Por Tatiana Carvalho / Redação da Central do Timão
O Corinthians empatou com o Athletico-PR por 1 x 1 na noite desta quarta-feira (15), pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol alvinegro foi marcado por Róger Guedes, que recebeu elogios do técnico Vítor Pereira.
“Ele tem trabalhado bem, fez um bom jogo hoje e marcou um gol bonito. Tem que estar com a atitude de querer jogar, independente se é na esquerda ou no meio. O Willian pode aparecer por dentro ou por fora também“, comentou o treinador na entrevista coletiva.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Vítor Pereira aproveitou para comentar sobre a falta de um centroavante de ofício, visto que Júnior Moraes está lesionado e Jô rescindiu o contrato, e como isso faz com que a equipe tenha que mudar sua maneira de jogar.
“Não temos um atacante para fazer o pivô, não temos. Então quem não tem cão, caça com gato. Temos que ter outro tipo de chegada na área, com mais velocidade, que é o que temos tentado fazer“, afirmou o português.
O técnico português Vítor Pereira explicou, nesta sexta-feira, o motivo de ter exposto em entrevista coletiva no último domingo, após o clássico contra o São Paulo, que Róger Guedes não estava tendo compromisso com o Corinthians. Esse seria o principal fato para que o atacante ficasse no banco de reservas no Majestoso e contra o Boca Juniors, na Bombonera.
O treinador elogiou a qualidade técnica do jogador e disse que chegou a ter algumas conversas com o camisa 9 nos últimos dias, mas destacou que precisa exigir o melhor de todos os seus comandados. Para Vítor Pereira, todos os atletas têm de estar em seu melhor nível para o bem da equipe.
“Eu vou tentar, hoje, finalizar esse assunto do Róger (…) Todos os títulos que ganhei na minha carreira foram à base de exigência, compromisso, trabalhar no limite, dar tudo de nós para o clube, estar sempre no melhor nível. Isso são coisas que não se podem negociar. Eu me entrego de corpo e alma todos os dias. A minha exigência tem de ser igual à exigência que eu tenho com meus atletas“, declarou o comandante.
“Portanto, para o Róger e qualquer um deles, para terem oportunidade de expressarem sua qualidade… A qualidade do Róger não tem causa, sei que ele tem qualidade. Mas o compromisso, a entrega, o espírito de sacrifício, entrega, o lutar todos os dias e dizer a mim que quer ajudar, isso não vai com palavras. Já tive uma conversa, duas, três, e quando temos uma, duas, três, é quase como um filho. Ele é um bom menino, mas tens uma, duas, três conversas, e não vê alteração nenhuma…“
“Meus filhos são iguais, não podem vir dizer ‘pai, vou estudar e vou fazer isso’, mas não apresentam resultados e eu não vejo mudança nenhuma em termos de ação, chega uma altura que não adianta conversa. Ou mostra ou não mostra (…) Eu não ponho ninguém de lado, sou de conversar. Agora, não posso conversar uma, duas, três vezes, e o resultado… A conversa vai ser sempre a mesma.“
Vítor Pereira também se mostrou chateado por receber críticas ao tentar, segundo ele, extrair o melhor de seus jogadores, como fez com Róger Guedes. Para o técnico, houve a necessidade de expor o atacante para o mesmo voltar a lutar e se entregar nos treinos e nos jogos, o que não adiantou com conversas particulares.
“Eu, hoje, estou convencido com o Róger, depois de refletir um pouquinho. Não podemos inverter os papéis. Às vezes fico com a sensação, quando ouço comentários e críticas, que, por tentar fazer o melhor para o clube, exigir e pôr todos no mesmo nível, que eu estou mal. Isso não posso aceitar.”
“Quando me dizem ‘não tinha necessidade de expor’, chega uma altura que é preciso expor. Todas as vezes que chego aqui sou cobrado como se eu estivesse mal, e ele bem. Quando falo dele, falo de todos os outros. Você chega ao treino e no jogo, luta, entrega, é competitivo, jogando 10, 20, 30 (minutos), na esquerda, na direita ou no meio, seja onde for, esses vão ter sempre oportunidade comigo. Se eu sentir que não estão a dar o máximo porque estão contrariados…”, disse.
Vítor Pereira encerrou a polêmica dizendo que sempre irá apoiar Róger Guedes, e que até chegou a ver o jogador agindo diferente nos últimos dias. Ele também declarou que, para o bem do clube, espera que o atacante consiga estar em seu melhor nível daqui para frente.
“O Róger e qualquer jogador do Corinthians vai ter sempre meu apoio (…) Nos últimos dias, vi um Róger diferente. Espero, para o bem do clube, meu bem, da torcida e dos objetivos, que ele se entregue, tenha compromisso e tenha seu melhor nível. Isso é o mínimo que podemos fazer para um clube que nos trata como família. Nunca mais vou falar nesse assunto. Isso é verdade, o resto é polêmica”, concluiu o português.
Após a fala de Vítor Pereira sobre Róger Guedes no clássico do último domingo (22), a diretoria do Corinthians procurou o estafe do jogador para amenizar qualquer tipo de atrito. A informação é do portal GE, que apurou que ambos os lados concordaram em apaziguar a situação.
Segundo o portal, as falas do treinador não caíram bem ao atacante, que, apesar de não ter gostado, quer dar a resposta dentro de campo. Desta forma, Róger Guedes não se manifestará de forma pública sobre o ocorrido.
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
A situação foi minimizada pela diretoria do Corinthians, que vê o episódio como normal e que será resolvido entre o treinador e o atleta.
Depois do empate por 1 x 1 diante do São Paulo, Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva e foi questionado sobre a situação de Róger Guedes, que não saiu do banco de reservas nos últimos dois compromissos.
O técnico português foi sincero e descartou qualquer problema pessoal com o jogador, mas afirmou que não sente confiança para usar Róger Guedes neste momento.
“Não tenho problema pessoal com nenhum jogador. Estou aqui para ajudá-los, para que melhorem em qualidade. Mas eu tenho que fazer a equipe e escolher as substituições em função do que eles me dão em treino e jogo. Portanto, o Róger, que já teve momento bom, fez gols, hoje é um jogador que está com alguma dificuldade de responder mesmo em termos de treino, em termos de lutar para dar a volta“, declarou o treinador.
“Tomara eu que ele me transmitisse a confiança para contar com ele para alterar um jogo ou começar uma partida. Mas eu não estou sentindo esta confiança. Isto não quer dizer que ele não queira, não estou dizendo isso. Mas nem em termos de treino, nem em termos de jogo, as indicações são essas. Não posso tomar decisões com base no nome do Róger Guedes ou do que ele já fez, mas do que ele está fazendo agora.”
Neste domingo (22), o Corinthians empatou com o São Paulo por 1 x 1, na Neo Química Arena, em partida válida pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O atacante Calleri marcou para o time do Morumbi enquanto Adson balançou as redes pelo lado alvinegro.
Depois da partida, o técnico Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva e falou sobre diversos assuntos relacionados ao jogo e à equipe. Entre os temas, o treinador negou que tenha qualquer problema com Róger Guedes, visto que o atleta não foi escalado como titular nas últimas partidas e tampouco chegou a entrar.
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
“Não tenho problema pessoal nenhum com nenhum jogador. Estou aqui para ajudá-los, para que melhorem em qualidade. Mas eu tenho que fazer a equipe e escolher as substituições em função do que eles me dão em treino e jogo. Portanto, o Róger que já teve momento bom, fez gols, hoje é um jogador que está com alguma dificuldade de responder mesmo em termos de treino, em termos de lutar para dar a volta.“
“Tomara eu que ele me transmitisse a confiança para contar com ele para alterar um jogo ou começar uma partida. Mas eu não estou sentindo esta confiança. Isto não quer dizer que ele não queira, não estou dizendo isso. Mas nem em termos de treino, nem em termos de jogo, as indicações são essas. Não posso tomar decisões com base no nome do Róger Guedes ou do que ele já fez, mas do que ele está fazendo agora.”
Depois, o técnico foi perguntado se Róger Guedes demonstrava onde queria de fato jogar, nos lados do campo ou pelo meio.
“Se me perguntar, eu queria treinar o Liverpool, com todo respeito que tenho ao Corinthians. Aqui não é o que queremos, no meu conceito, em termos de jogo, não é o que queremos, é o que a equipe precisa. Às vezes a equipe precisa do Róger na esquerda, em outras é dele no meio, ou na direita.“
“Ele tem de ter capacidade de dar resposta ou ter a intenção de dar a resposta. Com compromisso defensivo, ou a equipe se desequilibra. Por isso o 10 de antigamente desapareceu, porque ele ficava à espera da bola. Ele tenta, mas eu preciso de uma resposta mais forte. ‘Estou aqui para lutar, para jogar 10, 20, 30 ou 90, mas estou aqui para ajudar onde for’. O espírito tem que ser esse para mim.”