- Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão
No último sábado (27), o Corinthians divulgou seu balanço financeiro referente ao ano de 2020, sendo que uma parte do débito total preocupa muito a gestão do clube, pois são compromissos de grande volume financeiro que devem ser suportados a curto prazo.
O atual presidente Duilio Monteiro Alves, que teve participação na antiga gestão Andrés Sanchez como Diretor de Futebol, recebeu o Clube com uma situação financeira totalmente descontrolada, já que a instituição acumula grandes déficits por alguns anos seguidos. Somente no ano de 2020 o rombo nas contas foi de R$ 123 milhões. No total, a dívida do clube beira 1 bilhão de reais.
Já houve tempos, principalmente na primeira gestão do Andrés, onde se afirmava no Corinthians que o acumulado de débitos até então não representava grande obstáculo ao clube, pois a grande maioria eram compromissos a longo prazo e o clube vinha numa crescente de volume de arrecadação, com aumento substancial de receitas a cada ano.
O que se vê atualmente é uma inversão dessa situação. Em meio a uma receita sem grandes crescimentos nos últimos anos, o clube vê suas dívidas significarem quase o dobro da arrecadação anual.
Para piorar a situação, as dívidas atuais são em grande parte compromissos a curto prazo, ou seja par serem honrados no prazo máximo de um ano. Esses compromissos a curto prazo giram na casa de meio bilhão de reais, o que equivale praticamente a toda a previsão de arrecadação do clube para o exercício de 2021.
Ou seja, a gestão Duilio terá que fazer “marabalismos” para poder gerir o clube durante o ano de 2021.
O mundo ideal para o Timão seria cortar muitos gastos, ter o máximo de eficiência nos gastos a se fazer no ano de 2021 e tentar incrementar a receita com mais linhas de arrecadação, explorando ao máximo o potencial do Clube.
O Clube, recentemente, contratou a empresa Falconi, especializada em consultoria financeira. A intenção tornada pública é de reduzir 20% das despesas e diminuir o ritmo de investimentos, tentando, assim, equilibras as contas.
Para honrar com os compromissos a curto prazo, talvez o Clube tenha que se socorrer, novamente, de empréstimos com pessoas físicas ou instituições bancárias. Este recurso já foi utilizado muitas vezes pelo Timão, assim como por vários clubes do país.
Tal medida, caso adotada pontualmente, pode ser considerada como uma opção adequada, mas quando é reiterada sem um planejamento e objeto definido, pode se transformar em várias “bolas de neve”.
As dívidas de empréstimos passados, inclusive, constam no balanço de 2020, algumas delas representando grandes encargos, pois, enquanto não quitadas, devem ser remuneradas com os juros estipulados.
Outra alternativa é antecipação de receitas futuras, a exemplo dos direitos decorrentes dos contratos televisivos.
Em meio a tal cenário financeiro caótico, o Clube também tem a preocupação de se manter competitivo, pois o desempenho em campo tem grande impacto na arrecadação, além de ser um desejo da Fiel torcida, tão acostumada com grandes glórias.
Apesar do quadro atual, o Corinthians, que tem um grande valor de mercado e uma torcida muito apaixonada, ainda é visto por muitos como um Clube com muita margem de crescimento, com grande potencial arrecadatório.
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