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Ex-atacante do Corinthians se rende à Fiel e diz: “É a melhor. Te empurra os 90 minutos”

  • Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

O atacante Rafael Moura pôde experimentar o sabor de jogar com o apoio da torcida corinthiana em sua passagem pelo Corinthians, em 2006. Além de ter recebido o incentivo da Fiel, o jogador, de 38 anos, enfrentou o clube em algumas oportunidades na carreira e também sabe da dificuldade de vencer um confronto contra o Timão quando a equipe atua ao lado de seus torcedores.

Questionado sobre qual torcida mais o impressionou em seus quase 20 anos como profissional, Rafael Moura não pensou duas vezes para responder a Fiel. Justificando sua escolha, o atleta, atualmente sem clube, disse que os corinthianos “empurram os 90 minutos” e têm o poder de “virar jogos” para o Corinthians.

Rafael Moura jogou no Corinthians em 2006; atacante abraça Marcelo Mattos e Ricardinho em comemoração. Foto: Carlos Julio Martinez/AFP via Getty Images.

A do Corinthians (mais impressionou jogando a favor e contra). Isso é consenso entre os atletas. A (torcida) do Corinthians, se você está perdendo, ela te empurra os 90 minutos. Ela reclama depois, mas os 90 minutos… Eu já vi a torcida do Corinthians virar alguns jogos, eu jogando a favor e contra, declarou He-Man, em entrevista à ESPN.

Rafael Moura ainda disse que a torcida do Timão “a favor é a melhor, e contra é a pior”. Para o ex-corinthiano, a Fiel consegue motivar o time dentro de campo e incomodar os adversários “o tempo inteiro”.

“Quando você vai jogar contra um clube que está em um dia ruim e a torcida faz o papel dela, o time ganha mais motivação e melhora. Acho que a (torcida) do Corinthians, a favor é a melhor, e contra é a pior, porque te incomoda e incentiva o time o tempo inteiro, concluiu.

Revelado pelo Atlético-MG em 2003, Rafael Moura chegou ao Corinthians em 2006, aos 22 anos, após passagem pelo Paysandu. Ele deixou o Timão no ano seguinte, rumo ao Fluminense, após marcar 16 gols em 50 jogos pelo clube.

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Após boa passagem pelo Paysandu, Rafael Moura chegou ao Corinthians em 2006, e foi onde ganhou o apelido de He-Man. Logo no ano da sua chegada, o atacante viveu momento pavoroso com o manto Alvinegro em uma partida disputada no estádio Pacaembu, pela Libertadores da América.

Rafael Moura defendeu o Corinthians em 2006 (Imagem: Reprodução/ESPN)

O Corinthians ainda era a única equipe de São Paulo que não havia conquistado a competição. Após ter vencido o Brasileirão de 2005, a torcida passou a acreditar que no ano de 2006 viria o troféu do torneio continental. No entanto, em partida contra o River Plate, da Argentina, o clube do Parque São Jorge foi eliminado em pleno Pacaembu, o que culminou em tentativa de invasão ao gramado da Fiel.

Em entrevista ao programa “Fora de Jogo”, do Esporte Interativo, o atacante Rafael Moura, contou como foi o trauma vivido aquele dia e enalteceu os policias, chegando os chamar de heróis.

“A torcida tentou invadir, e os policiais heróis fecharam aquele portão e não deixaram, mas mesmo assim, após o jogo, a torcida… Lá no Pacaembu o acesso é fácil, começaram a bater na porta do vestiário, na janela, e todos os familiares estavam no estádio… Os torcedores ficaram, ficaram, até que a polícia nos comunicou que não podíamos sair com nossos familiares e nem com nossos carros, porque estavam esperando a gente”, disse Rafael Moura, que seguiu contando como foi o ocorrido.

“Aí cada atleta ia sair ou em carro de funcionário ou no camburão da polícia, e eu saí com o Nilmar, que morava no mesmo prédio que eu, por volta das 5h30. A gente saiu escondido e só assim conseguimos ir para casa”, completou.

Aprendizado no Corinthians

Ainda na entrevista, Rafael lembrou seu começo avassalador pelo Corinthians, quando fez 19 gols. Além disso, jogador lembra com carinho de momentos onde não se omitiu nem mesmo para torcida e fala sobre aprendizado.

“21 anos de idade e fazer 19 gols no Corinthians e ser contestado. Hoje, se acontece isso, qualquer um ia ser vendido por 70 milhões de euros. Sempre tive uma personalidade muito grande, mesmo com grandes craques. Quanto tinha discussão com a Gaviões eu dava as caras, nunca me omiti com a imprensa. Foi o maior aprendizado meu, porque mudou a minha vida. Cheguei naquela avalanche de torcida, imprensa todo dia”, falou.

Por Matheus Fernandes

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