- Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão
Quatro anos depois de ser eliminada pela França nas oitavas de final, a Seleção Brasileira se prepara para reencontrar sua algoz na última Copa do Mundo Feminina. Na manhã do próximo sábado, 29, as comandadas de Pia Sundhage enfrentam as francesas em jogo válido pela segunda rodada do Grupo F do Mundial de 2023. Uma vitória garante o Brasil no mata-mata.
O duelo será especial para a goleira Lelê, do Corinthians, que está em sua terceira Copa do Mundo, mas vem sendo titular do Brasil pela primeira vez na competição. Do banco de reservas, a jogadora vivenciou a eliminação para a França na prorrogação em 2019 e, agora, acredita que a Seleção Brasileira está muito mais preparada para enfrentar a equipe europeia.
“A gente não se coloca como favorito para ganhar da França, mas como uma seleção mais preparada para jogar contra a França (…) Hoje, a Seleção Brasileira está mais preparada para jogar contra a França“, declarou Lelê, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 27.
Na visão de Lelê, a Seleção Brasileira chega mais preparada para essa “revanche” contra a França porque tem um trabalho muito mais longevo. A sueca Pia Sundhage está à frente do Brasil há quatro anos, enquanto Hervé Renard, que comandou a Arábia Saudita na Copa do Mundo masculina de 2022, assumiu a seleção feminina francesa no final de março. O francês substituiu Corinne Diacre, que acumulou desavenças com o elenco.
“Evoluímos bastante ao longo dos anos e, com a troca de treinador delas, provavelmente estão com curto tempo de adaptação para o novo treinador. E como estamos há bastante tempo com a Pia e entendemos o modelo de jogo, sabemos como temos de jogar. A gente se conhece dentro de campo”, completou.
A goleira multicampeã pelo Corinthians também vê um cenário atual bem diferente em relação ao de 2019. Há quatro anos, o jogo era eliminatório e uma derrota para a anfitriã tirava a equipe da Copa do Mundo. Agora, o duelo será válido pela fase de grupos e, mesmo com derrota, o Brasil ainda terá chance de classificação na última rodada. Mesmo assim, Lelê admite que esse será o confronto mais difícil dentro do Grupo F.
“Estamos pensando muito nesse momento. É um cenário diferente (do que em 2019), não é oitavas de final, onde tem chance de eliminação. Mas com certeza é o jogo mais importante da chave, porque podemos concretizar a classificação no segundo jogo. É o jogo mais difícil para a gente.”
“Nossa troca é pensando no presente, no que a França mudou, teve a troca de treinador… O cenário é totalmente diferente. Estamos focando no que elas mudaram e melhoraram. O ambiente é mais esse, de focar no presente.”
Por fim, Lelê comemorou a oportunidade de ser titular da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, depois de duas edições como reserva de Bárbara, que agora é suplente. A goleira alvinegra garantiu que a equipe de Pia Sundhage vem se preparando bastante para enfrentar a França, que também busca o primeiro título mundial no futebol feminino.
“É uma oportunidade única. A gente se prepara anos para viver esse momento. A preparação é aproveitar o máximo possível, temos estudado bastante elas (França). Elas gostam bastante de cruzamento, então vamos se preparar. A oportunidade surgiu, é agarrar com unhas e dentes para fazer mais uma boa partida com a Seleção Brasileira”, finalizou.
A Seleção Brasileira estreou na Copa do Mundo Feminina na última segunda-feira, 24, com goleada por 4 x 0 sobre o Panamá. Além da França, adversária do próximo sábado, o Brasil ainda vai encarar a Jamaica na fase de grupos. As francesas empataram sem gols com as jamaicanas na primeira rodada e, portanto, as comandadas de Pia Sundhage lideram o Grupo F, com três pontos.
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