- Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão
Meses após rescindir contrato na Justiça e encerrar uma passagem conturbada pelo Corinthians, o centroavante Júnior Moraes concedeu entrevista ao ge.globo e admitiu que não estava “bem da cabeça” durante o período em que passou no clube. O atacante conviveu com problemas físicos e, principalmente, psicológicos, devido ao trauma vivido na guerra entre Rússia e Ucrânia, no início de 2022.
“Eu fiquei bem triste de não poder desfrutar e performar no Corinthians, mas eu não estava bem da cabeça. Entendi que estava no meu limite de desgaste emocional. Precisava baixar esse limite emocional, essa loucura, cuidar dessa parte. Foi um momento pelo qual eu nunca havia passado”, declarou Júnior Moraes.
“Foram 12 anos performando bem e quando cheguei no Corinthians passei por uma fase difícil demais. Apesar de estar num clube de massa, a minha cobrança comigo mesmo foi excessiva. Cuidei de mim de lá para cá e nos últimos quatro meses tenho treinado forte para acertar com outro clube e seguir jogando.”
Júnior Moraes passou muito tempo no departamento médico do Corinthians e pouco esteve à disposição para atuar enquanto esteve no clube. O jogador sofreu com alergias que deixavam o rosto dele inchado, além de dores em vários locais. Hoje, o atacante entende que seu corpo estava pedindo um descanso emocional.
“Quando eu estava no clube, achava que eram as alergias, mas uma hora era dor no joelho, nas costas, no tornozelo. Na verdade, era o meu corpo pedindo para eu parar e eu não estava entendendo. Ninguém tem histórico de pegar um atleta da guerra. Só fomos entender isso lá para março de 2023″, completou.
“Infelizmente, foi um momento em que eu poderia estar com Neymar, Ganso, Renato Augusto e Willian que não iria render porque não estava bem da cabeça. Tomei corticoide por um ano e não resolvia. Precisava colocar a cabeça em paz. Hoje, treino forte e coloco a molecada para correr.”
A passagem conturbada de Júnior Moraes pelo Corinthians durou pouco mais de um ano, entre março de 2022 e junho de 2023, e acabou com uma rescisão na Justiça após o jogador cobrar FGTS. A relação entre as partes se estremeceu ainda mais quando o ex-gerente de futebol do clube, Alessandro Nunes, chamar o atacante de “covarde e mentiroso”, em entrevista à Central do Timão.
Mesmo com todas as polêmicas, Júnior Moraes garante que não guarda mágoas do Corinthians. O atleta entende que o clube fez tudo que estava ao seu alcance para recuperá-lo, sem sucesso. Ele também valorizou alguns momentos vividos com a camisa alvinegra, como jogar com a torcida na Neo Química Arena e marcar um gol, na Copa do Brasil de 2022, contra a Portuguesa-RJ.
“Eu não tenho mágoa do Corinthians. Preciso ter inteligência emocional de entender isso: eu não estava no momento de performar. Separar, entender que a gente é humano. É só olhar a minha carreira para ver que foi a primeira vez que isso aconteceu. Serviu de experiência. Impossível falar que me arrependo. Vivi muita coisa boa: arena lotada, gol, torcida. Realmente, não foi em vão.”
“Eu acho que o Corinthians, dentro do possível, estava fazendo o que tinha no alcance (…) O clube tentou ajudar. Tive contato com profissionais incríveis na área médica: Joaquim Grava, Julio Stancati e Ana Carolina Côrte, o Bruno Maziotti. Sempre tiveram carinho comigo. Dentro do clube não tinha psicóloga, mas por fora eu fazia particular a terapia para tentar entender”, concluiu Júnior Moraes.
Desde que deixou o Corinthians, Júnior Moraes segue livre no mercado. O atacante contou, na mesma entrevista, que esteve perto de assinar com o Paris FC, da segunda divisão da França, nos últimos meses, mas a negociação não teve um desfecho positivo. O atleta vem mantendo a forma física no CT do Santos.
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