Logo no primeiro dia do ano, a Fiel Torcida tem o aniversário de três ídolos para comemorar: Rivellino, Viola e Guerrero. Cada um em sua época, os três deixaram seus nomes marcados na história do Corinthians.
Rivellino (77 anos)
Dono de uma canhota poderosa e de talento e classe inconfundíveis, Roberto Rivellino é lembrado como um dos maiores personagens do futebol brasileiro. O “Reizinho do Parque” nasceu em São Paulo-SP, em 1946 e fez história no Corinthians e também no futebol mundial, conquistando o tricampeonato mundial pela seleção brasileira em 1970 e inventando o “elástico”, drible curto.
Grande ídolo imortalizado com busto de bronze nas alamedas do Parque São Jorge, Rivellino atuou em 474 partidas e marcou 144 gols e completa 76 anos neste dia 1º de janeiro.
Viola (54 anos)
Paulo Sérgio Rosa, o Viola, é cria do Terrão Corinthiano e teve uma grande carreira nos campos, dando muitas alegrias para a Fiel, em suas duas passagens pelo clube de 1986 a 1989 e de 1992 a 1995. Foram 203 jogos e 105 gols vestindo a camisa do Corinthians.
Um dos personagens mais irreverentes da história do clube, Viola foi escalado como titular pelo treinador Jair Pereira na final do Campeonato Paulista de 1988. Com apenas 19 anos, substituía o titular Edmar, e balançou as redes já na prorrogação, marcando o gol que deu o título ao Timão.
Viola ainda conquistou o Campeonato Paulista e Copa do Brasil de 1995.
Guerrero (39 anos)
O peruano José Paolo Guerrero Gonzales, o Paolo Guerrero, chegou ao Corinthians em 2012, ano que conquistou o Mundial de Clubes com o clube. De cabeça, marcou o único gol da vitória sobre o Chelsea (ING), que deu o bicampeonato ao Timão.
Guerrero atuou em 130 jogos pelo Corinthians, e marcou 54 gols. Além do Mundial de Clubes, Guerrero também participou da conquista do Campeonato Paulista e da Recopa Sul-Americana, ambas em 2013.
A tradicional revista inglesa FourFourTwo divulgou, na última segunda-feira, um ranking que elege os 100 melhores jogadores da história do futebol. E três ídolos do Corinthians aparecem na lista: o ex-atacante Ronaldo Fenômeno e os ex-meias Sócrates e Rivellino.
Do trio, quem aparece na melhor colocação é Ronaldo Fenômeno, em décimo. O ex-atacante, pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, defendeu o Corinthians entre 2009 e 2011. No período, foram 69 jogos disputados, 35 gols marcados e os títulos do Paulistão e da Copa do Brasil em 2009.
Em seguida, Sócrates aparece na 29ª posição. O Doutor atuou pelo Corinthians entre 1978 e 1984 e foi um dos principais nomes da Democracia Corinthiana na década de 1980, ao lado de Casagrande, Wladimir e Zenon. Falecido em dezembro de 2011, o ex-meia defendeu a camisa alvinegra em 298 jogos, com 172 gols marcados e os títulos paulistas de 1979, 1982 e 1983.
Por fim, Rivellino, que defendeu o Corinthians entre 1965 e 1974, ocupa a 47ª colocação do ranking da FourFourTwo. No período, o Reizinho do Parque disputou 475 partidas com o manto corinthiano, anotou 144 gols e conquistou o título do Torneio Rio-São Paulo de 1966, além de outros troféus não-oficiais. Ele é, até hoje, o décimo jogador que mais entrou em campo na história do Timão.
Outros dois jogadores que passaram pelo Corinthians, mas não conquistaram o status de ídolos, aparecem na lista da revista inglesa: Garrincha e Roberto Carlos. O ex-atacante defendeu o Timão somente por uma temporada, em 1966, disputou 13 jogos e marcou dois gols. Já o ex-lateral entrou em campo 63 vezes com a camisa alvinegra e balançou as redes em cinco oportunidades, entre os anos de 2010 e 2011.
A título de curiosidade, o líder da lista da FourFourTwo é o astro Lionel Messi, do Paris Saint-Germain, da França. O top-5 ainda conta, respectivamente, com o argentino Diego Maradona, o português Cristiano Ronaldo, o brasileiro Pelé e o francês Zinédine Zidane.
Jogador defendeu o Corinthians em duas passagens e se tornou ídolo do clube no início do século passado
Antes mesmo de existir o Sport Club Corinthians Paulista, no dia 19 de junho de 1904, nasceu na cidade de Votorantim-SP, Alexandre De Maria. Iniciou a carreira atuando pelo Independência, clube modesto da capital paulista. Ponta-esquerda, De Maria se diferenciava pela altura: 1,90 m, o que era incomum para jogadores da posição – e ainda se mantém raro até os dias de hoje.
Em 1927, chegou ao Corinthians. No ano seguinte, marcou um dos gols mais importantes na história do clube. Logo aos 29 segundos do primeiro tempo, anotou o tento na festa de inauguração do Parque São Jorge, tornando-se o primeiro jogador a balançar as redes na antiga casa corinthiana. O Timão empataria o amistoso contra o América do Rio por 2×2 naquele 22 de julho de 1928.
Ao lado do meia Rato, formou o habilidoso lado-esquerdo do Corinthians, que ajudou o clube a conquistar o tricampeonato paulista (1928/29/30). Em 1931, junto de Rato, Del Debbio e Filó, foi para a Itália, atuar pela Lazio. A equipe ainda teria outra relação com o Corinthians, ao assinar com o técnico Amílcar Barbuy, já conhecido da Fiel.
Em 1935 volta ao Corinthians, permanecendo até o encerramento de sua carreira, em 1936, aos 32 anos. Pelo Timão, marcou 95 gols em 119 jogos. De Maria faleceu no dia 17 de março de 1970, aos 65 anos, na cidade de Santos-SP. Sobre o estilo do jogador, Celso Unzelte, no Almanaque do Timão, cita a altura do atleta.
“A cada petardo que desferia de longa distância, De Maria rolava no chão, como maneira de compensar o desequilíbrio”, cita o Almanaque.
O amor pelo Corinthians também atinge os jogadores de futebol; confira alguns que ‘se apaixonaram’ pelo Timão
Em 12 de junho, no Brasil, é comemorado o ‘Dia dos Namorados’. A data celebra o amor dos casais apaixonados. No futebol, a ‘paixão’ está constantemente presente. Não apenas da torcida para o clube, mas também dos jogadores para com a camisa que vestem.
Ao longo da história do Corinthians – principalmente a recente, com tantas entrevistas a todo momento -, uma série de jogadores já declararam e juraram amor ao alvinegro. A Central do Timão separou sete deles.
Jô
Revelado nas categorias de base do Corinthians, Jô foi por muito tempo o jogador mais jovem a estrear com a camisa alvinegra, sendo superado apenas em 2019. Já contabiliza duas passagens pelo Timão, e pode encaminhar a terceira, visto que o atacante revelou o desejo de voltar ao clube.
Ainda em 2017, durante seu segundo período no clube durante a carreira, Jô jurou amor ao Corinthians.
“O Corinthians é tudo para mim. Foi onde tudo começou, o Corinthians abriu as portas do futebol para mim. O Corinthians me acolheu desde pequeno e estou sendo acolhido novamente”, falou o jogador à Corinthians TV, em 2017.
Ronaldo
Mesmo revelado pelo Cruzeiro, o carioca Ronaldo Nazário nunca escondeu sua torcida pelo Flamengo. Apesar de treinar no clube durante sua recuperação em 2008, o atacante nunca atuou pelo rubro-negro. Em sua volta ao futebol brasileiro, escolheu o Corinthians. O ex-camisa nove do alvinegro já revelou em diversas entrevistas que se ‘apaixonou’ pelo time do Parque São Jorge.
“Sempre amei o Flamengo. Depois veio uma relação maravilhosa com o Corinthians. Quando eu quero explicar esse meu amor pelo Flamengo e o Corinthians, uso a família. Tenho quatro filhos. Como vou diferenciar o amor por eles? Eu amo de maneira igual. Flamengo e Corinthians ocupam meu coração igualmente”, citou o ex-jogador, em 2019, às vésperas da Final da Libertadores.
Vágner Love
Outro flamenguista que revelou sua ‘paixão’ pelo Corinthians foi Vágner Love. O ‘artilheiro do amor’, ainda em sua coletiva de volta ao clube, em 2019, explicou o sentimento que nutre pelos dois clubes.
“Lógico que nunca vou negar minhas origens, sou de Bangu, sempre torci, acompanhei, mas, vamos dizer assim: o Flamengo é o amor de mãe, e o Corinthians é o amor da esposa”, citou Love, em 2019.
Cássio
Revelado nas categorias de base do Grêmio, o goleiro Cássio conheceu o ‘amor’ corinthiano já em 2012. Um dos heróis do título invicto da Libertadores, o atual camisa 12 revelou, em entrevista ainda de 2015, ter se apaixonado pelo clube.
“Sou apaixonado pelo Corinthians, adoro estar aqui e quero ficar. Não me vejo jogando em outro time no Brasil. Tanto que penso em encerrar a carreira no Corinthians”, disse Cássio ao jornalista Jorge Nicola, ainda em 2015.
Sócrates
Santista de berço, Sócrates entendeu bem a ‘mudança de clube’ ao longo da vida. Chegou ao Corinthians em 1978 e pareceu compreender o que era jogar por aquele time. Em texto na revista ‘Carta Capital’, há alguns anos, o saudoso meia falou sobre a ‘paixão’ pelo Timão.
“Jogar no Corinthians é diferente. Não é como uma paixão adolescente descartável, tampouco uma daquelas certezas que possuíamos naquela época. É amor inconteste, é a alma gêmea com a qual sonhamos desde que a testosterona toma conta do nosso ser. Jogar no Corinthians é respeitar uma cultura, um povo, uma nação. É ter em conta que em cada segundo de nossas vidas é para servir a uma causa e não para dela usufruir“, disse Sócrates via uma carta.
Neto
Revelado pelo Guarani, José Ferreira Neto vestiu outro verde antes de conhecer o preto e branco do Corinthians. Porém, não muito tempo após chegar ao Timão, liderou o clube na conquista do primeiro Campeonato Brasileiro, em 1990. Além disso, tornou-se ídolo, o eterno ‘Xodó da Fiel’.
Em entrevista no ano de 1996 ao jornal ‘Notícias Populares’, questionado se mantinha alguma mágoa pela saída do clube, Neto foi direto em suas palavras: “eu só tenho amor pelo Corinthians“, citou o ex-meia. Atualmente como comentarista da Band, o ex-jogador não esconde a sua paixão pelo Timão.
Neco
Atuando pelo Corinthians entre 1913 e 1930, Neco é considerado por muitos como o ‘primeiro ídolo’ do Timão. Há todo um imaginário sobre as ‘loucuras’ que Neco já cometia pelo seu amor ao clube. Em 1915, com o Corinthians à beira de falir, o jogador teria organizado um assalto à sede para salvar os móveis.
Além disso, também em 2015, com o clube cheio de problemas financeiros, o jogador defendeu o Mackenzie. Por lá, usou seu nome, Manoel Nunes. Teria dito que “fora do Corinthians, preferia ser outro”. Assim, Neco cravou-se como um dos maiores expoentes da paixão corinthiana.
Rivellino, ou simplesmente Riva, explica motivações para a saída do Corinthians, em 1974; entenda
Um dos maiores ídolos da história do Timão, Roberto Rivellino atuou pelo Corinthians de 1965 a 1974. Formado na base do Parque São Jorge, era a principal referência da equipe por quase uma década. Em entrevista a Walter Casagrande, no GloboEsporte.com, o ex-meia comentou sobre a idolatria da Fiel.
“Até hoje eu tenho o carinho do torcedor. Até hoje quando fazem uma enquete sempre tem o Rivellino lá. O Rivellino aparece. Então eu fico feliz. E pra mim, a maior homenagem que eu tive na minha vida foi quando o Mário Gobbi, enquanto presidente do clube, e o Conselho liberaram de fazer um busto no Parque São Jorge. Isso aí tá eternizado, tá lá“, citou Rivellino.
A falta de títulos
Com 474 jogos pelo clube, Rivellino viveu a época dos ’23 anos sem títulos’. Aqui vale desmistificar a história. Na verdade, o Corinthians chegou a vencer o Torneio Rio-São Paulo em 1966. Logo, não ficou exatamente 23 anos sem ‘ganhar nada’, mas sim sem vencer títulos de grande expressão, como era o Paulista. Assim, Rivellino conta que um dos ‘culpados’ disso eram os clubes de São Paulo, que ofereciam grande concorrência:
“Era difícil. Eu dei azar até nesse ponto. Como você falou aí, tem o time do Santos. Aí tinha a Academia, do Palmeiras, que ganhava tudo. Aí tinha o São Paulo, que foi bicampeão paulista. E o Corinthians, se você for analisar, era o pior deles todos. Contratavam mal na época, os dirigentes não tinha visão para trazer bons jogadores. O Corinthians naquela época conseguia contratar quem ele quisesse, tinha essa condição”, explicou Riva.
A falta de títulos grandes foi tão importante que minou a passagem de Rivellino pelo Timão. Durante a maior parte da carreira, o camisa 10 sofria críticas por não conseguir trazer uma grande taça para o Parque São Jorge.
Em 1974, a ‘revolta’ contra Rivellino alcançou o ápice. O time alvinegro perdeu a final paulista para o maior rival. E de virada. Um título quase dado como certo, o primeiro de Rivellino, que escapou das mãos do Corinthians.
“Eu nunca esperava sair do Corinthians, porque eu nasci no Corinthians, pensei que ia encerrar minha carreira no Corinthians. Antigamente a gente pensava em jogar eternamente. O J. Ávila botou na TV que ‘o Rivellino ganha tanto, tem gente morrendo de fome’. Daí a imprensa abraçou a ideia do Ávila. E todo mundo metendo o pau no Rivellino. Não sei porque o motivo”, explica Rivelino a Casagrande. O ex-jogador completa:
“A porrada veio em cima de mim, só veio pancada. Eu não vi nenhum jogador falar ‘pô, o Rivellino não é culpado’. Infelizmente, isso é uma mágoa que eu tenho. Eu sempre durmo tranquilo. O que eu dei para o Corinthians, o que eu fiz, sempre fiz com o maior carinho, sempre procurei dar o máximo de mim. Não me arrependo e durmo tranquilo.“, declara Riva.
Em 1974, de saída do Corinthians, Rivellino transferiu-se para o Fluminense. Logo na estreia, uma daquelas coincidências do futebol: três gols em cima do ex-time. À época, Riva comemorou bastante os gols e foi até ‘acusado’ de vibrar por ter sido sobre o clube que o magoou. Porém, o próprio jogador rechaça essa tese.
“Eu vibrava da mesma maneira que eu vibrava no Corinthians. Gol é o momento mais importante do futebol. E eu fiz três gols, porque eu não vou vibrar? Não foi pela maneira que eu saí do Corinthians”, argumentou Rivelino ao GE.
Invasão do Maracanã
Em 1976, durante as semifinais do Brasileiro, Rivellino defendia as cores do Fluminense. Na época, o presidente da equipe carioca quis convidar a Fiel para o jogo de volta, no Maracanã, como uma espécie de provocação. Conhecendo os corinthianos, Riva tentou fazer o mandatário da época, Francisco Hora, desistir da ideia.
“De repente o presidente Horta: ‘Riva eu vou convidar a torcida do Corinthians pra vir pro Maracanã’. Falei ‘presidente do céu, não faça isso. Eles vão invadir, eles vão invadir’. ‘Não, mas vai ser bom’, respondi ‘não, deixa eles quietinhos em São Paulo’“, relembrou o ídolo do Timão.
A torcida do Corinthians aceitou o desafio e protagonizou um do momentos mais sublimes da história do futebol: a Invasão Corinthiana, quando mais de 70 mil torcedores teriam ocupado o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Rivellino conta a sensação de estar do outro lado da festa.
“Foi impressionante, nós vinhamos pro Maracanã, na rua só via bandeira do Corinthians. Realmente foi uma coisa maravilhosa. Tô aqui agora e tô arrepiado. Quando eu subi a rampa do Maracanã e vi quele estádio dividido, foi uma coisa maravilhosa“, contou Rivellino.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Jogador com mais títulos da história do Timão também é dono de um recorde negativo. O temperamental “Pé de Anjo” é o atleta que mais levou cartões vermelhos pelo clube alvinegro
Ser expulso é uma situação que pode acontecer em um jogo de futebol. Seja por uma falta acima do tom para marcar a jogada, seja por dois lances de cartão amarelo. O fato é que, na maioria das vezes, perder um jogador prejudica demais o time. Por isso, ninguém gosta de ir mais cedo para o chuveiro. Porém, acontece e, às vezes, mais comumente com alguns atletas.
No Corinthians, um jogador chama a atenção pelo número de expulsões: Marcelinho Carioca. O “Pé-de-anjo”, além de marcar muitos gols de falta (51 no total pelo Corinthians), também cometia muitas faltas, além de ser temperamental.
Assim, em suas 433 partidas com a camisa do Timão, o camisa 7 foi expulso 20 vezes, o recorde do time. Na média, Marcelinho tomava um cartão vermelho a cada 21,6 jogos.
Logo após Marcelinho Carioca, vem Viola, que foi para o chuveiro mais cedo por 15 oportunidades. Rivellino, ídolo dos anos 1960 e 1970, ocupa o terceiro lugar com 15 expulsões, junto de Márcio, ex-volante do clube. Fecha o top 5, Ronaldo Giovanelli, com 12 expulsões usando a camisa de goleiro do Corinthians.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Veja os números daquele daquele que é um dos maiores jogadores de todos os tempos, e vestiu as camisas de Corinthians e do tricolor da cidade de Ribeirão Preto-SP
O Timão faz sua estreia no Campeonato Paulista 2020 na noite desta quinta-feira (23), às 21h30, na Arena Corinthians contra o Botafogo, da cidade de Ribeirão Preto, uma das maiores do interior do estado de São Paulo. A ligação entre os dois clubes é algo muito especial para suas torcidas: Dr. Sócrates.
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ou apenas Dr. Sócrates, nasceu em Belém-PA, mas foi em Ribeirão Preto, cidade onde cresceu, que o eterno camisa 8 ingressou no mundo do futebol. Com apenas 16 anos o craque já defendia as cores do juvenil do Botafogo, onde se profissionalizou em 1974.
Foram duas passagens de Sócrates pelo tricolor, na primeira e mais longa, somou 269 jogos, e marcou 101 gols entre os anos de 1974 e 1978. Já aos 35 anos, em 1984, Sócrates retornou ao time que o revelou para se retirar dos gramados. No ano de sua aposentadoria como jogador profissional, o gênio atuou em sete partidas, e marcou um gol.
Já pelo Corinthians, Sócrates foi muito mais que uma figura que desfilava seu talento dentro das quatro linhas. O ídolo foi o líder intelectual da Democracia Corinthiana, movimento de enorme importância na história do clube do Parque São Jorge.
Como jogador, o Doutor foi campeão do Campeonato Paulista em 1979, 1982 e 1983. Sócrates fez 298 jogos com o manto Alvinegro, e marcou 172 gols. Porém sua genialidade nos gramados não pode ser traduzida em números, e os lances do craque vão permanecer eternamente dentro dos nossos corações.
O lateral do Timão chutava tão forte, que ganhou o apelido de “420”, o canhão alemão de maior calibre da época
Tetracampeão Paulista, Pedro Grané nasceu em 10 de novembro de 1899, na cidade de São Paulo. Destacou-se no Ypiranga e em 1924 foi para o Corinthians, onde jogou até 1932.
Formou o famoso trio defensor com o goleiro Tuffy e o zagueiro Del Debbio. Lateral-direito, foi o senhor do setor defensivo do Corinthians por quase dez anos. Seus chutes em cobranças de faltas e escanteios, eram mortais. Tanto que, mesmo não sendo atacante, na história do Corinthians é o defensor que marcou mais gols. Foram 49 gols em 179 jogos com a camisa do Timão.
Ganhou o apelido de “420”, o canhão de maior calibre da época, de fabricação alemã, usado na 1ª Guerra Mundial, por seus chutes fortes que geravam bolas indefensáveis aos goleiros.
Pelo Corinthians, Grané conquistou o Paulista de 1924 e foi parte do time tricampeão paulista de 28/29/30. Faleceu em Osasco, em 22/07/1985, com 86 anos.
Por Nágela Gaia
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados