Que o elenco do Corinthians de 2005 não era o mais unido do mundo, muita gente sabe. O que poucos têm noção é que o grupo tetracampeão brasileiro brigava quase uma vez por semana. Pelo menos é o que disse o principal nome daquele plantel recheado de estrelas, Carlos Tévez, em entrevista à ESPN Argentina. O ex-atacante afirmou que sempre apanhava de alguns companheiros durante os treinos.
“Eu briguei umas cinco vezes no Brasil. Sim, mas só viram uma vez. Mas era quase uma (briga) por semana (…) Eles (os argentinos Daniel Passarella e Javier Mascherano) chegaram depois… (Quando ainda estava sozinho) Sim, me batiam nos treinos. A (briga) que vocês viram (com Marquinhos) foi por terem me levantado (durante um treino)”, declarou Tévez.
Tévez também acredita que, por ser um dos primeiros argentinos a ser estrela de um time no Brasil, era “olhado de canto” pelos jogadores brasileiros. Vale lembrar que o ex-atacante chegou ao Corinthians no final de 2004 a peso de ouro, uma vez que custou 22 milhões de dólares (R$ 60 milhões na cotação da época), dinheiro inteiramente pago pela ex-parceira do clube, a MSI, ao Boca Juniors.
“Eu fui praticamente o primeiro argentino a ir para o Brasil. Era mais cobrado que os brasileiros. Era o primeiro argentino em um vestiário em que te cobravam mais, não era fácil. Todos me olhavam de canto, não era fácil“, disse Tévez.
Mas, de acordo com Tévez, aos poucos o elenco do Corinthians foi ganhando sua confiança, principalmente após o ex-atacante chegar no então presidente Alberto Dualib para solicitar um aumento no “bicho” em caso de vitória contra o Palmeiras.
“Depois, os caras começaram a confiar em mim. Quando jogamos contra o Palmeiras, eu cheguei no presidente e falei para dobrar o prêmio. Se ganharmos, você paga o dobro do prêmio. E cheguei nos caras e disse que o presidente falou isso. E eles diziam que, se ganhamos, o prêmio era dobrado. E os caras estavam gostando, que teriam o dobro. Se ganhássemos, o presidente pagaria na semana seguinte. E começamos a ganhar com aquela equipe, o dobro do prêmio. O triplo do prêmio…”, contou.
Tévez deixou o Corinthians em 2006 e rodou por clubes europeus como West Ham, Manchester City, Manchester United e Juventus antes de retornar à América do Sul para defender o Boca Juniors. Em 2022, anunciou a aposentadoria do futebol e se tornou treinador do Rosário Central, mas pediu demissão do clube argentino em novembro. Atualmente, o ídolo corinthiano está desempregado.
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