Três dias depois de vencer o Flamengo por 2 x 1, no Maracanã, o Corinthians voltou a campo, desta vez para enfrentar o Ceará, em jogo disputado na noite deste sábado, na Neo Química Arena. Paulistas e cearenses fizeram uma partida sem tantas emoções, mas o Timão marcou aos 45 minutos do segundo tempo, com Yuri Alberto, e venceu por 1 x 0.
Na zona de rebaixamento e precisando mais da vitória do que o Corinthians, o Ceará foi melhor nos primeiros 20 minutos e chegou a acertar a trave de Cássio, após voleio de Richardson. Ainda na etapa inicial, Yuri Alberto parou em ótima defesa de João Ricardo, e Renato Augusto carimbou o travessão.
No segundo tempo, o Vozão adotou postura mais defensiva e esperou as ações do Timão. Róger Guedes, que entrou na etapa final, cobrou falta no travessão e ficou perto de abrir o placar. Mas o zero saiu do marcador apenas aos 45 minutos do segundo tempo, após Yuri Alberto aproveitar bobeada de João Ricardo e empurrar para o fundo das redes.
E como fica?
Com a vitória, o Corinthians chega aos 64 pontos, ultrapassa o Flamengo, que ainda joga na rodada, e dorme no G-4 do Brasileirão. Para permanecer na quarta colocação, o Timão terá de torcer por um tropeço do Rubro-Negro, adversário do Coritiba, no Couto Pereira, em duelo que será disputado neste domingo.
O Corinthians, agora, volta a campo justamente contra o Coritiba, no Couto Pereira, pela 37ª rodada do Brasileirão. O jogo será disputado na próxima quarta-feira, dia 9 de novembro, às 19h.
Escalação do Corinthians
O Corinthians contou com o retorno do técnico Vítor Pereira, que teve de cumprir suspensão contra o Flamengo e foi substituído pelo auxiliar Filipe Almeida.
Para o duelo diante do Ceará, o treinador português teve quatro desfalques: o volante Paulinho (em recuperação de cirurgia no joelho), o meia-atacante Adson (em recuperação de cirurgia de apendicite), o atacante Gustavo Mosquito (trabalho pré-operatório para cirurgia no joelho) e o centroavante Júnior Moraes (em plano de trabalho). Nomes como Balbuena, Maycon, Róger Guedes e Fábio Santos iniciaram no banco de reservas.
Sendo assim, o Timão entrou em campo com Cássio; Fagner, Gil, Robert Renan e Lucas Piton; Fausto Vera, Du Queiroz e Renato Augusto; Ramiro, Mateus Vital e Yuri Alberto.
Escalação do Ceará
Do outro lado, o técnico Juca Antonello, que tenta conduzir o Ceará para fora da zona de rebaixamento, não teve seis atletas à disposição: Rodrigo Lindoso, Lucas Ribeiro, Stiven Mendoza, Messias, Matheus Peixoto e Michel Macedo.
O Vozão, portanto, iniciou o confronto na Neo Química Arena com João Ricardo; Nino Paraíba, Luiz Otávio, David Loiola e Bruno Pacheco; Richard, Fernando Sobral e Vina; Richardson, Erick e Jô.
Arbitragem
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) escalou o árbitro Bruno Arleu de Araujo (FIFA-RJ) para comandar o duelo entre paulistas e cearenses. Ele foi auxiliado por Luiz Claudio Regazone (RJ) e Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) nas bandeiras. Já o quarto árbitro foi Salim Fende Chavez (SP), enquanto Wagner Reway (PB) ficou responsável pela operação do VAR.
Primeiro tempo
O Corinthians deu a saída de bola e, logo nos primeiros segundos, já tentou inverter uma bola para o ataque, mas a zaga do Ceará afastou. Um minuto depois, o Timão chegou com perigo pela primeira vez, após ótimo lançamento de Fausto Vera para Yuri Alberto. O centroavante recebeu em velocidade e com liberdade, e logo acionou Du Queiroz, livre na direita. O volante dominou, invadiu a área e foi travado na hora do chute.
A primeira boa chegada do Vozão foi apenas aos sete minutos, após lance pela direita, que terminou em cruzamento afastado por Robert Renan. Na cobrança de escanteio, Jô testou na segunda trave e Cássio encaixou, sem perigo. Pouco depois, Bruno Pacheco pegou a sobra de fora da área e isolou.
O Corinthians começou com uma postura sonolenta, como fim de temporada. Já classificado para a Libertadores de 2023 e sem mais tantas pretensões em 2022, além de um possível vice-campeonato no Brasileirão, o Timão aguardava as ações do Ceará.
Já aos 13 minutos, o Ceará teve a melhor chance do jogo até então, quando Richardson emendou um voleio da meia-lua e acertou a trave de Cássio. Pouco depois, Renato Augusto atropelou Erick e cometeu falta na intermediária. Vina cruzou e a zaga corinthiana afastou, antes de Lucas Piton disputar com Jô e cair com dores no posterior da coxa.
O jogo seguiu rolando por pouco tempo sem a presença do lateral-esquerdo, que recebeu atendimento fora das quatro linhas. Aos 19, no entanto, Piton teve de ser substituído por Fábio Santos.
Precisando bem mais da vitória do que o Corinthians, o Ceará começou a tomar conta do jogo, principalmente pelos lados do campo. Aos 23, Vina cobrou escanteio na primeira trave e Fausto Vera afastou.
Depois de um bom tempo sem chegar ao ataque, o Corinthians voltou a incomodar o Ceará aos 26 minutos, após boa jogada de Mateus Vital pelo meio. Ele acionou Fausto Vera, que enxergou a passada de Fagner na direita e acertou bom lançamento rasyteiro para o lateral, que cruzou e viu a zaga afastar.
Logo depois, Fagner recebeu novo lançamento pela direita, infiltrou a área, levou para a linha de fundo e cruzou para o meio, mas ninguém chegou para completar. Em um momento de blitz, o Timão voltou a assustar na sequência, após Mateus Vital encontrar bom passe para Yuri Alberto pela esquerda, que chegou batendo cruzado e exigiu leve desvio de João Ricardo. O árbitro não viu a defesa do goleiro e deu tiro de meta.
Com 30 minutos, o Corinthians teve nova boa chance. Ramiro recebeu lançamento na área e deu uma casquinha de cabeça, ajeitando para Yuri Alberto. O centroavante chegou livre, cara a cara com João Ricardo, e bateu de primeira, mas o goleiro cearense fez ótima defesa e evitou o gol corinthiano.
Depois dos primeiros 20 minutos, o Corinthians começou a acelerar seu jogo e passou a levar mais perigo ao Ceará, que não tinha uma boa chance desde a finalização na trave de Richardson. Aos 34, o Vozão tentou chegar pela direita, e a zaga do Timão levou a melhor.
Em seguida, Robert Renan iniciou a jogada com um bom lançamento para Mateus Vital. O meia inverteu para Renato Augusto, que tabelou com Fagner e cruzou. A zaga adversária mandou para escanteio, paralisado após impedimento do lateral-direito.
O Corinthians, logo depois, assustou o Ceará mais uma vez. Fausto Vera começou uma boa trama pelo meio-campo, e o lance passou por Renato Augusto antes de chegar a Du Queiroz. O volante infiltrou a área pela direita, cortou a marcação e devolveu para o meio-campista, que chegou chutando no travessão. Aos 40, Du Queiroz sofreu cartão amarelo por falta em Vina no meio-campo.
Ceará só voltou a levar perigo aos 42 minutos, com Vina, que arriscou um chute forte de longe e exigiu ótima defesa de Cássio. Na sequência, Fagner sofreu cartão amarelo por reclamação. Pendurado, o lateral-direito desfalcará o Corinthians contra o Coritiba, na próxima rodada.
Já com 45 minutos no relógio, Fagner roubou a bola de Vina no ataque e acionou Renato Augusto. O meia dominou, ajeitou e foi travado na hora do chute. No contra-ataque, Jô recebeu na área, cortou Fábio Santos e bateu, para mais uma boa intervenção de Cássio. Nos acréscimos, ainda deu tempo de Richard sofrer o primeiro cartão amarelo do Ceará no jogo, após falta cometida em Yuri Alberto.
Segundo tempo
Para o segundo tempo, Corinthians e Ceará voltaram sem alterações. A única substituição no Timão aconteceu na etapa inicial, quando Lucas Piton sentiu uma fisgada no músculo posterior da coxa e deu lugar a Fábio Santos.
Logo nos primeiros segundos, Fausto Vera recebeu na meia-lua, armou o chute e foi travado por Richardson, que chegou de carrinho. O volante adversário ficou sentindo no lance, mas seguiu jogando. Pouco depois, aos três minutos, Vina cometeu falta em Fagner no ataque e sofreu cartão amarelo, o segundo do Ceará.
O Ceará adotou uma postura mais fechada nos minutos iniciais do segundo tempo, e esperava as ações corinthianas para sair no contra-ataque. A estratégia funcionou aos oito, após Gil errar passe no meio-campo: Jô lançou Erick na sequência, que bateu colocado e errou a finalização.
O Corinthians voltou a assustar aos 11 minutos, após ótimo lançamento de Fausto Vera para Fagner. O lateral dominou na linha de fundo, cruzou e Ramiro chegou na pequena área para completar, mas foi travado. Na sobra, Yuri Alberto apareceu para bater, e os corinthianos ficaram reclamando de pênalti por toque no braço. O árbitro mandou o jogo seguir.
Já aos 14, Erick conquistou escanteio para o Ceará. Após a cobrança, Vina pegou a sobra dentro da área e isolou. Pouco depois, Róger Guedes, artilheiro do Corinthians na temporada, substituiu Mateus Vital.
Aos 19 minutos, Róger Guedes sofreu falta perto da área em sua primeira participação na partida. O próprio atacante foi para a cobrança e acertou o travessão de João Ricardo, que só ficou olhando. A bola ainda quica próxima à linha do gol cearense, na melhor oportunidade do Corinthians no segundo tempo.
As melhores oportunidades do Corinthians eram criadas com as descidas de Fagner pela direita. O lateral teve boas aparições ofensivas nos dois tempos, recebendo lançamentos, e era peça importante na criação das jogadas do Timão. Aos 25, o ídolo alvinegro cruzou para Yuri Alberto, que cabeceou fraco e mandou para fora.
Pouco depois, o técnico Vítor Pereira fez novas substituições no Corinthians: entraram Maycon e Giuliano nas vagas de Du Queiroz e Ramiro. O treinador português percebeu a queda de desempenho do Ceará, que só se defendia no segundo tempo, e colocou o Timão para frente.
Logo após as alterações, Fagner, mais uma vez, recebeu na ponta direita e cruzou. Nino Paraíba mandou para escanteio, cobrado por Renato Augusto, mas Róger Guedes desviou para fora. Depois desse lance, o comandante do Ceará, Juca Antonello, realizou sua primeira modificação: saiu Vina para a entrada de Vásquez, que viu Nino Paraíba sofrer cartão amarelo por falta em Fábio Santos com poucos segundos em campo.
Em seguida, o Vozão fez mais uma mudança. O treinador Juca Antonello sacou Jô e colocou Zé Roberto no jogo. Enquanto isso, o Corinthians seguia com a posse de bola no campo ofensivo, buscando espaços na bem fechada defesa do Ceará.
Aos 35, Robert Renan disputou com Richardson no meio-campo e deixou o braço no adversário, sofrendo cartão amarelo pela falta, assim como Fábio Santos, por reclamação. Cinco minutos depois, o auxiliar de Vítor Pereira, Filipe Almeida, foi advertido por reclamação. Em seguida, Zé Roberto foi amarelado pelo árbitro Bruno Arleu de Araujo por cometer infração em Fausto Vera.
Já aos 42 minutos, Juca Antonello fez suas últimas alterações: saíram Richardson e Erick para as entradas de Geovane e Lima. Logo após as substituições, Róger Guedes teve nova falta para cobrar, mas carimbou a barreira do Ceará.
Primeiro gol do Corinthians: e o placar foi aberto aos 45 minutos do segundo tempo. Fagner recebeu mais um ótimo lançamento de Fausto Vera na linha de fundo, limpou a marcação e cruzou. A bola foi desviada no meio do caminho e João Ricardo conseguiu evitar o gol contra, mas acabou mandando em cima de Yuri Alberto, que chegou empurrando para o fundo das redes, dando a vitória para o Timão – assista abaixo.
O árbitro Bruno Arleu de Aruajo ainda acrescentou cinco minutos neste segundo tempo, mas o Ceará não conseguiu empatar. O Corinthians, assim, somou mais três pontos no Brasileirão e deixou o Vozão perto do rebaixamento à Série B de 2023.
Estatísticas gerais (SofaScore)
Corinthians: um gol marcado, 63% de posse de bola, 15 finalizações (duas certas, sete erradas e seis travadas, nove escanteios, quatro impedimentos, dez faltas cometidas, quatro cartões amarelos (Fagner, Robert Renan, Du Queiroz e Fábio Santos), quatro grandes chances criadas (três perdidas), quatro defesas de Cássio, 483/563 passes, 39/60 bolas longas, 7/22 cruzamentos, 7/17 dribles, 130 perdas da posse de bola, 58 disputas de bola vencidas, 15 disputas aéreas ganhas, 24 desarmes, cinco interceptações e 22 cortes.
Ceará: nenhum gol marcado, 37% de posse de bola, 12 finalizações (quatro ceras, quatro erradas e quatro travadas), 11 escanteios, dois impedimentos, 12 faltas cometidas, quatro cartões amarelos (Nino Paraíba, Richard, Vina e Zé Roberto), nenhuma grande chance criada, duas defesas de João Ricardo, 249/319 passes, 22/50 bolas longas, 5/28 cruzamentos, 9/21 dribles, 135 perdas da posse de bola, 60 disputas de bola vencidas, 26 disputas aéreas ganhas, 16 desarmes, 13 interceptações e 27 cortes.
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