Arquivo da tag: 1983

#806XWLADIMIR: Ídolo que mais vezes vestiu a camisa do Timão fala à Central

Recordista com maior número de jogos com a camisa do Corinthians, o ídolo Wladimir, lateral-esquerdo presente na quebra do tabu em 1977 e na Democracia Corinthiana, falou com exclusividade à Central do Timão

Em bate-papo exclusivo com a Central do Timão, Wladimir abriu o coração corinthiano e contou histórias de quando atuava pelo Todo Poderoso. NO QG da Central e sob a luz de um lampião, o ex-lateral se declarou ao Corinthians.

Segundo o ídolo, ele chegou a jogar longe de suas condições ideais, até mesmo com febre, tamanha vontade de defender o Corinthians dentro das quatro linhas.

“Joguei com costela quebrada, joguei com tornozelo inchado, joguei com 40ºC de febre e o médico dizia pra mim ‘Fica pra outra partida, não precisa jogar esse’ e eu respondia ‘Doutor, pode deixar que eu assumo a responsa’ e ia pra campo. Me sinto orgulhoso de ter feito e de ter vivido isso”, contou Wladimir.

Tetracampeão do Paulistão pelo Corinthians, Wladimir participou da histórica campanha de 1977, onde o Timão quebrou o tabu de quase 23 anos sem vencer o Campeonato Paulista (faturou o Rio-São Paulo neste período).

“Em 77, ele tem um valor especial, porque faziam 22 anos que o Corinthians não era campeão do Paulista. Eu tive a felicidade em 77 de ser campeão pelo Corinthians”, celebrou o ídolo.

Além de ser campeão do Paulista em 1977 e 1979, Wladimir fez parte do elenco que protagonizou a famosa Democracia Corinthiana, em 1982 e 1983, que faturou o bicampeonato estadual nestes anos. O ídolo corinthiano comentou sobre a relação que os jogadores tinham entre si. Segundo o ex-lateral, a parceria ultrapassava os limites das quatro linhas.

“Em 82 e 83, a gente tinha um elenco maravilhoso. A gente era irmão fora de campo e dentro de campo, o que é importante, porque, dentro de campo, é comum você ter a participação de todos. Mas, fora de campo, cada um tem a sua família, e a gente fazia questão de reunir as famílias. Éramos um grupo muito unido que era eu, o Sócrates, o Casagrande, Biro-Biro, Zenon… A gente tava muito feliz de defender o Corinthians e tinha oportunidade de conviver com todos”, contou o ex-lateral, emocionado.

Wladimir ainda comentou sobre a sua renovação com o Timão, onde relembrou história com o eterno e folclórico ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus.

“Foi fantástico, porque a torcida se mobilizou, porque ficaram sabendo mais ou menos o que eu queria de luvas e levaram um cheque para o ‘seu’ Vicente Matheus e ele sentiu a barra e falou ‘Opa, opa! Não! Pode deixar que eu renovo com ele’ e acabou renovando”, confessou, aos risos.

Ídolo da Fiel, Wlad – como é chamado carinhosamente – contou como era enfrentar o Timão quando atuava por outras equipes. Segundo ele, o coração ficava dividido, mas ele tem sensação de missão cumprida.

“Eu sentia muita responsabilidade, porque não queria nem prejudicar o time em que estava jogando, e nem contribuir para a derrota do outro time que tava lá, que era o Corinthians. Era uma missão difícil, mas eu cumpri a minha missão”, declarou o ex-atleta.

Jogador que mais vezes atuou com a camisa do Corinthians, Wladimir convocou a Fiel para acompanhar a Central do Timão.

“Meus amigos e companheiros corinthianos, tenho muita satisfação em falar com vocês com tranquilidade. Quero convidar vocês a participarem desse canal de manifestação e amor pelo Corinthians. É uma oportunidade de se manifestar e se inscrever nesse canal”, finalizou Wlad.

Por Redação Central do Timão/TV Central do Timão