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Há 69 anos, Corinthians empatava com Palmeiras e se sagrava campeão do IV Centenário

  • Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão

A data de 06 de fevereiro de 1955 marca profundamente a história do Corinthians e da cidade de São Paulo que fazia 400 anos. Naquele dia, no Pacaembu lotado, o Corinthians enfrentou o rival Palmeiras, em um Derby que valia o título do Campeonato Paulista de 1954. A taça do IV Centenário era desejada por todos os times.

Nenhum Derby gerou um título tão importante para o corinthiano. Já no primeiro encontro dos rivais pelo Paulistão, em outubro de 1954, uma partida eletrizante no Pacaembu. Com 25 minutos, os alviverdes já tinham feito 2 x 0 no placar. Não contavam com Luizinho empatando com dois gols, e Baltazar, aos 28 do segundo tempo, decretando a virada por 3 x 2 e a vantagem de quatro pontos na liderança.

Quatro meses depois, em 6 de fevereiro de 1955, viria a final. O empate era o suficiente para o título do Timão. O Palmeiras precisava da vitória a qualquer custo e ainda torcer por uma combinação de resultados na rodada seguinte, quando o Corinthians pegaria o São Paulo.

O presidente do Palmeiras então, contratou um pai de santo, que os mandou jogar com uniforme azul. Não deu certo. O time de Osvaldo Brandão não tomou conhecimento dos, então, “celestes” e decidiu o jogo no Pacaembu. Logo aos 10 minutos, Luizinho abriu o placar de cabeça, do alto do seu 1,64 m, aproveitando um cruzamento de Cláudio.

Os palmeirenses partiram para a pressão e empataram com Nei no início do segundo tempo. A partir daí, a defesa corintiana suportou o sufoco, sobretudo o goleiro Gylmar, então com apenas 23 anos, assegurando a importante taça com uma rodada de antecedência.

Esse título encerrou um dos períodos mais gloriosos da história do Corinthians, quando conquistou, entre outras dezenas de títulos sem tanta expressão, de 1951 a 1955, três títulos Paulistas, três do Rio-São Paulo e seu primeiro grande título internacional, a Pequena Taça do Mundo, vencida em 1953, na Venezuela, passando por cima do poderoso Barcelona.

Foi a maior equipe da história do clube. Luizinho, Cláudio e Baltazar – três dos jogadores que possuem bustos na sede do clube, no Parque São Jorge. Na verdade, as estatísticas mostram que essa não apenas foi uma das maiores equipes da trajetória do Timão ou do Brasil, mas sim da história do futebol mundial.

Entre 1950 e 1955, o Corinthians disputou 289 jogos, com 192 vitórias (66,44%), 53 empates (18,34%) e 44 derrotas (15,22%), totalizando um aproveitamento de 75,60%. Ainda marcou 784 gols no período (2,7 por jogo) e sofreu 408 (1,4 por jogo), com um saldo de gol de 376 tentos (1,3 por jogo).

O título do IV Centenário sacramentou o domínio do Corinthians em um dos períodos mais disputados do futebol brasileiro e permaneceu como a mais importante do clube por, pelo menos mais 22 anos, quando em 1977, Basílio encerrava o jejum diante da Ponte Preta.

70 anos depois da edição de 1954 deste eterno Campeonato Paulista, o Corinthians fará uma homenagem aos familiares dos heróis daquela competição. O evento está marcado para esta terça-feira, 6, no Memorial Corinthians, às 19h10. A entrada é gratuita para todos interessados.

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Há 76 anos, Cláudio marcava o primeiro dos 305 gols que fez com a camisa do Corinthians

Cérebro e capitão de uma das melhores equipes de todos os tempos, o Gerente deixou seu nome marcado na história do Timão como seu maior artilheiro

  • Por Redação da Central do Timão

Em 14 de março de 1945, Cláudio estreava pelo Corinthians contra o São Paulo, em partida da Taça Cidade São Paulo, no Pacaembu, para se tornar o maior artilheiro da história do Alvinegro do Parque São Jorge, com 305 gols. Mas somente quatro dias depois, em 18 de março, quando o Timão enfrentou o Palmeiras no Pacaembu, Cláudio anotou seu primeiro gol vestindo o manto alvinegro. O tento também foi o único do Timão no empate por 1 a 1 contra o rival.

Em toda a história do Corinthians, ninguém alcançou a marca de Cláudio Christovan de Pinho. O apelido, “Gerente”, recebeu devido ao destaque que alcançou no clube, sendo o principal líder da equipe em que atuava.

O ponta-direita do Timão na década de 50 foi fundamental para as grandes conquistas da época, como a Pequena Taça do Mundo (1953), Campeonato Paulista (1951, 1952, 1954), Torneio Rio-São Paulo (1950, 1953, 1954), Torneio Internacional Charles Miller (1955) e a Taça do Atlântico (1956).

 Corinthians campeão do Rio-São Paulo de 1954. Em pé: Gylmar, Homero, Olavo, Idário, Goiano e Roberto Belangero. Agachados: Claudio, Luizinho, Paulo, Carbone e Rato. Foto: Reprodução.

Ao lado de Baltazar, Luizinho Pequeno Polegar, Mário, Carbone, Simão, Rafael, Roberto, dentre outros. O artilheiro corinthiano fez parte de uma das equipes mais vencedoras da história do clube.

Ao todo, foram 550 jogos com o manto alvinegro, em que Cláudio mostrou uma técnica e habilidade inigualáveis, sobretudo nas bolas paradas. Suas cobranças de faltas eram fenomenais. Os cruzamentos, principalmente aqueles feitos para Baltazar, o “Cabecinha de Ouro”, na maioria das vezes resultavam em gol.

Curiosamente, a última partida de Cláudio no Corinthians também foi em um Majestoso, na final do Campeonato Paulista de 1957. Posteriormente, ele chegou a assumir o comando técnico do time, permanecendo no cargo durante 14 meses, até a demissão.

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