Neste domingo (01), o Corinthians entrou em campo para enfrentar o Fortaleza, na Neo Química Arena, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O Timão venceu o Leão do Pici por 1 x 0 com gol contra de Matheus Jussa.
Após o jogo, o técnico Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva e falou sobre diversos assuntos relacionados ao jogo e à equipe. Entre os temas, o treinador foi perguntado sobre a utilização de Giuliano e outros meias ofensivos à disposição.
Primeiro, o profissional elogiou as opções que possui no elenco, mas afirmou que não é possível formar um time apenas com jogadores ofensivos. Depois, Vítor Pereira comentou sobre as críticas que recebeu no último Derby, quando na ocasião o Timão sofreu com diversos jogadores doentes, além de não promover a tradicional entrevista coletiva após o jogo devido à uma ação contra o ódio no futebol, no fim de semana em questão. Desta forma, o treinador comentou hoje sobre a situação, em sua primeira entrevista após o episódio.
“É um meia ofensivo com determinadas características, como Paulinho, Renato Augusto e Luan. Nós aqui, para fazermos uma equipe apenas com meias ofensivos não tem hipótese nenhuma, temos que ir gerindo bem isso de forma a apresentar uma equipe equilibrada. Até para libertar a qualidade desses atletas, para darem suporte neste jogo ofensivo porque são capazes de fazer a diferença. O Renato, converso muitas vezes com ele ‘tomara eu que tu estejas sempre naquele nível’, mas não estaria aqui, estaria ainda a jogar na Europa e uma liga diferente.“
“Agora, essa gestão tem que ser com critério. Quando dizem ‘vai contra o Palmeiras e não leva o time titular’, mas que time titular? Quem é titular nesta equipe? Pergunto assim: como é que vamos contra o Palmeiras com o time titular e depois temos que ganhar do Boca Juniors em casa depois de três dias? As pessoas não entendem isso ou não querem ver.“
”Tem outra coisa, ninguém sabe que nesta semana tivemos vários jogadores doentes […] quando dizem ‘ele não sabe o que é um Derby’, você está brincando comigo? Sabe quantos Derbys já joguei na minha vida? Já joguei Derbys atrás de Derbys em países que eles matam, esfolam e nem nos deixam sair do estádio. Eu já saí de tanque de guerra do estádio até o aeroporto na Turquia. Vem falar a mim que não sei o que é um Derby?“
“Neste jogo do Palmeiras, pensamos em arriscar no jogo da Copa do Brasil e deixá-los a recuperar para chegar contra o Palmeiras e Boca Juniors fortes. O que aconteceu? Nesta semana, tivemos vários casos de gripe. Quando chegamos do jogo da Copa do Brasil estavam não sei quantos jogadores doentes. A intenção era chegar contra o Palmeiras com o máximo da nossa força.“
“Chegamos no dia do Derby com os próprios jogadores dizendo que não conseguiriam jogar, e depois criticam a mim, mas criticam porque não sabem o que se passa. Eu não vim aqui depois do jogo porque estava determinado pelo clube que não teria coletiva, se não teria vindo aqui dar a cara, eu gosto de dar a cara, assumo as responsabilidades, mas as pessoas têm que ter informação.“
”Vim envergonhado, porque uma equipe minha jogar naquele nível foi uma facada no peito. Agora, o que fizemos a seguir com o Boca Juniors? Demos a resposta […] temos que ter um pouco de consciência, nós temos que nos manter vivos nas competições, no Brasileirão, na Copa do Brasil e na Libertadores. Mas pra isso, se não houver rodízio é como os carros em São Paulo, tenho o carro, mas não posso sair, o que adianta a mim? O jogador pode ter uma qualidade muito alta, mas está morto, não tem gasolina, o que vou fazer? Vou com ele para dentro do campo?“, completou o treinador.
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