A vitória do Corinthians por 3×1 diante do Bahia, na última terça-feira (07), marcou o fim de um período que durou 586 dias com a Neo Química Arena recebendo jogos com portões fechados. Foram cerca de dez mil torcedores que reencontraram o Timão após quase dois anos acompanhando pela televisão.
Dois deles, um pai e uma filha, tiveram uma história emocionante para contar sobre a época pandêmica. Eles estavam posicionados atrás do gol do Setor Sul Doril, onde Róger Guedes converteu o pênalti que deu o empate ao time alvinegro antes do fim do primeiro tempo.
João Batista, de 53 anos, e Vitória Duarte, de 21 anos, se emocionaram pela oportunidade de estarem em Itaquera mais uma vez. Eles haviam adquirido ingresso para o Derby da fase de grupos do Paulistão do ano passado e conseguiram entradas para o confronto diante da equipe baiana.
Em maio deste ano, João Batista foi um dos 21 milhões de brasileiros a ser infectado pelo coronavírus e precisou ser internado no Hospital Santa Clara, na Vila Matilde, em São Paulo. Ele ficou com 40% do pulmão comprometido e teve pneumonia bacteriana. A história foi divulgada pelo portal “Globo Esporte”.
“Foi uma emoção muito grande poder ter voltado à Arena com a minha filha. Era um sonho, depois de ter passado pelo quadro de Covid que eu passei, ter visto a morte de perto. Um dos maiores sonhos que eu tinha era o de voltar à Arena, assistir a um jogo do Corinthians com a minha filha. E como o Corinthians é de fortes emoções, ainda teve que ser de virada. Não tenho palavras para descrever, a emoção fala mais alto, o Corinthians é uma paixão grande. E curtir isso com a minha filha não tem preço, não tem palavras. É só agradecer a Deus”, disse o empresário.
Estagiária de Direito e moradora da Zona Leste da capital paulista, Vitória utilizou suas redes sociais para divulgar a história. Sua mãe também contraiu a doença, mas não precisou ser internada.
“A evolução dele foi boa, mas a gente estava com muito medo. Ele também estava com muito medo. E a gente sempre foi para a Arena junto, faz parte da nossa vida, então ele rezava no hospital e pedia para poder ir ao estádio de novo comigo. Ele ficou bem, ficou com algumas sequelas na perna, vai ter que fazer uma cirurgia para retirar a safena que ficou comprometida pela Covid, mas a gente não podia deixar de ir à Arena. Ele ficava um tempo em pé, um tempo sentado. Meu pai ficou extremamente feliz, a gente chorou muito. Foi uma realização, caiu a ficha que deu tudo certo, que a gente conseguiu sobreviver a essa pandemia“, disse Vitória.
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