Arquivo da tag: odebrecht

Odebrecht adia reunião e solução de problema envolvendo a Neo Química Arena fica para 2022

  • Por Levi Natan / Redação da Central do Timão

A Odebrecht, empresa responsável pela construção do estádio do Corinthians, a Neo Química Arena, voltou a adiar a assembleia de credores que pode dar um desfecho para o problema envolvendo o estádio. Segundo o portal Meu Timão, que teve acesso à ata da última assembleia, a reunião foi adiada para o dia 17 de fevereiro de 2022, de forma virtual.

O Corinthians olha para a situação com bastante atenção, visto que a reunião pode quitar parcialmente ou totalmente a dívida que está relacionada ao fundo que administra a Neo Química Arena. A Odebrecht, por sua vez, considera não cobrar estes valores, por ver que não é possível uma quitação no futuro.

Foto: Reprodução / Internet

O clube do Parque São Jorge possui empréstimo feito com a Caixa Econômica Federal e estava buscando fazer um novo acordo com o banco para a quitação dos valores, ainda não oficializou a concordância. Vale lembrar que este acordo não tem ligação com o da construtora.

O processo, neste caso, passa por suspensões desde outubro de 2019 e conta com o presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, indo até Brasília recentemente para tentar um acordo com o banco, que cobra o valor total da dívida na Justiça.

Veja também:

Zenon e Biro-Biro parabenizam Corinthians feminino pela conquista da Tríplice Coroa

Renato Augusto pede tempo a Sylvinho e defende o treinador: “É estudioso e inteligente”

Renato Augusto comenta sobre Libertadores de 2013: “Nós fomos assaltados”

Notícias do Corinthians 

Odebrecht adia reunião e desfecho para problema envolvendo a Neo Química Arena fica em aberto

  • Por Levi Natan / Redação da Central do Timão

A Odebrecht, empresa responsável pela construção do estádio do Corinthians, a Neo Química Arena, voltou a adiar a assembleia de credores que pode dar um desfecho para o problema envolvendo o estádio. Segundo o portal Meu Timão, a reunião foi adiada para o dia 16 de dezembro de 2021, de forma virtual.

O Corinthians olha para a situação com bastante atenção, visto que a reunião pode quitar parcialmente ou totalmente a dívida que está relacionada ao fundo que administra a Neo Química Arena. A Odebrecht, por sua vez, considera não cobrar estes valores, por ver que não é possível serem quitados.

Foto: Reprodução / Internet

O Corinthians, que possui empréstimo feito com a Caixa Econômica Federal e estava buscando fazer um novo acordo com o banco para a quitação dos valores, ainda não oficializou a concordância. Vale lembrar que este acordo não teria nada a ver do consenso da construtora.

O processo, neste caso, passa por suspensões desde outubro de 2019 e conta com o presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, indo até Brasília para tentar um acordo com o banco, que cobra o valor total da dívida na Justiça.

Veja também:

Escalação do Corinthians: Sylvinho promove primeiro treino tático de olho na Chapecoense

Neto diz que Cássio falhou contra o Internacional e afirma: “Precisa treinar um pouco mais”

Corinthians mantém conversas, mas já cogita afastar Gabriel Pereira e não fará loucuras para renovar

Notícias do Corinthians 

Mesmo com restante do pagamento encaminhado, Marcelo Odebrecht reclama da Arena Corinthians


Proprietário da construtora tenta vincular a Casa Corinthiana aos fracassos do seu empreendimento, abalado por dezenas de escândalos

Em entrevista ao jornal O Globo, o mandatário da Construtora Odebrecht citou a Arena Corinthians como uma das causas da circunstância atual da empresa, que se encontra em grave estado financeiro. Recentemente, a Caixa Econômica Federal, credora de compromissos da empresa, chegou a pedir na Justiça a sua falência, visando obter de forma mais rápida o pagamento dos débitos em aberto.

“O estádio do Itaquerão foi uma dessas missões em que perdemos muito dinheiro”, afirmou Marcelo.

Na oportunidade, falou, ainda, sobre estratégias erradas na expansão das atividades econômicas.

“A maior parte do nosso crescimento e diversificação era sustentável: a internacionalização da companhia que vinha desde os anos 1980, a Braskem, óleo e gás… Mas nos aventuramos no setor de etanol a pedido do governo, e tivemos muito prejuízo, assim como no estaleiro na Bahia.”

As declarações do mandatário causam estranheza, tendo em vista os valores já pagos e os ainda a serem pagos pela Arena Corinthians. No dia  25 de julho deste ano, foi publicado, no Diário Oficial do Município de São Paulo, um Despacho Autorizatório municipal que repassou CIDs da Arena Corinthians (Arena Fundo de Investimento Imobiliário – FII)  para a Construtora Odebrecht.

Imagem extraída do Diário Oficial do Município de São Paulo (25/07/2019)

Outro ponto importante são as tratativas entre a empresa e o Corinthians para solucionar o pagamento da dívida, algo confirmando publicamente por ambas as partes. O Timão, inclusive, deseja abater do valor devido parte das obras, na sua grande maiorias da classe “perfumarias”, não entregues pela construtora.

Foto: Bruno Trolo

Assim, tudo indica que a Arena Corinthians, embora em descompasso com o planejamento inicial das partes, vai adimplir seu débito junto à Odebrecht. Ou seja, a perspectiva futura é de pagamento da dívida e não do calote, como faz parecer por meio da declaração dada.

Quanto ao débito com a Caixa Econômica Federal, o clube também está em processo de formalização de acordo, sendo que o processo de execução ajuizado pelo banco está suspenso, aguardando a finalização do ajuste entre as partes. O Timão deseja ter prestações menores do que as atualmente tem o dever de pagar, em no mínimo alguns meses do ano.

A Arena Corinthians é uma das únicas praças esportivas construídas para a Copa do Mundo de 2014 que tem buscado adimplir seu débito, tendo, inclusive, já pago mais de R$ 120 milhões de reais.

Por Redação Central do Timão

Sanchez diz a conselheiros que Timão tentará novo acordo com a Caixa

O Banco estatal cobra R$ 536 milhões do clube pelo financiamento da Arena Corinthians; presidente também diz ter “se expressado mal” ao falar da quitação da dívida com a Odebrecht

Conforme destacado na matéria produzida pela Central do Timão, no último 20 de setembro (Tudo o que você precisa saber sobre o imbróglio jurídico e econômico entre Caixa e Corinthians), o mandatário corintiano explicou aos conselheiros o que este portal já havia adiantado em matéria anterior.

Em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, que aconteceu na noite da última segunda-feira (30), no Parque São Jorge, o Presidente Andrés Sanchez esclareceu aos conselheiros do clube, que irá iniciar os trâmites para resolver de vez o imbróglio judicial com a Caixa Econômica Federal. Ainda não há nada formalizado.

Informações divulgadas em matéria da Central do Timão foram confirmadas por Sanchez (Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)

De acordo com os documentos apresentados pela Caixa à Justiça, o clube deve seis parcelas deste ano do pagamento mensal que fazia ao banco estatal. Apenas as parcelas dos meses de janeiro e fevereiro foram pagas. O caso está na 24ª Vara Federal Cível de São Paulo.

No encontro com os conselheiros, Andrés disse que o clube não pagou apenas as parcelas de junho e julho deste ano. Segundo o presidente, a diferença é que a Caixa não conta com um acordo verbal que existiria entre as partes. Neste acerto, o Corinthians pagaria parcelas mensais de R$ 5,7 milhões, de março a outubro, e R$ 2,5 milhões de novembro a fevereiro, período que quase não há jogos, eventos, e por isso, menos renda com a Arena, segundo o Presidente.

Andrés também falou sobre a dívida com a Odebretch. O dirigente se desculpou por ter “se expressado mal” ao falar que o clube não devia nem um centavo para a empreiteira. Em coletiva de imprensa após a ação da Caixa, Andrés Sanchez foi enfático, dizendo por diversas vezes que o Corinthians só devia para a Caixa.

Com o repasse dos CIDs para a Odebtrech, o Timão tenta uma redução da dívida com a empresa para pagar no máximo R$ 160 milhões. Ainda na reunião do conselho, Andrés disse estar otimista com o acordo e que o clube poderá pagar ainda menos à Odebretch. O mandatário também disse que ainda não é possível cravar um valor.

Um encontro entre os representantes do Corinthians e da caixa estava previsto para ontem, terça-feira (01), porém, sem a presença de Andrés. Recentemente, o presidente declarou que só existiria um acordo “do jeito que o Corinthians quer”.

A Caixa emprestou R$ 400 milhões para a construção da Arena Corinthians. Pelas contas do clube, o Timão já pagou R$ 170 milhões. Com juros e correções, ainda segundo o clube, o valor da dívida gira em torno de R$ 487 milhões. No processo aberto para a execução da dívida, além do valor restante, o Banco cobra uma multa e o valor de R$ 536 milhões.

Por Renan Sanchez

Caixa pede extinção da Recuperação Judicial da Odebrechet: veja o que isso representa para o Corinthians

Estatal Financeira questiona a inclusão de várias empresas no processo de Recuperação Judicial da Odebrecht

Foto: Imagem/Divulgação/Ag. Corinthians

Na manhã dessa sexta-feira (28), os veículos de imprensa do Grupo Estado, e também o jornal Folha de São Paulo, divulgaram notícias informando que a Caixa Econômica Federal pediu a extinção da recuperação judicial da Odebrecht.

Segundo consta nos documentos obtidos pelos órgãos de imprensa, a Caixa aponta que a Construtora incluiu empresas distintas na Recuperação Judicial, o que seria ilegal.

Entramos em contato com o advogado Cesar Marques, buscando esclarecer para a Fiel o que está petição da Caixa na Recuperação Judicial da Odebrecht pode representar para o acordo entre o Corinthians e a construtora. Confira:

A Caixa Econômica Federal requereu a extinção da Recuperação Judicial da Odebrecht

A Caixa alega, em síntese, que a Odebrecht não explicou adequadamente os motivos da inclusão de várias empresas na Recuperação Judicial.
A possibilidade de extinção do processo é bem remota, tendo em vista que, caso o juiz considere crível a petição da Caixa, a Odebrecht ainda terá prazo para Emendar o Plano de Recuperação Judicial.


Dessa forma, o acordo entre Corinthians e Odebrecht não corre quaisquer riscos nesse momento.”

Confira a petição na integra

Por Marcelo Becker com colaboração do Advogado César Marques

Odebrecht confirma tratativas com o Corinthians referentes à Arena

Foto: Reuters/Rodrigo Paiva

Após o anúncio do acordo entre o Corinthians e a Odebrecht feito pelo presidente corinthiano Andrés Sanchez, a construtora emitiu nota à ESPN onde confirma que está em contato com o clube para a solução do pagamento da dívida referente à Arena Corinthians.

“A Odebrecht reforça que continua mantendo conversas construtivas com o clube em busca de uma solução que atenda à expectativa de ambas as partes”

O Timão usa na negociação o grande ativo que possui, que são os CIDs, bem como coloca no acerto de contas o valor referente às obras que não foram entregues na arena.

Por Redação Central do Timão 

ACORDO CORINTHIANS X ODEBRECHT – Há motivos para comemorar?

Nesta segunda-feira, 12, foi ao ar mais um capítulo dessa extensa e longeva novela sobre o financiamento da Arena Corinthians

Arena Corinthians – Foto: Marcos Ribolli

Antes de mais nada, gostaríamos de deixar registrado que nada do que está descrito aqui diz respeito à Arena Corinthians em si, mas se refere ao modelo de financiamento que vem se arrastando desde 2010.

Vamos recapitular desde o início da história:

16 de setembro de 2010 – ATA de Reunião para aprovação da construção da Arena Corinthians

Esta data marca a aprovação da construção da Arena Corinthians em Reunião do Conselho Deliberativo. A votação positiva foi unânime e a princípio, o estádio seria com capacidade para 48 mil pessoas e teria um custo fixo de R$ 335 milhões, valor esse garantido pelo então presidente Andrés Sanchez.

03 de setembro de 2011 – Assinatura do contrato de construção da Arena

Quase um ano após a reunião do Conselho para aprovação da construção da Arena, o contrato finalmente é assinado, junto à Construtora Odebrecht. O contrato já vem com mudanças do inicialmente proposto pelo presidente do Clube, principalmente nos valores.

De R$ 335 milhões, o valor aumenta substancialmente para R$ 820 milhões. Esse aumento se dá para que o estádio pudesse sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014, com todas as exigências da FIFA, inclusive o número de assentos para os torcedores. Arquibancadas móveis seriam instaladas em cima dos setores Sul e Norte. Nisso, a Prefeitura de São Paulo, na Gestão de Gilberto Kassab, assim como o Governo do Estado sob a tutela de Alberto Goldman e o presidente da CBF Ricardo Teixeira, intercederam para que o Corinthians tivesse um subsídio de R$ 420 milhões através do CID (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento) o que de toda forma o clube teria direito, visto que está previsto na Lei de Incentivos Fiscais que já existia para a região de Itaquera. Esse aumento no orçamento da construção do Estádio, fez a Odebrecht buscar uma forma de adicionar receita, sendo que conseguiu através de Debêntures, que são créditos lançados ao mercado para captar recursos, similar a um empréstimo. Essa transação aconteceu em 2014 entre a construtora e a Caixa Econômica Federal, e foi de R$ 350 milhões.

Fevereiro de 2019 – Reunião de conselheiros para discutir dívidas da Arena

Andrés Sanchez voltou para a presidência do Corinthians com a promessa de acabar com o imbróglio das contas da Arena que começou em R$ 335 milhões, chegou a R$ 480 milhões, saltou para R$ 820 milhões, sendo que, se somados os valores do overlay da abertura da Copa, que o Município de São Paulo, na pessoa do então Prefeito Gilberto Kassab, acordou em pagar, mas não cumpriu com o combinado, bem como os encargos financeiros decorrentes do atraso da liberação do empréstimo do BNDES e liberação do CIDS, o valor chegou a mais de R$ 1 bilhão.

Nesta reunião foram discutidos vários temas, principalmente sobre os números da Arena. Andrés se dispôs a responder a todas as dúvidas dos conselheiros e foram criadas comissões para tratar de assuntos do clube. A Comissão da Arena foi criada com membros da situação e oposição do clube. Nesta reunião, Andrés afirmou que faria acordo com a Construtora Odebrecht para reduzir o valor da cobrança de R$ 800 milhões. Conselheiros sugeriram que descontassem o valor verificado em auditoria na Arena em obras inacabadas, deixadas pela Construtora.

12 de agosto de 2019 – Em reunião do Conselho, Andrés diz ter feito acordo com Odebrecht

Andrés diz que fechou acordo com a Odebrecht e que o clube pagará apenas R$ 160 milhões dos R$ 800 milhões cobrados pela construtora. O valor proposto agradou a todos os conselheiros presentes na reunião, mas vale ressaltar que nenhum contrato foi firmado e há algumas informações que precisam ser debatidas:

Como será feito o pagamento desse valor com a Odebrecht

O Corinthians já tem um financiamento com a Caixa, pagando R$ 58 milhões por ano, sendo R$ 6 milhões por mês, de março a outubro, e R$ 2,5 milhões de novembro a fevereiro. Na reunião do conselho, em fevereiro, foi informado que o estádio tem uma arrecadação anual líquida de 54 milhões, deixando R$ 4 milhões em déficit anual e arcado pelo clube. O Corinthians não conseguirá arcar com mais um financiamento de forma simultânea.

FINANCIAMENTO COM A CAIXA EM RISCO

Andrés quer refazer o financiamento com a Caixa, diminuindo os juros e alterando o valor de parcela. Chegou a ameaçar interromper o pagamento, forçando-os a refazer o acordo. Acontece que isso pode gerar um desgaste com a própria Caixa, torcedores e até mesmo com o Governo Federal. Por um lado, está certo em querer alterar os valores, o Corinthians é o único dono de estádio – dentre os que foram construídos para a Copa do Mundo de 2014 -, que vem pagando regularmente o BNDES, através da CEF. Mas interromper o pagamento é uma forma equivocada de buscar uma renegociação. Conselheiros alegam que há falhas no contrato com a Caixa, falhas que, segundo eles, teriam sido informadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), e isso seria levado até o banco estatal.

Odebrecht em recuperação judicial

Outra questão abordada por conselheiros é o risco de um novo acordo com a construtora não ser homologado na justiça, tendo em vista que a Odebrecht está em processo de recuperação judicial. Apesar de Andrés dizer que tem a aprovação da construtora, existe a possibilidade do acordo não ser concretizado.

Término das obras da Arena Corinthians

Caso o novo acordo com a Odebrecht realmente seja aprovado, a Arena herdaria um problema, que seria a falta de certos itens ou o complemento de alguns deles, entregues parcialmente. Essas obras, mesmo sendo grande parte delas das chamadas “perfumarias”, dificultam, de certa forma, a venda de espaços no setor Oeste da Arena, pois todas elas foram planejadas para dar mais funcionalidade à praça esportiva corinthiana.

Um relatório feito pela empresa Molina & Reis Advogados, contratada pelo Corinthians para coordenar a auditoria da Arena, apontou obras inacabadas. Trechos do documento entregue à diretoria alvinegra no início de 2017, foram divulgados no último mês de abril.

O QUE PRECISA SER REFORMADO

Drenagem e terraplenagem – R$ 20,04 milhões
Estrutura de concreto – R$ 2,1 milhões
Acabamentos – R$ 19,14 milhões
Instalações prediais – R$ 12,1 milhões
Ar condicionado e instalações mecânicas – R$ 4,2 milhões
Acessos e estacionamentos – R$ 1,1 milhão
Cobertura – R$ 1,8 milhão
Urbanização e paisagismo – R$ 3 milhões

O QUE DEIXOU DE SER FEITO

Drenagem e terraplenagem – R$ 1,76 milhão
Fundações e contenções – R$ 14,89 milhões
Estrutura de concreto – R$ 254,8 mil
Acabamentos – R$ 92,25 milhões
Instalações prediais – R$ 14,9 milhões
Sistemas eletrônicos – R$ 17,65 milhões
Ar condicionado e instalações mecânicas – R$ 2,1 milhões
Acesso e estacionamentos – R$ 4 milhões
Urbanização e paisagismo – R$ 3,6 milhões

Outras análises sobre as obras inacabadas foram feitas, chegando-se a conclusão de que as mesmas passam dos R$ 100 milhões de reais.

Ouvimos alguns importantes conselheiros ligados à oposição e que participaram da reunião sobre a aprovação do acordo:

Heroi VicenteO Grupo Liberdade Corinthiana repudia qualquer iniciativa de inadimplemento da Caixa Econômica Federal, da Odebrecht ou quem quer que seja, que acarrete risco ao Corinthians. Vale lembrar que as dívidas possuem garantias e não é adequado lançar o clube numa aventura, sem mensuração prévia das possíveis consequências. Se de fato existe o tal acordo que reduz a dívida – e não temos certeza – ótimo, porém que essa transação seja consumada sem que o Corinthians se torne inadimplente no processo e sem que ocorra comprometimento em relação à eventuais obras faltantes que se revelarem imprescindíveis ao perfeito funcionamento da Arena.”

 Felipe Ezabella“Em relação ao noticiado ontem, sobre a reunião do Conselho, o Movimento Corinthians Grande acredita que o possível acordo com a Odebrecht é extremamente positivo para o clube – desde que ele aconteça de fato e que os valores sejam realmente os veiculados pela imprensa. Em fevereiro desse ano, o presidente Andrés Sanchez afirmou que ‘em três meses o acordo seria assinado’. Em recente entrevista ao canal Fox Sports, o presidente declarou que pagaria apenas os R$ 400 milhões do BNDES mais juros, no amor ou no ódio. No mês passado, grupos de oposição se uniram para solicitar uma reunião do Conselho sobre o tema. Agora, mais uma promessa do presidente: o “acordo será assinado em um mês”, mas ainda sem a apresentação de documentos e os números da dívida real do clube sobre a construção da arena. Em teoria, mais um possível acordo. Na prática, parte do estádio continua interditado – e não sabemos quem pagará as novas reformas. Enquanto negocia o acordo, o clube registrou um aumento de R$ 150 milhões no seu endividamento, rasgando o orçamento aprovado pelo Cori e pelo Conselho Deliberativo no final do ano passado. Além disso, não tem publicado os balanços mensais no site, como prevê o estatuto do clube”.

Romeu Tuma Júnior – “O Andrés falou que fez um acordo, que estão redigindo e que só faltará assinar. Reduziu, legal, mas já pagou aquele monte de CID’s lá. Se tudo for conforme foi dito, deixará de ser um péssimo negócio para ser um mau negócio, ou seja, a Arena deixa de ser impagável para ser algo muito caro. Se o acordo realmente for feito, será bom, só que a Odebrecht não está em recuperação judicial? A justiça vai homologar esse novo acordo? Há como reduzir mais, tanto da Odebrecht, como também com a Caixa, pois há falhas tanto da construtora, como do Banco. Mas vamos ver, inclusive, fui convidado a participar dos próximos passos, em redigir o contrato e acompanhar a assinatura do contrato”.

Augusto Mello – “Esperamos que feche o negócio, apesar de que, eu não concordo. Se já pagamos R$ 160 milhões e vamos ficar com um saldo de mais R$ 160 milhões, mais os CID’s de mais ou menos R$ 450 milhões, já são R$ 770 milhões só aí, vamos pagar mais R$ 470 milhões pro BNDES, são R$ 1 bilhão e 200 milhões, com mais R$ 200 milhões de obras inacabadas que está entrando nesse acordo com eles, dá quase R$ 1 bilhão e 500 milhões nesse estádio. Então a coisa ainda não está batendo, não está fechando. Pra Odebrecht, não devíamos ter que pagar mais nada, pra mim tinha que ficar “elas por elas”, nem os CID’s daria, na minha opinião. Tem muita coisa obscura ainda que precisa aparecer”.

Chegamos à conclusão que ainda é cedo para comemorar o suposto acordo anunciado pelo presidente Andres Sanchez envolvendo Corinthians /Odebrecht. Afinal, como foi exposto, para o acordo ser validado, tudo indica que é preciso passar pelo judiciário, devido a construtora estar em recuperação judicial. Por outro lado, é importante reconhecer o esforço da atual gestão em querer resolver a situação do pagamento da Arena Corinthians. Porém, é importante dizer, que não é plausível tomar uma decisão radical para forçar um eventual acordo, a marca Corinthians não pode ser punida por decisões equivocadas de seus dirigentes.

Torcemos muito para que o acordo seja aprovado, afinal, o clube ganharia um “fôlego” em relação às contas da Arena, com uma nova engenharia financeira mais fácil de ser executada. O acordo seria muito benéfico, mas precisa ser, de fato, concretizado, sendo que as circunstâncias atuais parecem ser propícias.

Observação: Tentamos ouvir conselheiros ligados à situação, mas nenhum quis se pronunciar. Reiteramos que nosso veículo está à disposição para todos os conselheiros e diretoria do clube, caso desejem se manifestar.

Blog do Macedo (Twitter: @MACEDO88FUTSHOW ) e Tio Sam (Twitter: @tiosamsccp) para a Redação da Central do Timão

                          

BLOG DO TIO SAM: Comissão aprova acordo com Odebrecht para pagamento da Arena

Arena Corinthians – Créditos: Bruno Teixeira Rolo/Ag.Corinthians

Na noite desta segunda-feira (12), houve uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, no Parque São Jorge, onde foi detalhado, para os conselheiros, um acordo feito com a Odebrecht, diminuindo a dívida da Arena Corinthians com a Odebrecht.

Os detalhes do novo acordo foram mantidos em sigilo, por determinação do próprio presidente Andrés Sanchez. Caso algum conselheiro dê detalhes do novo acordo, poderá sofrer punição no clube, como a expulsão do quadro do Conselho.

A única informação autorizada a ser repassada pelos conselheiros e pelo próprio presidente, é que a dívida do clube com a Odebrecht caiu de 800 para 160 milhões de Reais. Nessa dívida não está incluído o valor que está sendo pago para a BNDES, através da Caixa Econômica Federal, dívida essa que está em 470 milhões de Reais.

Ainda não se sabem detalhes sobre o abatimento da dívida, mas é bem provável que o clube tenha repassado o restante dos CID’s à Construtora e abatido as obras inacabadas da Arena.

Segundo fontes, a reunião foi muito positiva e teve aprovação até mesmo de oposicionistas que fazem parte da Comissão da Arena.

Nos próximos dias, o Corinthians informará, de forma oficial, sobre o acordo com a construtora. Vale, também, lembrar que os valores citados acima são aproximados. Amanhã traremos mais informações sobre a reunião e o relatório.

Twitter @TioSamSccp

PAGAMENTO DA ARENA: Corinthians repassa CIDs para Odebrecht

O Diário Oficial do Município de São Paulo da última quinta-feira (25) publicou Despacho Autorizatório tendo como objeto Certificados de Incentivo Fiscal – CIDs referentes à Arena Corinthians

Bruno Teixeira Rolo

Quando escolhida para ser sede da Copa do Mundo da FIFA de 2014, a Arena Corinthians fez jus a um incentivo fiscal concedido pelo poder público, por meio da Lei Municipal n° 15.413/2011, tendo em vista a enorme contribuição que daria para o Município, bem como pelo fato do empreendimento estar localizado no Bairro de Itaquera, região que, por lei, contempla novos empreendimentos com incentivo fiscal. Brasil afora, é normal a existência de incentivo fiscal para empreendimentos que se instalem em locais de pouca atratividade econômica.

Ou seja, além de estar localizada em Itaquera, a Arena teve reforçada sua garantia de recebimento de CIDs por meio de mais uma Lei, desta feita elaborada especialmente para as questões de incentivo envolvendo a Casa do Povo e a Copa.

O Corinthians obteve empréstimo bancário junto ao BNDES, no valor de R$ 420 milhões, em programa específico para as arenas sedes da Copa. Contudo, tanto o valor do CIDS quanto o valor do BNDES demoraram para serem liberados.

Assim, a Construtora Odebrecht teve que ir ao mercado financeiro buscar recursos para tocar a obra que tinha prazo para ser concluída.

Com isso, parte da obra foi feita com os recursos adiantados pela Odebrecht, sendo que, ainda durante as obras, o valor do BNDES foi liberado com atraso. Os CIDs só viriam a começar a ser comercializados depois.

Assim, a obra foi entregue e ao Corinthians coube arcar com o empréstimo do BNDES e tentar ressarcir a Odebrecht pelo valor “adiantado” em aberto.

Ao reassumir a Direção do clube, Andrés Sanchez, ao lado do então diretor de Marketing  Luis Paulo Rosenberg, estabeleceram publicamente que uma das metas de gestão seria solucionar as pendências financeiras envolvendo a Arena Corinthians e a Construtora Odebrecht. A partir de então, começaram as tratativas para um acordo, sendo que o clube tenta quitar o débito com a construtora utilizando-se do CIDs a que tem direito.

Sobre o valor desta dívida junto à construtora, que não se sabe quanto realmente é em números precisos (fala-se em mais de R$400 milhões), o clube entende que no acerto de contas deve-se abater o valor das obras que faltaram na arena, alguns itens de acabamento e conforto da chamada “perfumaria”, principalmente na área externa.

No dia de ontem (25), porém, uma novidade surgiu neste quadro de acerto de contas, tendo em vista que foi publicado, no Diário Oficial do Município de São Paulo, um Despacho Autorizatório repassando CIDs da Arena Corinthians (Arena Fundo de Investimento Imobiliário – FII)  para a Construtora Odebrecht.

Imagem extraída do Diário Oficial do Município de São Paulo (25/07/2019)

Não se sabe se os CIDs transcritos no referido Despacho são todos os que a arena tem direito, mas, o mais importante, é o fato em si, ou seja as partes começam a se ajustar para fazer a compensação da dívida, sendo que o clube usa o ativo financeiro que tem em mãos.

O Corinthians ainda não se manifestou oficialmente sobre a transferência publicada.

Por Redação Central do Timão

ABSURDO: Arena Corinthians é apontada como causa da crise financeira da Odebrecht e clube emite nota


Foto: Bruno Trolo

A Odebrecht, uma das maiores construtoras do mundo, promoveu pedido de recuperação judicial, o qual foi aceito pela Justiça do Estado de São Paulo.

A empresa deve mais de R$ 50 bilhões a credores e, por isso, teve que recorrer a tal mecanismo judicial, visando ainda poder “sobreviver” no mercado.

Como de costume, grande parte da mídia tradicional, maldosamente e incoerentemente, agiu contra o SCCP, atribuindo a ele coisas ruins, neste caso, o vinculando à precária situação financeira da Odebrecht.

Assim, muitos cravaram que a situação da mega empresa Odebrecht decorre de sua relação com a Arena Corinthians, que deve a ela insignificante valor, caso se comparado ao débito total de mais de R$ 50 bilhões da construtora no mercado.

Tal débito corinthiano, está em parte ou totalmente “garantido” por conta dos CID’s, emitidos em decorrência da construção da Arena na região de Itaquera, circunstância esta que, por lei, assegura tal incentivo.

Ainda sobre o débito da arena, importa registrar que há discussão sobre a real quantia devida a construtora, tendo em vista que a obra foi entregue incompleta, faltando algumas “perfumarias”, que, juntas, podem passar dos R$ 100 milhões de reais.

Diante da repercussão das vinculações ardilosas de grande parte da mídia tradicional, o Corinthians emitiu nota com o seguinte teor:

“Devido aos inúmeros questionamentos que estamos recebendo em razão do pedido de Recuperação Judicial apresentado por empresas do Grupo Odebrecht, esclarecemos que o Sport Club Corinthians Paulista não tem qualquer relação com o mesmo. A responsabilidade do Clube se restringe ao financiamento contraído junto ao BNDES para a construção da Arena Corinthians, repassado por intermédio da Caixa Econômica Federal, não se estendendo a outras dívidas que tenham sido assumidas por empresas do Grupo perante referida instituição financeira”.

A Arena Corinthians segue como sendo uma das únicas praças esportivas, entre as construídas para a copa de 2014, que busca pagar seu débito, já tendo, inclusive, liquidado mais de R$ 120 milhões junto ao BNDES.

Por Redação Central do Timão