- Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão
No final do mês de junho, o Corinthians foi condenado pela Fifa a pagar pouco mais de R$ 40 milhões ao atleta Matías Rojas. O paraguaio optou pela saída do Parque São Jorge devido ao não pagamento de valores relacionados aos seus direitos de imagem. Como forma de defesa, o Alvinegro já se planeja para questionar a decisão e irá recorrer da condenção na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Tiago Salazar, da Gazeta Esportiva.
De acordo com o site, o clube pensa em assumir apenas os vencimentos proporcionais ao período em que o ex-camisa 10 do Timão ficou sem equipe, depois da sua saída do Corinthians em fevereiro. Dois meses depois, em abril, Matías foi anunciado pelo Inter Miami, dos Estados Unidos, onde faz companhia a Lionel Messi e Luis Suárez.
Uma das justificativas que o Timão pretende usar é de que o atleta saiu por opção própria e que o mesmo não foi proibido de dar continuidade em sua carreira profissional. Sendo assim, o clube do Parque São Jorge entende que deve remunerá-lo apenas pelo tempo em que ele não entrou em campo, devido ao rompimento de uma promessa contratual do Corinthians.
Além disso, o que pode influenciar o andamento do processo de maneira desfavorável ao Alvinegro é presença de uma cláusula de mitigação. Ou seja, Rojas teria a oportunidade de requerer todas as cifras do vínculo dele com o Corinthians, referentes aos débitos anteriores e ao que ele teria de receber até o ano de 2027.
Na teoria, o Corinthians não poderia utilizar o vínculo do jogador com a equipe norte-americana como preceito na Fifa para obter o desconto daquilo que ainda terá que pagar ao paraguaio. Acionada no dia 28 de fevereiro, os juros de 5% sobre os R$ 40,4 milhões passaram a valer a partir desta data, o que representa cerca de R$ 2 milhões por ano. A sentença do processo deve ser finalizada somente em 2026.
Matías Rojas deixou o Corinthians no final de fevereiro após deixar de receber valores referentes a direitos de imagem. Isso só foi possível porque havia uma cláusula presente na novação do contrato, feita em janeiro, para o pagamento dos valores atrasados. Ela permitia que o atleta saísse caso o clube voltasse a não honrar com seus compromissos.
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