- Por Levi Natan / Redação da Central do Timão
O delegado responsável pelo caso de acusação de injúria racial envolvendo o lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, Carlo Butarelli concedeu entrevista após colher depoimento do atleta, na madrugada deste domingo (15).
Neste sábado (14), durante a partida entre Internacional 2 x 2 Corinthians, o meio-campista Edenílson acusou o lateral do Timão de tê-lo chamado de “macaco”. O jogo seguiu após a situação e depois da partida, o jogador colocado decidiu abrir um boletim de ocorrência contra Rafael Ramos, que negou o ato.
“O jogador foi detido, autuado em flagrante pelo delito de injúria racial. Ele prestou depoimento e nega essas injúrias, alega que foi mal entendido, que a expressão que ele usou foi outra, porque é português e foi um mal entendido. Ele pagou a fiança que foi fixada por nós, de R$ 10 mil e foi liberado para ir embora agora com a delegação do Corinthians.”
“Esse é o flagrante, uma peça inicial da investigação. Agora, a gente vai apurar se algum outro jogador, do Corinthians ou do Inter, tenha presenciado ou ouvido para poder ajudar no inquérito policial.”
O que aconteceria caso a fiança não fosse paga:
“O procedimento correto. Ele foi preso. Ele cometeu um crime de injúria racial, só que é um crime afiançável, e como ele pagou a fiança ainda nesta noite, ele vai responder em liberdade. Se não pagasse, poderia ser recolhido ao presídio.”
O que foi dito por ambas as partes:
“O jogador do Internacional alega que foi chamado de ‘macaco’ pelo jogador do Corinthians. O jogador do Corinthians falou outra expressão, que não me recordo agora. É uma expressão portuguesa que não é racista, diferente, que então teria havido uma má interpretação e não a questão da injúria racial.”
Próximos passos:
“Isso é um indício. Um indício para ser feito no auto de prisão em flagrante. A apuração completa vai ser feita por inquérito policial com outras provas que serão tomadas no decorrer do inquérito. Então isso é um indício, a gente não chegou a conclusão de que ocorreu ou não ocorreu. Ninguém está condenando ou absolvendo. A partir de um indício que nos foi passado, a gente entendeu pelo auto de prisão em flagrante.”
“Não sou eu quem irá concluir este inquérito, é a delegada responsável pela área, estou aqui apenas para este evento. No decorrer do inquérito policial, tem que ser analisado quais as perícias que serão feitas, uma perícia labial pra ver se consegue detectar aquilo que ele falou, porque a gente tem aquelas imagens que foram divulgadas pela TV, possíveis testemunhas. Isso tudo no decorrer do inquérito policial, e não se descarta que o jogador possa ser requerido novamente, os dois prestaram depoimento hoje no flagrante, mas podem ser ouvidos novamente no decorrer do inquérito policial.”
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