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Mendoza aponta Tite como melhor técnico de sua vida e diz: “Corinthians foi um salto na minha carreira”

  • Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

O atacante Stiven Mendoza teve uma passagem discreta pelo Corinthians em 2015, com apenas três gols marcados em 31 jogos. O tempo no CT Dr. Joaquim Grava, no entanto, foi suficiente para o colombiano trabalhar com quem afirma ter sido melhor técnico de sua carreira: o ídolo corinthiano Tite.

Tite foi o melhor técnico que já tive. Um cara correto, olho-no-olho, que fala as coisas para você. É um técnico que você fala: ‘Vou dar a vida por esse cara, porque ele merece demais’. Tem caras que não gostam dele, mas sempre me tratou muito bem. Foi um homem que me ajudou muito, como pessoa e como jogador. Cara inteligente, que chama você e sempre ouve sua opinião. Aprendi muito com ele, declarou Mendoza à ESPN.

Mendoza disse que Tite foi o melhor técnico de sua carreira. Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians.

“Lembro até de uma coisa: quando a gente andava pelo CT do Corinthians, ele olhava o chão e, se visse algum pedaço de lixo, recolhia para jogar na lata. Os jogadores andavam normal, passavam por cima, mas ele vinha atrás de nós, pegava o lixo e jogava fora. Eu pensava: ‘Esse cara é diferenciado, mesmo’, complementou.

Atualmente, Mendoza é titular absoluto e destaque do Ceará, sendo um dos principais estrangeiros do futebol brasileiro. Entretanto, o colombiano chegou ao Corinthians no início de 2015 ainda como nome desconhecido no Brasil, vindo do Chennaiyin FC, da Índia. Para o atacante, seu empresário “fez mágica” ao conseguir tirá-lo do clube indiano para acertar com o Timão.

“Eu sou um cara muito sincero e não fico com vergonha de falar. Teve um mágico na minha vida, que foi um empresário que surgiu quando eu estava numa situação muito ruim com times na Colômbia. Ele me levou para a Índia e eu fiz minha parte lá, joguei muito bem, estourei. Mas ir da Índia para o Corinthians? Aí eu falei que o cara era mágico (risos)!, declarou.

Mendoza acredita que essa ida ao Corinthians foi “um salto muito grande” em sua carreira. O jogador, inclusive, comparou a oportunidade de defender o Timão como a de atuar por gigantes europeus, como Manchester United, Real Madrid e Barcelona.

“São coisas de jovem, né? Ir para o Corinthians foi um salto muito grande na minha carreira. Por mais que eu tivesse jogado em grandes equipes na Colômbia, o Corinthians era algo muito maior (…) Eu sonhava desde criança em jogar na Europa, no Manchester United, no Real Madrid, no Barcelona… Ir para o Corinthians foi algo parecido. Foi um salto muito grande!”

Por fim, o atacante revelou que o técnico Tite pediu sua continuidade para a segunda metade de 2015, mesmo com poucas oportunidades durante o primeiro semestre. Apesar do pedido do treinador, Mendoza deixou o Timão em agosto daquele ano para retornar ao Chennaiyin FC, por empréstimo. O colombiano não se arrepende de sua decisão, mas admite que errou ao deixar o Parque São Jorge.

O Tite me falou: ‘Fica, vou precisar de você ano que vem!’. Mas eu nunca tive um amigo ou alguém da família falando para esperar, para dizer que a oportunidade voltaria a aparecer. Por isso, fui de novo para a Índia. Não me arrependo de nada, porque isso serviu para aprender com os erros que cometi no passado, concluiu Mendoza.

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‘Speedy’ diz que Corinthians foi um salto em sua carreira e relembra tempos de ‘marajá’ na Índia

  • Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão

Apresentado pelo Ceará nesta sexta-feira (19/03), o atacante colombiano Stiven Mendoza, o ‘Speedy’, relembrou sua passagem pelo Corinthians e revelou que jogar no Alvinegro do Parque São Jorge foi um salto em sua carreira. Em entrevista ao ESPN Brasil, Mendoza ainda contou episódios ocorridos nas duas passagens pelo Chennaiyin FC, da Superliga da Índia, durante o tempo em que viveu no país asiático, foi tratado como um verdadeiro ‘marajá’.

Eu tinha chance de ir para o Atlético-PR e Corinthians. Meu empresário falou que a melhor opção seria o Corinthians, pela estrutura e pela torcida. ‘Lá eles gostam de garra e raça, e você vai se encaixar no estilo, porque luta, corre, dá carrinho e vai pra cima, é o que eles gostam’, ele me disse. Recebi a proposta e falei com o Rincón, que me disse: ‘Pode ir de olhos fechado’. Aí acertamos na hora”, revelou.

No Timão, o atacante impressionou pela velocidade e ganhou, da torcida, o apelido de “Speedy Mendoza”, fazendo referência a Ligeirinho, personagem de desenho animado.

O apelido de Speedy começou na Colômbia, mas só entre amigos mais próximos. Quando cheguei ao Corinthians ele voltou com força total, principalmente depois daquela arrancada que dei contra o Palmeiras. Fui de uma área à outra e quase fiz um golaço, mas o Prass defendeu muito bem. Daí o apelido pegou de vez”, relata.

 Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians
Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Chegar ao Corinthians foi uma mudança muito grande na minha vida, um salto ótimo na carreira. Foi uma experiência muito boa em todos os aspectos. No começo a língua dificultou, mas a adaptação foi muito boa. Todo mundo me adotou e sempre me ajudaram demais”, exalta.

Stiven chegou ao Corinthians após boa participação na Superliga da Índia, no final de 2014. Foi contratado por quatro anos e foi campeão Brasileiro em 2015. O atacante marcou apenas três gols, nas 31 partidas que participou, sendo 16 como titular. Com poucas oportunidades, acabou emprestado ao seu time anterior, na Índia, onde teve uma temporada brilhante, fazendo dois hat-tricks e o título de melhor jogador da Superliga. Stive recorda, saudoso, seus tempos de rei no país.

Fizemos uma grande campanha e fomos campeões. Nessa época, me colocaram para morar em um hotel que não era cinco estrelas… Acho que na verdade tinha umas 10 estrelas (risos) Era muito bom”.

Como a liga local dura poucos meses, eles te dão todo o suporte para você se sentir bem. Nesse meu hotel tinha de tudo: seis restaurantes, shopping de luxo, comida o tempo todo… Você se sentia sempre à vontade, parecia que estava em casa. Tinha serviço de quarto que resolvia tudo, trocavam a roupa de cama umas quatro vezes por dia (risos)”.

E a comida era muito boa, mas tinha que ficar esperto, porque eles comem muita coisa apimentada. A gente pedia para trazerem coisas menos picantes, porque os sul-americanos não estão acostumados com essa pimenta toda.

Toda hora que a gente queria sair para dar um passeio tinha um carrão de luxo à disposição. Se cada um fosse sair para um lado, eles arrumavam um carrão para cada um com motorista particular. Isso era bom, porque o trânsito lá é muito diferente. Mas não é o caos que todo mundo acha. A gente vê pela TV e parece que nem dá para andar, mas no fim é mais tranquilo do que parece”, contou Mendoza.

Em 2016, Mendoza acabou voltando ao Corinthians ao final do empréstimo ao Chenayin. Com poucas oportunidades na equipe de Fábio Carille, foi repassado mais uma vez ao Bahia, onde ficou até o término do contrato no final de 2017. No começo de 2018, foi vendido ao Amiens, da França, por um milhão de euros.

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