Relembrar momentos históricos do seu time sempre remetem o torcedor à nostalgia que fica após comemorar um título. Por isso, após relembrar os sete títulos do Campeonato Brasileiro, a Central do Timão traz os três títulos da Copa do Brasil conquistados pelo Corinthians. De Marcelinho a Ronaldo, reviva essa tripla emoção.
Em 1995, o Corinthians entrava na disputa de um campeonato um tanto quanto recente no cenário nacional. A Copa do Brasil foi criada apenas em 1989. O torneio começou com 36 equipes. O Timão contava com nomes importantes em seu elenco, como Marcelinho Carioca, Viola e Ronaldo.
Na primeira fase, o Timão passou pelo Operário-MT, após aplicar um 4×0 dentro de casa. Na sequência, despachou Rio Branco-AC e Paraná. Já na semi, enfrentou o Vasco. Com direito a um verdadeiro show de Viola no Pacaembu, o Corinthians venceu a equipe carioca por 5×0. Na final, enfrentou o Grêmio. Nos dois jogos, Marcelinho Carioca, que viria a ser um dos maiores ídolos do Corinthians, decidiu.
Assim, com uma campanha irretocável de oito vitórias e dois empates, o Corinthians conquistava sua primeira Copa do Brasil. E de forma invicta.
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Desde a Copa do Mundo de 1994, os times do treinador Carlos Alberto Parreira são cercados de críticas sobre o seu modelo de jogo. Considerado por muitos como um técnico pragmático e até ‘retranqueiro’, Parreira é responsável, queira ou não, pela montagem de grandes equipes. E o Corinthians de 2002 foi uma delas.
Na campanha da Copa do Brasil de 2002, o time contava com um elenco muito bem montado. Kleber, Gil e Ricadinho formavam o ‘melhor lado-esquerdo do mundo’. No gol, Dida e no ataque, Deivid, que sempre anotava seus gols. Na primeira fase do torneio, o Timão derrotou o River Plate, do Piauí. Depois, passou pelo Americano-RJ, pelo Cruzeiro e pelo Paraná (de novo).
Já na semi, o adversário foi o rival São Paulo. Porém, o eficiente time de Parreira fez os resultados necessários para chegar à final, enfrentando o surpreendente Brasiliense. Em duas partidas recheadas de polêmicas da arbitragem, o Corinthians sagrou-se campeão e levou para casa sua segunda conquista do torneio.
Em 2008, o Corinthians disputou a Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira (e até agora, única) vez de sua história. No final do ano, uma contratação surpreendente: Ronaldo, o fenômeno. A estrela bi-campeã da Copa do Mundo chegava em um time em reconstrução.
Querendo classificar-se para a Libertadores no ano de seu centenário, o Corinthians investiu as fichas na Copa do Brasil, considerado um ‘caminho mais rápido’ para a disputa continental. O primeiro adversário foi o Itumbiara, de Goiás, que marcou a estreia do Fenômeno com a camisa alvinegra. Na sequência Misto-MS, Athletico, Fluminense e Vasco.
Nas finais, o Corinthians enfrentaria o Internacional de Porto Alegre. A rivalidade entre os dois clubes estava aquecida pelo polêmico título de 2005 do Timão e a também controversa partida dos colorados contra o Goiás, em 2007, que deu uma certa ‘ajudinha’ para rebaixar o Alvinegro.
No primeiro confronto no Pacaembu, Ronaldo e Dentinho definiram os 2×0 para o Corinthians. No jogo de volta, em pleno Beira-Rio, mesmo com as confusões causadas por D’Alessandro, do Inter, o time do Parque São Jorge segurou um 2×2 e ficou com o título.
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O Corinthians possui uma relação bem mística com o número sete, começando até mesmo pelo endereço de sua sede: Rua São Jorge, número 777. Na Copa do Brasil, isso se fez ainda mais forte por uma sequência de coincidências. O clube conquistou seus três títulos com sete anos de intervalo: 1995, 2002 e 2009.
A mística ficou ainda maior com dois vices, também em sete anos: em 2001 o Timão perdeu para o Grêmio e, em 2008, para o Sport. A sequência só foi quebrada em 2016, quando o clube não se sagrou campeão e também em 2018, quando foi vice para o Cruzeiro. Porém, ainda assim fica o registro do ‘sete’ para os mais aficionados por numerologia.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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