Neste domingo (01), o Corinthians entrou em campo para enfrentar o Fortaleza, na Neo Química Arena, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O Timão venceu o Leão do Pici por 1 x 0, com gol contra de Matheus Jussa.
Após o jogo, o técnico Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva e falou sobre diversos assuntos relacionados ao jogo e à equipe. Entre os temas, o treinador argumentou sobre o curto período de tempo que possui para treinar e destacou que o Timão irá evoluir com o tempo.
“Quando vim para cá, olhei o calendário e vi que o tempo não joga a nosso favor. Primeiro porque não fizemos pré-temporada, não tivemos três ou quatro semanas para começar a trabalhar e começar a sistematizar nosso modelo de jogo. Depois, são jogos atrás de jogos e que toda a gente pensa que temos que ganhar todos, isso é impossível. Não vamos jogar como o Palmeiras, que tem dois anos e meio de trabalho. Temos três meses de trabalho, que não é trabalho, é preparar para o próximo jogo. Tornar consistente o que pretendemos não é possível. Não podemos andar com comparações, temos que ir crescendo com os jogos e buscar maturidade tática.“
“Não podemos pressionar todo o jogo, “ah, vamos pressionar e jogar melhor que eles, depois vamos aos outros”, só se for um Dom Quixote, os Dom Quixotes desta vida é que pensam assim, eu sou um terra terra, sei que de vez em quando vou levar pancadas, estou preparado para críticas, como levei contra o Palmeiras. Mas o Palmeiras se preparou nos últimos dois anos e meio, do ponto de vista tático está muito mais consistente do que nós. Com o tempo, vamos subir de patamar, não tenha dúvidas. O que temos que fazer? Nos manter vivos nas competições, para quando chegar a altura das decisões estarmos lá, a competir, mas não me peçam para ganhar todos os jogos. Vencer o Palmeiras por 3 a 0, depois ir para o Flamengo ganhar dois ou três“, destacou Vítor Pereira.
“Somos o Corinthians, temos alma grande, mas não sejam Dom Quixotes, não pensem que é fazer assim (estalo) e somos melhor do que eles. A camisa tem história grande, um orgulho enorme, mas epa: vamos com os pés na terra e construir o futuro com paciência. Não é hoje estamos bem e amanhã nos matam, porque já está tudo mal. Sejam honestos intelectualmente, é isso que peço, honestidade intelectual. Estamos há mais de dois meses, mas sempre a jogar, é um processo que precisa de tempo, o tempo que eles já tiveram e nós não temos.“
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