- Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão
Muito se fala sobre a gestão do futebol do Corinthians, seus gastos, falta de eficiência, erros, e a consequência disso nas contas, mas o Clube Social e os Esportes Amadores estão também causando um grande prejuízo anual.
O balanço financeiro do Timão é dividido em duas partes: segmento Futebol Profissional e segmento Clube Social e Esportes Amadores. Cada um tem suas arrecadações e despesas apuradas separadamente, mas, ao fim, se juntam, e formam o total das contas da instituição.
No mundo ideal cada seguimento desses deveria, ao menos, ter um empate entre despesas e arrecadação, sendo que o melhor dos panoramas seria um superavit, com as receitas sendo superiores aos gastos.
O rombo do futebol profissional do Corinthians já vem de alguns anos, pois os gastos com todo esse segmento estão superando as receitas. Para piorar, com a pandemia atual, algumas receitas não foram obtidas ou chegaram de forma inferior ao planejado.
Já o clube social e os esportes amadores estão tendo exatamente os mesmos problemas, pois este segmento vem aumentando seu deficit ano após ano.
Em 2020, segundo o balanço financeiro recentemente divulgado, o Clube Social e os Esportes Amadores registraram rombo de R$ 61.614.000,00, enquanto o futebol profissional apresentou rombo de R$ 61.700.000,00. Ou seja, ambos os segmentos ficaram na casa dos R$ 61 milhões de rombo anual, sendo que a soma deles resultou no deficit final de R$ 123,314 milhões.
Assim, a gestão do Corinthians terá que achar soluções de redução de despesas e geração de mais receitas tanto para o Futebol Profissional quanto para Clube Social e os Esportes Amadores.
O segmento Futebol Profissional é o que tem mais margem para crescimento de receitas, já o Clube Social e os Esportes Amadores podem, com boas ideias colocadas em prática, aumentar sua receita, mas o leque de opções é bem mais reduzido.
Para piorar o quadro, a principal receita do Clube Social e os Esportes Amadores vem diminuindo, já que, em 2020, a arrecadação com sócios foi de R$ 12,1 milhões, contra R$ 14,8 milhões em 2019.
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