- Por Levi Natan / Redação da Central do Timão
Em entrevista ao canal Pendlcast, Luis Paulo Rosenberg, ex-dirigente do Corinthians falou sobre a contratação do atacante Ronaldo, o Fenômeno. Na época, o profissional era diretor de marketing do Timão e foi responsável por diversas ações na chegada do atacante.
Durante a entrevista, perguntado sobre quanto o Corinthians faturou com a passagem de Ronaldo ao clube, Rosenberg falou ser difícil dizer, mas citou números que o atacante recebia, além de falar que a vinda de Ronaldo não foi um pedido do departamento de marketing, mas sim de Mano Menezes.
Veja a resposta de Rosenberg:
“É difícil dizer. Por exemplo, é obvio que vendi muito mais da camisa do Ronaldo do que qualquer outro jogador em qualquer tempo, mas como a Nike paga uma taxa fixa muito alta, isso não acresceu receita. Ele trouxe receitas absolutamente extraordinárias, se você lembrar, não tinha o habito de vender (patrocínio) a manga, o calção, tudo isso aconteceu depois que ele chegou. Até pela própria natureza do contrato, o que nós combinamos com o Ronaldo é que a proposta de R$ 2 milhões, o teto do nosso clube era R$ 400 mil, eu te pago R$ 400 mil, e do clube e dos produtos que a gente não vende e vamos passar a vender 80% da receita vai ser tua e 20% do Corinthians. E foi tão forte o impacto, que ele ganhou R$ 2 milhões por mês enquanto teve no Corinthians, e esses 20% que ficavam com a gente pagava os R$ 400 mil por mês. Então se pode dizer que o Ronaldo jogou de graça no Corinthians, só o que ele trouxe a mais pro Corinthians pagou a vinda dele.”
“Mas acima de tudo, o grande ganho de marketing foi o de felicidade que trouxe à Fiel. Você pegar um time de Série B e conseguir trazer e extrair de dentro do Flamengo, que seria o destino natural dele, o maior artilheiro que a Seleção Brasileira tinha tido até então, é algo fantástico. Além disso, Ronaldo jogou nos maiores clubes do mundo nunca teve envolvimento com a torcida, foi profissional o tempo todo. Chegou aqui e pareceu o coroa que se apaixona pela “gatinha”, o fato dele ter virado “mais um do bando” criou uma ligação dele com a Fiel, que foi um negócio realmente exponencial, uma coisa nunca vista antes nem depois. A gente trouxe Roberto Carlos, teve um desempenho espetacular, mas não teve a ligação que o Ronaldo teve.”
“Mas uma coisa é preciso ser dita, ele não foi trazido pelo marketing, é uma injustiça que a história está registrando, ele foi trazido pelo futebol, quem pediu o Ronaldo foi o Mano Menezes. Você estava aí falando sobre “corinthianismo”, eu te confesso, nem acompanhava jogadores do outro time, não jogou no Corinthians é “Zé”, então não tinha nem ideia do que estava acontecendo”, completou Rosenberg.
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