Contratado em 2013 pelo Corinthians para ser o quarto goleiro do clube, ele conquistou a confiança da Fiel Torcida e hoje é respeitado até pelos rivais
Walter foi contratado pelo Corinthians há seis anos. Chegava para ser o quarto goleiro, visto que Danilo Fernandes e Júlio César brigavam para ficar no banco de reservas de Cássio. Sério, trabalhador e humilde, hoje tem a confiança da Fiel e da comissão técnica do clube.
Nesses seis anos, colocou Cássio no banco em duas oportunidades em 2016, mas, acabou se transformando em uma espécie de reserva de luxo: é respeitado por todos, mas não tem espaço, porque o titular é ídolo e vive grande fase há muito tempo.
Neste cenário, o goleiro chegou a fazer um acordo para não renovar seu contrato, que termina em dezembro. Mas, logo demonstrou vontade de ficar e substituiu Cássio à altura durante a Copa América, quando o titular estava com a Seleção. Uma certa dose de pressão da Fiel que chegou a fazer apelos nas redes sociais por sua permanência, a diretoria propôs a Walter assinar um novo contrato, em janeiro 2020, por mais duas temporadas, ficando no Timão até o fim de 2021.
Natural de Jaú, São Paulo, começou sua carreira no Rio Branco, em 2007 e após passagens por equipes do interior, se destacou no União Barbarense, no Paulistão de 2013, onde despertou o interesse de Tite, então técnico do Timão. Contra o próprio Corinthians, o goleiro defendeu um pênalti cobrado por Chicão.
Pé quente, Walter estreou com vitória. Sua primeira partida com a camisa do Timão foi contra o Criciúma, pelo Brasileirão 2013. A chance surgiu para o goleiro de maneira inusitada, com a contusão de Cássio e a “sorte” de estar no banco e no rodízio de arqueiros no momento certo. Dentro de campo, com personalidade, boa técnica e, principalmente, tranquilidade, Walter se mostrou a melhor opção para a meta alvinegra na ausência do camisa 12.
Mesmo aceitando seguir na reserva, Walter nega qualquer rótulo de “acomodado”. Em entrevista recente ao GE, o goleiro disse:
“– É difícil para qualquer um ficar no banco. Eu não fico feliz no banco, mas a gente respeita demais, o Cássio tem uma história aqui que é absurda, não tenho o que falar. A gente tem uma amizade muito grande, se ajuda fora e dentro de campo, mesmo assim quero meu lugar, quero aparecer, quero trabalhar para poder ser igual ou melhor do que ele.”
Walter Leandro Capeloza Artune nasceu em 18 de novembro de 1987 e nesta segunda-feira completa 32 anos.
No último Derby, Walter defendeu um pênalti batido por Gustavo Scarpa e entrou definitivamente no coração da Fiel.
Relembre defesas importantes de Walter dos anos 2013/2014 e 2016.
Por Nágela Gaia
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