Ex-técnico do Corinthians, Tite participou do canal “The Coaches’ Voice” (A Voz dos Técnicos, na tradução em português), e fez uma análise tática da final do Mundial de Clubes de 2012, vencido pelo Timão sobre o Chelsea, no Japão. O treinador também citou seu único erro que, na sua opinião, poderia ter custado o título.
Tite começou comentando sobre uma mudança no esquema tático do Corinthians logo aos 11 minutos do primeiro tempo. Ele citou que, de início, montou a equipe em um 4-2-3-1, com Jorge Henrique pela direita na linha de meio-campo, Danilo pelo meio e Emerson Sheik pela esquerda. Porém, optou por aproximar Sheik de Paolo Guerrero no ataque e armar um 4-4-2 para ter mais “agressividade”, deixando Danilo como um articulador pelo lado esquerdo.
Em seguida, o treinador revelou que enxergou que a principal fragilidade do Chelsea estava no setor entre os volantes e os zagueiros, explicando a carência adversária em um jogador posicional. Por isso, decidiu colocar o Corinthians para atacar por dentro, e não pelas beiradas do campo.
“A fragilidade da equipe do Chelsea estava à frente de seus dois zagueiros, Cahill e David Luiz, e às costas de Lampard e Ramires. Ramires não é um jogador posicional. Ele é um jogador de mobilidade e condutor, mas não é posicional. O que é posicional? Ralf, Casemiro. O Chelsea não tinha esse jogador posicional para fechar e preencher esse espaço central. Esse era o ponto vulnerável e o setor onde iríamos atacar a equipe do Chelsea. Era por dentro“, explicou o comandante.
Em contrapartida, o técnico citou seu único erro que poderia ter levado tudo por água abaixo naquela partida. Foi quando ele colocou Wallace, aos 45 minutos do segundo tempo, para formar uma linha de cinco defensores e segurar o resultado, que já era favorável ao Corinthians. Porém, Tite acredita que a entrada de mais um zagueiro descoordenou os movimentos defensivos, o que acabou permitindo que Fernando Torres marcasse um gol nos acréscimos, mas que foi anulado pela arbitragem.
“Entra Wallace pelo lado direito, três zagueiros, deixo Chicão de líbero. O que que isso gera? O que antes eram coberturas curtas, de quatro defensores, que estão coordenadas, ela passa a ter um quinto jogador, que não necessariamente por ter um jogador a mais que vai ter melhor eficiência defensiva.”
“E aí, acontece um lance de uma bola alçada do adversário em que Fernando Torres faz gol em impedimento, de cabeça. Mesmo tendo sido aos 45 minutos do segundo tempo, sim, eu cometi (um erro). Felizmente, ele não trouxe problema maior“, concluiu.
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