• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

A reformulação do Corinthians para 2024 não será apenas no grupo de jogadores. A gestão do presidente Duilio Monteiro Alves se encerra no dia 31 de dezembro de 2023 e, com a despedida do mandatário, o gerente de futebol Alessandro Nunes também não vai permanecer no clube para o ano que vem.

A saída de Alessandro, inclusive, foi confirmada pelo próprio dirigente. Em contato com o ge.globo, o gerente de futebol desejou sucesso ao próximo presidente do Corinthians e disse que, desde janeiro de 2021, quando assumiu o cargo com a posse de Duilio, já havia decidido que se despediria ao final de 2023.

Duilio vive seu último ano como presidente do Corinthians e tem Alessandro como homem de confiança no departamento de futebol. No início de 2023, o mandatário disse que contava o “melhor do Brasil” na função. Porém, o atual gerente de futebol não agrada a nenhum dos dois candidatos à presidência, André Negão (situação) e Augusto Melo (oposição). O pleito acontece em 25 de novembro.

Em caso de vitória de André Negão, o ex-presidente Andrés Sanchez deve voltar a ser o nome forte do futebol do Corinthians. Isso, inclusive, foi revelado pelo ex-mandatário em agosto. Já se Augusto Melo sair vitorioso do pleito, a tendência é de que o ex-zagueiro Chicão receba um cargo no clube.

Ídolo do Corinthians como jogador, sendo capitão nas conquistas da Libertadores e do Mundial em 2012, Alessandro vive sua segunda passagem como dirigente do clube. Ele exerceu a função de coordenador de futebol em 2014, no ano seguinte após se aposentar. Já em 2016, ganhou o cargo de gerente até o final de 2018. Entre 2019 e 2020, se dedicou aos estudos e à família antes de retornar ao CT Joaquim Grava.

Alessandro retornou no mandato de Duilio para comandar o futebol do Corinthians juntamente com o presidente e com Roberto de Andrade. No entanto, em março de 2023, após protestos da torcida, o diretor pediu demissão e deixou Alessandro e Duilio como únicos responsáveis pelo departamento.

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• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

O Corinthians contou com redução na dívida no mandato de Duilio Monteiro Alves, mas ainda segue devendo algo próximo a R$ 900 milhões. A atual gestão pagou mais de R$ 300 milhões somente em juros desde 2021 e segue tendo de “vender o almoço para pagar a janta”, com diversas vendas de jogadores ao longo dos últimos anos. E a delicada situação financeira do clube foi detalhada pelo gerente de futebol Alessandro Nunes.

Alessandro definiu a atual situação financeira do Corinthians como “muito ruim”. De acordo com o gerente de futebol, o clube precisa continuar reduzindo custos e vendendo jogadores, como vem fazendo desde o começo do mandato de Duilio. O dirigente ainda afirmou que a atual diretoria não vai conseguir pagar todas as contas, tampouco a próxima gestão, independentemente de quem for eleito o próximo presidente alvinegro.

“Não vai ser vendendo somente atletas que o Corinthians vai resolver a vida financeira dele. Ele (clube) tem uma vida financeira, infelizmente, muito ruim. Essa conta precisa ser paga um dia. Não vai ser nessa gestão que vamos conseguir pagar e, provavelmente, o próximo presidente, seja quem for, também não vai conseguir“, declarou Alessandro, em entrevista na zona mista após o empate com Goiás, no sábado, 26.

“Mas é uma medida necessária que precisa ter continuidade. É diminuir custos e captar recursos para pagar tudo que o clube deve. As contas são muitas, não são poucas, não. Vocês (imprensa) sabem disso. Não podemos enganar o nosso torcedor. É uma medida necessária. Paralelo a isso, é importante ter uma equipe boa.”

“Não pode ignorar que, no primeiro semestre de 2021, saíram 34 atletas e, naquele ano, chegaram seis ou sete. Em 2022, a conta foi muito próxima disso, acho que saíram 25 atletas para chegarem mais alguns. Então é muito simples de enxergar isso. Só não podemos ter 300 atletas e continuar vendendo”, destacou Alessandro.

“Precisamos entender um pouquinho o que são regulamentos e normas da FIFA. A FIFA já encaminhou um documento para os clubes de quantos atletas você pode emprestar nos anos futuros, então nenhum clube mais vai poder ter 50, 60 atletas sob empréstimos. Isso não existe, e que bom, porque passamos a ter mais critério na hora de contratar e o clube vai errar menos.”

O gerente de futebol ainda afirmou que o Corinthians não vende jogadores para comprar outros melhores, ou alguma reposição de mesmo nível, e sim para quitar dívidas. Acontece que a maioria dos pagamentos das vendas acontece de forma parcelada em até três anos, e não à vista. Grande parte dos valores recebidos pelo clube em transferências de atletas vão para “fazer caixa e pagar contas”, segundo Alessandro.

“Não fizemos venda para comprar jogador. Não foi isso que ocorreu. Vendemos atletas e compramos algum, por acaso? Nenhum. Outra coisa: nenhuma venda tem o recebimento à vista da totalidade. Os pagamentos são em um, dois, três anos. Isso é mercado. Estamos vendendo atletas para o clube receber ano que vem. É natural. Estamos fazendo vendas, procurando trazer o menor prejuízo técnico. É necessário.”

“O clube vende um atleta para fazer caixa e pagar suas contas. Não existe ponto de interrogação para onde esse dinheiro vai. O caixa do clube é um só. Esse dinheiro não vai para o CT, vai para o Corinthians. Depois tem que ver o tanto de conta que tem para pagar. Não são poucas. Eu gostaria muito de dizer para o torcedor que conseguiríamos pagar todas as contas do clube, mas vai demorar um pouquinho ainda“, finalizou.

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• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Já acertado com o meia-atacante Matías Rojas, o Corinthians segue se movimentando em busca de reforços para o segundo semestre de 2023, à procura, principalmente, de nomes para duas posições: um zagueiro e um volante. Pelo menos é o que garantiu o gerente de futebol do clube, Alessandro Nunes, na última terça-feira, 6.

De acordo com Alessandro, a diretoria alvinegra entende que as atuais opções para a zaga (Gil, Bruno Méndez, Caetano e Murillo) vêm dando conta do recado, mas podem não aguentar o calendário cheio. Em relação à chegada de um volante, o dirigente disse que tal necessidade se agravou após a nova lesão de Paulinho, que terá de passar por nova cirurgia no joelho e pode até não voltar a entrar em campo pelo Corinthians.

“Nós entendemos que um zagueiro seja importante. Temos quatro no elenco. Para uma jornada tão longa e extensa, quatro zagueiros não é tão simples. Gil, Bruno Méndez, Caetano e Murillo têm segurado a onda, e muito”, iniciou Alessandro, em entrevista à TNT Sports após o sorteio das quartas de final da Copa do Brasil.

“É sempre difícil mensurar três, quatro, cinco (reforços)… Não. Estamos em negociação com Matías (Rojas), entendemos zagueiro ser importante, sim, e cabe mais uma possibilidade como volante, primeiro ou segundo. Temos os titulares Maycon, Fausto e Roni. Essa lesão do Paulinho abre uma possibilidade ali“, finalizou.

Um dos nomes avaliados pelo Corinthians para a zaga é o de Lucas Veríssimo, atualmente no Benfica, de Portugal. De acordo com apuração da Central do Timão, a diretoria alvinegra chegou a um acordo com o jogador, mas ainda aguarda uma definição dos Encarnados. Por outro lado, há a possibilidade de Murillo ser vendido na próxima janela de transferências, já que um clube espanhol sinalizou com uma oferta de 17 milhões de euros pelo zagueiro de 21 anos.

Enquanto se movimenta no mercado em busca de reforços, o Corinthians foca no jogo de vida ou morte desta quarta-feira, 7, pela Libertadores, contra o Independiente del Valle, do Equador, no Estádio Banco Guayaquil. O Timão precisa, ao menos, de um empate em Quito para seguir vivo na competição.

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• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

O ex-lateral Alessandro foi capitão na época mais vitoriosa da história do Corinthians, no início da última década, mas também viveu momentos conturbados em sua passagem pelo Parque São Jorge. Em um desses períodos complicados, o atual gerente de futebol do clube esteve na primeira eliminação de um time brasileiro na pré-Libertadores, quando o Timão caiu para o Tolima, em 2011.

Na última quinta-feira, em conversa com a imprensa durante o evento em comemoração aos 112 anos do Corinthians, na Neo Química Arena, Alessandro revelou que “não conhecia” o Tolima, algoz alvinegro. Eliminado na pré-Libertadores no dia 2 de fevereiro, o Timão teve um clássico contra o Palmeiras, pelo Paulistão, quatro dias depois, no Pacaembu.

“Perder ou vencer um clássico tem decisões a se tomar que têm um peso muito grande. Por ter sido eliminado precocemente pelo Tolima, que era um clube que poucas pessoas conheciam no Brasil… Eu mesmo não conhecia. De um clube que era para ter tido vaga direta na Libertadores no (Brasileiro do) ano anterior, é eliminado pelo Tolima e já esbarra com o Palmeiras na sequência…”, declarou Alessandro.

Alessandro se aposentou no final de 2013, com apenas quatro gols marcados em 258 jogos pelo Corinthians. Um deles, porém, foi justamente naquele Derby pós-Tolima, que deu a vitória por 1 x 0 para os comandados de Tite. O ídolo alvinegro não conseguiu medir o que aconteceria com grande parte daquele elenco e com o próprio treinador se a equipe perdesse para o Palmeiras, e elegeu aquele gol como o “mais importante de sua carreira”.

“Uma derrota ali (no Derby), a gente não sabe mencionar e medir o que poderia ocorrer na sequência profissional de todos nós atletas. Então foi, sem sombra de dúvidas, o gol mais importante da minha carreira. Sempre fui de fazer pouquíssimos gols, minha média era de um por ano e aquele correspondeu para a minha carreira inteira. Teve um peso muito grande, sim. Tinha um caráter de responsabilidade muito grande”, afirmou o dirigente.

Vale destacar que boa parte da torcida do Corinthians acredita que o gol de Alessandro contra o Palmeiras foi determinante para as conquistas que vieram a seguir. Em menos de dois anos após aquele Derby, o Timão se sagrou campeão do Brasileirão (2011), da Libertadores (2012) e do Mundial (2012), com Tite e com o time-base que derrotou o arquirrival.

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• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Na última segunda-feira (17), em participação no programa “Arena SBT”, o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, foi desafiado a questionar o gerente de futebol Alessandro Nunes com uma pergunta “polêmica”.

Entrando na brincadeira, o ex-presidente alvinegro perguntou ao companheiro de trabalho se o Timão de 2012, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, era melhor do que o Palmeiras de 2021, que foi bicampeão da competição continental. Alessandro, vale lembrar, era o capitão da equipe comandada por Tite há dez anos, e foi o responsável por erguer os troféus dos dois campeonatos conquistados naquela temporada.

“O Corinthians de 2012, campeão da Libertadores e campeão do mundo, é melhor, pior ou equivalente ao Palmeiras que ganhou duas Libertadores no ano passado?”, perguntou Roberto

O ex-lateral não hesitou em responder a pergunta de Roberto de Andrade e afirmou que o Corinthians de 2012 “era muito superior” ao time atual do arquirrival.

“Não é difícil responder. Em 2012, sem sombra de dúvidas, o Corinthians era muito superior (ao Palmeiras atual). Muito, indiscutivelmente. Muito mais tempo juntos, preparados. Tínhamos dois atletas em cada posição, não tinha nenhuma preocupação de ausência de um ou de outro. Quem vivenciou aquilo como eu dentro de campo, posso falar com todo respeito”, respondeu Alessandro.

O gerente de futebol do Timão também acredita que os comandados de Tite não teriam vida fácil em um hipotético confronto contra a equipe de Abel Ferreira, mas “com certeza” sairiam vencedores.

“Fácil não ganhava, mas com certeza venceria“, afirmou Alessandro.

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