• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

O meio-campista Giuliano reconheceu que o Corinthians encontrou muitas dificuldades ao encarar um América-MG retrancado na noite do último domingo, 22, em empate por 1 x 1 na Neo Química Arena, pela 28ª rodada do Brasileirão. Na visão do camisa 20, os comandados de Mano Menezes iniciaram bem no primeiro tempo, mas não souberam enfrentar uma linha de até sete defensores adversários após o Coelho abrir o placar.

“Especificamente sobre hoje, acho que começamos o jogo bem, com controle do jogo nos primeiros 15, 20 minutos. Tivemos uma chance com Gabriel Moscardo, com dois minutos de jogo e que, se a bola entra, muda completamente a história da partida”, iniciou Giuliano, em entrevista na zona mista da Neo Química Arena.

“Depois, você joga contra uma equipe que veio para se defender e jogar no contra-ataque. E contra essas equipes que vêm para se defender, quando elas saem na frente, se torna muito mais complicado. No segundo tempo, fizeram linha de seis, linha de sete, e tivemos dificuldades para entrar“, avaliou.

“Enfrentamos uma equipe que defende muito. Fizeram uma linha de cinco. Nós tínhamos enfrentado Flamengo e Fluminense, que propõem o jogo. Tínhamos que estar mais atento defensivamente e marcar muito mais. Nesse jogo (América-MG) em específico, tínhamos que criar e tivemos dificuldades.“

Para Giuliano, o Corinthians começou a abusar dos cruzamentos e, com uma soma de nervosismo, cera do adversário, pressão das arquibancadas e desorganização tática, encontrou muitas dificuldades para furar a defesa americana. Isso só foi acontecer aos 53 minutos do segundo tempo, no último lance do jogo, quando o meio-campista completou cruzamento de Gil e garantiu o empate “no coração”, mas frustrante.

“Muitos cruzamentos e desorganização, também, porque você vai ficando nervoso, tenta acelerar e começa a errar passe e o torcedor começa a ficar impaciente. Então é uma questão do jogo que acontece. No final, ainda conseguimos o empate.”

“Sem dúvida (senti o Corinthians nervoso). O jogo era, supostamente, para a gente vencer. Tínhamos a obrigação de vencer dentro de casa e não conseguimos. Frustração durante o jogo, onde faz cera, goleiro cai, um fica no chão…”

“Aquilo vai te irritando durante o jogo e a gente não consegue empatar, então torcedor cobra, aumenta a tensão do jogo e você começa a cometer erros que, normalmente, não acontecem. Isso vai irritando e faz parte. Temos que procurar lutar sempre, o tempo todo, entregar nosso melhor e buscar a vitória”, completou.

“Sofremos contra-ataques na primeira parte por estarmos mal posicionados. Depois, no segundo tempo, tivemos volume, corremos riscos e chegamos ao empate, não taticamente, mas na entrega, na força, na emoção e no coração.”

A desorganização tática, aliás, não é nenhuma culpa do técnico Mano Menezes, segundo Giuliano. De acordo com o jogador, o elenco é o principal responsável por não conseguir colocar em campo o que o treinador pediu.

“Não conseguimos entregar taticamente aquilo que o Mano pediu para nós. E nós somos os responsáveis por isso. Quando o treinador dá orientação, temos que fazer aquilo que ele pede. Isso é algo que ficou faltando por parte da equipe hoje”, concluiu Giuliano.

O resultado frustrante contra o lanterna do campeonato complica o Corinthians na briga contra o rebaixamento à Série B. O Timão, agora, ocupa a 15ª colocação, com apenas 33 pontos em 27 jogos, apenas três a mais em relação ao Vasco, primeiro dentro do Z-4. Nas duas próximas rodada, o clube terá confrontos diante de times que também buscam se afastar do descenso: Cuiabá e Santos.

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