Ex-auxiliar de Tite no Corinthians e na Seleção Brasileira, Sylvinho pode ultrapassar uma expressiva marca de seu mentor sob o comando do Timão. Se vencer Athletico-PR e Grêmio, próximos dois adversários do Alvinegro, o ex-lateral chegará a nove vitórias seguidas na Neo Química Arena, superando os oito triunfos consecutivos obtidos pelo treinador de 60 anos no Brasileirão de 2015.
Uma vitória diante do Furacão, neste domingo (28), em jogo que terá início às 16h (Brasília) e será válido pela 36ª rodada da competição nacional, já significará a igualdade do feito de Tite. O duelo contra o Tricolor gaúcho está marcado para 5 de dezembro, no mesmo horário.
A série de oito vitórias seguidas é a terceira maior do Corinthians em seu estádio, que foi inaugurado em maio de 2014. As duas melhores foram dez triunfos, entre 2014 e 2015, e 12, em 2016.
Além disto, se não for superado pelo Athletico-PR, o Timão irá completar quatro meses sem perder uma partida em Itaquera. A última derrota alvinegra no local aconteceu em 1º de agosto, para o Flamengo.
Relembre a sequência de sete vitórias seguidas do Corinthians na Neo Química Arena, todas pelo Brasileirão 2021:
A boa colocação ocupada pelo Corinthians ao fim do primeiro turno do Brasileirão de 2021 passa muito pelo bom desempenho do time quando atua fora de casa. Na primeira metade da competição, o Timão conquistou 19 pontos como visitante, o que faz com que a equipe de Sylvinho tenha números melhores longe da Neo Química Arena do que o time comandado por Tite, em 2015, quando o clube acabaria conquistando o seu sexto troféu do torneio nacional.
O Corinthians atual possui 63,3% de aproveitamento longe de Itaquera – foram cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota nessas condições. Já o time quase imbatível de 2015, que também contava com Cássio, Fagner, Fábio Santos, Gil e Renato Augusto, não começou bem na competição e demorou algumas rodadas para embalar. Nos dez primeiros jogos como visitante, somou 16 pontos, com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas.
No entanto, o desempenho da equipe de Sylvinho é inferior ao do Corinthians de 2017, comandado por Fábio Carille, que conquistou o heptacampeonato brasileiro. Há quatro anos, nas dez primeiras rodadas fora de seus domínios, o time acumulou incríveis 26 pontos, com oito vitórias e dois empates – o que ajudou a culminar com um primeiro turno invicto e 47 pontos conquistados no total.
Curiosamente, tanto em 2015 quanto em 2017, o Corinthians terminou as duas metades da competição com a mesma pontuação como visitante: 31, ou 54,3% de aproveitamento. Para melhorar ainda mais os números fora de casa, o Timão entra em campo na noite deste domingo (12), às 18h15 (Brasília), diante do Atlético-GO, em Goiânia.
Ídolo, multicampeão e maior símbolo da era mais vitoriosa da história do Corinthians, Cássio concedeu entrevista exclusiva à plataforma “The Players Tribune”, na última sexta-feira (10), e comentou sobre diversos assuntos, como os títulos do Mundial de Clubes de 2012 e do Campeonato Paulista de 2018, sobre o arquirrival Palmeiras.
O goleiro também relembrou o momento de sua chegada ao clube, em dezembro de 2011, e uma conversa que teve com o técnico Tite antes de assumir a titularidade no gol alvinegro. Cássio afirmou que o treinador deu a vaga para ele após eliminação no Paulistão de 2012, marcado por falhas de Julio Cesar, e por seu alto nível de dedicação nos treinos do Timão.
“Acho que poucos torcedores se lembram da minha apresentação. Eu estava ali, do lado do Duilio Monteiro Alves, que na época era diretor de futebol. Eu consigo me lembrar dos olhares desconfiados dos jornalistas que cobriam o Corinthians. Eu sou um cara tímido, nunca gostei de muita badalação e comecei a trabalhar diariamente para cumprir aquele que era o meu grande objetivo: ser o titular da posição no Corinthians”, disse o arqueiro.
“Se alguém me perguntasse na época como e quando isso ia acontecer, eu não saberia responder. Pra falar a verdade, o tamanho da responsabilidade de ser Corinthians é incalculável. É algo diferente. Um sentimento que só quem está no clube ou é torcedor pode experimentar. E eu ainda estava tentando processar tudo isso quando, num domingo, em abril de 2012, o meu destino no clube começou a ser traçado.”
“Depois de sermos eliminados no Campeonato Paulista (para a Ponte Preta, em 2012), o Tite chamou a mim e ao goleiro Danilo Fernandes para uma conversa. Ele disse que nos colocaria para treinar e decidiria quem seria o titular. Nós ficamos nos revezando e, pouco tempo depois, tive outra conversa, desta vez só com o Tite.”
— Você sabe por que estou te colocando de titular? – perguntou Tite.
— Não sei, professor – respondeu Cássio.
— Muitas vezes, eu não estava aqui vendo o treino, e você mantinha o mesmo nível de dedicação. Em outras ocasiões, eu estava com os não relacionados e você continuava treinando firme. Este é um aprendizado que você tem que levar pra vida, guri. Mesmo quando você acha que ninguém está vendo, tem sempre alguém te olhando – afirmou o treinador.
“Era a minha chance. Eu não ia deixar escapar. O clima de desconfiança, no entanto, só crescia. Os jornalistas e os comentaristas falavam em outros goleiros, diziam que o clube teria de contratar alguém com mais experiência para resolver o problema da posição… Mas eu estava tranquilo, em paz.”
“Os jogos decisivos foram sucedendo um ao outro, e eu não apenas mantive minha posição, mas fui ganhando a confiança dos torcedores e me sentido abraçado pelos jogadores. As conquistas vieram e, de repente, o mundo já não era grande o bastante para conter os nossos sonhos, muito menos a paixão da Fiel”, encerrou o camisa 12.
No início de setembro, o Corinthians cederá o CT Joaquim Grava durante quatro dias para a Seleção Brasileira, que tem jogo marcado na Neo Química Arena no próximo dia 5, contra a Argentina, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. A informação é do portal “Globo Esporte”.
O time de Tite entra em campo na noite do dia 2, diante do Chile, em Santiago. A tendência é que as instalações alvinegras sejam utilizadas para um treino de recuperação no dia 3 e um de campo no dia 4, véspera do clássico sul-americano. Depois, a Seleção faz uma nova sessão de recuperação no dia 6 e outro treinamento em campo no dia 7, antes de enfrentar o Peru, dia 9, em Pernambuco.
Ex-meia e coordenador da equipe Canarinho, Juninho Paulista visitou o CT corinthiano na última segunda-feira (09) e se reuniu com os dirigentes do Corinthians para ajustar as programações. É bom ressaltar que o Timão irá treinar em horário oposto.
A partida do Brasil ainda mexeu com a tabela do Corinthians no Brasileirão. O clube enfrentaria o Juventude no dia 5 de setembro, data do confronto do time de Neymar contra o de Messi. A tendência é que a partida ocorre aconteça na segunda-feira (06). Os comandados de Tite lideram as Eliminatórias com folga, com 18 pontos, frutos de seis vitórias em seis jogos.
A vitória por 1×0 diante da Chapecoense, nesta quinta-feira (08), na Arena Condá, em Santa Catarina, em jogo que teve início às 21h (Brasília) e foi válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, fez o Corinthians continuar alcançando uma marca curiosa.
A vitória desta quinta, portanto, continuou deixando as campanhas idênticas: na 10ª rodada de 2013, o Corinthians venceu o Grêmio por 2×0, no Pacaembu, com gols de Emerson Sheik e Paulo André, e chegou aos 14 pontos em dez rodadas; diante da Chapecoense, o Timão chegou aos mesmos 14 pontos com o mesmo número de jogos. A 10ª posição na tabela de classificação também é a mesma ocupada há oito anos atrás.
Entretanto, a única diferença fica com a quantidade de gols sofridos. O time de Sylvinho anotou oito e sofreu sete, enquanto o de Tite também marcou oito, mas foi vazado em somente cinco oportunidades.
Relembre a campanha do Corinthians até a 10ª rodada do Brasileirão de 2013:
1ª rodada, 10ª posição, 25/05/2013: Corinthians 1×1 Botafogo;
2ª rodada, 13ª posição, 29/05/2013: Goiás 1×1 Corinthians;
O empate em 1×1 com o Internacional, no último sábado (03), na Neo Química Arena, em jogo que teve início às 21h (Brasília) e foi válido pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro, fez o Corinthians alcançar uma marca curiosa.
Agora sob o comando de Sylvinho, que chegou ao seu décimo primeiro jogo à frente da equipe, sendo os nove do Brasileirão e mais dois na Copa do Brasil, o Timão chegou aos onze pontos na tabela, com duas vitórias, diante do América-MG e do Sport Recife, cinco empates, contra o Palmeiras, Bahia, Fluminense, São Paulo e Internacional, e duas derrotas, para o Atlético-GO e o Red Bull Bragantino. Além disto, foram sete gols marcados e sete sofridos.
Os pontos são os mesmos conquistados pelo clube na edição do torneio de 2013, quando Tite era o treinador e, curiosamente, Sylvinho era um de seus auxiliares. Na ocasião, o atual técnico da Seleção Brasileira fez a mesma campanha nos nove primeiros compromissos: duas vitórias, contra a Ponte Preta e o Bahia, duas derrotas, para o Cruzeiro e o Atlético-MG, e cinco empates, diante do Botafogo, Goiás, Portuguesa, Athletico-PR e São Paulo.
Entretanto, na ocasião, o clube do Parque São Jorge marcou seis gols e sofreu apenas cinco, diferentemente do atual elenco de Sylvinho. Ao fim da 9ª rodada há oito anos, o Timão figurava na 12ª colocação da competição e, após os 38 compromissos, terminou na 10ª posição. Hoje está na 11ª, mas pode ser ultrapassado no complemento da rodada, que ainda possui sete jogos a serem realizados neste domingo (04).
Relembre a campanha do Corinthians até a 9ª rodada do Brasileirão de 2013:
1ª rodada, 10ª posição, 25/05/2013: Corinthians 1×1 Botafogo;
2ª rodada, 13ª posição, 29/05/2013: Goiás 1×1 Corinthians;
Por Maria Beatriz de Teves / Redação da Central do Timão
Perto de marcar 250 jogos com a camisa do Corinthians, Fábio Santos, na titularidade da equipe, comentou sobre a trajetória de Sylvinho, hoje no comando do Timão, no futebol e rasgou elogios ao profissional.
”Sylvinho foi um baita lateral, sofreu muito menos que eu, fez a carreira na Europa, pegou só coisa boa. Eu peguei várias subidas, ele um monte de descida, ganhou mais dinheiro que eu. Ele foi brilhante na Europa e no Corinthians é um cara muito respeitado, está entre os principais laterais do clube”, disse o lateral-esquerdo em entrevista concedida ao GE.
Em seguida, o atleta apontou semelhanças no trabalho de Sylvinho com o de Tite à frente do Corinthians.
”Ele lembra bastante, sim, o Tite. Óbvio que cada treinador tem sua maneira de se expressar, de mostrar, mas a leitura de jogo, muitas coisas são similares. Trabalhamos tanto tempo com o Tite que absorvemos mais facilmente. É acelerar isso com os meninos para que eles também entendam mais rápido”, completou.
Até então, Sylvinho acumula seis jogos no comando do Timão, onde conquistou uma vitória, dois empates e três derrotas. Nestes confrontos, a equipe marcou três gols e sofreu seis.
Que corinthiano não sente saudade de Adenor Leonardo Bachi, o Tite? Hoje técnico da Seleção Brasileira, o gaúcho é considerado o maior técnico da história do Corinthians, conquistando diversos títulos, entre eles a histórica Copa Libertadores de 2012, além de 378 jogos à frente do clube.
É bem verdade que o treinador, desde que saiu, em 2016, deixou saudades no coração da Fiel Torcida. Com isso, a Redação da Central do Timão puxou o desempenho do Timão nas competições quatro anos antes da segunda passagem de Tite pelo clube, mais os anos em que ele esteve no comando e as temporadas seguintes após sua ida à Seleção. Confira:
Quatro anos antes da segunda passagem de Tite no Corinthians
2007: Eliminado na primeira fase da Copa Sul-Americana e do Campeonato Paulista, eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil e 17º lugar no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 64 jogos, com 20 vitórias, 21 empates, 23 derrotas e aproveitamento de 42,2%;
2008: Eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista, vice-campeão da Copa do Brasil e campeão do Campeonato Brasileiro Série B. Foram, ao todo, 70 jogos, com 43 vitórias, 17 empates, 10 derrotas e aproveitamento de 69,6%;
2009: Campeão do Campeonato Paulista, campeão da Copa do Brasil e 10º colocado no Campeonato Brasileiro;. Foram, ao todo, 72 jogos, com 33 vitórias, 24 empates, 15 derrotas e aproveitamento de 57%;
2010: Eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores, eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista, 3º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 70 jogos, com 38 vitórias, 17 empates, 15 derrotas e aproveitamento de 62,4%;
Tite assumiu o Corinthians em outubro de 2010, conquistando o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro e uma vaga na primeira fase da Copa Libertadores de 2011.
Quatro anos com Tite no comando do Corinthians
2011: Vice-campeão do Campeonato Paulista, eliminado na primeira fase da Copa Libertadores, campeão do Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 64 jogos, com 34 vitórias, 16 empates, 14 derrotas e aproveitamento de 61,5%;
2012: Eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista, campeão da Copa Libertadores, campeão do Mundial de Clubes, 6º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 76 jogos, com 39 vitórias, 23 empates, 14 derrotas e aproveitamento de 61,4%;
2013: Campeão do Campeonato Paulista, campeão da Recopa Sul-Americana, eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores, eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil e 10º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 75 jogos, com 29 vitórias, 31 empates,15 derrotas e aproveitamento de 52,45%;
No fim de 2013, Tite não renovou seu contrato com o Timão e tirou o ano de 2014 para estudar. No ano em questão, com Mano Menezes no comando, o Corinthians foi eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista, eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil, 4º colocado no Campeonato Brasileiro e um total de 64 jogos, com 33 vitórias, 15 empates, 16 derrotas e aproveitamento de 59,38%. Uma temporada depois, Tite retornou ao Parque São Jorge;
2015: Eliminado na semifinal do Campeonato Paulista, eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores, eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil e campeão do Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 71 jogos, com 44 vitórias, 16 empates, 11 derrotas e aproveitamento de 69,5%;
Em 2016, após a eliminação na semifinal do Campeonato Paulista e nas oitavas de final da Copa Libertadores, Tite foi convidado a assumir a Seleção Brasileira.
Seis anos após a saída de Tite do Corinthians
2016: Eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil e 7º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 69 jogos, 34 vitórias, 17 empates, 18 derrotas e aproveitamento de 54,6%;
2017: Campeão do Campeonato Paulista, eliminado nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, eliminado na quarta fase da Copa do Brasil, campeão do Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 71 jogos, com 38 vitórias, 23 empates, 10 derrotas e aproveitamento de 64,35%;
2018: Campeão do Campeonato Paulista, eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores, vice-campeão da Copa do Brasil e 13º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 77 jogos, com 32 vitórias, 18 empates, 27 derrotas e aproveitamento de 49,35%;
2019: Campeão do Campeonato Paulista, eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, eliminado na semifinal da Copa Sul-Americana e 8º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 79 jogos, com 30 vitórias, 27 empates, 22 derrotas e aproveitamento de 49,37%;
2020: Vice-campeão do Campeonato Paulista, eliminado na segunda fase da Copa Libertadores, eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, 12º colocado no Campeonato Brasileiro. Foram, ao todo, 58 jogos, com 20 vitórias, 20 empates, 18 derrotas e aproveitamento de 46%;
2021: Eliminado na semifinal do Campeonato Paulista, eliminado na fase de grupos da Copa Sul-Americana e eliminado na terceira fase da Copa do Brasil. O Campeonato Brasileiro ainda está em andamento. Por enquanto, foram 26 jogos, com 13 vitórias, 7 empates, 6 derrotas e aproveitamento de 56%.
Há exatos 17 anos, no dia 30 de maio de 2004, Adenor Leonardo Bachi, conhecido como Tite, fazia a sua estreia comandando o Corinthians, clube onde se tornou ídolo ao longo de três passagens (2004/05, 2010/13 e 2015/16).
A partida em questão, realizada no Morumbi, foi um empate por 1×1 diante do São Paulo, no Campeonato Brasileiro. Àquela ocasião, o Timão teve uma boa exibição defensiva, feito que se tornou uma marca do técnico no clube.
No Parque São Jorge, o treinador disputou 378 jogos, sendo o segundo com mais partidas à frente do clube. Ao todo, foram 196 vitórias, 110 empates e apenas 72 derrotas, além de dois títulos do Campeonato Brasileiro (2011 e 2015), um da Copa Libertadores da América (2012), um do Mundial de Clubes da FIFA (2012), um da Recopa Sul-Americana (2013) e um do Campeonato Paulista (2013).
Sylvinho, discípulo de Tite, vale lembrar, fará a sua estreia no comando do Corinthians neste domingo (30), diante do Atlético/GO, na Neo Química Arena, às 18h15 (Brasília), também em um dia 30 de maio.
Nesta terça-feira, dia 25 de maio de 2021, Adenor Leonardo Bachi, ou Tite, o técnico do Timão em importantes conquistas, completa 60 anos de idade.
O currículo de Tite é incontestável. Foi campeão nos dois rivais do Rio Grande de Sul, Grêmio e Internacional. Mas antes deles, foi protagonista de um feito histórico ao levar a SER Caxias, agremiação de sua cidade natal, Caxias do Sul, a conquistas o título da primeira divisão do Gauchão no ano 2000.
Porém, a glória máxima o treinador veio alcançar mesmo no Corinthians, mas não sem ter percorrido um longo caminho antes disso. Tite foi técnico do Timão em três períodos. O primeiro entre 2004 e 2005. Depois o mais vitorioso, entre 2010 e 2013. E por último 2015/2016, quando deixou o Parque São Jorge para assumir a Seleção Brasileira.
Sendo assim, Tite alcançou duas marcas históricas no comando do Alvinegro. Ele é o segundo técnico que mais dirigiu o Corinthians, ao todos foram 378 jogos, atrás apenas de Osvaldo Brandão (435), e é o líder em conquistas.
Com Tite na área técnica, o Corinthians foi campeão Paulista em 2013 e do Brasileirão em 2011 e 2015. No histórico 2012 foi que o Timão conquistou de forma invicta a Libertadores da América, e o Mundial de Clubes da Fifa. No ano seguinte, a Recopa Sul-Americana fechou o ciclo de troféus internacionais.
Dentinho e Ronaldo colocaram o Timão em vantagem na disputa pela taça da Copa do Brasil; relembre
No dia 17 de junho de 2009, Corinthians e Internacional se encontraram em partida válida pela ida das finais da Copa do Brasil. Apesar da distância entre Porto Alegre e São Paulo, a rivalidade estava em alta, tudo por conta dos anos de 2005 e de 2007. No primeiro, a disputa do Brasileirão encerrada de maneira polêmica colocou Colorados contra Alvinegros.
Já em 2007, a acusação de ‘entrega’ do jogo para o Goiás por parte do Internacional para rebaixar o Corinthians irritou os paulistas. Assim, os dois se prepararam para essa final como se fosse um Gre-Nal ou um Dérbi, o que se repetiu em campo, com um jogo muito brigado.
Porém, ainda na metade do primeiro tempo, Jorge Henrique recebeu bom passe de Marcelo Oliveira e teve tranquilidade para marcar o gol alvinegro para a comemoração dos mais de 35 mil corinthianos presentes no Pacaembu. Depois, no início do segundo tempo, Ronaldo deu números finais à partida: 2×0. O goleiro Felipe ainda foi fundamental para segurar o resultado, fazendo pelo menos três defesas difíceis.
Ficha técnica
Corinthians 2×0 Internacional 17 de junho de 2009 Estádio do Pacaembu Copa do Brasil – Final – Ida Corinthians: Felipe, Alessandro, Chicão, William, Marcelo Oliveira (Diego Sacoman), Cristian, Elias, Douglas, Jorge Henrique (Souza), Dentinho e Ronaldo (Boquita). Técnico: Mano Menezes. Internacional: Lauro, Danilo Silva, Índio, Álvaro, Marcelo Cordeiro, Sandro (Giuliano), Guiñazú, Magrão, Andrezinho (Glaydson), Taison e Alecsandro (Leandrão). Técnico: Tite. Gols: Jorge Henrique (27′) e Ronaldo (54′).
Comandante estreou pelo Timão em 2004 em clássico contra o São Paulo, pelo Brasileirão daquele ano
No dia 30 de maio de 2004, um dos maiores técnicos da história do Corinthians realizava sua primeira partida no comando da equipe. Na ocasião, a Fiel corinthiana nem poderia imaginar o que Tite viria a se tornar para o Timão.
Adenor Leonardo Bachi, ou simplesmente Tite, chegou ao Corinthians para substituir Oswaldo de Oliveira, que já havia sido campeão Mundial de 2000 pela equipe. O Coringão estava na oitava colocação e prestes a enfrentar seu rival, o São Paulo, então o quarto colocado da competição.
Aos 26 minutos do primeiro tempo, o Tricolor saiu na frente, com gol de Fábio Simplício. No entanto, no estilo Corinthians de ser, o Timão conseguiu empatar com gol de falta de Renato Abreu, após seis minutos. A partida acabou igualada, mas não foi um mal resultado, já que Tite teve pouquíssimos dias para trabalhar antes da estreia.
O comandante ficou até o final da competição à frente da equipe, alcançando a quinta colocação, com 79 pontos, cinco atrás do maior rival. Mesmo assim, o Timão conseguiu vaga na Sul-Americana do ano seguinte.
Em 2005, após problemas com a diretoria, Tite deixou o comando do Corinthians, e seguiu caminho para o Atlético-MG. No clube mineiro, o técnico não foi muito feliz, e foi autointitulado como um dos responsáveis pelo rebaixamento do Galo naquele ano.
Ficha técnica
São Paulo 1×1 Corinthians 30 de maio de 2004 Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) Corinthians: Fábio Costa, Anderson Cléber, Vádson, Wendel, Coelho, Fabinho (Rodrigo Beckham), Rogério, Renato Abreu, Zé Carlos (Betão), Gil e Marcelo Ramos (Jô). Técnico: Tite. São Paulo: Rogério Ceni, Cicinho, Fabão, Rodrigo, Gustavo Nery, Alexandre (Aílton), Renan, Fábio Simplício, Gabriel (Vélber), Grafite e Diego Tardelli. Técnico: Cuca. Gols: Fábio Simplício (25′) e Renato Abreu (33′).
Ex-jogador do Timão relembrou o duelo contra o Audax, no Campeonato Paulista de 2016
Rodriguinho foi um vencedor com o manto Alvinegro. Quando contratado, era mais um para compor o elenco. Mas aos poucos mostrou seu valor, conquistou títulos e chegou a ser chamado de rei por parte da Fiel: “Reidriguinho” era o nome que ecoava pela Arena Corinthians.
Mas como nem tudo é alegria no futebol, o meia-atacante, atualmente no Bahia, apontou em entrevista para o jornalista Marcello de Vico, publicada na editoria de esportes do site Uol, qual foi sua derrota mais doída em sua carreira: O ex-camisa 26 do Timão citou a eliminação no Campeonato Paulista de 2016 para o Audax, na Arena Corinthians.
“Perdemos pro Audax uma semifinal, em Itaquera. Eu tava em campo, bati o pênalti e perdi. Esse aí foi tenso, foi triste demais. A gente tava do lado da nossa torcida, nunca imaginava que o Corinthians ia perder, dentro de Itaquera, pra um time pequeno, que era o Audax”.
Sensação daquele campeonato pelo estilo de jogo, o time de Osasco-SP não se intimidou com, e encarou o Corinthians que então era treinado pelo técnico Tite.
“Tinha (no Audax) um grande trabalho do Fernando Diniz, que é um excelente treinador, e os jogadores que ele tinha, que na época não eram reconhecidos, e são excelentes, como o Camacho, o Tchê Tchê”, afirmou Rodriguinho, que seguiu falando sobre aquela eliminação.
“Então a gente perdeu, em Itaquera, eu acabei perdendo o pênalti. Foi triste, velho. A cobrança no Corinthians você sabe como é… É complicado”, finalizou o jogador.
Jogador campeão Brasileiro pelo Timão definiu o treinador como “um cara espetacular”
O futebol é marcado por idas e vinda. O mesmo jogador que num momento em um determinado clube não era observado pelo treinador, passa a ser determinante em um futuro não tão distante. Foi isso que aconteceu na carreia de Rosinei, em um episódio envolvendo ninguém menos que Tite.
O ex-volante, que foi campeão do Campeonato Brasileiro em 2005 pelo Corinthians, relatou ao site ao site Espn.com.br, em matéria do jornalista Vladimir Bianchini, um fato ocorrido anos antes, ainda quando estava emprestado pelo Timão ao São Caetano, em 2003.
“Fiquei treinando por lá e fui relacionado para alguns jogos. Logo que o Mário Sérgio foi mandado embora, chegou o Tite para ser o técnico. Eu era novo, não era muito escalado, e o Tite disse que não ia me utilizar”, disse Rosinei, que no fim daquela temporada retornou ao Parque São Jorge.
Reencontro com Tite no Corinthians
Foi então que, em maio de 2004, após fraca campanha no Paulistão com Oswaldo de Oliveira, o Timão trouxe Tite para comandar a equipe no Brasileirão, e assim, o atleta iria reencontrar o comandante que o dispensou no Azulão.
“Na hora em que ele foi contratado, pensei: ‘Caramba, ele nem me viu no São Caetano e me liberou. E agora?'”, relembrou o ex-jogador, que em seguido relatou como foi a abordagem do professor Adenor com ele no Corinthians.
“Logo que ele chegou ao Parque são Jorge, na primeira reunião com o grupo de jogadores, o Tite se desculpou comigo. Ele me falou: ‘Não te conhecia na época, mas vi que você fez um excelente trabalho na Copa São Paulo e espero que você continue treinando e jogando desta forma. Ele é um cara espetacular”, finalizou.
Rosinei defendeu o Corinthians entre 2004 e 2007, quando atuou em 161 partidas, e marcou 20 gols. Seu último clube foi o Palmas Futebol e regatas, de Tocantis, em 2019.
Clássico entre as seleções será no dia 13/10, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo
A CBF- Confederação Brasileira de Futebol, divulgou no fim da manhã desta sexta-feira (31), as datas e locais dos jogos da Seleção principal masculina de futebol do Brasil pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Qatar.
O grande duelo dos jogos que ale vaga para a principal competições entre seleções, o Mundial da Fifa, Brasil e Argentina será no melhor estádio do país: a Arena Corinthians. Tite vai voltar comandar seu time da área técnica onde foi Campeão Brasileiro pelo Timão em 2015, no próximo dia 13 de outubro.
Confira todos os jogos da Seleção no Brasil nas Eliminatórias
27/03/2020 – Brasil x Bolívia: Arena Pernambuco; 03/09/2020 – Brasil x Venezuela: Estádio Mané Garrincha; 13/10/2020 – Brasil x Argentina: Arena Corinthians;12 ou 13/11/2020 – Brasil x Equador: Arena Fonte Nova; 30/03/2021 – Brasil x Peru: Estádio Beira-Rio; 08/06/2021 – Brasil x Uruguai: Estádio Maracanã; 02/09/2021 – Brasil x Colômbia: Estádio Morumbi; 12/10/2021 – Brasil x Paraguai: Arena da Amazônia, e 11/11/2021 – Brasil x Chile: Estádio Mineirão.
Em 2007 levou o time para a segunda divisão. Já em 2013 acarretou na demissão do técnico mais vencedor da história do clube. O que acontecerá em 2019?
Com a derrota para o CSA na última quarta-feira (30), por 2 a 1, o Corinthians chega a sete jogos sem vencer. O Timão caiu da quarta posição para a sétima, são três derrotas e quatro empates neste período, o pior jejum dos últimos seis anos, a pressão sobre o técnico Fábio Carille e seu elenco só aumenta.
Em Maceió o CSA saiu na frente com Apodi. Nos acréscimos do primeiro tempo, Pedrinho acertou um belo chute para empatar o jogo. Na volta do intervalo, o Timão até mostrou que poderia ser melhor, mas não aconteceu. No fim do jogo, em cobrança de escanteio Ricardo Bueno subiu mais alto para dar números finais a partida, CSA 2 a 1 Corinthians.
Já são sete jogos sem vencer, três derrotas e quatro empates. Dois jejuns maiores que esse acarretaram em péssimas conseqüências para o Timão. Vamos lembrar:
Em 2007
O Timão passou 10 partidas sem comemorar uma vitória. Foram seis empates e quatro derrotas. Esses jogos aconteceram entre a sexta e 16° rodada. O jejum contou para o rebaixamento do clube naquele ano. A pior marca na história do Corinthians.
Em 2013
A última vez que o Corinthians teve uma sequência tão ruim foi em 2013 sob o comando do técnico Tite. Na ocasião foram oito jogos sem vitórias, foram cinco derrotas e três empates. Dois jogos pela Copa do Brasil e seis pelo Campeonato Brasileiro. O jejum contribuiu para a demissão do treinador mais importante da história do clube.
Tite naquela altura já havia conquistado um Campeonato Brasileiro, um Paulista, uma Libertadores, um Mundial e uma Recopa.
Próximos jogos
Faltando três jogos para igualar à péssima sequência de 2007, os comandados de Carille encaram o líder Flamengo no Rio de Janeiro, o Fortaleza em São Paulo e por fim o grande rival, Palmeiras no Pacaembu.
A próxima partida, válida pela 30° rodada do Campeonato Brasileiro será no Maracanã, neste domingo (2), às 16 horas.
Em 17 de outubro de 2010, Tite voltava ao Corinthians para mudar a história
Do rebaixamento evitado ao topo do mundo: a história de Tite no Corinthians é um drama digno de um filme, com altos e baixos – muito mais altos! – e uma identificação com a Fiel raríssima na história do clube. Lembremos, ano a ano, a trajetória do treinador mais vitorioso dos 109 anos de Sport Club Corinthians Paulista.
Era 2004. Na zona de rebaixamento, com um time esfacelado que quase havia caído no campeonato estadual, o Corinthians apostava suas fichas em Adenor Leonardo Bachi, o arquiteto do São Caetano campeão paulista no mesmo ano. No currículo, poucos, mas promissores títulos. Entre eles, a Copa do Brasil de 2001, vencida pelo Grêmio no Morumbi justamente contra o Corinthians de Vanderlei Luxemburgo.
Começava uma épica jornada.
Logo, contudo, a trajetória de Tite seria interrompida. Depois de salvar o time do rebaixamento e levar a equipe de Gil, Rogério, Jô e Fábio Baiano ao milagroso 5º lugar, Tite iniciaria 2005 com um plantel estrelado. Tevez, Roger, Carlos Alberto, Gustavo Nery, Sebá Dominguez, Marcelo Mattos: era a MSI de Kia Joorabichian e o início da “era galáctica” do Timão. Mais tarde chegariam Javier Mascherano e Nilmar, mas Tite não chegaria a treiná-los no clube: após um começo irregular no Paulistão, um fatídico episódio selou sua demissão.
No clássico contra o São Paulo, no Morumbi, um pênalti a nosso favor colocou o dilema do batedor. Quem mandava, Tite, fez Dyego Coelho, atual treinador do sub-20 bater. Errou. No vestiário, Kia Joorabichian, recém-chegado com o dinheiro necessário para bancar o timaço, surtou com ausência de Tevez na marca da cal. Foi a gota d’água para Tite, que deixou o clube após a derrota para o rival tricolor, que não perdia para o Timão já havia mais de dois anos.
Tite rodou.
Passou pelo Atlético Mineiro no mesmo ano e não conseguiu ajudar o time a reagir contra o rebaixamento. No Palmeiras, em 2006, foi escorraçado no aeroporto e maltratado por dirigentes. Dos Emirados Árabes, voltou ao Brasil para comandar o Internacional na campanha vitoriosa da Copa Sulamericana em 2008, agora comandando Nilmar, Rosinei e outros ex-corinthianos. Em 2009, reencontrou o Timão como adversário, pela Copa do Brasil, agora com resultado desfavorável ao gaúcho: o Corinthians de Ronaldo, André Santos, Jorge Henrique e Mano Menezes foi campeão em pleno Beira-Rio.
Do colorado veio mais uma passagem pelos Emirados Árabes, agora pelo Al-Wahda, prestes a disputar o Mundial de Clubes de 2010 como campeão do país-sede. Foi a ligação inesperada de Andrés Sanchez, então presidente do Timão que havia trabalhado com Tite em 2005 como diretor de futebol, que fez Tite abandonar o sonho do Mundial para retornar algo que havia sido interrompido: sua história pelo alvinegro paulista.
No ano do nosso centenário, após a saída de Mano Menezes para a Seleção, uma tremenda oscilação começou a ocorrer no desempenho da equipe no Brasileirão. Deixado por Mano na 1º colocação, o time caiu e se desorganizou nas mãos de Adílson Baptista. Entre sua queda precoce e anunciada e a volta de Tite, um jovem auxiliar teve a chance de comandar o Timão pela primeira vez: Fábio Carille – ou, simplesmente, Fábio, como era conhecido na época.
Nas oito rodadas faltantes, Tite venceu cinco jogos e empatou três. Invicto – e tendo vencido o Palmeiras em sua reestreia no Pacaembu – o Timão de Adenor terminou em branco o ano de seu centenário e em uma atmosfera melancólica, na terceira colocação da torneio nacional.
Esse clima pouco afeito a sucessos se arrastou até o inicio de 2011. Classificado para a pré-Libertadores, a equipe de Tite parecia ter começado o ano ainda de ressaca – exceção feita ao golaço olímpico de Roberto Carlos contra a Portuguesa, no Pacaembu. O 0 a 0 no Pacamebu e a derrota – a única de Tite, até então – contra o Tolima, na Colômbia, selou o fim de uma era: Ronaldo aposentou-se dias depois, Roberto Carlos, que não jogara a segunda partida, acertou sua transferência para o Anzhi, da Rússia, junto com Jucilei, e Bruno César começou a perder espaço por já estar acertado com o Benfica.
O óbvio seria demitir Tite, mesmo com ótimos números em termos estatísticos, mas Andrés Sanchez bancou o técnico em uma decisão que se tornou histórica e é até hoje lembrada. O resultado começou a surgir no jogo seguinte: Palmeiras 0 x 1 Corinthians, em um Pacaembu lotado de palmeirenses, o capitão Alessandro, um dos poucos remanescentes da Série B, marcou o gol da vitória.
Júlio César operou milagres atrás e Tite, no banco de reservas, soltou o instantaneamente famoso “FALA MUITO!” na cara de Scolari, o técnico palmeirense que havia dito preferir perder o jogo se isso significasse que Tite permaneceria no cargo.
O Timão estava prestes a ganhar uma nova cara. Uma cara brava e corajosa.
Com Liédson, recém-contratado para substituir Ronaldo, Fábio Santos, Leandro Castán, Paulinho e Danilo se firmando no time titular, Tite criou uma equipe competitiva e guerreira. O vice-campeonato paulista para o Santos de Neymar foi apenas o test-drive da campanha vitoriosa que levou o clube ao pentacampeonato nacional, contra o mesmo Palmeiras de Scolari, no mesmo Pacaembu, no dia da morte de Sócrates.
De um início de ano esfacelado até o pico da vitória, o Corinthians de Tite teve inúmeros momentos e jogadores inesquecíveis: Alex, Adriano, Émerson Sheik, Cachito Ramírez, Edenílson e Willian foram alguns nomes que começaram a brilhar no clube neste período. Houve inesquecíveis viradas fora de casa, contra Grêmio, na estreia, e Atlético Mineiro, com atuação brilhante de Sheik; goleada histórica contra o São Paulo por 5 a 0, com hattrick de Liédson e atuação magistral do ex-são paulino Danilo; viradas no Pacaembu contra o Flamengo de Ronaldinho e o Atlético Mineiro, no memorável jogo com o gol de Adriano; gols importantíssimos em horas decisivas, como o de Ramírez contra o Ceará, o de Alex, ex-colorado, contra o Inter no Beira Rio, e o de Paulinho contra o Cruzeiro, em Minas.
Teve até goleiro com o dedo quebrado permanecendo em campo até o fim, como Júlio César em São Januário, contra o Botafogo.
O pentacampeonato foi marcante porque ressuscitou uma equipe quebrada, cercada de desconfiança e sem os maiores ídolos do ano anterior. Tite, em um ano que parecia ser de transição, fez o Timão voltar rapidamente ao topo de forma incontestável e, principalmente, corinthiana: com fair play, defesa pra lá de sólida, ataque eficiente e raça, muita raça.
2012, portanto, era um ano promissor. Uma longa novela para contratar Walter Montillo, do Cruzeiro, acabou em nada. O Timão repatriou seu ex-camisa 10, Douglas, que havia sido destaque no Grêmio 2010 e 2011. A base da equipe era a mesma de 2011, com um pequeno detalhe que passou despercebido nos primeiros meses: Cássio Ramos.
Contratado junto ao PSV da Holanda, Cássio chegou para ser a terceira opção no gol corinthiano, atrás do campeão titular Júlio César e de Danilo Fernandes, cria do terrão. Mas as falhas de Júlio nas quartas de final do Campeonato Paulista, diante da Ponte Preta em um Pacaembu lotado, deixaram na posição de goleiro uma vaga em aberto. Confiando em Cássio, já no inicio dos mata matas da Libertadores, Tite não se arrependeu e acabou, sem saber, tomando uma decisão sem volta: era o início daquele que é, para muitos, o maior goleiro da história do Timão.
Com um goleiro firme, o Timão arrancou um empate contra o Emelec, em Guayaquil. Carimbou a vaga para as quartas de final do torneio continental com uma vitória por 3 a 0 em São Paulo. Tite já fazia história: era a primeira vez em 12 anos que o clube alcançava tal estágio na competição. O adversário seria o Vasco, vice-campeão brasileiro de 2011, que contava com Fágner, Fernando Prass, Felipe, Juninho, Nilton, Carlos Alberto e Diego Souza. A história todo mundo conhece, principalmente a deste último com o gigante Cássio…
Passado o Vasco, veio o Santos de Neymar e Ganso, então detentor do título continental. Sem chances: a defesa sólida e a precisão de Émerson Sheik e Danilo foram suficientes para dar ao Corinthians a sua primeira final de Taça Libertadores da América. E não existia, à época, adversário melhor: o Boca Juniors, de Juan Román Riquelme.
O Boca de Riquelme era sinônimo de desespero aos brasileiros: só em finais continentais, Palmeiras e Grêmio haviam tomado um vareio de bola no século passado. Tetracampeão da Libertadores só nos anos 2000, o Boca era – e é – o papatítulos da América do Sul. Mas eles não contavam com a astúcia de Paulinho, Émerson Sheik e um garoto recém-chegado do Bragantino: Romarinho.
Preferindo o cabeludo atacante a Willian, que havia sido titular na volta da semifinal contra o Santos, Tite apostou suas fichas colocando-o em plena La Bombonera com resultado adverso. Em seu primeiro toque na bola, após roubada de bola de Riquelme por Paulinho e jogadaça de Emerson Sheik, Romarinho empatou a partir e levou a decisão para o Pacaembu. Em 4 de julho de 2012, dia da independência dos Estados Unidos, Tite, Sheik e companhia marcaram o dia da libertação corinthiana: invicto e com a melhor defesa, o Corinthians era campeão continental pela primeira vez, em cima do clube mais temido do continente.
Seis meses depois, já com Juan Martínez e Paolo Guerrero no plantel em substituição a Alex e Liédson, que deixaram o clube junto com Leandro Castán, Tite invadiu o Japão com a Fiel Torcida para trazer o bicampeonato mundial contra o Chelsea de Peter Cech, Frank Lampard, Eden Hazard, David Luiz e Fernando Torres. Era o ápice do técnico, mas ainda outros títulos viriam no ano seguinte.
Campeão do mundo, o clube apostou em poucas, mas precisas contratações. Diferentemente de janeiro de 2012 que contou com uma absurda publicidade em cima do saudoso chinês Chen Zhi Zhao, 2013 veio com nomes de peso: Gil, Renato Augusto e Alexandre Pato. Cirurgicamente, Tite trouxe uma fortaleza para cada setor do campo. O resultado foi a taça do campeonato paulista, contra o já freguês Santos de Neymar, e a inédita recopa Sulamericana, com 4 a 1 no agregado contra o São Paulo de Ganso, Jadson e Rogério Ceni.
O sonho do bi na Libertadores foi interrompido por dois eventos sui generis: A tragédia em Oruro, na Bolívia, com a morte de um garoto local vítima de um sinalizador lançado da torcida corinthiana; Carlos Amarilla, árbitro do famoso jogo entre Corinthians e Boca pelas oitavas de final, considerado, sem exagero, o maior roubo da história da competição.
Com queda tão traumática, o time sentiu. Sem fôlego para disputar o Campeonato Brasileiro após o cheio primeiro semestre, o foco de Tite se voltou à Copa do Brasil. A equipe havia batido o Luverdense pelas oitavas de final e esperava o Grêmio na etapa seguinte. Com dois empates sem gols, a decisão por pênaltis selou o fim do espirito vencedor daquela equipe multivencedora: a cavadinha de Pato contra Dida enervou a todos e matou as chances de mais um título no ano.
Arrastando-se até o fim da temporada, foi o famigerado início do “empatite”: sem criatividade e repertório ofensivo – e sem fibra – o time foi colecionando empates sem gols até terminar o ano como a melhor defesa e o segundo pior ataque. A contradição só não resultou em tragédia porque jogadores e direção seguraram Tite quando este pediu demissão após a goleada sofrida contra a Portuguesa por 4 a 0.
Sem ânimo de ambas as partes, ficou resolvido que Tite sairia em 2014 para tirar um ano sabático, aproveitando a possível e então provável oportunidade que surgiria após a Copa do Mundo. Preterido por Dunga após o 7 a 1, Tite se manteve estudando durante todo o ano para voltar, renovado e “com tesão”, nas palavras do próprio, ao Timão de 2015, semi-renovado por Mano Menezes em 2014.
E 2015 começou com tudo.
O futebol corinthiano do primeiro semestre – ou melhor, da primeira fase da Libertadores e do Campeonato Paulista – foi um espetáculo. O símbolo de que Tite voltara com a corda toda foram as vitórias na Arena contra Once Caldas, Danubio e, principalmente, São Paulo, marcada pelo golaço de Elias após troca de passe com Jadson e Danilo. Infelizmente, o que prometia ser uma temporada com inúmeras taças sofreu interrupções drásticas: as eliminações contra o Guarani, do Paraguai, e o Guarani, da capital, ambas em casa, mostraram uma equipe ainda em formação, irregular em momentos decisivos.
Com as saídas de Guerrero, Émerson Sheik e Fábio Santos – e as entradas de Vágner Love, Malcom e Uendel – a equipe foi aos poucos tomando forma e se entrosando de forma sólida. O resultado foi um hexacampeonato bem diferente do penta: melhor defesa, melhor ataque, melhor campanha da história dos pontos corridos com vinte clubes até hoje e um meio-campo dos sonhos, o melhor desde os anos 98/2000: Ralf, Elias, Renato Augusto e Jadson. Era a prova de que Tite, mesmo com as desconfianças da imprensa de sempre, era um técnico de altíssimo nível.
Foi em 2016 que o Brasil, em necessidade e desespero após o 7 a 1 e duas eliminações vergonhosas nas Copa Américas de 2015 e 2016, reconheceu em Tite o extraordinário trabalho. A CBF, no meio do ano, tirou o técnico de um Timão em reconstrução – de 2015 para 2016, praticamente o time inteiro foi embora. Em três passagens, foram 378 jogos e seis títulos, incluindo dois inéditos e o inédito bicampeonato nacional sob o comando de um mesmo técnico.
Mais do que isso, Tite continuou e melhorou um estado de permanente calma na instituição, oriundo, de certo modo, do próprio esquema de jogo. Longe de ser retranqueiro, Tite apenas executou o óbvio de começar a construção de um time pela defesa antes de se construir ofensivamente, mesmo com todas as dificuldades do futebol brasileiro. Sempre batendo na tecla do “no pé!” e do “sem falta”, seu mérito principal é dar a sua cara à equipe alvinegra: uma cara de honestidade, coragem e solidariedade.
Não se monta um time campeão à toa.
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