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#77VIVE: Há 42 anos, Timão batia Ponte e quebrava longo tabu

No terceiro jogo das finais do Paulistão de 1977, Corinthians se impôs contra a Ponte Preta e, enfim, conquistou o estadual após quase 23 anos

Basílio, o herói de 77, o autor do gol do título Paulista de maior importância para a Fiel (Imagem/Reprodução/Internet)

Após vitória e derrota nos primeiros jogos das finais contra a Ponte Preta, o Corinthians foi para o terceiro jogo contra a Macaca disposto a findar o incômodo jejum de 22 anos, oito meses e seis dias sem conquistar o Campeonato Paulista. Curiosamente, a Fiel Torcida cresceu de forma considerável durante o período e, como de praxe, lotou o Estádio do Morumbi naquela noite, em 13 de outubro de 1977.

Imagem Reprodução/Youtube/Rádio Esportivo

O jogo começou nervoso e, logo aos 16 minutos de bola rolando, Rui Rei, craque da equipe campineira, foi expulso após discussão com o árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia, para delírio dos 93 mil Fiéis presentes no Morumbi.

Após primeiro tempo com ligeiro domínio corinthiano, o segundo tempo foi de duas equipes cautelosas e nervosas, com poucas oportunidades de gol, tamanha a importância daquela partida e o receio de deixar o tão sonhado título escapar.

O Corinthians jogava pelo empate até os 36 minutos do segundo tempo, quando Zé Maria bateu falta pela direita, Vaguinho bateu no travessão e sobrou para Wladimir cabecear e Oscar salvar em cima da linha. Mas, no rebote, Basílio fuzilou, sem chances para o goleiro Carlos, marcando um dos gols mais importantes da história do Corinthians.

Após o gol, a euforia tomou conta da Fiel no Morumbi e em todo o Brasil. Em campo, mesmo sem Geraldão, expulso após briga com o ponte-pretano Oscar, o Timão se segurou até o apito final, quando o Bando de Loucos invadiu o gramado e festejou sua primeira “libertação” ao lado de seus heróis. Brandão foi carregado nos ombros pela torcida corinthiana, que ajoelhava-se e comia a grama da partida. A festa foi tão grande, que até o então presidente do clube, Vicente Matheus, perdeu os sapatos.

(Foto: Acervo/Agência O Globo)

A conquista do Paulistão de 1977 é celebrada e enaltecida pelo Corinthians até os dias de hoje, chegando até mesmo a inspirar uniformes do clube lançados pela Nike, como em 2007, 2013 e 2017. Relatos afirmam que tal feito pode até mesmo ser considerado o maior da história do Alvinegro.

Um momento imortalizado na voz de Osmar Santos:
“O Corinthians, envolvido nessa chama, nessa religião e nessa bandeira.”

(Campanha: “Fé Alvinegra” – Nike
Criação: Wieden+Kennedy
Narração original de Osmar Santos na Rádio Globo em 77)

Corinthians, enfim, campeão Paulista de 1977! O ano de 1977 nunca terminou para os corações corinthianos.

Confira a entrevista que a Central do Timão fez com Wladimir, um dos ídolos de 77, sob a luz do lampião. Aproveite, inscreva-se no canal e clique no sininho para receber as atualizações em primeira mão.

Por Gabriel Salvati

#77VIVE – Há 42 anos, a Fiel quebrava o recorde de público do Morumbi

No segundo jogo da final do eterno Paulista de 1977, mais de 146 mil torcedores corinthianos bateram o recorde absoluto de público da casa rival em jogos de futebol

146.082 presentes – O maior público da história do Morumbi – 13/10/1977 – (Foto: Reprodução internet)

Todo bom corinthiano celebra até hoje a histórica conquista do Campeonato Paulista de 1977, quando o Timão quebrou o jejum de quase 23 anos sem conquistar o torneio e, curiosamente, viu sua Fiel Torcida crescer consideravelmente. Mas engana-se quem pensa que o Alvinegro não encontrou dificuldades e não sofreu nas finais contra a Ponte Preta, então considerada favorita ao título.

(Foto: Reprodução Internet)

Após bater a equipe de Campinas por 1 a 0 com gol de Palhinha no jogo de ida, no dia 09 de outubro de 1977, o Corinthians jogava pelo empate na segunda partida das finais do estadual daquele ano, o que levou a Fiel ao delírio – e ao Estádio do Morumbi – na expectativa de finalmente quebrar o incômodo tabu.

Naquele que é, até hoje, o recorde absoluto de público do estádio, com 138.032 pagantes (146.082 presentes), o Timão abriu o placar com Vaguinho, ainda no primeiro tempo, levando a torcida corinthiana ao delírio.

Com a vantagem do empate, o Corinthians suportou a pressão campineira até os 22 minutos do segundo tempo, quando Dicá empatou em cobrança de falta perfeita. A frustração veio com a virada ponte-pretana, já aos 38 minutos da etapa final, quando Rui Rei, um dos principais personagens das finais estaduais, decretou o triunfo da Macaca.

A derrota corinthiana no segundo jogo da final forçou a disputa do terceiro jogo, disputado no dia 13 de outubro daquele ano, em uma fria noite paulistana, mas a Fiel, como sempre, protagonizou mais uma invasão, considerada até hoje como uma das maiores da história do clube.

Até hoje, os presentes no local, ou que viveram a primeira “libertação” do Timão, contam que o destino impediu a conquista corinthiana naquela tarde, por conta da quase tragédia instantes da partida, quando um torcedor do Corinthians caiu de um dos anéis da lotada arquibancada do estádio são-paulino, além, é claro, de tornar a conquista mais sofrida e, claro, mais sofrida, com a cara do Corinthians.

Por fim, o título seria decidido no mesmo Morumbi, quatro dias depois.

Por Gabriel Salvati