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Corinthians conta com parcelas de venda de atletas para equalizar pendências financeiras

  • Por Ciro Hey e Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

O Corinthians vive uma situação delicada dentro e fora de campo. Um dos problemas enfrentados pelo clube é a dificuldade financeira, devido a dívidas e dificuldade para gerar novas receitas. No entanto, o Alvinegro Paulista conta com alguns movimentos importantes no próximo mês para equalizar pendências.

A Central do Timão apurou que o clube receberá uma parcela da venda do zagueiro Murillo já nesta semana. A negociação aconteceu em 2023 com o Nottingham Forest, da Inglaterra, pelo valor de 13 milhões de euros fixos e outros 2 milhões em metas atingidas, totalizando 15 milhões de euros (R$ 79 milhões na cotação da época).

Além disso, o Corinthians também conta com duas novas negociações para gerar receitas. A primeira delas é a do goleiro Carlos Miguel, que será vendido ao Nottingham Forest por 4 milhões de euros (R$ 23 milhões), valor da multa rescisória do jogador. Outro que deve ser negociado é o volante Fausto Vera, que tem negociações em andamento com o Atlético-MG.

A reportagem também apurou que a diretoria corinthiana conta com a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e o acerto de dois novos patrocinadores, que devem ser oficializados em breve. Os acordos devem gerar receitas importantes para o Timão resolver suas pendências. Com exceção do valor recebido por Murillo, os outros montantes serão recebidos no decorrer do mês de julho.

Os valores recebidos serão utilizados para pagar as pendências referentes a direitos de imagens dos jogadores do atual elenco corinthiano. Além disso, o clube também realizará o pagamento de parcelas de compras de atletas que foram contratados no início deste ano. As receitas também serão utilizadas para pagar o Santos Laguna, do México, devido a dívidas referentes a contratação do zagueiro Félix Torres.

A diretoria do Alvinegro Paulista também planeja realizar pagamentos referentes ao FGTS dos jogadores. No caso dos direitos de imagem, o clube deve acertar valores referentes a dois meses de atraso com os atletas.

A Central do Timão apurou que o Corinthians resolveu algumas pendências financeiras na última semana com o recebimento de uma parcela da venda do atacante Felipe Augusto. O jogador foi negociado com o Club Brugge, da Bélgica, por 3 milhões de euros, cerca de R$ 16 milhões na cotação da época.

Outro caminho para o dinheiro recebido será a busca por novos reforços na janela de transferências, que terá início no dia 10 de julho. Vale lembrar que Augusto Melo, presidente do Corinthians, afirmou que o clube focará na contratação de quatro reforços de peso.

Todo o planejamento para resolver as pendências do clube está sendo feito em conjunto com Pedro Silveira, novo diretor financeiro do Corinthians, que ainda não foi anunciado oficialmente. O profissional, inclusive, estava em uma reunião com o presidente Augusto Melo e a Ernst & Young, empresa que presta consultoria ao clube, na última quinta-feira, 20, no momento em que membros da torcida organizada Camisa 12 entraram no Parque São Jorge.

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Notícias do Corinthians

Diferença de receitas entre Corinthians e Palmeiras diminui significativamente em 2022

  • Por Bruno Pantarotto / Redação da Central do Timão

A disparidade monetária entre as receitas do Palmeiras e do Corinthians apresentou redução nos anos de 2021 e 2022, conforme relatórios financeiros divulgados pelos clubes e compilados pela empresa de consultoria EY. A diferença de arrecadação entre os clubes rivais registrou uma diminuição de 81,4% em relação ao ano anterior.

O Corinthians encerrou o ano com um faturamento de R$ 779 milhões, ao passo que seu arquirrival atingiu uma receita de R$ 867 milhões. Por sua vez, o São Paulo registrou um lucro de R$ 661 milhões ao final do ano de 2022.

Corinthians se destacou em relação aos direitos de transmissão — Foto: Rodrigo Coca / Ag.Corinthians

O Timão se destacou em 2022 principalmente pela obtenção de R$ 317,6 milhões provenientes dos direitos de transmissão, algo que não acontecia desde 2016, quando superou o Palmeiras nessa categoria. Essa fonte de receita engloba também as premiações recebidas pelos clubes em competições eliminatórias, como a Libertadores e a Copa do Brasil. O Corinthians chegou à final do torneios nacional e às quartas de final da competição continental.

As principais receitas do clube alvinegro em 2022 foram: os direitos de transmissão (R$ 317,6 milhões), o repasse dos direitos dos atletas (R$ 146,3 milhões), arrecadação de jogos (R$ 97,5 milhões). Além disso, houve o ganho com publicidade e patrocínio (R$ 93,6 milhões) e o valor referente às premiações, o programa Fiel Torcedor entre outros, geraram R$ 31,7 milhões.

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Notícias do Corinthians

TV Globo exibe reportagem sobre situação financeira do Corinthians; veja em detalhes

Para te ajudar a entender todo o contexto, a Central do Timão também preparou algumas matérias; confira tudo

O ‘Esporte Espetacular’, programa da Rede Globo de Televisão, exibiu neste domingo (12) uma matéria especial sobre a situação financeira do Corinthians. Tomando como base a reportagem da TV, a Central do Timão preparou um compilado com as principais notícias sobre o assunto; confira.

Balanço financeiro de 2019

Foto Reprodução

O balanço financeiro de 2019 publicado pelo Corinthians apontou um déficit de R$ 177 milhões. Os principais motivos, conforme explicado pelo próprio clube, seriam as arrecadações abaixo do esperado com direitos de transmissão e vendas de atletas.

Assim, de acordo com a reportagem da TV Globo, o balanço resultou um aumento nas dívidas do clube:

  • 665 milhões de reais em dívidas ao final de 2019;
  • Quase 400 milhões de reais em dívidas para se pagar em 2020.

Veja matérias da Central do Timão sobre o balanço financeiro de 2019:

Dívidas tributárias
Receitas x despesas
Direitos de imagem
Profut
Dívidas com bancos
‘Culpados’ pelo déficit
Custos de atletas

Dívidas trabalhistas

Jucilei, um dos pivôs de ação na justiça.
Foto: © Daniel Augusto Jr./FOTOARENA

De acordo com o GE, o Corinthians acumula cerca de 179 dívidas trabalhistas. Algumas delas chamaram a atenção nos últimos tempos e resultaram até em bloqueios de contas pela Justiça; veja as principais notícias:

Caso Jucilei
Caso Jonathas
Caso Maycon
Caso Juninho Capixaba
Caso Marcelo Mattos
Caso Richarlison

Além disso, o clube estaria com três meses de salários atrasados. Na reportagem da Globo, o diretor financeiro do clube, Matias Romano Ávila, comentou alguns dos casos.

“Em questão do J. Malucelli, nós já fizemos um acordo novamente com eles para repactuar o pagamento. O Jonathas que não tem processo, nós também repactuamos. Enfim, e outros compromissos que nós temos parcelados, todos eles nós vamos retomar assim que nós restabelecermos a capacidade de pagamento”, declarou o diretor.

Agravantes para a situação

Foto: Agência Corinthians

A TV Globo listou três pontos principais que agravaram a situação do Corinthians. O primeiro é a gestão. Ao todo, a administração de Andrés Sanchez contratou 33 jogadores, 17 já deixaram o elenco e quatro seguem emprestados com os salários pagos pelo clube. O próprio diretor adjunto do Timão, Dr. Jorge Kalil, citou que o clube exagerou nas contratações.

O segundo motivo seria a Arena Corinthians. Não se sabe ao certo o total de dívidas do estádio. Ainda assim, o principal problema está na falta de arrecadação com bilheteria. Os cerca de R$ 62 milhões levantados em 2019 foram totalmente para o fundo da Arena, e não repassados ao Corinthians.

“O Corinthians, antes da Arena, tinha uma arrecadação sólida de 30,35 milhões de reais jogando no Pacaembu. A partir da construção do estádio, as bilheterias são empregadas para pagar a construção, o que não é o suficiente”, disse o jornalista Rodrigo Capello na reportagem.

O terceiro motivo, conforme já adiantado pela Central do Timão, seria o clube social. Em 2019, as dependências do Parque São Jorge teriam sido responsáveis por mais de R$ 60 milhões de reais no déficit total do clube.

O futuro do clube

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

O Conselho Fiscal do Corinthians já emitiu um parecer reprovando as contas de 2019. Segundo o departamento, o déficit teria sido maior, na casa dos R$ 190 milhões, se contar os prejuízos com processos, principalmente do caso Jucilei. Nesta segunda (13), o CORI (Conselho de Orientação) se reunirá para votar o balanço financeiro.

Na visão de Rodrigo Capello, jornalista especializado em negócios do esporte, a situação do clube é delicada.

“O Corinthians chegou em um ponto que ele não tem como pagar, ele tem que renegociar, pegar empréstimo, dar calote. Todas as soluções não são boas para a situação do Corinthians, nem agora, nem para o futuro”, comentou Capello.

Porém, ainda segundo o jornalista, o Corinthians não está tão próximo de “cruzeirar“. Ainda seria possível organizar as contas do clube para ‘salvá-lo’ de uma piora da situação financeira.

Para dar um ‘desafogo’ às contas, o Corinthians aguarda o dinheiro do negócio de Pedrinho, vendido por 20 milhões de euros ao Benfica ainda no início do ano. Matias também explicou a situação na reportagem.

“Ele tem que chegar e integrar ao elenco para que eles possam fazer o pagamento da primeira parcela. Assim que isso for finalizado, nós teremos esse dinheiro entrando nos cofres do Corinthians”, disse o diretor financeiro.

Porém, a própria história ainda não ficou tão clara quanto ao recebimento do dinheiro. Veja algumas matéria sobre o assunto:

Data de apresentação de Pedrinho
Primeira parcela só em 2021?

Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Diretor financeiro do Corinthians fala sobre problemas do clube

Sem jogar desde março, Corinthians viu os problemas financeiros se intensificarem; veja declarações do diretor Matias Romano Ávila

Arena Corinthians não recebe jogos desde março.
Foto: © Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Após fechar o ano de 2019 com um déficit de R$ 177 milhões, o Corinthians enfrenta ainda mais problemas financeiros causados pela pandemia do coronavírus. A paralisação dos campeonatos de futebol interromperam também o recebimento de direitos de transmissão da TV e até de cotas de patrocínio.

Frente às dificuldades, o Corinthians precisou agir. Assim, reduziu salários de jogadores e funcionários do clube. O diretor financeiro do Timão, Matias Romano Ávila, em entrevista ao GloboEsporte.com, explicou os cortes.

“Assim que retomarmos a capacidade de pagamento, vamos retomar a conversa com os jogadores. Nós, por enquanto, só negociamos a redução. Muitos questionam, mas o corte dos funcionários foi de 50% e dos jogadores só de 25% por uma questão de legislação, é o que a lei permite. Os jogadores foram parceiros, têm sido muito parceiros com Duílio , eu e Andrés”, declarou o diretor.

Outros clubes, até dentro do futebol paulista, têm negociado cortes permanentes dos salários, pelo menos até o fim de 2020. No Corinthians ainda não há tal acordo. E, apesar de reduzir os vencimentos dos atletas, o Timão chegou a atrasar meses de pagamento.

“Estamos, sim, com dois meses atrasados. Mas as outras coisas do clube estão em dia, seguro saúde… Tivemos 60% de redução de receita. Isso fez com que a gente não conseguisse cumprir alguns compromissos”, disse Matias ao GE.

Demissões e cortes

Apesar de declarar ainda não ter feito cortes e demissões no Corinthians, Matias Ávila argumentou que, sem competições, o clube pode acabar dispensando alguns funcionários.

“Onde não houver competições, vamos reduzir o corpo de profissionais. Nada de funcionários ligados ao associado. Então, treinamentos de filhos de associados, base, tudo vai continuar. No futebol feminino e na base, fizemos um planejamento de que naquilo que não tiver competição, faremos uma redução, sim. Não tem competição. São funcionários nessas categorias”, declarou Matias.

O diretor ainda reforçou que as reduções podem ocorrer na parte do clube social. Vale ressaltar que o departamento foi responsável por mais de R$ 60 milhões no déficit de 2019.

“O Corinthians é futebol, mas também é um clube social. São quase 15 mil sócios, e administramos o clube para o futebol de milhões de torcedores. Tomamos algumas providências: não demitimos ninguém ainda, vamos ter que fazer uma redução da parte social, esportes amadores e futebol. Tudo para passar pela pandemia”, citou Matias, que ainda completou.

“Colocamos alguns funcionários de férias por 30 dias, reduzimos o salário dos funcionários em 50% e seguimos com isso por mais 60 dias. O basquete, por não ter mais competição, decidimos encerrar esse ano. Têm aparecido propostas para seguirmos esse ano. Se for bom para nós, vamos continuar. No futsal, cortamos o direito de imagem. Mas o futsal continua”, finalizou o diretor.

Dinheiro da venda de Pedrinho

Pedrinho comemora gol com a camisa do Corinthians, 2018.
Foto: © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

No início da temporada de 2020, o Corinthians vendeu Pedrinho para o Benfica por 20 milhões de euros. Dono de 70% dos direitos do atleta, o Timão fechou o negócio em quatro parcelas ao longo dos próximos quatro anos. Porém, para sanar dívidas, o clube também negociou o empréstimo do valor total junto a um banco internacional, contando, inclusive, com os 30% do empresário do meia, Will Dantas.

O problema é que o dinheiro – cerca de R$ 120 milhões sem contabilizar a taxa do banco, não divulgada – deveria ter chegado em junho, assim que o Benfica depositasse a primeira parcela, algo que ainda não aconteceu.

“O que houve foi que a janela de transferências na Europa mudou de 31 de julho para o final de agosto. Como o Pedrinho ainda não chegou lá, está no contrato que tem que chegar e integrar o elenco para que o Benfica possa fazer o pagamento da primeira parcela. Isso aí faz parte do acordo com o agente financeiro que nós estamos adiantando, mas é uma coisa normal, providência tranquila. Assim que for finalizado, esse dinheiro deve entrar nos cofres”, citou o diretor.

Dessa maneira, o Corinthians aguarda o recebimento do dinheiro da venda ao Benfica para adiantar as questões mas urgentes do momento, como pagamentos de salários dos atletas.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Corinthians é condenado a pagar multa milionária; decisão ainda cabe recurso

Caso recebeu sentença nesta quinta-feira (25) e condena o Corinthians a pagar mais de R$ 20 milhões à Prefeitura

Foi publicada no portal do Tribunal de Justiça de São Paulo, nesta quinta-feira (25), a decisão da juíza Luiza Barros Rozas Verotti que condena o Corinthians a pagar cerca de R$ 21,5 milhões à Prefeitura de São Paulo.

O veredito se refere a um processo que cobra multa ao Corinthians sobre o uso de uma rua ao lado do Parque São Jorge para estacionamento privado, de 2009 a 2015. O terreno em questão teria sido cedido pela Prefeitura em 1996, em uma concessão de 99 anos.

Porém, a decisão foi revogada em 2010. Na ocasião, o governo do prefeito Gilberto Kassab entrou com uma ação para a reintegração da posse. Os motivos foram irregularidades, concorrência e falta de interesse público.

Os cerca de R$ 21,5 milhões mencionados na decisão englobam R$ 19,6 milhões da multa mais 10% do valor para honorários. O Corinthians ainda pode recorrer na Justiça. Segundo o advogado do departamento jurídico do clube, Diógenes Mello, ao GE, “o assunto está sendo analisado”.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Estudo projeta redução das receitas do Corinthians por conta da pandemia; veja

De acordo com o levantamento, clubes brasileiros devem reduzir em mais de 30% dos faturamentos em 2020

A Sports Value, empresa de marketing especializada em negócios esportivos, publicou um estudo sobre o impacto do coronavírus no futebol brasileiro. De acordo com a expectativa mais pessimista, os clubes podem perder cerca de R$ 2,5 bilhões em receitas, representando uma queda de 37% em comparação ao ano de 2019.

faturamento do Corinthians em 2020
Time do Corinthians em último jogo ates da pandemia.
Foto: © Rodrigo Coca/Agência Corinthians

No ano de 2019, os 20 clubes mais ricos do país faturaram, juntos, R$ 6,8 bilhões. Segundo a análise, os pontos mais críticos da redução são os direitos de transmissão e as transferências. Enquanto as cotas de TV foram responsáveis por quase R$ 2 bilhões no ano passado, nesta temporada, o valor pode cair em até R$ 500 milhões.

Já as transferências de jogadores, que trouxeram R$ 1,6 bi aos clubes em 2019, podem ser reduzidas em R$ 530 milhões na perspectiva otimista. Isso porque as equipes do país e de fora devem frear o ritmo de contratações por conta da necessidade de diminuir gastos e controlar o orçamento.

As receitas com bilheteria também estão seriamente comprometidas, e os clubes devem contabilizar só o que conseguiram de janeiro a março, já que a tendência é que não se tenha mais público nos estádios em 2020. Assim, as 20 equipes mais ricas do Brasil podem perder até R$ 410 milhões.

O estudo ainda projeta outras perdas:

Premiações – R$ 280 milhões a R$ 344 milhões
Patrocínios: de R$ 135 milhões a R$ 215 milhões
Sócio-torcedor: R$ 110 milhões a 179 milhões
Clube Social: R$ 45 milhões a R$ 110 milhões

Ranking de perdas por clube

A Sports Value ainda projetou a redução de receitas caso a caso. De acordo com o report da empresa, o Corinthians deve ter uma queda de 34,5% em seu faturamento. O clube que mais perderá com a pandemia é o Cruzeiro, que deve arrecadar pouco mais da metade do que recebeu em 2019, muito em função também da queda para a Série B.

Veja o cenário:

Cruzeiro – R$ 289 milhões em 2019 – queda de 44% – projeção de R$ 162 milhões em 2020
Athletico-PR – R$ 390 milhões em 2019 – queda de 43% – projeção de R$ 221 milhões em 2020
Flamengo – R$ 950 milhões em 2019 – queda de 42% – projeção de R$ 551 milhões em 2020
Internacional – R$ 441 milhões em 2019 – queda de 41% – projeção de R$ 261 milhões em 2020
Fluminense – R$ 265 milhões em 2019 – queda de 39% – projeção de R$ 162 milhões em 2020
Corinthians – R$ 426 milhões em 2019 – queda de 34,5% – projeção de R$ 279 milhões em 2020
Santos – R$ 400 milhões em 2019 – queda de 34,5% – projeção de R$ 262 milhões em 2020
São Paulo – R$ 398 milhões em 2019 – queda de 34,5% – projeção de R$ 260 milhões em 2020
Palmeiras – R$ 642 milhões em 2019 – queda de 34% – projeção de R$ 425 milhões em 2020

Fonte: Sports Value e ESPN Brasil

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Para: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Segundo jornalista, pandemia não justifica “desastre” financeiro do Corinthians

Números e ações do Corinthians contrastam com declarações da diretoria; entenda

Nos últimos meses, as discussões sobre os problemas financeiros do Corinthians tomaram conta das conversas esportivas. Após o déficit de R$ 177 milhões registrado nas demonstrações de 2019, o clube vem sofrendo com atrasos de salários e processos movidos por ex-atletas.

No meio disso tudo, veio a pandemia de coronavírus, que ‘paralisou’ o mundo e desacelerou as economias dos quatro cantos do planeta. Porém, de acordo com o jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, “a culpa da tragédia financeira do Corinthians não é da pandemia”.

Em seu blog no GloboEsporte.com, Capelo publicou uma análise do atual momento financeiro do Corinthians. A Central do Timão estudou o texto e adicionou outras informações complementares para te ajudar a entender os problemas do clube; acompanhe.

Time forte x time barato
finanças do Corinthians
Chegando sem alarde, Paulinho se tornou um dos jogadores mais importantes da história recente do Corinthians.
Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

A publicação de Capelo junto ao podcast ‘Dinheiro em Jogo’, também do GloboEsporte.com, analisaram a situação do Corinthians. Pelas demonstrações, é possível ver que o clube se apoia em algumas práticas vitoriosas no passado, mas que vêm mostrando-se ineficientes no atual contexto.

A primeira delas é a contratação de jogadores ‘mais baratos’. Por exemplo, ainda no início do primeiro mandato de Sanchez, em 2008, o Corinthians apostou em nomes como Elias, Douglas e Chicão. Na sequência, já no início da década passada, investiu em Paulinho e em Ralf, e, posteriormente, Romarinho. A estratégia deu certo na época, como explica o próprio diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves.

“Já fizemos isso na primeira passagem, alguns jogadores deram muito certo no Corinthians, como Leandro Castán. Felipe, Paulinho e Romarinho. É o momento que o clube atravessa, a gente quer investir em um time que seja mais barato, que tenha um prazo maior de validade, para quatro, cinco anos. Temos buscado promessas por aí que venham com custo baixo, que tenham salário menor, como é o caso do Mateus Vital”, citou Duílio ao ‘Mesa Redonda’, da TV Gazeta, ainda em 2018.

Em 2018 e 2019, o clube investiu também neste tipo de estratégia. Assim, foram vários jogadores vindos de maneira ‘mais barata’, como Marllon, Roger, Jonathas, Sergio Díaz, Richard, Manoel, Jr. Urso, Régis e Matheus Matias. Muitos não deram resultado dentro de campo, e foram emprestados ou devolvidos em pouco tempo, contrariando a ideia de “prazo maior de validade” defendida por Duílio.

finanças do Corinthians
Roger chegou ao Corinthians em 2018 e não se firmou na equipe.
Foto: Schneider/Getty Images

No ano de 2019, o Corinthians gastou cerca de R$ 223 milhões com salários, como demonstra o balanço financeiro do clube. O maior rival gastou cerca de R$ 263 milhões, também contando os direitos de imagem. O Flamengo superou os R$ 270 milhões. O Athletico Paranaense, campeão da Copa do Brasil e quinto colocado no Brasileirão 2019, apresentou uma folha de cerca de R$ 140 milhões.

Desse modo, a contratação de ‘apostas’ que não deram certo pode ser um problema para o clube. A folha salarial se infla de jogadores emprestados e não aproveitados pelo time principal, gerando gastos que podem não se converter em resultados esportivos.

Patrocínios

De acordo com o balanço financeiro de 2019, o Corinthians aumentou a arrecadação comercial, conseguindo cerca de R$ 90 milhões com patrocínios. O clube ainda segue uma estratégia adotada em 2009. À época, para arcar com os custos de Ronaldo, o marketing dividiu o uniforme de jogo em várias partes.

Uniforme de jogo com diferentes patrocinadores, em 2009.
Foto: MAURICIO LIMA/AFP via Getty Images

A ação foi um marco no patrocínio esportivo brasileiro. Ao aproveitar omoplatas, axilas e partes inferiores, o Corinthians fechava contratos menores, mas arrecadava mais dinheiro na soma total. Nos últimos tempos, o clube enfrentou problemas de quebras de contrato e falta de pagamento dos valores acertados.

“[A empresa] honrou um ou dois meses. Está com o jurídico. Ele [o dono da Apollo] deu o passo errado, e isso trouxe consequências para nós. É um contrato que não foi cumprido. Tiramos a marca dele, e o espaço está livre. Estamos prontos para negociar com qualquer outro”, declarou Roberto de Andrade ainda em 2017, a respeito de uma marca que ‘sumiu’ e não pagou os valores do contrato.

Segundo o jornalista Rodrigo Capelo, o Corinthians, ao se associar a empresas com faturamentos menores, pode correr os riscos de não contar com a mesma segurança de mercado de uma gigante do segmento. Assim, fecha contratos mais simplórios e pode levar ‘calotes’.

Por mais que a somatória dos patrocínios tenha atingido valores altos, o patrocinador máster caiu consideravelmente. Pós-Libertadores de 2012, a Caixa Econômica Federal pagava algo próximo dos R$ 30 milhões anuais. Atualmente, o BMG acertou um contrato de R$ 12 milhões fixos mais bônus por abertura de contas no banco, o que não tem arrecadado altas quantias para o clube.

Patrocínios do Corinthians na camisa, em 2019.
Foto: MIGUEL ROJO/AFP via Getty Images
Relação receitas x endividamento

Na opinião do economista Cesar Grafietti, o déficit de R$ 177 milhões por si só, fora de contexto, não é um alarme tão grande. Segundo o profissional, os clubes e até mesmo grandes empresas conseguem operar com anos deficitários. Porém, os problemas principais do Corinthians aparecem ao se examinar mais a fundo o balanço de 2019.

Além da relação receitas x despesas, outra questão a ser observada é a relação entre endividamento e receitas. Em 2016, o clube teve uma arrecadação de R$ 416 milhões perante R$ 383 milhões acumulados em dívidas. A relação de um para um torna o balanço financeiro mais equilibrado.

Porém, em 2019, o quadro ficou bem mais instável. Enquanto arrecadou R$ 353 milhões (segundo as contas de Rodrigo Capelo e já retirando estádio e repasses de mecanismos da FIFA por jogadores), a dívida do clube atingiu R$ 665 milhões. A relação então chegou a 2 para 1, ou seja, as dívidas são quase o dobro da arrecadação. Veja o gráfico do GloboEsporte.

Foto: reprodução GloboEsporte.com

Em sua participação no ‘Jogo Aberto’ da última terça (16), o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves assegurou que o clube tem novas fontes de renda, inclusive com a chegada de patrocinadores. Porém, segundo o gráfico, é preciso entrar muito dinheiro para equiparar a balança.

Gastos com o clube social
Sede social do Corinthians, onde fica localizada a Praça de Esportes.
Foto: reprodução Corinthians

Segundo o balanço financeiro de 2019, o ‘Segmento Clube Social e Esportes Amadores’ do Corinthians arrecadou algo próximo de R$ 32 milhões de reais, entre contribuições de sócios e explorações comerciais, como patrocínios. O levantamento publicado por Rodrigo Capelo cita que os gastos com o mesmo setor chegaram a R$ 80 milhões em 2019.

Assim, desconsiderando valores de depreciação do patrimônio, que não altera o caixa, o clube teve um prejuízo acima de R$ 45 milhões com o clube social, algo adquirido e mantido há muito tempo, consideravelmente anterior à pandemia de coronavírus. Vale ressaltar que o balanço financeiro ainda traz R$ 15 milhões relativos a ‘rateio de despesas’ que foram desconsiderados na conta.

Conclusões

Os efeitos da pandemia serão sentidos nos próximos balanços financeiros do clube, principalmente relativos a 2020. Porém, enquanto dirigentes afirmam que “todo mundo vai sofrer” e que “o momento da economia é complicado”, o Corinthians apresenta dificuldades econômicas com origens anteriores ao início da pandemia de Covid-19.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Corinthians ‘estagna’ e vê rivais aumentarem receitas

Relatório publicado em maio aponta distanciamento das receitas em relação a rivais; entenda

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Em maio de 2020, a Ernst & Young, empresa internacional de auditoria e consultoria, publicou um relatório sobre os clubes brasileiros. O documento da EY analisa, sobretudo, receitas e endividamentos das principais agremiações nacionais. Com ele, também podemos retirar pontos de vista sobre a crise financeira instaurada no Corinthians.

Evolução das receitas

No seu relatório, a Ernst & Young define a receita total de um clube como “todas as receitas apresentadas, como direitos de transmissão, transferências de jogadores, comerciais, matchday, clube social, esportes amadores e ‘outras receitas’. No ano de 2019, o Corinthians ocupou o quinto lugar no top 5 de maiores receitas totais. Veja:

1º – Flamengo – R$ 950 milhões
2º – Palmeiras – R$ 642 milhões
3º – Grêmio – R$ 459 milhões
4º – Internacional – R$ 441 milhões
5º – Corinthians – R$ 429 milhões

Ao observar o gráfico de receitas desde 2011, é possível perceber que o Corinthians viu os rivais Flamengo e Palmeiras se ‘desgarrarem’ do restante.

Foto: reprodução Relatório EY 2020

O próprio balanço financeiro do clube ‘culpa’ as poucas vendas de atletas de 2019 como um dos responsáveis pela diminuição das receitas. De acordo com o documento, o clube arrecadou cerca de R$ 45 milhões com transferências de jogadores.

Porém, ao trazer o tópico ‘receitas recorrentes’, que exclui as vendas de jogadores, o Corinthians apresenta uma certa estagnação ainda maior. Em 2012, o clube ultrapassou a casa dos R$ 300 milhões pela primeira vez na década. Já em 2016, se estabilizou nestes valores. Entretanto, não conseguiu subir mais.

Já os rivais Flamengo e Palmeiras passaram dos 600 e dos 500 milhões de reais; respectivamente. O clube carioca saiu da casa dos R$ 200 milhões em 2014, inclusive. No ano de 2019, o Corinthians ficou abaixo das duas equipes, com cerca de R$ 381 milhões arrecadados pelas receitas recorrentes. Veja o gráfico:

Foto: reprodução Relatório EY 2020
Fontes de receitas

O balanço financeiro de 2019 também responsabiliza a arrecadação inferior ao esperado para a temporada com receitas de cotas de transmissão. O valor de cerca de R$ 188 milhões constante nas demonstrações financeiras fica atrás dos R$ 329 milhões do Flamengo e dos R$ 238 milhões do Palmeiras, já somadas as premiações dos campeonatos.

No matchday, definido pela EY como “receitas com bilheterias de jogos, e dos programas de sócio-torcedor dos clubes. Além disso, conta o faturamento com camarotes, cadeiras cativas, alimentação e bebidas“, o Corinthians, segundo o relatório, apresentou as cifras de R$ 83 milhões.

Com esses valores, o time ficou em quarto lugar, atrás de Internacional (R$ 94 milhões), Palmeiras (R$ 108 milhões) e Flamengo (R$ 175 milhões). Vale ressaltar que o faturamento da Arena Corinthians não vai para o clube, mas sim para um fundo destinado ao pagamento do estádio.

Em termos das receitas comerciais, o clube também fica em terceiro lugar no Brasil, com R$ 90 milhões, segundo a empresa. Os líderes são Palmeiras (R$ 135 milhões) e Flamengo (R$ 105 milhões).

Receitas acumuladas

Outro dado interessante é que, contabilizando-se as receitas de transmissão e de premiações de 2015 para cá, o Corinthians apresenta um total de R$ 886 milhões. Já o Flamengo alcançou R$ 1,2 bilhão. Vale ressaltar que no período o Timão faturou dois brasileiros e três paulistas. O rubronegro, por sua vez, venceu dois cariocas, um nacional e uma Libertadores.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Segundo jornalista, Corinthians não cumpre nem metade do índice de gestão ‘confiável e transparente’; entenda

Em ranking; gestão corinthiana marca apenas quatro pontos em dez; veja os critérios

Foto: Rodrigo Gazzanel

O jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, publicou no GloboEsporte.com um ranking com os índices de ‘confiabilidade e transparência’ dos clubes brasileiros. Para a distribuição das colocações, Capelo utilizou algumas perguntas como parâmetros para a pontuação final.

Perguntas

Veja o trecho retirado do site GloboEsporte.com com as perguntas definidas por Capelo:

“1 – Publicou balanço referente a 2019 no prazo legal?
2 – Publicou balancetes trimestrais ou mensais em todo o 2019?
3 – Publicou orçamento referente a 2020?
4 – Publicou balancetes referentes a 2020?
5 – Publicou parecer da auditoria externa sobre o balanço anual?
6 – Auditoria externa fez ressalvas em relação ao balanço anual?
7 – Detalhamento do balanço anual atende mínimo para análise?
8 – Incluiu relatório no balanço para facilitar entendimento do leigo?
9 – Alterou o resultado líquido do ano anterior em reapresentação?
10 – Publicou provisão para contingências cuja perda é ‘possível’?”
, cita o texto de Capelo.

O jornalista cita que cada resposta positiva – que pode ser um ‘sim’ para a pergunta três e um ‘não’ para a pergunta nove – conta um ponto para o clube no ranking geral.

Critérios para a análise

De acordo com o jornalista, as perguntas tratam de alguns parâmetros estabelecidos por Capelo para medir a confiabilidade e a transparência dos clubes. São eles:

Perguntas 1,2,3 e 4 – publicação de documentos – na visão de Capelo, o clube interessado em mostrar transparência deve publicar todos os documentos necessários em tempo.
Perguntas 5 e 6 – auditoria externa – o trabalho do auditor traz mais confiabilidade para os dados apresentados.
Pergunta 7 – detalhamento dos dados – mede a discriminação total dos números, principalmente na relação despesas x receitas.
Pergunta 8 – relatório da administração – mede a preocupação do clube em passar dados de fácil entendimento para os torcedores.
Pergunta 9 – reapresentação de resultados – classifica como ‘negativa’ a alteração de dados líquidos dos anos anteriores nos novos documentos.
Pergunta 10 – provisão de contingência – nesse quesito, Capelo explica:

“Neste trecho do balanço, dirigentes costumam ocultar dívidas. A contabilização funciona assim: o departamento jurídico avalia todas as ações judiciais movidas contra o clube e classifica, segundo critérios não divulgados, a chance de perda em ‘provável’, ‘possível’ e ‘remota'”, diz o texto do jornalista, que ainda separa um tópico sobre o Corinthians.

“No caso do Corinthians, a direção assume que há R$ 4,5 milhões em ações judiciais cujas perdas são avaliadas como ‘prováveis’. A quantia é muito baixa. E não há nenhum indicativo de quanto está em jogo em processos com perda ‘possível’ ou ‘remota’. O balanço reconhece a existência deles, porém esconde os valores envolvidos”, explicou Rodrigo.

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Pontuação do Corinthians

Postas as regras estabelecidas por Capelo, o Corinthians marcou quatro pontos. O total foi dado pela publicação da auditoria sem ressalvas (dois itens e dois pontos), pelo detalhamento do balanço (um ponto) e pela não alteração dos documentos anteriores (um ponto).

Por fim, Rodrigo Capelo ainda saliente que seu trabalho trás somente um viés de análise, mas apresenta índices relevantes sobre os clubes.

“A melhor maneira de prosseguir é reconhecer as limitações do ranqueamento. Um clube poderia estar uma pontuação acima ou abaixo caso critérios fossem diferentes. Dificilmente estaria na outra ponta da tabela, pois não reuniria práticas condizentes nem com boa vontade”, citou o jornalista.

Apenas o Grêmio atingiu os dez pontos, seguido por Bahia e Internacional com nove. Bragantino, Coritiba, CSA e Figueirense ficaram com zero. Para a construção do ranking, o jornalista utilizou balanços, balancetes e orçamentos oficiais dos clubes e das federações.

Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Corinthians publica balanço financeiro de 2019; saiba como acessá-lo

Documento oficial já consta no Portal da Transparência do clube

O Corinthians publicou de forma oficial a demonstração financeira relativa ao ano de 2019. No documento disponibilizado on-line, constam os registros das operações diversas do clube ao longo de toda a temporada.

Andrés Sanhez, presidente do Corinthians
Foto: Rodrigo Gazzanel

Uma análise prévia do documento, que inclusive apontou um déficit de R$ 177 milhões nos cofres, já havia sido veiculada anteriormente. Porém, a versão oficial saiu apenas na tarde desta terça-feira (28).

É possível acessar o balanço financeiro no Portal da Transparência, bem como o parecer da auditoria aprovado pelo Conselho. Ambos os arquivos podem ser baixados gratuitamente.

Vale ressaltar que o Portal da Transparência conta com outros documentos oficiais do Corinthians, como Estatuto, Relatório de Sustentabilidade, Regimento Eleitoral e Regimento Interno do Conselho Deliberativo.

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Todos os arquivos fazem parte da gama de documentos que o Corinthians, enquanto associação esportiva, tem o dever de disponibilizar gratuitamente para consulta.

Por Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Presidente do CSA cita Corinthians como exemplo de clube com situação financeira ruim

Mandatário do time alagoano acredita que, mesmo rebaixado, clube está preparado financeiramente para os novos desafios

Rafael Tenório, presidente do CSA, concedeu entrevista ao site ESPN, oportunidade em que fez uma análise atual do clube alagoano, analisando o panorama para o futuro, bem como comparando a saúde financeira com outros clubes.

Foto divulgação CSA

Segundo ele, o CSA pecou na montagem do elenco para 2019, com jogadores com idade avançada e treinadores sem muita experiência de Série A, mas que numa eventual volta, em 2021, estarão bem mais preparados para encarar o Brasileirão.

“Cometemos erros na comissão técnica e na montagem do elenco. Contratamos muitos jogadores velhos e faltou termos um técnico que conhecesse melhor a Série A”

No campo das finanças, Tenório citou o Corinthians como exemplo de clube que está em situação financeira ruim.

“Caímos, mas nossa situação é melhor que de Corinthians, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo, por exemplo. Que a do Cruzeiro também”

“Nossa dívida é zero. Não temos passivo trabalhista, verbas antecipadas e as finanças estão estruturadas. Além disso, sabemos fazer muito com pouco recurso, estamos habituados. O Cruzeiro, por exemplo, não sabe.”

“Somos um clube enxuto. Um investidor que chegar ao CSA vai encontrar um clube pronto para receber investimento. Tem clubes desses tradicionais devendo R$ 1 bilhão.”

Por Redação Central do Timão