- Por Redação da Central do Timão
Há 67 anos, no dia 19 de fevereiro de 1954, em Belém-PA, nascia Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, um dos maiores ídolos de toda a história do Corinthians.
Líder dentro e fora de campo, sua inteligência era notada no trato com a bola, passes precisos, visão de jogo como poucos, um calcanhar incomparável. Assim o meia conduzia o Timão às vitórias e conquistas. No Corinthians foram três os Paulistas de 1979, 1982 e 1983.
Na Seleção Brasileira, Magrão estreou em 1979 e disputou duas Copas do Mundo. Em 1982, foi o capitão do time comandado por Telê Santana, que apesar de não ter vencido o torneio mundial, é por muitos considerada a melhor de todos os tempos. Jogou também a Copa de 1986, também sob o comando de Telê. No Corinthians, o Dr. disputou 278 jogos e marcou 172 gols entre 1978 e 1984, jogou ainda na Fiorentina da Itália, Flamengo e Santos antes de encerrar sua carreira como jogador em 1989.
Se em campo era líder, fora dele teve uma trajetória incomum para atletas de futebol. A começar pela formação superior. Sócrates permaneceu no Botafogo de Ribeirão Preto durante todo o período em que cursava Medicina. Pela equipe do interior de São Paulo, o profissional marcou 101 gols em 269 partidas.
Aos 24 anos, após sua formatura, transferiu-se para o Corinthians, onde além de jogar, idealizou e liderou o movimento conhecido como Democracia Corinthiana, que buscava participações dos demais atletas em decisões administrativas do Clube, algo ousado e incomum em pleno período de regime militar. Foi também nome importante na luta pelas “Diretas já”, movimento popular pelo fim do regime militar e do direito ao voto.
Sócrates fez muito mais que apenas ser um jogador craque, genial de futebol, ele lutou por suas ideologias, defendeu seus princípios até o final. Infelizmente durante toda essa trajetória brilhante, teve que lidar com o problema do alcoolismo, que acabou abreviando sua carreira como atleta, que se encerrou aos 35 anos.
Sócrates faleceu na manhã de 4 de dezembro de 2011, mesmo dia em que a Fiel vivia a expectativa da 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o Corinthians sagrou-se pentacampeão Brasileiro, contra o Palmeiras. Naquela partida, houve um minuto de silêncio em homenagem ao Doutor. Além do mais, jogadores e 40 mil torcedores prestaram homenagem reproduzindo a famosa comemoração com o braço levantado e o punho cerrado.
Dr. Sócrates deixou seis filhos, uma legião de fãs pelo Brasil e pelo mundo e sua marca na história do futebol brasileiro e mundial. Pela FIFA, foi considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos. Foi também treinador, comentarista, além de exercer a medicina.
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