Os jogadores do Corinthians Shanenawa, time indígena de futebol amador inspirado no Timão, estão muito perto de realizar um sonho. A equipe da Aldeia Morada Nova, localizada no município de Feijó (Acre), receberá uniformes oficiais doados pelo clube paulista para disputar a final da Copa Indígena.
Em contato com a Central do Timão, o zagueiro Nashima Huni Kuin, de 26 anos, disse que os jogadores receberam com muita alegria a notícia do presente alvinegro, informada pelo próprio Superintendente de Marketing, Comunicação e Inovação do Corinthians, José Colagrossi Neto, que também confirmou a notícia à nossa redação.
Imbuído de muita raça mosqueteira, o Corinthians Shanenawa já conquistou 28 vezes o campeonato local, disputado entre 11 equipes da própria Aldeia Morada Nova. Agora, eles sonham com o título da Copa Indígena, que acontece na Aldeia Paroá, território do povo Kaxinawá, a três horas de barco do principal núcleo habitacional da equipe corinthiana.
Para chegar ao campo da tribo “vizinha”, os jogadores precisam alugar um barco com motor de propulsão, cujo combustível é rateado entre a equipe, e ainda caminhar cerca de meia hora até o local do jogo. Apesar dos obstáculos, os corinthianos estão invictos e garantidos na final do torneio, que acontece no próximo domingo, dia 12 de junho. O adversário será definido neste sábado (04), na partida entre Novo Natal e Nova Vida, ambos de origem Kaxinawá.
Atualmente, o Corinthians Shanenawa joga de camisas azuis – com o símbolo do Timão estampado no peito – e calções pretos. A cor era a única disponível na confecção onde a equipe encomendou o fardamento. Entretanto, depois da ajuda do clube alvinegro, eles passarão a jogar de preto, com o segundo uniforme do Corinthians Paulista. Um sonho realizado pelos jogadores, que ainda almejam conhecer a Neo Química Arena, em São Paulo, a quase quatro mil quilômetros de sua terra natal.
Os Shanenawa habitam a região centro-norte do Acre, à margem esquerda do rio Envira, no Município de Feijó, que fica a 3.856 km de São Paulo. Mesmo tão distante da capital paulista, berço do Corinthians, um grupo de jogadores indígenas apaixonados pelo Timão criou um time de futebol amador para homenagear o clube alvinegro. A Central do Timão conversou com o zagueiro da equipe, Nashimar Huni Kuin, de 26 anos, que contou um pouco sobre a história e o cotidiano do Corinthians Shanenawa.
Segundo o zagueiro, a ideia para o nome do time surgiu há mais de dez anos, quando Anderson Shanenawa, um torcedor fanático pelo Corinthians, sugeriu a homenagem. Contudo, a equipe passou a ter maior visibilidade na região a partir de 2017, ano em que despontou como favorita nos principais torneios indígenas do extremo Acre.
Desde então, o Corinthians Shanenawa se tornou imbatível nas competições e até já foi notado pelo clube paulista. O superintendente de Marketing, Comunicação e Inovação do Timão, José Colagrossi Neto, entrou em contato com o time e publicou um vídeo nas redes sociais.
Nashimar garante que todos os jogadores da equipe são corinthianos, e que o grande sonho deles é conhecer o estádio do Corinthians, em São Paulo. Enquanto isso não acontece, o time indígena da Aldeia Morada Nova, inspirado na força e na raça mosqueteira, joga para vencer em todos os campeonatos que consegue disputar.
Atualmente, eles lideram a Copa Indígena e estão invictos há cinco jogos na competição, apesar da dificuldade para chegar ao local do torneio, disputado na Aldeia Paroá (Terra Indígena Katukina/Kaxinawá), que fica a três horas de barco do maior núcleo habitacional dos Shanenawa.
Eles ainda participam do Campeonato Shanenawa, este disputado na própria Aldeia Morada Nova, com 11 equipes postulantes ao título, e já foram campeões 28 vezes. Além de jogar futebol, também costumam assistir aos jogos do clube paulista. Quando uma partida não é transmitida em TV aberta para o estado, os jogadores corinthianos recorrem a um aplicativo de celular para não perder nenhum lance do Timão.
O zagueiro da equipe Shanenawa acredita que o time de Vítor Pereira pode vencer a Libertadores, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil deste ano, embora tenha adversários “muito fortes” pela frente. Os maiores ídolos do atual elenco alvinegro na aldeia são o goleiro Cássio e os laterais Fagner e Fábio Santos.
Sem patrocínio, os jogadores e a comissão técnica do Corinthians Shanenawa pagaram do próprio bolso pelos uniformes da equipe, que levam o distintivo do Timão. Eles também costumam alugar um batelão (espécie de embarcação própria para operação próxima às margens de rios) para chegar ao campo onde a Copa Indígena é disputada. Tudo é custeado pelo próprio time, mas as adversidades não superam a vontade de vencer do aguerrido Corinthians indígena.
“É a força do Timão, a gente tem raça! Todos nós torcemos pelo Corinthians e, quando a gente tá dentro de campo, jogamos futebol e damos a vida pelo Corinthians. Temos um bom atacante, meio de campo, zagueiros, dois goleiros que dão conta do trabalho… Também temos técnico, auxiliar técnico, massagista e um bombeiro”, afirmou Nashimar à Central do Timão.
“Graças a Deus, está dando tudo certo, mas nós precisamos de muito apoio e de patrocínio para podermos nos organizar melhor. Os uniformes, meiões e chuteiras nós mandamos fazer com o nosso dinheiro, pelo nosso esforço, nós somos uma equipe bem organizada na raça”, concluiu o zagueiro.
Os próximos jogos do Corinthians Shanenawa acontecem neste fim de semana. No sábado (04), os corinthianos viajam à Aldeia Paroá para disputar a Copa Indígena, e no domingo (05), jogam pelo Campeonato Shanenawa, em casa, onde nunca perderam.
Ídolo da Fiel Torcida e um dos atacantes mais importantes da história recente do Corinthians, Edílson, o Capetinha, marcou seu último gol com a camisa do clube há 22 anos, quando contribuiu para a vitória do Corinthians sobre o Palmeiras por 4 x 3 em 30 de maio de 2000.
Os dois times se enfrentaram pela partida de ida da semifinal da Copa Libertadores daquele ano. O Alvinegro vinha das conquistas dos títulos do Brasileirão em 1999 e do Mundial de Clubes da Fifa em janeiro daquele mesmo ano, e vivia uma grande fase.
Com pouco mais de 33 mil torcedores no estádio, o Alvinegro entrou em campo com Dida; Daniel, Fábio Luciano, Adílson e Kleber; Vampeta, Edu, Ricardinho e Marcelinho; Edílson e Luizão.
Quando o placar apontava 2×1 para o Timão, Edu foi lançado na esquerda e cruzou na área para Edílson, que cabeceou para o gol, marcando o terceiro tento da equipe e o seu último pelo Corinthians.
Edilson atuou em 164 jogos com a camisa Alvinegra, marcou 55 gols e conquistou quatro títulos: o Campeonato Paulista de 1999, duas edições do Campeonato Brasileiro (1998 e 99) e o Mundial de 2000.
Nesta segunda-feira (30), o volante Paulinho comemora seu primeiro gol com a camisa do Corinthians. No clássico com o Santos, Paulinho entrou no decorrer do duelo e marcou um dos gols que contribuiu para a vitória por 4 x 2 contra o rival, no Pacaembu, em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro de 2010. O volante, que chegou sem muito alarde, acabou se tornando uma das peças mais importantes nas recentes conquistas do Timão.
Na ocasião, o Corinthians entrou em campo com Felipe; Jucilei, Chicão, William, Roberto Carlos; Ralf, Elias, Bruno César, Danilo; Jorge Henrique e Dentinho. Aos 29 minutos da etapa final, Paulinho entrou no lugar de Bruno César. Dez minutos depois, após cruzamento na medida de Roberto Carlos, ele subiu sozinho na grande área e cabeceou sem chances para o goleiro santista.
Com a camisa Alvinegra, de 2010 a 2013, Paulinho atuou em 167 partidas, marcou 34 gols, e conquistou o Brasileirão 2011, a Libertadores invicta em 2012, o Mundial de Clubes FIFA 2012, o Paulistão 2013 e a Recopa Sul-Americana também em 2013. Deixou o Timão rumo ao futebol inglês, e logo após se transferiu para o Guangzhou Evergrande, da China. Lá, conquistou títulos e também se tornou ídolo do clube.
Por conta da pandemia de Covid-19, Paulinho retornou ao Brasil em 2021, e algum tempo depois, se transferiu para o Al-Ahli, da Arábia Saudita, onde ficou apenas dois meses. Rescindiu seu contrato com o clube chinês e foi anunciado pelo Corinthians em dezembro passado. Nesta nova passagem, Paulinho completou 187 jogos com a camisa Alvinegra e 38 gols.
No momento, o volante de 33 anos vive um drama, após ter rompido o ligamento cruzado em jogo contra o Fortaleza, passou por cirurgia, e só volta aos campos em 2023, ano em que se encerra o seu contrato com o Timão.
Em 30 de maio de 2004, Adenor Leonardo Bachi, o Tite, fazia a sua estreia comandando o Corinthians, clube onde se tornou ídolo ao longo de três passagens (2004/05, 2010/13 e 2015/16).
Contratado para a vaga de Oswaldo de Oliveira, Tite não teve tempo para treinar a equipe, e seu primeiro compromisso já era uma tarefa dura. O treinador teve apenas três dias para conhecer o elenco e se preparar para o clássico contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Quando a bola rolou, entretanto, o Timão não fez feio.
O Corinthians até viu o rival abrir o placar, mas logo após melhorou no jogo e buscou o empate em cobrança de falta do meia Renato, seis minutos depois. Na zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro, em 18º lugar, o empate trouxe esperança para a Fiel torcida, que, no decorrer da competição viu Tite recuperar a equipe e melhorar sobremaneira o nível técnico apresentado em campo. O Corinthians terminou aquela edição do Campeonato Brasileiro na quinta colocação, mas, no ano seguinte, Tite se desentendeu com a diretoria e deixou o cargo.
No entanto, cinco temporadas mais tarde, Tite retornou ao clube e fez enorme sucesso, conquistando o Campeonato Brasileiro (2011), a Libertadores (2012), o Mundial (2012), o Campeonato Paulista (2013) e a RECOPA Sul-Americana (2013). Depois de deixar o clube em 2013, voltou mais uma vez, em 2015, para conquistar outro Brasileirão. Tite deixou o Corinthians para comandar a Seleção Brasileira.
No Parque São Jorge, o treinador disputou 378 jogos, sendo o segundo com mais partidas à frente do clube. Ao todo, foram 196 vitórias, 110 empates e apenas 72 derrotas.
O dia 30 de maio marca o início das obras da Neo Química Arena, o estádio do Corinthians. Exatamente às oito horas e 14 minutos do dia 30 de maio de 2011, começaram oficialmente as obras da Arena em um terreno de 197 mil m², localizado em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
Maior sonho da Fiel Torcida corinthiana, o estádio teve suas obras concluídas três anos depois, sendo inaugurado em 2014, já confirmado como a sede de abertura da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014.
O jogo de estreia foi um amistoso comemorativo entre ídolos da história do Clube, com o primeiro gol marcado por Rivelino, um dos maiores ídolos da história Alvinegra. No dia 18 de maio de 2014, o Corinthians enfrentou o Figueirense, pela 5° rodada do Campeonato Brasileiro, na primeira partida oficial em seu estádio. Mais de 36.000 torcedores estiveram presentes.
Apesar de ter sido derrotado pelo adversário por 1×0, aquele jogo marcava o início de uma era vitoriosa do Corinthians. Desde então, o Corinthians sempre mostrou sua força na Casa do Povo, principalmente quando a Fiel Torcida está presente. O retrospecto em Itaquera é muito bom: em 269 jogos, o Timão venceu 159, empatou 74 e perdeu apenas 36 vezes.
Dentro da Arena, o Timão levantou os troféus do Campeonato Paulista de 2017 e 2019, além dos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017. Além disso, o Timão balançou as redes em 424 oportunidades e sofreu 197 gols.
Neste domingo (29), o Corinthians empatou por 1 x 1 com o América-MG, na Neo Química Arena, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols do jogo saíram apenas no segundo tempo, e foram marcados por Aloísio, que abriu o placar para o Coelho, e Gustavo Mosquito, que deixou tudo igual.
Com o resultado, o Timão perdeu a liderança isolada da competição e agora, com 15 pontos, divide a ponta da tabela com Palmeiras e Atlético-MG, que venceram seus compromissos na rodada e ultrapassaram o Alvinegro, atual terceiro colocado, no saldo de gols.
Para tentar recuperar o bom desempenho da equipe e tornar a vencer, o treinador português terá uma semana livre para treinos. O Corinthians volta a campo apenas no próximo sábado (04), às 20h30 (de Brasília), para enfrentar o Atlético-GO pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia.
Confira como ficou a tabela de classificação do Campeonato Brasileiro após os jogos da oitava rodada:
O veterano Fábio Santos, lateral-esquerdo do Corinthians, entrou em campo ontem (22) pela primeira vez no Campeonato Brasileiro deste ano, para defender o Timão contra o São Paulo, na Neo Química Arena, em jogo válido pela sétima rodada. Com isso, tornou-se o único jogador a disputar todas as edições da competição na era dos pontos corridos.
Revelado pelo São Paulo e com passagens por Cruzeiro, Santos, Grêmio e Atlético-MG, Fábio Santos chegou ao Corinthians para sua primeira passagem pelo clube em 2011. Nesse período (até 2015), o lateral participou de 214 jogos e marcou 14 gols pelo Timão, além de conquistar dois títulos brasileiros (2011 e 2015), a Copa Libertadores (2012), o Mundial (2012), o Campeonato Paulista e a Recopa Sul-Americana de 2013.
O experiente lateral-esquerdo chegou a disputar as primeiras rodadas do Brasileirão de 2015 pelo clube do Parque São Jorge, antes de se transferir para o Cruz Azul, do México. Um ano depois, ele retornou ao futebol brasileiro para defender o Atlético-MG até outubro de 2020, quando foi contratado de volta pelo Timão.
No seu retorno, até o momento, o atual camisa 26 do elenco alvinegro realizou 76 partidas, com dez gols marcados. Somando as duas passagens, o ídolo tem 290 jogos disputados e 24 gols anotados para o Corinthians.
Aos 36 anos, Fábio Santos é o 38º jogador a mais vezes vestir o manto alvinegro na história, além de ser o primeiro futebolista a disputar todas as vinte edições do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos.
Na tarde deste domingo (22), Corinthians e São Paulo se enfrentaram na Neo Química Arena, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, em clássico que valia a liderança da competição. Calleri abriu o placar para os visitantes e Adson, de cabeça, empatou para o Timão.
O resultado manteve o Corinthians na ponta da tabela de classificação, com 14 pontos, e ampliou o tabu para 16 jogos sem vitória do São Paulo na casa alvinegra, onde o rival nunca triunfou. Desde a inauguração da Neo Química Arena, em 2014, o Timão conseguiu 10 vitórias e seis empates em Majestosos disputados em Itaquera.
O Alvinegro também leva vantagem no retrospecto geral do clássico, com 129 vitórias contra 101 do rival. Os clubes empataram outras 109 vezes na história de 339 jogos disputados.
Além de manter o tabu e a hegemonia no retrospecto, o empate deste domingo evitou a sexta derrota consecutiva do Corinthians em clássicos, algo que nunca aconteceu na história alvinegra. Antes de Vítor Pereira, o Timão só havia perdido cinco clássicos seguidos em 1959, sob o comando de Sílvio Pirillo.
Embora tenha evitado entrar para a história com uma marca negativa, o treinador português ainda não conseguiu vencer um grande rival do Corinthians. A próxima oportunidade será no dia 25 de junho, também na Neo Química Arena, quando o Timão receberá o Santos, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Confira o retrospecto do Corinthians em clássicos nesta temporada:
Corinthians 1 x 2 Santos – Campeonato Paulista
São Paulo 1 x 0 Corinthians – Campeonato Paulista
Palmeiras 2 x 1 Corinthians – Campeonato Paulista
São Paulo 2 x 1 Corinthians – Campeonato Paulista (semifinal)
Palmeiras 3 x 0 Corinthians – Campeonato Brasileiro
Corinthians 1 x 1 São Paulo – Campeonato Brasileiro
Após a acusação de injúria racial registrada pelo jogador Edenílson, do Internacional, contra o lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, na última partida entre as equipes pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio Beira-Rio, o clube alvinegro contratou o Centro de Perícias de Curitiba para analisar as imagens do lance envolvendo os atletas.
O laudo de 12 páginas foi divulgado pela Gazeta Esportiva e assinado por Anderson Marcondes Santana Júnior, Daniela Cristina Silva Lima Ramos Guidugli e Giovana Giroto, profissionais que possuem deficiência auditiva bilateral de grau severo a profundo desde a infância.
De acordo com os peritos, segundo as imagens analisadas, não é possível que a letra “m”, inicial da palavra “macaco”, tenha sido pronunciada por Rafael Ramos, independentemente do sotaque português do atleta.
“A transcrição acima conclui que a fala questionada se trata da expressão ‘Pô, caralho’ e não há menção da palavra ‘macaco’, como supostamente foi alegado, no trecho da discussão do vídeo analisado. A letra ‘m’, por ser considerada bilabial em sua pronúncia, necessariamente ocorrerá a junção dos lábios na fala, sendo impossível emitir o som da palavra sem tocar os lábios”, conclui o trecho do laudo.
Ainda conforme o parecer do Centro de Perícias de Curitiba, a íntegra da conversa entre Rafael Ramos e Edenílson foi a seguinte:
Rafael Ramos: “Eiii…” Rafael Ramos: “Cê tá loco?!” Edenílson: “Maluco!” Rafael Ramos: “Pô, caralho!”
Já o perito judicial Roberto Meza Niella, especialista em leitura labial e diretor de consultoria pericial, revelou à Rádio Gaúcha não ter dúvida de que Rafael Ramos cometeu injúria racial ao se dirigir a Edenílson.
“Eles estão de frente para a câmera e é possível ler o posicionamento dos lábios do Ramos. Podemos identificar de forma tênue a frase que todo mundo está dizendo, que é a palavra ‘macaco’. E vem na sequência um palavrão que não fica muito claro na definição dos lábios dele. Temos que tomar esse cuidado, mas me parece que é ‘do caralho’. A frase completa seria ‘macaco do caralho’.”
“Cada som da nossa fala tem características articulatórias e fonológicas muito particulares, o que permitem, dependendo da qualidade da imagem, identificar o que a pessoa diz naquele determinado momento. Tivemos acesso a todos eles e fizemos uma análise passo a passo, quadro por quadro, daqueles vídeos para poder determinar o que foi dito pelo jogador do Corinthians”, garantiu Meza Niella, o mesmo perito responsável por analisar a denúncia do meia Gérson, do Flamengo, contra o Ramírez, do Bahia, em 2020.
Daniel Bialski, advogado do Corinthians no caso, afirmou à Gazeta Esportiva que Rafael Ramos não deveria ter sido preso e pode mover uma ação contra o delegado Carlo Butarelli, responsável pelo caso no Beira-Rio.
“Foi abuso. Crucificou o Rafael sem uma prova efetiva. O que eles fizeram, na minha interpretação, o delegado agiu de forma arbitrária. Ele vai responder por isso? Se o jogador entender que tem de ser responsabilizado, eu vou representar para a corregedoria, e ele vai ter de se explicar. Faltou jogo de cintura para as autoridades envolvidas. Injúria racial é um ato gravíssimo, mas você tem de ter certeza disso.”
Além dos peritos, também as diretorias dos clubes envolvidos divergiram sobre a condução do caso. Enquanto o Corinthians se posicionou a favor das investigações, a fim de evitar julgamento prévio, a diretoria colorada afirmou, por meio de nota oficial, que houve racismo.
É importante ressaltar queo laudo utilizado pela Polícia Civil no inquérito não será o mesmo contratado pelo Corinthians, tampouco a avaliação de Roberto Meza Niella. O caso segue em investigação pelas autoridades e o parecer oficial virá por meio do trabalho do Instituto Geral de Perícias (IGP). Não há prazo para a conclusão da análise.
Confira o laudo realizado pelo Centro de Perícias de Curitiba:
Na tarde desta sexta-feira (20), o goleiro Cássio concedeu entrevista coletiva à imprensa no CT Dr. Joaquim Grava, antes do penúltimo treino de preparação para o clássico contra o São Paulo, no domingo (22), às 16h, na Neo Química Arena, valendo a liderança do Campeonato Brasileiro.
Abordado sobre diversos assuntos relacionados ao clube, o goleiro comentou como vê o atual momento da base do Corinthians, constantemente utilizada por Vítor Pereira no time principal, e falou do convívio entre os jovens e os veteranos da equipe.
“Tenho aprendido na vida, não só no futebol como também na vida a gente tem aprendido e crescido muito. Eu acho que a gente (jogadores veteranos) pode dar suporte. Pode tentar ajudar, como tem ajudado aqui. Todos os jogadores que passaram pelo Corinthians tiveram suporte de todos os atletas, não só meu, como de outros jogadores. Assim como quando eu cheguei lá em 2012, eu tive suporte de jogadores mais velhos. Mas se você não quiser melhorar e evoluir, o jogador pode ser um fenômeno, mas se você não se dedicar e não quiser ser melhor, você não vai evoluir, e não adianta colocar a culpa em ‘fulano’ ou ‘sicrano’.”
O experiente goleiro do Timão também relembrou um momento de oscilação na carreira para exemplificar a necessidade de os jovens buscarem evoluir por si próprios, a despeito das adversidades que possam surgir.
“Isso aconteceu comigo também em algumas situações, em 2016, quando muitas vezes passamos por um momento difícil e até fui para o banco, mas se eu não mudasse a minha postura naquele momento, não voltaria. Então falo isso como um elogio, vejo o Du Queiroz, o próprio Maycon, que saiu e voltou. No meu ponto de vista, o Corinthians tem uma das melhores safras de jogadores neste momento e eles têm muita vontade de evoluir, crescer e melhorar. Vou ficar falando aqui e vou citar sete, oito, dez nomes de jogadores, de meninos, mas porque eles querem melhorar e evoluir, e quando você faz um bom trabalho no dia a dia, chega no campo e fica fácil. Eles são muito dedicados, são meninos só na idade, porque a maioria está no profissional e já tem uma rodagem”, ponderou o atleta.
Por fim, o arqueiro revelou que os jovens atletas são batalhadores e merecedores dessa evolução percebida por ele no elenco, e ressaltou que a união do grupo se expressa nos resultados alcançados pela equipe.
“É legal você olhar para trás e ver o quanto esses meninos evoluíram e cresceram. O Du (Queiroz) não foi um dos primeiros a subir, ele acabou subindo, se não me engano, porque um jogador acabou tendo um problema e ele subiu para completar o treino. Um menino do bem, trabalhador e dedicado. Você pega o Mantuan, Adson, Raul, João, Piton, vou ficar falando aqui um monte de meninos. O mérito é deles. Eles trabalham, se dedicam e têm a vontade de melhorar, e a gente está aí para dar suporte. É um grupo muito unido, forte e que não tem vaidade, a gente não olha para a idade e sim para a vontade de vencer e querer ser melhor. Se você pegar os números e o momento que o Corinthians está vivendo, mostra muito isso”, concluiu Cássio.
Na última quarta-feira (18), o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 4566/2021, que tipifica como racismo o crime de injúria racial e prevê aumento da pena para os casos ocorridos em eventos esportivos.
Atualmente, o Código Penal estabelece de um a três anos de prisão para injúria referente a raça, cor, etnia, religião e origem. O texto eleva a pena para dois a cinco anos de reclusão para os casos de injúria no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas ou culturais, e acrescenta a proibição de frequentar locais destinados a eventos esportivos e culturais por três anos.
“O Brasil e o mundo têm testemunhado cenas de hostilização de atletas com inferiorização expressada por palavras, cantos, gestos, remessas de objetos sugestivos. Ocorrências semelhantes também se repetem em espetáculos culturais, artísticos e religiosos. A proibição de frequência [aos locais de eventos] tem apresentado bons resultados na experiência de alguns juizados especiais criminais, inclusive aqueles instalados nos próprios estádios”, afirmou o relator do PL, Paulo Paim (PT-RS), à Agência Senado.
O projeto acolheu quatro propostas de emenda e, por este motivo, agora retorna para apreciação do Plenário da Câmara dos Deputados. Se for aprovado, ainda dependerá de sanção presidencial.
O número de denúncias de injúria racial no futebol brasileiro é alarmante. Segundo dados do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, foram 32 casos somente em 2022.
Recentemente, a Conmebol divulgou uma nota sobre o endurecimento da pena para casos de racismo em suas competições. De acordo com o Comitê Disciplinar da entidade, além de aumentar o valor da multa para os clubes, há a possibilidade de se jogar de portões fechados como forma de punição para atos discriminatórios.
A Central do Timão conversou com Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, sobre a conduta da Conmebol diante das denúncias de racismo nos campeonatos sul-americanos.
“A medida [aumento da punição para atos racistas] não pode vir sozinha. O endurecimento da multa neste momento é importante para que os casos não se repitam, mas também é importante que a Conmebol pense e execute uma campanha de conscientização e educação para que os torcedores entendam a gravidade dos atos racistas”, afirmou Marcelo.
“Pelo que nós observamos nesse debate nos últimos dias, na Argentina, por exemplo, eles não têm bem colocada esta questão do racismo ser crime, então a Conmebol precisa mostrar o que ela está punindo, por isso a importância da conscientização e educação.”
“Quanto a questão da punição ser aos clubes, na verdade é um passo. A Conmebol não pode punir os indivíduos, então ela faz com que os clubes punam esses torcedores. No Brasil, a Justiça Desportiva pode punir pessoas, mas no meu entendimento é sempre importante envolver o clube, para que o clube faça alguma coisa, até porque o clube é responsável por tudo que acontece dentro do estádio.”
“Se a gente pensar nos objetos atirados no estádio, a partir do momento em que os clubes começaram a ser punidos, os próprios tomaram as iniciativas de conscientização, com campanhas, recados no telão, etc. Por isso é importante envolver o clube”, finalizou.
O Corinthians entrou em campo com algumas alterações na equipe e conseguiu vencer a Portuguesa-RJ por 2 x 0, na noite desta quarta-feira (11), na Neo Química Arena, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil. Os gols foram marcados por Júnior Moraes e Giuliano. Com o resultado, o Timão avançou às oitavas de final da competição.
Logo aos oito minutos do primeiro tempo, Giuliano tentou uma bicicleta na área, mas a bola sobrou para Júnior Moraes marcar o seu primeiro gol com o manto alvinegro. Para garantir a vitória, o camisa 11 balançou as redes, aos 31 minutos da etapa inicial, após cruzamento de Gustavo Mosquito.
Giuliano tem ficado de fora de alguns jogos do Timão em razão do rodízio implementado por Vítor Pereira, mas demonstrou tranquilidade e personalidade para ajudar o time a conseguir a classificação, tornando-se peça-chave no esquema tático do Corinthians.
O meio-campista atuou em 21 partidas, foi titular em 12, marcou dois gols e é o líder em assistências do elenco em 2022, com cinco. Em segundo lugar está o lateral-direito Fagner, com quatro participações diretas. Além disso, de acordo com o “Sofascore”, Giuliano contabiliza 13 desarmes e 20 passes decisivos, com um índice impressionante de 89% de acerto no passe.
O próximo compromisso do Timão será no sábado (14), às 19h (de Brasília), contra o Internacional, no Estádio Beira-Rio, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
Confira a lista dos maiores assistentes da equipe em 2022:
1. Giuliano – 5 assistências
2. Fagner – 4 assistências
3. Willian e Róger Guedes – 3 assistências
4. Renato Augusto e Gustavo Mosquito – 2 assistências
5. Du Queiroz, Lucas Piton, Adson e Gabriel Pereira – 1 assistência
O ex-atacante do Corinthians e atual comentarista da TV Globo, Walter Casagrande Júnior, participou do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (09) e foi entrevistado pela bancada de jornalistas, comandada por Vera Magalhães, com participações de Juca Kfouri, Luiz Teixeira, Tatiana Vasconcellos, Eduardo Tironi e Lu Oliveira, sobre diversos assuntos pessoais, profissionais, políticos e sociais.
Durante a sabatina, outro ídolo alvinegro apareceu, em vídeo, para enviar uma mensagem ao comentarista. Trata-se de Roberto Rivellino, possivelmente a maior revelação do Corinthians para o futebol em todos os tempos. Visivelmente emocionado, Casagrande respondeu que o Reizinho do Parque é o seu maior ídolo no esporte.
“O Rivellino é o meu maior ídolo no futebol. Eu sabia quem era o Rivellino antes de vê-lo, pois só se falava nele. Depois da Copa do Mundo de 1970, o primeiro jogo que fui ver na minha vida, o meu pai me levou pra ver Corinthians x Ponte Preta, no Parque São Jorge, pra eu ver o Rivellino e o Ado. E o Rivellino jogou, mas ele deu a volta olímpica e eu tava ali pertinho da grade. O jogo foi 1 x 1, um gol do Manfrini e um gol do Lima. Depois, o meu pai começou a me levar para ver os jogos do Rivellino, do Corinthians. Quando o Rivellino saiu do Corinthians, eu comecei a torcer para o Fluminense. Eu sou corinthiano, mas eu torço para o Rivellino,” declarou o entrevistado.
Tanto Rivellino, considerado um dos melhores jogadores da história do futebol, quanto Casagrande foram revelados pelo Timão e serviram à Seleção Brasileira.
Apesar de ter vivido o período mais amargo da história do Corinthians – o jejum de quase 23 anos sem títulos expressivos – Rivellino é um dos maiores ídolos alvinegros e integra o seleto panteão de craques da história corinthiana homenageados com um busto de bronze no Parque São Jorge. O ex-camisa 10 também foi o autor do primeiro gol da Neo Química Arena, de pênalti, no amistoso de inauguração do estádio.
Durante sua participação no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, que aconteceu na noite de segunda-feira (09), o ídolo do Corinthians, Walter Casagrande Júnior, opinou sobre os recentes episódios de violência no futebol.
“O racismo, as violências, sempre aconteceram, só que antigamente não tinham visibilidade. Não tinha internet, celular, não se gravava ou filmava nada. Hoje se filma, então nós estamos ficando assustados porque nós começamos a ver a situação, mas essa situação está muito grande. As pessoas perderam o medo de ser racistas, perderam o medo de jogar uma bomba no ônibus de um time, perderam o medo de ficar imitando um macaco dentro de um estádio de futebol, seja aqui ou fora”, ponderou o comentarista da TV Globo.
“O jogador de futebol precisa começar a comentar isso. Os jogadores, os clubes, confederações e federações têm que se posicionar, parar um campeonato. Aqui não pode parar porque envolve grana, tem que ganhar dinheiro. No ataque ao ônibus do Bahia e do Grêmio, tinha que parar o campeonato, tinha que ficar rodada sem jogar, pelo menos.”
O ídolo do Corinthians também relatou um episódio de violência sofrido por ele e pela equipe da Globo antes de um jogo no estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro.
“Jogo entre Botafogo x Corinthians, fomos fazer a abertura do Campeonato Brasileiro e ficamos presos no meio da torcida do Botafogo. Nosso carro parado no meio da torcida. Eu já passei por isso várias vezes, né? De chacoalharem o carro, tapa no vidro e tal. Parecia que ia estourar o carro. Então, para quem comenta, para quem vai cobrir os jogos, é um risco muito grande, porque o jornalista hoje é um alvo, independentemente de que segmento venha o jornalista, ele é um alvo.”
Recentemente, o Corinthians também se posicionou contra a violência no esporte e lançou uma campanha de conscientização, idealizada pelo presidente Duílio Monteiro Alves e intitulada #FutebolSemÓdio. A ideia surgiu após alguns jogadores do clube e suas famílias serem ameaçados de morte em decorrência dos resultados do time em campo.
“Não podemos mais permanecer imóveis diante de um contexto que ameaça todos os clubes e jogadores. É preciso que a sociedade reflita sobre qual futebol quer para si, para suas famílias, para o presente e para o futuro”, afirmou o presidente do Corinthians.
Walter Casagrande Júnior, ídolo do Corinthians e comentarista da TV Globo, participou do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (09) e foi sabatinado pela apresentadora Vera Magalhães, o repórter Luiz Teixeira, os jornalistas Juca Kfouri, Eduardo Tironi e Tatiana Vasconcellos, além de Lu Oliveira.
Durante a entrevista, que abordou temas profissionais, pessoais, políticos e sociais, ele explicou a história por trás da icônica faixa que entrou em campo com os jogadores do Timão na final do Campeonato Paulista de 1983.
“Aquela faixa foi o seguinte: o jogo era quarta-feira à noite, contra o São Paulo, na hora do almoço eu vi o Adilson (Monteiro Alves, sociólogo e diretor de futebol na época) lá e falei que a gente precisava fazer alguma coisa naquele dia, até sugeri que fosse uma faixa. Aí veio o Peninha (Luís Fernando), ouviu o papo e falou para colocar a frase “Ganhar ou perder, mas sempre com Democracia”. Todo mundo gostou, mas não sabíamos se ia dar tempo. Quando cheguei no vestiário, a faixa estava lá”, recordou Casagrande.
“Eu entrei com orgulho com aquela faixa, eu tô ali segurando a ponta dela, porque eu amo a democracia. São três coisas que não abro mão na minha vida: democracia (a nossa democracia), a minha liberdade e a minha sobriedade. São três coisas que eu não negocio. Então quando eu falo de democracia, quando lembro da Democracia Corinthiana ou vejo um movimento democrático, eu me emociono. Quando vejo esta camisa (da época em que jogou no Corinthians) eu fico emocionado, porque foi uma luta muito forte para a gente conseguir trazer a democracia de volta ao Brasil. E nós vamos conseguir mantê-la, mesmo com ataques, armadilhas, fake news, nós vamos mantê-la porque a verdade toca o coração das pessoas (…) Por isso eu acredito que a democracia vai vencer”, concluiu.
Em outro momento da entrevista, o ídolo respondeu ao repórter da bancada entrevistadora, Luiz Teixeira, sobre a importância e a representatividade de Wladimir para a Democracia Corinthiana.
“Eu vou falar por mim, porque não posso falar como os outros viam o Wladimir. Eu via o Wladimir como ‘eu’, sabe? A alma, o coração e a mente da pessoa não tem cor, não tem gênero, não tem classe social. (O racismo) sempre foi um problema (…) apesar de eu me sentir um cara super aberto e sem preconceito, eu sei que o racismo é estrutural, eu vi muitas “brincadeiras” racistas que já achei engraçadas e talvez tenha até falado também em algum momento lá atrás, então eu não quero errar mais isso. Eu tenho que não querer mais errar”, explicou o comentarista.
A Democracia Corinthiana foi um movimento liderado pelos ídolos alvinegros Sócrates, Wladimir, Casagrande, Zé Maria, entre outros, durante a ditadura militar no Brasil, para promover o reconhecimento do jogador de futebol como cidadão e sujeito político, e lutar pela redemocratização do país.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
O último balanço financeiro publicado pelo Corinthians – ainda em abril – indicou um salto de mais de 50 milhões de reais em receitas com ‘patrocínios e publicidades’ de 2020 para 2021. No exercício anterior (2020), que sofreu bastante com o início da pandemia e a paralisação do futebol, o Corinthians faturou cerca de R$71 milhões; já em 2021, os valores chegaram à casa dos R$126 milhões.
Ainda que com restrições nos momentos de pico da onda de Covid-19, o ano de 2021 trouxe a retomada do público nos estádios somada à regularização dos campeonatos. A temporada também marcou a chegada de novos contratos; e você sabe quais são eles? A Central do Timão elaborou uma lista com os principais patrocínios do Corinthians e os períodos válidos. Confira:
Contratos válidos para 2022
A Nike continua como fornecedora de materiais esportivos para o futebol e para outros esportes do departamento amador e profissional. O contrato é bastante antigo, datando de 2009, com prazo de validade para o fim de 2025 e opção de renovação do vínculo até 2029.
O patrocínio máster da camisa é assinado pela Hypera S.A., holding brasileira que acertou a exposição da marca ‘Neo Química’ no uniforme da equipe de futebol profissional até 31 de dezembro de 2025. A marca também é detentora dos direitos de naming rights do estádio alvinegro pelas próximas décadas.
O Mercado Bitcoin, empresa da área de criptomoedas, foi apresentado no aniversário de 111 anos do clube – na chegada do camisa 10, Willian – e continua estampando a marca no uniforme do futebol profissional até o fim de 2022.
O grupo BMG, instituição bancária e financeira, já foi detentor do patrocínio máster do Corinthians, mudando o local do uniforme em 2020, mas segue como parceiro no material esportivo do futebol profissional até o fim de 2023.
A Equipe Sport & Promotion é a menos conhecida dos contratos, sendo a responsável pela exploração comercial das placas de publicidade disponibilizadas na Neo Química Arena. Porém, o contrato já deve ser finalizado no meio de 2022.
A Galera Gaming, estampada no uniforme como galera.bet, corresponde ao patrocínio no setor de apostas esportivas, com contrato válido até 2025. No setor de alimentos, o Corinthians continua com o patrocínio da empresa Bebidas Poty, que atualmente estampa os shorts do uniforme do departamento profissional até o fim deste ano.
E a Taunsa?
Alvo de polêmicas, a Taunsa ainda consta no balanço financeiro do Corinthians, sendo registrada como parceira de divulgação nas apresentações de jogadores até o fim de 2023. O próprio documento oficial da equipe salienta que o contrato está nas mãos dos responsáveis (departamento jurídico) por conta da inadimplência.
Em relação ao ano de 2020, é possível perceber algumas saídas de marcas que finalizaram os contratos com o time. A Joli, empresa do setor de construção, não renovou o vínculo em janeiro de 2021. A Positivo, que estampou a camisa do futebol profissional em diversos momentos, também não acertou a renovação.
Outras fontes de renda
Além da lista de principais patrocinadores, o Corinthians também lucra com o licenciamento das marcas. No mercado consumidor, é possível encontrar uma série de produtos com a logomarca do time, como cafés, roupas e alimentos. No setor de clube social e esportes amadores, foi registrado um total de mais de R$30 milhões com exploração da marca, licenciamento e franqueadora.
Com a chegada do “Universo SCCP”, outros patrocínios podem ser firmados. Um exemplo é a Ale Combustíveis, que além da camisa do time principal, também estampa a marca no aplicativo. A empresa Cartão de Todos também anuncia nas redes sociais do Corinthians, rotineiramente estampando sua marca no uniforme da equipe.
Outros departamentos esportivos do time contam com patrocínios próprios, como é o caso do Futebol Feminino, que apresentou os vínculos com a Spani (rede de supermercados), a São Cristóvão Saúde, o BMG e a galera.bet; empresas que também estão no futebol masculino profissional.
Após perder o cinturão para a balança, na última sexta-feira (06), quando pesou 227g acima do permitido para a disputa de título da divisão dos leves, o embaixador do Corinthians, Charles do Bronx, encarou Justin Gaethje, na luta principal do UFC 274, e venceu ainda no primeiro round.
O lutador corinthiano finalizou o americano em 3min22s, depois de sofrer dois knockdowns. A vitória deste sábado (07), em Phoenix (EUA), coroou a grande sequência de 11 resultados positivos do brasileiro no octógono mais famoso do mundo. Na carreira, ele acumula 33 resultados positivos, oito negativos e uma luta “sem resultado”.
“O campeão tem nome e se chama Charles do Bronx. Pode bater. Bate, filhão. O homem aqui aguenta, rapaz. Eu sou iluminado por Deus. Está faltando alguma coisa aqui: cadê meu cinturão?” disse o corinthiano nos bastidores da luta.
Charles do Bronx foi campeão do peso-leve do UFC em maio do ano passado, ao nocautear Michael Chandler no UFC 262, em Houston, nos Estados Unidos. Ele foi apenas o segundo brasileiro a conquistar o cinturão da categoria. Em novembro, o lutador foi anunciado como embaixador do Timão.
Após a notícia da perda do cinturão do brasileiro, o Corinthians utilizou suas redes sociais para prestar apoio ao lutador. “A Fiel e o Corinthians estão com você, Charles! Voltaremos ao topo!”, escreveu o clube. O Timão também comemorou a vitória de ontem nas redes sociais.
Antes do confronto, como é de costume no UFC, os lutadores trocaram provocações públicas. Para irritar o corinthiano, Gaethje vestiu uma camisa do Flamengo e afirmou: “meu time é melhor do que o seu”. Do Bronx, por sua vez, defendeu o Alvinegro: “Ele botou a camisa do Flamengo, que é um grande time realmente no Brasil, mas que nunca vai chegar aos pés do Corinthians.”
Por não ter batido o peso antes do UFC 274, Charles do Bronx ficou sem o cinturão peso-leve, porém, em razão de ter vencido a luta, o embaixador do Corinthians agora é o desafiante número 1 ao título dos leves, e disputará o cinturão – que no momento está vago – contra um adversário que o Ultimate irá definir. Todavia, o corinthiano já se antecipou e anunciou que pretende enfrentar Conor McGregor nessa disputa de título.
Na noite de ontem (04), enquanto Deportivo Cali e Corinthians empatavam por 0 x 0, na Colômbia, o Boca derrotou o Always Ready por 1 x 0, em La Paz, graças a um polêmico pênalti assinalado pelo árbitro peruano Kevin Ortega. Ambas as partidas ocorreram pela quarta rodada do Grupo E da Conmebol Libertadores.
Após o jogo, o Always Ready denunciou que havia “presentes do Boca” no vestiário dos árbitros na Bolívia. Também foi divulgado um vídeo mostrando a polícia local apreendendo itens na sala dos juízes.
O presidente da equipe boliviana, Andrés Costa, concedeu entrevista à Rádio Mitre e apontou o árbitro Kevin Ortega como o grande responsável pela derrota do Always Ready. O cartola também disse estar chateado com os supostos presentes e, embora tenha garantido que não vai reivindicar os pontos, pediu a intervenção da Conmebol no caso.
“O Boca venceu bem, fez um grande jogo. Infelizmente não pudemos mostrar nosso futebol e sentimos muito por isso. Mas incomodou e tornamos pública uma denúncia feita por um policial de ter visto dirigentes do Boca Juniors que teriam dado presentes aos árbitros. Obviamente não se sabia o que estava dentro das malas com o escudo do Boca Juniors”, afirmou o presidente.
“O que foi feito, junto com o Chefe de Segurança do Always Ready, foi entrar no vestiário dos árbitros para verificar o que havia dentro. Lá foram descobertos muitos presentes que a polícia apreendeu. Agora eu me pergunto: é permitido dar presentes para uma pessoa que vai ser juiz de um jogo e que vai distribuir equilíbrio? Bem, isso é o que incomoda o Always Ready“, continuou o dirigente.
“Se a Conmebol não sancionar o árbitro, ela será cúmplice (…) Para mim, o pênalti não existiu. E se houve presentes para o árbitro, imagine a suscetibilidade que tenho hoje. Além disso, ele é um árbitro com história, protagonista de vários jogos polêmicos.”
“Não temos nada contra o Boca, mas eles ofereceram presentes que a polícia apreendeu. Estão realizando a perícia. O tempo determinará o grau de responsabilidade nisso. Como presidente do clube, me sinto prejudicado, sinto que o regulamento foi violado. Não sou a favor de reivindicar os pontos por meios legais, tudo o que quero é que isso não aconteça novamente“, concluiu Andrés Costa.
Além do presidente, o goleiro do Always Ready, Arnaldo Giménez, também se mostrou bastante incomodado com a arbitragem da partida. O arqueiro chegou a afirmar que o juiz “veio para estragar o jogo”.
“Quero pedir aos árbitros que parem de enrolar, parem de ajudar as grandes equipes e nos deixem competir, porque há um sacrifício de nossa parte por trás de tudo isso. Institucional, grupo, comissão técnica, sacrifício de jogadores, e eles não nos deixam competir. Então é muito difícil falar hoje, estou saindo muito triste, muito triste, porque eles acabam dando o jogo para um grande time como o Boca“, acrescentou Giménez.
Com a vitória diante do Always Ready, o Boca Juniors, que estava na lanterna do Grupo E, passou para a vice-liderança da chave, atrás apenas do Corinthians, seu próximo adversário na competição continental. As equipes se enfrentam pela quinta rodada da fase de grupos, na La Bombonera, no dia 17 de maio, às 21h30 (de Brasília).
Confira a classificação do Grupo E da Copa Libertadores após os jogos da quarta rodada:
O ídolo corinthiano da década de 1980, Biro-Biro, hoje comentarista da TV Central do Timão, participou do programa Inteligência Ltda., no YouTube, na última sexta-feira (29) e relembrou os tempos de jogador ao lado de grandes nomes da história do Corinthians, como Wladimir, Zé Maria e Sócrates.
Sobre o eterno Doutor, apelido que fazia referência à formação do jogador em Medicina, Biro-Biro afirmou que ele conseguiu modificar o espírito do time e da torcida.
“O Sócrates começou a mudar a torcida, de dentro de campo, pelo toque de bola. Porque a torcida do Corinthians queria aquela pressão em cima do adversário o tempo todo. O Sócrates dizia ‘calma, tem 90 minutos pra gente ganhar o jogo’. Foi passando isso pra torcida e pra gente. O Magrão era muito inteligente“, relembrou Biro-Biro.
O ex-volante detalhou mais sobre esse estilo de cadenciar o jogo e trabalhar o toque de bola, preferido pelo meio-campista.
“Não adianta fazer quinze, vinte minutos de pressão e não vai sair o gol e a gente vai cansar, então vamos tocar (a bola). Às vezes o adversário fazia o gol e a torcida já ficava impaciente, o Sócrates pedia calma, toque de bola. Daqui a pouco a gente empatava, virava e a torcida ia à loucura”, contou Biro-Biro.
“Na época em que cheguei (ao Corinthians) era aquilo, pressão, aquela correria em cima dos caras e isso o Sócrates aos poucos foi mudando. Ele conseguiu passar isso para o time e para o torcedor: saber que tínhamos 90 minutos para mudar o jogo. Às vezes estava 0 x 0 e no finalzinho a gente ia lá e ganhava”, concluiu.
Sob a regência de Sócrates, o Corinthians de Biro-Biro, Wladimir, Zenon, Casagrande, entre outros, originou o movimento Democracia Corinthiana e faturou o bicampeonato paulista (1982 e 1983), tornando-se uma das equipes mais fortes do país.
Além de três títulos estaduais e inúmeras jogadas geniais, Sócrates gravou seu nome na trajetória alvinegra ao marcar 172 gols e se consagrar como oitavo maior artilheiro da história do clube do Parque São Jorge.