Por Samuel Cavalcante | Redação da Central do Timão
No último domingo, 6, a goleira Lelê, do Corinthians Feminino, completou sua segunda partida após se recuperar de um rompimento no ligamento cruzado do joelho esquerdo. A camisa 12 das Brabas completou os 90 minutos na vitória da equipes alvinegra diante do Adiffem, da Venezuela, na Libertadores Feminina.
Após a partida, o técnico Lucas Piccinato afirmou que o retorno da jogadora foi em comum acordo com a equipe de fisioterapia do departamento médico. Para ele, é necessário que Lelê tenha minutos em campo para se recuperar totalmente e adquirir ritmo de jogo.
Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians
“Estamos alinhados com a equipe de fisioterapia e departamento médico, com consentimento de que precisamos ir dando minutagem aos poucos. O jogo é um momento que não temos controle, no treinamento conseguimos controlar carga e movimento. Estamos com cautela para que ela se recupere 100% não ter uma nova lesão”, explicou o treinador.
“O jogo contra o São José foi para que ela pudesse tirar o nervosismo inicial para não chegar aqui e de repente tirá-la. Dá para rotação ela e a Nicole, duas grandes goleiras, e na exigência do jogo foi muito boa, além de jogar muito bem com os pés como sempre”, complementou.
Lelê não precisou trabalhar muito diante da equipe venezuelana. Ela cortou alguns passes do adversário que foram enfiados na defesa corinthiana, além de fazer duas boas defesas mano a mano quando o jogo já estava decidido.
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Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão
O Corinthians Feminino foi até a Vila Belmiro nesta sexta-feira, 12, para enfrentar o Santos, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro e saiu de campo com uma vitória por 3 x 1. Em entrevista coletiva no estádio do rival, o técnico Lucas Piccinato fez uma análise de como foi o jogo e explicou sua escalação.
“A escalação foi feita muito pelo que foi a semana, as meninas que estavam com a gente fizeram uma grande semana e se credenciaram pra iniciar a partida. Além disso, a Data FIFA acaba atrapalhando muito, porque as meninas chegaram ontem no meio da manhã e o treino já tinha acontecido.”, iniciou o treinador.
Foto: Rodrigo Gazzanel / Ag. Corinthians
“Isso fez com que a gente optasse pelas atletas que estavam aqui, começamos muito bem o jogo, até os 15 minutos tínhamos tido três oportunidades muito boas, fizemos o gol e a partir do gol sofrido o time sentiu o golpe e acabou caindo muito na estratégia do Santos, que era jogar em bloco baixo e tentar contra-atacar. Estávamos fazendo um jogo pouco inteligente.”, continuou Piccinato.
“No segundo tempo conseguimos controlar mais o jogo, a troca das duas pontas, tanto a Portilho quanto a Tamires no lugar da Eudimilla e da Carol Nogueira foi mais por cansaço, é normal, as pontas são as jogadoras que mais se desgastam e a gente tinha jogadoras de muita qualidade pra entrar e mudar o jogo, como aconteceu, a Portilho entrou bem e a Tamires fez os dois gols.”, prosseguiu.
“A última troca foi a Yaya, pra ter um pouco mais de controle no meio, pra agredir mais a gente começou a perder um pouco do controle do meio e a ideia era preencher. Ela entrou muito, todo mundo entrou muito bem”, completou o técnico corinthiano.
Lucas Piccinato também falou sobre a importância da equipe ter um bom preparo físico para se impor sobre o adversário nos minutos finais dos confrontos, já que os dois últimos gols que garantiram a vitória do Corinthians na Vila Belmiro saíram nos 15 minutos finais da partida.
“Acho que o time se prepara muito fisicamente pra jogar os 100 minutos que uma partida de futebol tem atualmente, hoje foram 102. Trabalhamos muito forte a preparação física, a fisiologia, pra que a gente chegue muito inteiro pras partidas e sabemos que os momentos que mais definem jogo são do 30 aos 45 minutos do primeiro tempo e dos 75 aos 90 no segundo.”, disse o técnico.
“Além disso, óbvio que casa com as pernas mais descansadas entrando no segundo tempo, com a capacidade que elas têm pra resolver o jogo, então tem sido uma toada e vai ser uma tônica durante a competição inteira, saber usar esse fim de tempo pra ser mais agressivo e gerar os gols.”, continuou.
Por fim, o treinador corinthiano exaltou a competitividade de seu elenco e revelou que acaba sendo desafiador dar minutos para todas as jogadoras. Segundo Piccinato, é importante ter um plantel com atletas que podem entrar e decidir o jogo a qualquer momento.
“É maravilhoso ter um elenco tão competitivo e qualificado como ele é, ficamos contentes de ter peças desse nível e mudar o jogo com elas. A competitividade no dia a dia é muito sadia, mas é muito intensa, todo mundo tá buscando seu espaço, acabamos tendo até poucos jogos pra tantas atletas boas, deixamos de dar minutos pra atletas que mereciam, mas tem outras que também merecem muito.”, disse o comandante.
“É muito bom contar com um elenco assim e a ideia é que a gente mantenha essa competitividade a temporada inteira, porque todo mundo que entra na partida, entra pra definir.”, finalizou Piccinato.
Na próxima rodada, a equipe comandada por Lucas Piccinato pegam a Ferroviária, em partida que ocorrerá na segunda-feira, 22, às 16h30 (horário de Brasília). O jogo deverá ser disputado no Parque São Jorge.
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Lucas Piccinato assume o futebol feminino do Corinthians em 2024 com uma missão complicada: substituir o multicampeão e ídolo Arthur Elias, que conquistou 16 títulos em oito temporadas pelo clube e, atualmente, comanda a Seleção Brasileira. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 02/02, o novo técnico elogiou o legado e a história construída pelo antigo treinador.
“Muito feliz e contente de estar no Corinthians. É um grande projeto e uma grande responsabilidade. O que o Arthur construiu no Corinthians com sua comissão, era algo inimaginável quando ele iniciou. Ficou na história do clube e nunca vai ser apagado“, iniciou Piccinato.
Lucas Piccinato, novo técnico do Corinthians, em entrevista coletiva. Foto: Reprodução/Corinthians TV.
Para o novo técnico, as marcas e títulos provam que Arthur Elias deixou muitas coisas positivas no Corinthians. Lucas Piccinato disse que pretende aproveitar o máximo do legado do ex-treinador, mas destacou que também deseja implementar suas ideias. Isso, porém, vai acontecer aos poucos.
“Dentro desse projeto, é óbvio que temos muitas coisas positivas que já estão bem implementadas pela comissão técnica anterior. Naturalmente, vamos aproveitar de uma forma muito boa. Porém, também temos que colocar a nossa cara, o meu modelo e a minha forma de jogar. Eu não sou o Arthur, sou o Lucas.”
“Aos poucos, vou tentar implementar da melhor forma possível, sem que aconteça de uma forma muito abrupta. Temos feito um processo muito calmo e tranquilo, aproveitando coisas positivas que eram aplicadas aqui, mas entendendo que o cenário do futebol feminino é muito diferente de quando o Arthur assumiu em 2016″, completou Piccinato.
“A temporada passada foi de muitos títulos, todos possíveis, mas todas as equipes fizeram o Corinthians suar sangue para conseguir as taças. Então, se a gente ficar achando que o que foi construído será suficiente, vamos acabar nos frustrando.”
“Temos que trazer nossas ideias e adaptar o que, talvez, não tenha sido tão bom na temporada anterior e pegar tudo aquilo que foi construído e aproveitar. Tem um trabalho muito sólido. Mas também, aos poucos, colocando minhas ideias. É um desafio, mas quem vive de esporte ama desafio. É um desafio maravilhoso estar aqui”, encerrou o novo treinador do Corinthians.
O Corinthians é o quarto clube da carreira de Lucas Piccinato, de apenas 33 anos. O técnico já comandou Centro Olímpico, São Paulo e Internacional, e teve a oportunidade de enfrentar as Brabas diversas vezes. A estreia do treinador à frente da equipe alvinegra será no dia 11 de fevereiro, contra as Gurias Coloradas, no Beira-Rio, às 10h30, pelas quartas de final da Supercopa do Brasil.
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