa. Mas, depois que nós ganhamos (em 2012), eu, particularmente, não tenho mais isso como obsessão. Tenho obsessão pelo Brasileiro, pela Copa do Brasil…”
Em outra fala, o Presidente do Timão voltou a citar que falta união aos clubes brasileiros para que a Conmebol dê mais representatividade ao país.
“- Falei há dez anos que todos tinham de sair da Libertadores. Hoje eu escuto falar, lógico que eu quero disputar, mas do jeito que está, não posso por patrocinador meu, não posso nada, e o time vai jogar em uns estádios aí… Tivemos de dormir num container, no Chile”, revelou.
“- Mas, os clubes brasileiros não se unem mais. Fala que o Brasil não vai disputar, você vai ver como mudaria. Eu falei isso em 2010, 2011. Cada dia estamos com menos representatividade”, concluiu Andrés.
Por Nágela Gaia
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