- Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
Convidado do programa Mesa Redonda na TV Gazeta neste domingo (04), o ex-zagueiro e campeão mundial pelo Corinthians, Paulo André, citou a Fiel torcida para dizer que acredita na recuperação financeira do Alvinegro.
“O Corinthians tem uma torcida gigantesca, de mais de 30 milhões de torcedores. Por mais que esses números (dívida) sejam expressivos, existem várias formas de conseguir gerar novas receitas para que esses números possam ser reduzidos. É diferente de outros clubes que não têm uma torcida tão expressiva e não conseguem gerar tantas receitas como gera o Corinthians. É evidente que há a necessidade de se colocar o pé no freio, reduzir gastos, combinar com a torcida de que nos próximos anos realmente não haverá investimento, que o time talvez não seja tão competitivo, até que as coisas entrem no eixo e o time possa voltar a ser o maior do Brasil”, disse.
Paulo André também comparou o Athletico-PR, do qual foi diretor de futebol até outubro do ano passado, com o Corinthians.
“Acho que é um pouco diferente. O Corinthians tem uma pressão de resultados muito maior que a do Athletico-PR. A torcida do Athletico-PR já foi educada e sabe que os meninos serão expostos, que às vezes se perdem alguns pontos porque a oscilação é natural. No Corinthians não há muito tempo para manobra, já é cultural isso. O time precisa ser competitivo, mas dá para fazer times competitivos não tão caros. Acho que o Athletico é um exemplo disso, consegue com a 12ª folha do Campeonato Brasileiro terminar costumeiramente entre os seis, sete primeiros colocados. É como usar o dinheiro melhor”, analisou.
O ex-jogador ainda fez questão de dizer que o Corinthians quita sua dívida com ele neste mês, quando vence a última parcela do acordo trabalhista, e revelou detalhes de sua conversa com Andrés Sanchez, então presidente alvinegro.
“Está sim, foi resolvido no final do ano passado, em dezembro. Eu fui no Parque São Jorge, encontrei com o Andrés. A gente tinha algumas questões anteriores desde 2014, da minha saída do clube, que ficaram mal resolvidas. Fui até lá, pedi desculpa para ele, coloquei todas as questões que me levaram a processar o clube. Ele também colocou todas as questões que o fizeram ficar magoado, dar as declarações e fazer as coisas que foram feitas. A gente se resolveu, entrou em um acordo. Coloquei para ele que não era uma questão financeira, que ele poderia me pagar aquilo que ele achasse que era devido. Ele definiu o valor e, desde então, o clube honrou com suas parcelas. Acho que até está finalizando o acordo esse mês”.
Leia também:
Corinthians é o líder de desarmes na Copa do Brasil
Timão repete invencibilidade de 2020 e não perde desde 17 de fevereiro
Otero recebe elogio de Marcelinho Carioca: “Fará a diferença em campo”