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Transmissões de TV e PROFUT: Corinthians na expectativa por nova Medida Provisória

  • Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão

Devido à diminuição de arrecadação causada pela pandemia do coronavírus, muitos clubes do futebol brasileiro tiveram problemas em suas contas no ano de 2020, somado isso a outras causas muitas vezes reflexas dos erros de administração, sendo que agora eles esperam uma mudança na legislação do PROFUT.

Tal programa de parcelamento de dívidas, com diminuição de encargos e alongamento de prazos, trouxe muitas vantagens para os clubes do futebol brasileiro, contudo, para gozar dos benefícios, as entidades esportivas precisam obedecer a determinadas regras.

O Corinthians fechou o ano de 2020 com uma déficit de R$ 123 milhões, descumprindo, assim, a regra do PROFUT que estabelece o limite de déficit anual de 5%. Além disso, o clube vem tendo dificuldade em honrar outros compromissos, o que também pode caracterizar o descumprimento das regras do programa.

Mas o Timão, assim como vários clubes, espera que o Presidente Jair Bolsonaro elabore uma Medida Provisória – MP que altere os termos da atual legislação do PROFUT, afrouxando as regras neste período de crise atual. Isso tornaria mais fácil a vida financeira para muitos clubes.

Caso não ocorra um afrouxamento das regras, o Corinthians e vários outros clubes podem ser excluídos do programa, sofrendo, assim, execução imediata de suas dívidas junto à União.

Ou seja, ao invés de pagar prestações relativamente suaves, tendo em vista sua arrecadação total, o Corinthians poderia ter que pagar tudo de uma vez. Como, em tese, não teria receita para pagar, o clube sofreria diversos tipos de bloqueios, complicando de vez sua administração financeira.

Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Concomitante a esse assunto, outro ponto que causa expectativa nos bastidores do futebol é a possível mudança também na legislação que trata dos direitos de televisão.

Em 2020, uma MP chegou a ser editada, dando direito ao mandante para negociar os direitos de transmissão de seus jogos de forma isolada, o que causou grandes consequências no mercado televisivo.

Contudo, depois de alguns meses, a MP caducou, pois não foi colocada em votação no Congresso. O texto, para continuar sua vigência, deveria ter sido convertido em lei, por meio de votação pelos congressistas. Rodrigo Maia, então presidente da Câmara dos Deputados, era contrário às novas regras estabelecidas na MP.

No atual cenário político de Brasília, com a mudança da presidência da Câmara e Senado, há uma expectativa de que a nova MP, caso realmente editada, seja convertida em lei.

Quanto à eventual mudança no formato de negociação de direitos de TV, o Corinthians, que tem grande peso no mercado, por ora, não mudaria “seus passos”, devido aos contratos assinados em execução. Mas, futuramente, o clube poderia se valer dessa possível mudança na lei para tentar melhores acordos com as TVs.

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Com suspensão vetada, Corinthians paga Profut mesmo na pandemia; veja valor

  • Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão

Na semana passada, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou a suspensão do pagamento das parcelas do Profut pelos clubes durante o período de calamidade pública causado pela pandemia.

O presidente argumentou em despacho ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que os vetos ocorrerem por a solicitação contrariar o interesse público e por ser inconstitucional.

Segundo Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte, o Corinthians mantem o pagamento mensal das parcelas do Profut no valor de R$ 300 mil (valor revelado ao jornalista pelo próprio Clube), mesmo durante a crise financeira maximizada pela pandemia. As parcelas são pagas sempre no último dia útil de cada mês. O não pagamento das parcelas do PROFUT gera imediata eliminação do programa e a perda dos benefícios.

bola na arena corinthians Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Veja a lista completa dos valores das parcelas dos principais clubes brasileiros com o Profut, segundo Rodrigo Capelo:

ClubeProfut (em R$ por mês)
Athletico-PR75.000
Atlético-GO80.000
Atlético-MG500.000*
Bahia440.000
Botafogo1.400.000
Red Bull BragantinoNão aderiu
CearáNão respondeu
Corinthians300.000
CoritibaNão quis revelar
CruzeiroExcluído
Flamengo1.500.000
Fluminense830.000
Fortaleza60.000
Goiás120.000
Grêmio400.000
Internacional300.000
PalmeirasNão aderiu
Santos600.000
São Paulo250.000
SportNão aderiu
Vasco1.400.000
Reprodução Blog Rodrigo Capelo

O Profut foi instituído em 2015, ainda no governo de Dilma Rousseff, e permitiu o reparcelamento de impostos atrasados em até 240 parcelas mensais. Houve descontos em juros, multas e encargos. Refere-se ao Capítulo I da Lei nº 13.155 e prevê “o objetivo de promover a gestão transparente e democrática e o equilíbrio financeiro das entidades desportivas profissionais de futebol.”  Nos primeiros anos, as parcelas foram mínimas para facilitar o ajuste das contas.

Em resumo, é a lei de responsabilidade fiscal do futebol. O Profut acertou o parcelamento das dívidas dos clubes com a Secretaria da Receita Federal no Brasil do Ministério da Fazenda, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o Banco Central do Brasil e o Ministério do Trabalho.

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