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Morte de Neco, primeiro ídolo do Corinthians, completa 46 anos

  • Por Nágela Gaia | Redação da Central do Timão

Primeiro herói popular do futebol brasileiro, Manuel Nunes, o Neco, nunca deixou o Corinthians, por quem jogava sem ganhar nada, apesar de ter propostas vantajosas de outros clubes.

Nascido no dia 7 de março de 1895, Neco, que marcou 228 gols com a camisa do Corinthians, faleceu no dia 31 de maio de 1977, em São Paulo (SP), sua cidade natal. Era craque e polêmico (indisciplinado algumas vezes), tinha facilidade para atuar como centroavante, meia-esquerda e ponta-esquerda. Dizem que ele era uma fusão de Tevez com Edmundo, devido à sua vontade de vencer, à sua técnica impressionante e ao seu temperamento explosivo.

Foto: Reprodução/Corinthians

Em 1911, o Corinthians seguia em sua luta na várzea. Pobre, sem sede ou campo para treinar ou jogar, reunia dinheiro entre os jogadores e torcedores e alugava o Campo do Lenheiro para mandar suas partidas. Foi nesse cenário que César trouxe Manuel Nunes, o Neco, seu irmão mais novo, ainda com 16 anos, para o Corinthians.

César era um dos 13 rapazes que ajudaram a fundar o Clube, foi o primeiro meia-direita, que depois “caiu” pro meio e é considerado o primeiro “paredão” alvinegro. Neco era um menino e a partir dali, viveu o Corinthians em toda a sua intensidade. O defendeu como poucos, com valentia. Presente em todas as primeiras conquistas da equipe, sagrou-se campeão em 1914 e 1916, tricampeão em 1922-1923-1924 e novamente em 1928-1929-1930.

Foi jogador valente, técnico e temperamental, especialmente contra o Palestra. Neco não ganhava salários no Corinthians e emprestou dinheiro para comprar a segunda bola da equipe.

Nos tempos de crise, em 1915, enquanto o Corinthians não disputava torneios oficiais, num período que o clube quase fechou as portas, esteve emprestado ao Mackenzie e fez um “assalto” ao patrimônio do clube na calada da noite, guardando tudo em um lugar seguro, bem longe dos cobradores da penhora. Devolveu tudo depois, quando já não havia mais perigo do patrimônio ser confiscado.

Foto: Reprodução/Corinthians

Neco foi mais do que os fanáticos corinthianos acham: símbolo e primeiro ídolo do Corinthians, destacando-se nas primeiras décadas do século 20; um dos grandes atletas da Seleção Brasileira de 1919 e dos selecionados paulista e brasileiro”, diz Antonio Roque Citadini, em seu livro “Neco – O primeiro ídolo”.

Para os velhos corinthianos, um dos maiores, talvez o maior, da história do clube do Parque São Jorge e por isso Manoel Nunes, o Neco, mereceu ser eternizado, ainda em vida, com seu busto nos jardins do Parque São Jorge.

Pelo Timão, Neco fez 296 jogos e 228 gols. Foi campeão paulista oito vezes, em 1914, 16, 22, 23, 24, 28, 29 e 30 como jogador e em 1937 como técnico. Junto com Amílcar Barbuy, foi o primeiro atleta do Corinthians convocado para a Seleção Brasileira, com ela conquistou duas Copas Américas: 1919 e 1922 e marcou nove gols.

Foto: Reprodução/Corinthians

Além de ser jogador, Neco foi também treinador do Corinthians em algumas passagens (1927 e 1937/38) e conquistou o título de 1937.

Pouco antes de morrer, confessou:

“Eu pagava 2.000 réis por mês para jogar no Corinthians. Quando não tinha, pegava com minha mãe. O Corinthians era pobre, como a sua gente, mas já era uma alegria. Depois dos jogos, a gente saía abraçado com os torcedores, íamos jantar na casa de um ou de outro, sempre de bonde.”

Neco faleceu em São Paulo, no dia 31 de maio de 1977, aos 82 anos.

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Notícias do Corinthians

Corinthians faz postagem em homenagem ao aniversário de Neco, o primeiro ídolo do clube

  • Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

No dia sete de março de 1895, nascia o primeiro ídolo da história corinthiana, Neco. O histórico atacante do Corinthians faleceu no dia 31 de maio de 1977, em São Paulo, aos 84 anos de idade. Nesta terça-feira, o perfil do Corinthians no Twitter fez uma postagem em homenagem ao ex-jogador.

“Ele ajudou a fundar o Corinthians e foi o primeiro ídolo no clube. O ex-atacante Neco, nascido em 1895, faria aniversário neste 07/03! Neco marcou 240 gols com a camisa alvinegra e foi o primeiro jogador a receber um busto no Pq. São Jorge!”, escreveu o clube.

Foto: Reprodução Corinthians

Primeiro grande ídolo do Timão, Neco participou da fundação do clube e começou a atuar pelo Corinthians em 1911. Em 1914, venceu primeiro título do Campeonato Paulista, e foi o artilheiro com 12 gols. Em 1915, o Corinthians se ausentou de competições oficiais, mas em 16 voltou à Liga Paulista de futebol e Neco pôde então voltar a defender o time do coração, vencendo novamente o Campeonato Paulista. Neco ainda ganhou o tri em 1922/23/24 e os títulos do Paulistão de 1928 e 1930.

Neco é quem atuou no Corinthians por mais anos e foi o primeiro a ter um busto no Parque São Jorge. Junto com Amilcar Barbuy, Neco foi o primeiro jogador do Corinthians a ir para a seleção brasileira, atuando em 14 jogos, fazendo nove gols e levando o bicampeonato do Sul-Americano, que equivale a atual Copa América, em 1919 e 1922.

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Notícias do Corinthians

Vitória com pênalti perdido de Luan e goleada histórica: o 25 de junho do Corinthians

Vitória importante contra o Grêmio no Sul e ‘sapatada’ em rival paulista; relembre a data de 25 de junho na história do Corinthians

O dia 25 de junho não reserva grandes títulos ou conquistas históricas para o Timão. Porém, é possível relembrar pelo menos duas vitórias marcantes nesta data: uma contra o Grêmio em 2017 e outra contra a Lusa, há quase 100 anos.

Grêmio 0x1 Corinthians – Brasileirão 2017

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Jadson comemora gol contra o Grêmio, em 2017.
Fot: Lucas Uebel/Getty Images

Ainda invicta na competição, a equipe de Fábio Carille embarcou para Porto Alegre para enfrentar o lado azul da cidade. Em um jogo difícil, o Timão abriu o placar apenas no segundo tempo. Após uma boa trama de passes, Jadson entrou livre na área gremista e bateu firme no gol de Marcelo Grohe, sem chances para o goleiro.

Já no fim da partida, o árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti para o Grêmio. Aos 39 minutos, Luan – que viria a se tornar o melhor jogador da América naquele ano – bateu, mas Cássio defendeu. Com a vitória, o time ficou mais firme na caminhada para o título que viria já em novembro.

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Luan cobra escandeio ainda com a camisa do Grêmio.
Foto: Lucas Uebel/Getty Images

Ficha técnica do jogo
Grêmio 0x1 Corinthians
25 de junho de 2017
Arena do Grêmio
Campeonato Brasileiro
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio
54022 público total
Grêmio: Marcelo Grohe, Edílson (Éverton), Geromel, Kanemann, Cortez, Michel, Arthur (Fernandinho), Ramiro, Luan, Barrios e Pedro Rocha (Fernández). Técnico: Renato Gaúcho.
Corinthians: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo, Guilherme Arana, Paulo Roberto (Camacho), Maycon, Jadson, Rodriguinho (Marquinhos Gabriel), Romero (Clayson) e Jô. Técnico: Fábio Carille.
Gols: Jadson (52′).

Portuguesa 0x9 Corinthians – 1922

Cartaz do time de 1922, que se sagraria Campeão Paulista.
Foto: reprodução/Timoneiros

No ano de 1922, ainda na era amadora do futebol, Corinthians e Portuguesa (que utilizava o nome Portuguesa-Mackenzie) entraram no gramado do Parque Antarctica para a disputa de uma partida do Campeonato Paulista. Em uma tarde inspirada de Neco e Amílcar, o Timão acabou construindo uma goleada histórica em cima da Lusa: 9×0, com direito a hat-trick do ídolo Neco.

Ficha técnica do jogo
Portuguesa 0x9 Corinthians
25 de junho de 1922
Estádio Palestra Itália (Parque Antarctica)
Camponato Paulista
Árbitro: Alberto Mordenti
Portuguesa: Mesquita, Caetano, Gallo, Ítalo, Aloia, atti, Filó, Peres, bororó, Salerno e Dino.
Corinthians: Pizzocaro, Nando, Garcia, Rafael, Amílcar, Gelindo, Peres, Neco, Gambarotta, Tatu e Rodrigues. Técnico: Guido Giancominelli.
Gols: Amílicar (2x), Neco (3x), Gambarotta, Rodrigues, Peres e Tatu.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

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