Episódio ficou na história pelo rastro de violência que deixou no Estádio do Pacaembu
Estádio do Pacaembu, 20 de março de 1991. Mesmo com a chuva torrencial que praticamente parou a cidade de São Paulo, mais de 18 mil corintianos foram ao Pacaembu. Há 14 anos o Corinthians não disputava uma partida de Libertadores em casa.
Corinthians e Flamengo duelavam em partida não eliminatória pela primeira fase da Libertadores. Naquela edição, ambas as equipes se classificaram para a segunda fase, após confronto contra os uruguaios (naquela época os grupos eram confrontos entre países). Depois, tanto Corinthians quanto Flamengo foram eliminados pelo Boca Juniors e o Brasil ficou sem representantes nas semifinais.
O Corinthians perdia por 2 × 0 e a Fiel se revoltou contra um bandeirinha que teria vibrado com o segundo gol do Flamengo e apontado o dedo para o placar do estádio, mostrando o resultado do jogo para a organizada Gaviões da Fiel na arquibancada. Um torcedor não se conteve e invadiu o gramado em busca do bandeirinha. A polícia reagiu. Dali em diante o Pacaembu se transformou em um campo de batalha. De uma lado a torcida revoltada com a atitude do bandeira Manuel Serapião Filho, do outro lado a PM demonstrando despreparo para conter tumultos, aumentando ainda mais o conflito. Como resultado uma noite de terror que entrou para a história do Pacaembu como “A noite das garrafadas”.
Por Nágela Gaia
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