Por Samuel Cavalcante | Redação da Central do Timão
O Corinthians tem um novo diretor-adjunto no departamento de esportes terrestres. Trata-se de Junior Trucilio, conhecido no clube como Juninho. Ele auxiliará o diretor indicado por Augusto Melo, Marco Polo Lopes Pinheiro, na gestão das quase 40 modalidades do departamento, incluindo o futsal e o basquete.
A confirmação da nomeação foi feita através do perfil no Instagram da chapa Oficial 90, uma das suplentes do Conselho Deliberativo do clube para o próximo triênio, da qual fazem parte tanto Juninho quanto o diretor Marco Polo.
O novo diretor-adjunto, que é odontologista de profissão, provém do departamento Canindé, composto pelas turmas de sócios que praticam futebol dentro do Parque São Jorge, onde desempenhou o cargo de assessor geral por 13 anos e também já foi conselheiro do Corinthians.
Júnior Trucilio se junta a Marco Polo, Rubens Gomes, diretor de futebol masculino; Claudinei Alves, responsável pelo futebol de base; Yun Ki Lee, diretor jurídico; Rozallah Santoro, diretor financeiro; Sérgio Moura, diretor de Marketing; Marcelo Mariano, diretor administrativo; Eloi Pagani, diretor de esportes aquáticos; Susy Miranda, diretora social; e Raul Corrêa da Silva, diretor cultural, todos indicados pela nova gestão do Corinthians
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Neste sábado (10), em entrevista exclusiva ao “Globo Esporte”, Herói Vicente, diretor jurídico do Timão, deu detalhes de como será o serviço. Ele considera o acordo como uma vitória. Na tradução para o português, a palavra “compliance” significa “conformidade”.
Confira alguns dos principais trechos da entrevista:
Herói Vicente, diretor jurídico do Corinthians. Foto: Reprodução / Instagram.
“A implementação do compliance é uma bandeira antiga não só minha, mas que convergiu com ideais dele (Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians) na campanha. Quando ele foi vencedor na eleição, me ligou e me ofereceu a chance de auxiliar o clube. Dentro de um pacote jurídico, havia convergência no sentido de implantar o compliance. O que é? É conformidade. Não é só conformidade legislativa, de seguir as leis. Leis existem muitas. Tem que seguir também uma normatização interna, criar códigos internos, boas condutas, manuais. Que não serão optativas, serão obrigatórias. O cumprimento das regras do compliance não são uma opção, são obrigação.“
“A gente definiu a estruturação do nosso compliance em sete pontos. Quero dizer que o resultado final disso é atratividade para investidores. Hoje, ninguém investe em empresas, entabula contrato sem que haja compliance estruturado. No segmento do futebol, o Corinthians está se tornando pioneiro. Poucos se preocuparam em criar departamento de compliance, algo que justifica o caos. Mas é fato que a gestão Duilio está surgindo como pioneira. Reestruturação administrativa. Compliance define um organograma.“
“Define o que funcionários, dirigentes, o pessoal do Corinthians, o que cada um faz, desenhar estrutura de poder, atribuir responsabilidades aos atores e dar treinamento a eles para que ajam em conformidade. Vamos atuar na gestão de riscos: essencial para o futuro de qualquer empresa. Achar prioridades financeiras e de reputação propondo ações de solução.”
“Elaborar políticas internas para que o clube obedeça leis anticorrupção, tenha boa conduta na contratação de bens e serviços, na contratação de atletas, no relacionamento com patrocínio, gestão de recursos humanos e contratos. Elaborar um código de conduta. Mostrando como se espera que cada funcionário aja. Não só no ambiente de trabalho, mas fora. O que rola aqui, repercute no mundo. Due diligence, que é uma análise profunda. Vamos aperfeiçoar canal de denúncia, ouvidoria para reclamar. Queremos inserir o clube na participação de programas de certificação. Estando bem nesses programas, atraí investidores. Dinheiro bem gerido com compliance.“
“Impacta no cumprimento das normas. Verificar toda a lei que vigora, tanto a lei desportiva, quanto a lei ordinária comum, e ver se é conforme. Se atende os interesses do clube. Para não permitir contratos que gerem prejuízo ao clube.“
“A anticorrupção é uma cláusula padrão de compliance. Ela se refere a atos atrelados a entes públicos. Não tem a ver. Não temos ainda no Brasil lei para corrupção em entidades privadas, algo que chame de corrupção particular. É com agente público.“
“Já estão acontecendo, temos feito uma série de reuniões. Segunda-feira já começa a apresentação prática de propostas e ideias. A solução ocorre todos os dias. Trabalho contínuo. Mas não é algo que se resolve agora e acabam os problemas. Não. Mas todo dia tem contrato aqui e vai ser observado pelo compliance. Contratos daqui para frente“, finalizou.