• Por Maria Beatriz de Teves / Redação da Central do Timão

No fim de junho, após Danilo Avelar ter publicado ofensas racistas contra um usuário de uma partida do jogo “Counter-Strike”, o Corinthians decidiu ‘rescindir’ o contrato do defensor. A decisão de como se dará o processo, no entanto, ainda não foi tomada.

O profissional tem contrato vigente até dezembro de 2022 com o Timão. Sendo assim, o clube deveria pagar mais 17 meses de salários ao jogador. De acordo com o GE, a expectativa é de que o Alvinegro arque com parte disso para que ocorra uma rescisão amigável entre ambos.

Além do mais, o Timão tem tentado outras alternativas. Ainda frequentando o CT Joaquim Grava, Danilo Avelar não pretende ficar mais um ano fora dos gramados. Com isso, a saída para outro clube, com uma compensação financeira, não está descartada.

Segundo o jornalista Tiago Salazar, da “Gazeta Esportiva”, o defensor, inclusive, vem recebendo e avaliando propostas de outras equipes que não tiveram seus nomes revelados.

Confira o quarto episódio da série da Central do Timão, “Gaviões da Fiel – Primeira Geração”:

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• Por Ciro Hey / Redação da Central do Timão

Na noite da última terça-feira (22), o zagueiro do Corinthians, Danilo Avelar fez um comentário racista em um jogo on-line. O episódio repercutiu rapidamente e a diretoria do Corinthians se reuniu nesta quarta-feira para definir as providências que serão tomadas pelo Clube.

Com os torcedores fazendo campanha para o atleta sair do Corinthians, nossa Redação procurou um especialista para apurar qual a possibilidade do atleta ser demitido por justa causa.

Contratado por empréstimo em 2018, e posteriormente adquirido em definitivo junto ao Torino da Itália, Avelar tem contrato com o Timão até dezembro de 2022, e a sua multa de rescisão é de aproximadamente R$7 milhões de reais.

Segundo o advogado trabalhista Cesar Marques, em tese, o caso do zagueiro é passível de justa causa, pelo Artigo 482, alínea “B”, incontinência de conduta ou mau procedimento.

“Mau procedimento ocorre quando o empregado tem um comportamento irregular ou uma atitude incorreta dentro ou fora da empresa, incompatível com as regras que um homem comum deve seguir quando vive em sociedade e que dificultam a manutenção do vínculo empregatício”, explicou César Marques.

“A justa causa em si é cabível, sem a necessidade de condenação criminal, a justa causa pode ser feita por mau procedimento. Avelar é confesso e a confissão do atleta é mais que suficiente para a aplicação da justa, pois a imagem do clube foi maculada”, afirma o advogado.

“Em regra a justa causa não é aplicável quando o empregado está fora do ambiente de trabalho. Entretanto, há exceções. Uma das exceções hábeis a configurar a aplicação da justa causa se dá quando o ato faltoso prejudica a imagem do empregador. Se tolerar tal manifestação, o Corinthians pode ter o seu nome e a sua imagem associada a esse sentimento discriminatório”.

“Atitudes que prejudiquem o clube que representa, incompatibiliza a relação do atleta com a torcida, com os dirigentes, patrocinadores e o clube, quebrando-se a relação especial de fidúcia que é necessária para a manutenção do contrato. Nesse sentido, tecnicamente, a justa causa está completamente configurada. Para tanto, basta ver a reação da torcida do Corinthians nas redes sociais e de sua principal torcida organizada, os Gaviões da Fiel, que exigiram a saída do atleta”, concluiu.

Entretanto, o Corinthians não recolhe FGTS desde 2019, e sobre isso, César indica que o ideal para o Corinthians seria buscar um acordo com o atleta para evitar imbróglio na justiça.

• Com colaboração do advogado Cesar Marques

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