Neste domingo, 7, o Corinthians entrou em campo pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro e perdeu por 3 x 0. O jogo aconteceu no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte-MG. Após a partida, o treinador interino Raphael Laruccia falou sobre o que viu do jogo, as fraquezas do time, o que pode ter faltado e responde se o placar, na opinião dele, mostra a diferença entre as equipes.
“Eu vejo que, de alguma forma, a gente pensou numa estratégia para o jogo. Em alguns momentos a gente conseguiu ter um bom encaixe no jogo, mas ainda faltou um pouco. Até falei antes do jogo que a gente precisaria ter de equilíbrio, de conseguir controlar um pouco o jogo, e em alguns momentos a gente deixou isso escapar, e aí os gols acontecem nesses momentos.”
“A gente sofre os dois primeiros gols no momento em que a gente tinha a bola e era lateral a nosso favor. O primeiro gol acontece dessa maneira e o segundo gol também, e o segundo gol ainda tem o componente de ter acontecido na sequência do nosso gol, que foi anulado e, assim, que gerou bastante dúvida. Então, era um momento que a gente sai do empate, do um a um, e o jogo vira para o dois a zero.”
“Era um momento que a gente estava na euforia do gol e, por certo momento, a gente perde um pouco ali a concentração, perde um pouco o foco e a gente tem batido muito nessa tecla. Mas eu acredito que isso acontece também um pouco devido ao desgaste. A gente vem da sequência de dois jogos onde a gente tem um dia menos de descanso do que o nosso adversário.“
“Então, esse é um ponto que a gente faz parte do contexto e a gente tem que saber administrar isso, mas, certamente, isso estava presente em campo. Então, talvez até essa imagem que pode ter passado de um pouco de falta de energia, eu acho que é mais ligado a isso do que qualquer outra coisa.”
O treinador pontuou as diferenças entre Corinthians e Cruzeiro, de acordo com o contexto da partida: “Eu sempre gosto de olhar para o contexto, de olhar para o todo. O futebol não é nunca uma coisa só.”
“Se a gente for olhar para o jogo e para as dinâmicas do jogo, e ver os números do jogo também, se a gente pegar o número de finalizações, por exemplo, a equipe do Cruzeiro teve uma finalização a mais do que a nossa no jogo. Então, talvez isso mostre que não houve tanto essa superioridade que pode ter aparecido em alguns momentos. A ideia é que pode parecer isso, é porque a gente buscou, pensando na questão física, como eu comentei anteriormente, a gente buscou uma postura um pouco mais cautelosa e tentando proteger espaços por dentro e controlar o jogo nessa proteção de espaços.”
“E aí dá a sensação em alguns momentos de que o adversário está tendo uma superioridade porque tem um pouco mais a bola, consegue reter um pouco mais a bola. Então, passa uma falsa sensação. Mas se a gente olhar para os momentos do jogo e ver as entradas de último terço, as ações de último terço, elas foram muito parecidas e até na terminação da jogada. O que diferenciou bastante é que eles conseguiram ser mais felizes ali no aproveitamento das finalizações, acertando o alvo. Eles tiveram um aproveitamento melhor do que nós. E aí o placar já diz isso.”
Laruccia afirmou que a estratégia pensada funcionou em alguns momentos da partida, mas que a oscilação e falta de atenção acabaram sendo cruciais para os gols do Cruzeiro, mesmo o Corinthians tendo apenas uma finalização a menos que o adversário.
“Mas foram 12 finalizações, se eu não me engano, para o Cruzeiro e 11 finalizações para nós. Então, esse número mostra um certo equilíbrio. Então, eu acredito que a gente precisa ter essa consciência e entender, como eu falei anteriormente, nós sofremos dois gols em momentos que a gente tinha a bola e era lateral a nosso favor e a gente perde a bola e acaba sofrendo. E o terceiro gol que sai, que acontece de uma jogada construída mesmo do Cruzeiro ali.”
“Então, acredito que de uma maneira geral a estratégia que a gente pensou para o jogo ela funcionou em alguns momentos. Em outros momentos a gente teve oscilações de concentração, de nível de atenção, que acabou resultando nos gols que a gente sofreu e que isso tudo faz parte desse contexto complicado que a gente vive”, concluiu.
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